Jack Holland Veterano |
# set/07
Carro é devolvido com pneus novos dias depois do roubo!
"(21/9/2007) - Na última sexta-feira de agosto, a massagista Cláudia Andrade, 40, e as filhas Gabriela e Maria Luiza, foram às compras na zona sul de São Paulo. Estacionaram o carro na rua, em um ponto mais ou menos movimentado.
Horas depois, voltaram de sacolas cheias, e – surpresa! - o local onde deveria estar o carro, vazio. "Chegamos a dar voltas pela região, pensando que, talvez, tivéssemos estacionado o carro em outro lugar", lembra-se Cláudia.
Constatado o roubo, a massagista fez o Boletim de Ocorrência e – isso a diferenciará de muitos de nós – resolveu esquecer o drama. Bola pra frente. "Passado o susto, ficamos superanimadas pensando no carro que compraríamos com o dinheiro do seguro. Chegamos a encerar a garagem para receber o próximo modelo", diverte-se.
Segunda-feira à noite o telefone toca. O policial se identifica animado. Pensa ser portador de ótima notícia. "Achamos seu carro, dona Cláudia. Foi encontrado na mesma rua do roubo. Está em perfeitas condições".
Não foi bem felicidade o que Cláudia sentiu. Soltou um desanimado "ah... que bom". A garagem encerada teria de receber a ovelha desgarrada do Uninho.
Ver o modelo, entretanto, foi esperança renovada. "Mas não é ele!". Para Cláudia, o policial estava equivocado. "É sim, dona. Pode conferir". As três checaram a placa, a marquinha no estofamento. "Mas é ele mesmo". Só que... o ladrão devolveu o carro com as rodas novinhas, interior limpo e lataria brilhando.
"Acho que ele pretendia viajar ou é algum fanático por Uno que não agüentou ver o carro naquele estado", aposta Cláudia, sem muita firmeza. "Ele voltou tão bonito que, aí sim, comemoramos o achado. Foi uma festa colocá-lo na garagem. As novas rodas combinaram com o chão brilhando. Também as calotas eram diferentes. Pareciam de carro tunado".
Tenho um amigo que não acreditou nessa história. O carro dele também foi roubado. Quando acharam, era pura carcaça. Cada um tem o ladrão que merece. Esse meu amigo é tão chato que quando o carro dele quebra não deixa ninguém empurrar. "Pra quê? Vai engordurar a pintura. Deixa que guincho tira".
Acreditar ou não em coisas boas faz toda a diferença. Cláudia diz que o carro nunca quebrou com ela. Nem pifou isso ou aquilo. "Esse pessimismo é coisa de homem. 'Cuidado com isso, faça aquilo, não pise no acelerador e na embreagem ao mesmo tempo, fale menos enquanto dirige'. É tanta regra, tanta energia no que pode dar errado que não dá tempo mesmo para as coisas darem certo, ora. Basta um homem dirigir meu carro para um monte de problema aparecer", diz ela.
Para a massagista, que não gosta de complicações, o segredo é a leveza, é correr pela vida como a água do rio, deslizando pelas pedras que aparecem no meio do caminho. "Água que pára apodrece". Tal filosofia de vida tem dado certo para ela.
Agora, cá pra nós. Que ladrão é esse? Que motivações rondam esse misterioso sujeito? É a chance de colocar em prática o que vemos na série da tevê paga CSI. Por favor, mande seu palpite investigativo. Vou publicar os mais interessantes.
Outro dia, vi uma reportagem sobre anônimos que, à noitinha, próximo ao Natal, colocam dinheiro embaixo da porta de casas pobres. Que alegria as pessoas se depararem com um envelope cujo conteúdo não seja mais uma conta a pagar.
Meu palpite: eu fantasio que o ladrão do Uno de nossa leitora seja um desses benfeitores. Já pedi a ela o endereço de onde o carro desapareceu e apareceu. Vou tentar a sorte com o ladrão caridoso. Ontem, minha cadela, um bull terrier forte (foto), riscou toda a lataria do carro. Queria entrar de qualquer jeito. É apaixonada por veículos. Fazer o quê? Cada um tem o cachorro que merece."
http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/Reportagens_Conteudo.vxlpub?h nid=38265
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