teuabreu Veterano |
# ago/06 · Editado por: teuabreu
Link do projeto: http://www.funarte.gov.br/canalfunarte/
O Projeto Pixinguinha, organizado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes), deu pano para manga desde que surgiu, em 1977, tanto por trazer novos nomes da música nacional, como Djavan e Cássia Eller, quanto por promover memoráveis (e improváveis) encontros no palco, como Johnny Alf e o grupo A Cor do Som. Os shows foram interrompidos em 1997, voltaram em 2004, e, de lá para cá, seus registros em fitas cassete resistiram ao tempo nos arquivos da Funarte.
Nunca lançado em disco, o material passa direto para a era virtual. Mais de 4.000 canções interpretadas no projeto poderão ser ouvidas a partir de hoje no portal Canal Funarte, no endereço www.funarte.gov.br. Na página, terão vizinhos igualmente nobres, também saídos do acervo da instituição.
Entre o mais de um milhão de itens que a Funarte adquiriu em 30 anos, foram selecionadas cerca de 20 mil imagens e 23 mil músicas. O portal sediará preciosidades como os prestigiados 65 álbuns da Coleção Funarte, com composições de gente como Garoto e Custódio Mesquita em interpretações de Ney Matogrosso, Marlene e outros, e fotos de peças de teatro montadas no Rio dos anos 40 aos 80.
A exemplo do que acontece em outros acervos sonoros virtuais, como o do Centro Cultural São Paulo (CCSP) e o do Instituto Moreira Salles (IMS), as músicas ficarão disponíveis apenas para audição, e não para download. Isso acontece em respeito aos direitos autorais dos artistas envolvidos nas gravações --a Funarte assinou um contrato com a Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) para pagar os direitos referentes a cada música. Estas entrarão aos poucos na programação da rádio, que será atualizada semanalmente.
Levar o material para a internet é o movimento final de um trabalho --ainda em andamento-- que inclui a digitalização e catalogação do acervo. Para isso e para a criação do portal, a Funarte recebeu um patrocínio de R$ 2 milhões da Petrobrás via lei de incentivo. "A parte mais difícil é tratar, digitalizar e catalogar. Muitos dos negativos, por exemplo, estavam em envelopes sem nenhuma informação", conta Paulo Cesar Soares, coordenador artístico do Canal Funarte.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u63140.shtml
Acervo: http://www.funarte.gov.br/
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