stratopeido Veterano |
# abr/06
"Na quarta-feira passada, 9 de março, um ex-agente secreto chinês que trabalhava como jornalista no Japão, revelou ao web site oficial de Falun Dafa (Minghui.org) um informe estarrecedor e detalhado que documenta a existência de um campo de concentração na cidade de Shenyang, província chinesa de Liaoning, estabelecido pontualmente pelo Partido Comunista Chinês para reter os praticantes de Falun Dafa (Falun Gong) como um banco vivo de órgãos. Quando há compradores, extirpam-nos estando ainda vivos e imediatamente exterminam as vítimas e cremam seus corpos.
O ex-agente decidiu falar um dia depois que o Departamento de Estado dos Estados Unidos publicou o Informe sobre as Práticas de Direitos Humanos 2005. Tal informe declara que foi confirmada a venda de órgãos de prisioneiros executados, e faz também reiteradas referências aos abusos contra os praticantes de Falun Gong.
Dois dias depois daquele testemunho, falou uma ex-empregada do hospital onde se encontra este campo de concentração, cujo esposo é um dos cirurgiões que extrai órgãos dos prisioneiros, especificamente as córneas. Seu testemunho confirmou a implicação dos diversos escalões do sistema de saúde, começando pelo Ministério da Saúde da República Popular da China.
Localizado no distrito de Sujiatun da cidade de Shenyang, no nordeste da China, o campo, citado como “campo de concentração de Sujiatun”, é cercado por paredes de três metros de altura com um alambrado elétrico na parte superior. É vigorosamente fortificado e encontra-se no subsolo do Hospital Provincial de Trombosis, de medicina ocidental e chinesa; segundo a testemunha, as pessoas que vivem em seus arredores não sabem absolutamente nada sobre o que ocorre lá dentro. Os que estão retidos dentro do hospital são praticantes de Falun Gong das cidades do norte, como também da região central; muitos foram transferidos de outros campos de trabalho forçado. Este não é o único campo de concentração; já houve evidências de pessoas que receberam órgãos de praticantes de Falun Gong em Beijing, do hospital do Ministério da Segurança Pública.
Segundo o alegado pela segunda testemunha, a rotatividade dos médicos é muito alta devido à pressão do trabalho. Alguns não aguentaram mais extrair órgãos de pessoas vivas, dia após dia, e quiseram sair. Todos eles desapareceram: foram silenciados ou se esconderam. Os empregados do hospital sabem que algo está se passando, dado o alto requerimento de luvas cirúrgicas e materiais semelhantes, porém ninguém quer saber mais, devido ao temor gerado pelo segredo que rodeava o complexo do campo e pela segurança que se mantém sempre a seu redor. Os chineses, após 57 anos sob o controle do Partido Comunista Chinês, vivem continuamente com um medo intrínseco por sua própria vida e o conseqüente hábito de “não se meter” nas questões do governo. A esposa do médico decidiu falar, pela condição psíquica que está sofrendo seu agora ex-marido. (Visite www.lagranepoca.com).
Embora nos primeiros anos da perseguição, antes da ordem de destruir os corpos dos praticantes de Falun Gong, tivessem devolvido aos familiares cadáveres de praticantes de Falun Gong com feridas de cortes percorrendo todo o corpo, esta é a primeira vez que vem à tona a existência deste tipo de campos de extermínio na China. O ex-agente afirmou que o campo retinha, até há pouco, mais de 6.000 praticantes de Falun Gong e esclareceu que “ninguém saiu dali com vida”. Descreveu que este contém um crematório, o qual na realidade é uma caldeira, e que trabalham no hospital um número incomum de médicos.
Os órgãos são extraídos dos praticantes de Falun Dafa estando vivos, porque assim são produtos exclusivos e alcançam a um alto preço no mercado. Cabe esclarecer que os praticantes de Falun Dafa, os quais levam vidas saudáveis, sem ingerir álcool nem fumar, nem consumir substâncias nocivas, normalmente têm órgãos mais sãos que a maioria das pessoas. Disto seguramente se deram conta as autoridades quando, já em 2001, familiares das vítimas receberam cadáveres de praticantes com cortes inteiros. Segundo a segunda testemunha, em Sujiatun aproveita-se todo o corpo: desde a córnea até o coração, rins, fígados, pele e medulas ósseas.
Segundo a descrição da testemunha, um médico corta até dez praticantes de Falun Gong por dia. Uma vez que se retiram os órgãos dos praticantes ainda vivos, seus corpos são lançados no crematório para destruir a evidência. Até agora, 4.000 dos 6.000 já foram cremados.
O porta-voz da Associação de Falun Dafa dos Estados Unidos, Erpin Zhang, declarou que “os meios de comunicação e governos internacionais ao redor do mundo devem prestar atenção a isto, tomar atitudes concretas para investigar o campo de concentração e pôr um fim a esta barbaridade e loucura. Estamos pedindo todo o apoio possível às organizações mundiais. Alguém tem que tomar consciência e investigar responsavelmente o que está ocorrendo na China. Se este é o preço que gente que pratica uma disciplina pacífica de auto-desenvolvimento, como é Falun Gong, paga por um silêncio global, isto será terrivelmente trágico para a humanidade e ficará marcado na consciência de cada um”.
Um negócio rentável
O tráfico de órgãos é um negócio rentável na China comunista, e tem havido diversos informes de meios de comunicação estrangeiros sobre como as autoridades, desde 1970, aproximadamente, tiravam órgãos de prisioneiros executados para depois vendê-los.
O China International Transplantation Network Assistance Center (ITNAC – Centro de Assistência da Rede Internacional de Transplantes da China) está localizado na mesma cidade de Shenyang, província de Lioaning, a poucos quilômetros do campo de concentração. Sabe-se que os órgãos não podem ser armazenados e, em Hong Kong, por exemplo, um paciente que precisa de um transplante de rins normalmente necessita esperar de 7 a 8 anos para obter um doador. Entretanto, em sua web page http://www.zoukiishoku.com o ITNAC oferece transplantes de órgãos especialmente para estrangeiros taxando, por exemplo, um rim em $ 180.000 dólares, assegurando que em uma semana conseguem o doador, e “se o doutor descobre que há algo mal com o órgão, o paciente terá a opção de outro doador e ter outra operação em uma semana”. A instituição foi fundada em 2003, um ano depois que começaram as prisões em massa de praticantes Falun Gong que apelavam aos milhares na Praça Tiananmen.
Não se sabe quantas estruturas desta categoria há na China, porém é ilógico crer que este é um caso isolado. Há bastante tempo há informações de praticantes assassinados cujos órgãos foram extirpados, porém em geral não foram devidamente observados nem tratados pelos meios de comunicação nem dos governos. Hoje já aparecem sérios informes sobre uma instalação estabelecida especificamente para reter milhares de praticantes para extirpar seus órgãos vivos e depois exterminá-los. Adicionalmente, há milhares e milhares de praticantes desaparecidos, com suas famílias procurando-os desde o começo da perseguição. Eles podem hoje ser cinzas de cadáveres cremados não só no hospital da província Liaoning, senão em qualquer lugar da China porque isto é só a ponta de um iceberg.
Fundo falso
Falun Gong ou Falun Dafa é uma prática tradicional chinesa de gigong. É destinada a melhorar o corpo e a mente através de uma série de 5 exercícios lentos, suaves e muito fáceis de aprender. En Falun Dafa se dá alta prioridade ao desenvolvimento dos valores morais como verdade, benevolência e tolerância.
Falun Dafa é praticada por mais de 100 milhões de pessoas em 80 países; desde então, milhões de praticantes por todo o mundo têm reportado melhoras surpreendentes em sua saúde.
Perseguição
Em julho de 1999, a cúpula do Partido Comunista Chinês proibiu a disciplina pacífica de auto-desenvolvimento Falun Gong (Falun Dafa) e começou o atual genocídio sob três premissas ditadas pelo então presidente Jiang Zemin: “Destruir seus corpos, difamar suas reputações e quebrá-los financeiramente”. Dada esta política que abarca até o povo mais humilde, quando os praticantes de Falun Gong chegam como prisioneiros, as autoridades têm total liberdade para dispor deles. Além disso, todos são presos ilegalmente e seqüestrados, portanto, os familiares desconhecem seus paradeiros e então os praticantes de Falun Gong podem desaparecer como se fossem ninguém, sem problema.
Estas ordens foram personificadas e levadas a cabo pelo atual membro da cúpula, Luo Gan. O alto funcionário chinês está sendo investigado pelo Tribunal Federal nº 9, a partir de uma sentença histórica do juiz Aráoz de Lamadrid, que admitiu a querela apresentada pela Associação do Estudo Falun Dafa na Argentina (AEFDA), durante a visita do alto funcionário em dezembro do ano passado a esse país.
De acordo com a ONG Inteligência Online, baseada em Paris, em junho do ano passado as autoridades do Partido Comunista Chinês realizaram várias “reunião por crise”, onde o vice-Ministro de Segurança Pública da China foi designado para o trabalho de “fazer desaparecer” a Falun Gong “antes dos Jogos Olímpicos de 2008”. Isto coincide com o testemunho do ex-agente, que declarou que vários documentos internos deixam claro que as autoridades desejam aprofundar sua repressão sobre Falun Gong para esmagá-la completamente antes das Olimpíadas.
O web site Minghui-es.org só pôde documentar 2.840 casos provados e identificados de praticantes de Falun Gong que foram assassinados na perseguição do Partido Comunista, embora a cifra real seja calculada em dezenas de milhares. 341 desses casos verificados correspondem à província Liaoning, e muitas das mortes de Falun Gong estão concentradas no nordeste da China."
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