Rato Veterano |
# mar/06
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CÂMBIO
O dólar pronto fechou ontem pelo terceiro dia útil consecutivo em queda, de 0,23%, cotado a R$ 2,133 na roda da BM&F e a R$ 2,1340 no balcão. Os juros dos Treasuries de 30 e 10 anos subiram mais nesta segunda-feira, mas tiveram efeito limitado sobre o risco Brasil. À tarde, o risco País chegou a recuar cinco pontos para 225 pontos base e, por volta das 18h19, cedia 1 ponto a 229 PB. Houve fluxo cambial positivo, que foi absorvido pelo Banco Central no leilão de compra.
O firme superávit da balança comercial na segunda semana deste mês, mesmo com um expressivo aumento das importações e a despeito do nível atual do pronto, encorajou investidores a renovarem as apostas na queda futura das cotações. E a não realização de leilão de swap reverso favoreceu ainda esse recuo. Hoje, pelo quinto dia útil seguido, o BC não fará leilão de swap reverso.
O giro financeiro total teve expressivo aumento ontem, de 45%, para cerca de US$ 2,582 bilhões, por causa do grande volume de operações casadas entre o dólar pronto e o futuro fechadas no mercado de balcão. Um operador também disse que pode ter ocorrido vendas de dólar pronto por investidores estrangeiros que migraram para títulos públicos, como as NTN-B (indexados ao IPCA). Desse giro total foram movimentados em D+2 cerca de US$ 1,822 bilhão (mais do que o giro total registrado na sexta-feira passada, de US$ 1,786 bilhão), sendo cerca de US$ 235,750 milhões pela roda da BM&F.
No mercado de dólar futuro, os cinco vencimentos negociados voltaram a declinar. Projetaram para 1º de abril queda de 0,37% a R$ 2,146; e, para o maior prazo, 1º de dezembro/06, baixa de 0,27% a R$ 2,280. Mas, o volume financeiro transacionado diminuiu 39% para US$ 6,29 bilhões, com 125.581 contratos.
Chamou a atenção de alguns profissionais o firme aumento do giro financeiro à vista enquanto o volume negociado a futuro encolheu - embora tenha sido expressivo. O vencimento a partir desta quarta-feira de contratos de swap reverso que foram vendidos pelo BC a partir de novembro de 2005 pode justificar, em parte, o interesse de algumas tesourarias na queda antecipada do pronto, visando enfraquecer a ptax desta terça-feira. Esta taxa será usada na quarta-feira para os ajustes de contratos de swap reverso negociados entre o BC e o mercado.
Outra possibilidade levantada para a aparente retração das apostas no mercado futuro de dólar foi a de que os investidores podem estar aguardando os próximos indicadores de inflação e atividade norte-americanos para tentar avaliar o espaço de eventual continuidade do ciclo de alta dos juros norte-americanos após a reunião no fim deste mês. Entre os dados mais esperados, destacam-se a divulgação do "livro bege" do Federal Reserve, na quarta-feira, que trará um sumário sobre as condições da economia norte-americana que servirá de base para as decisões de política monetária que serão tomadas na reunião do dia 28; e o índice de preços ao consumidor (CPI) de fevereiro, na quinta-feira.
O comportamento dos preços do petróleo também pode voltar a mexer com os negócios. Ontem, os preços futuros de petróleo subiram impulsionados por novos problemas em refinarias e preocupações já antigas com a estabilidade de países fornecedores da commodity. Na Nymex, os contratos de petróleo para abril fecharam em US$ 61,77 o barril, alta de US$ 1,81 (3,02%).
Internamente, há muita expectativa sobre a ata da reunião do Copom da semana passada, que será divulgada na quinta-feira. Os investidores vão procurar sinais que possam consolidar ou não a perspectiva de eventual aceleração nos cortes da taxa Selic a partir de abril.
O Ministério do Desenvolvimento informou que o saldo da balança comercial na segunda semana de março teve um superávit de US$ 616 milhões, resultado de US$ 2,442 bilhões em exportações (média diária de 488,4 milhões) e de US$ 1,826 bilhão em importações (média diária de US$ 365,2 milhões). No mês, o saldo acumulado da balança é de US$ 1,245 bilhão, e no ano, de US$ 6,911 bilhões.
No leilão de compra, o BC pode ter adquirido cerca de US$ 100 milhões, à taxa de corte de R$ 2,136. Na operação foram aceitas sete propostas de um total de cerca de 21 propostas apresentadas a taxas de R$ 2,1355 a R$ 2,1380. (Silvana Rocha)
ó ;... se não tiver fazendo porra nenhuma e quiser um pé de meia, vai numa casa de câmbio e compra umas doleta para deixar debaixo do travesseiro :)
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