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Cup Noodles Veterano |
# jun/16 · Editado por: Cup Noodles
Olá pessoal,
Tenho um cubo - Peavey envoy 110. Ele é 110V e eu moro em uma região 220v. Eu acho um saco ficar andando com transformador ou Estabilizador.. e a bagunça de fios que vira tudo isso...
Eu tava pensando em fazer uma gambiarra no cubo... mas gostaria de saber se isso nao o Danificaria.
Minha idéia é Abrir a tampa traseira e parafusar o transformador num canto... e colocar a tampa novamente.. assim o fio já sairia lá de dentro pra ligar na tomada 220v.
esse quadradinho vermelho é um exemplo de onde ficaria... lembrando que pelo lado interno.
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Vocês acham que isso danificaria o cubo?
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The Man Who Sold The World Veterano |
# jun/16
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Cup Noodles danificar não, mas reduzir o valor de revenda drasticamente, com certeza
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sandroguiraldo Veterano |
# jun/16
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Cup Noodles
Eu já usei muito assim. Não vai danificar em nada o ampli, a não ser que você seja muito, mas muito burro mesmo.
E não vai perder valor de revenda nenhum. Quando for vender o ampli é só tirar o trafo daí e fechar a traseira de volta.
Quem vai se importar com 4 furos pequenos na parte interna do ampli? Só cuidado pra furação não ser profunda e varar pelo fundo da madeira, atravessando do outro lado.
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Ismah Veterano |
# jun/16
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Também acho que não vá tirar valor de revenda, mas seja honesto e venda com o trafo.
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Cup Noodles Veterano |
# jun/16 · Editado por: Cup Noodles
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hahahaha eu já adaptei rodinhas nele... acho que valor de revenda já era! mas eu nao venderia sem avisar nao.
meu amplificador tem a traseira toda tampada .. pelo menos nao vai ficar aparecendo pelo lado de fora.. e ficar mais feio.
outra coisa.. quando abri ele vi que ele tem uma peça fixada na parte inferior, bem no meio. igual a essa: Imagem
será que tem problema eu colocar essa peça mais para o canto para colocar o transformador do lado ?
e se um dia eu for vender.. eu devo tirar o transformador.. pq ele pode servir para algum outro eletronico futuro meu... ou entao eu cobrarei adicional pelo Transofrmador hehehe
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jun/16
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Cup Noodles Isso aí é o tanque de reverb. será que tem problema eu colocar essa peça mais para o canto para colocar o transformador do lado ? Não. Abç
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Cup Noodles Veterano |
# jun/16
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Mauricio Luiz Bertola Ismah sandroguiraldo The Man Who Sold The World
Muito obrigado pessoal. Já esclareceram minhas dúvidas.
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Ismah Veterano |
# jun/16 · Editado por: Ismah
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Cup Noodles ou entao eu cobrarei adicional pelo Transofrmador
20 reais?
já adaptei rodinhas nele...
Brasileiro... Espero ao menos que tenham travas.
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Lelo Mig Membro
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# jun/16 · Editado por: Lelo Mig
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Cup Noodles
Um detalhe, fora os toques que os amigos já deram.
Ele é 110V!
Ou seja, certifique-se não liga-lo diretamente em cidades com tensão "110V", porque na real, muitas cidades do Brasil são 127V, apesar do povo dizer 110V.
E um aparelho (americano por exemplo) é 110V, normalmente com uma tolerância de 10% mais ou menos, o que daria 121V. Então 127V pode não queimar mas é desaconselhável.
Belê?
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JJJ Veterano
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# jun/16
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Lelo Mig
Tem alguma cidade com 110 "mesmo" por aqui?
Pensei que só tivesse 127 ou 220.
Enfim... entrei no tópico já pensando que seria mais uma das típicas gambiarras do FCC, mas essa aí nem é tão gambiarra assim...
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marfu Membro |
# jun/16
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Boa Tarde.
Amigo, muito cuidado com esta alteração.
Seu transformador de 220V fornece as tensões corretas na saída quando alimentado em 220. Se vai adaptar um outro transformador ele deve ser para tensão de entrada do amp. Não aceite transformador 220/127. Outra coisa... eu recomendo fazer um trafo novo dentro das tensões do padrão brasileiro ( 127/220) e com as saídas nominais do equipamento.
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marfu Membro |
# jun/16
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Correção:
O manual dele indica alimentação de 120VAC.
https://assets.peavey.com/literature/manuals/80301044.pdf
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SergioTrindade Veterano |
# jun/16
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Tem sim. A tensão nominal da rede na cidade de São Paulo e baixada santista é 110V. A rede é secundária é dimensionada para 115V, havendo uma queda que faz chegar até 105V em casos extremos, á noite. Nesses locais existem redes secundárias de 127V (tensão mais comum no interior) mas eu não exatamente sei onde. Na periferia da cidade de São Paulo o padrão é 230V/115 V. Uma vez pedi uma certidão da Eletropaulo para instruir uma perícia judicial, eles declaravam que a tensão nominal era de 115V por fase - para São Bernardo do Campo. Existe muita variação no Brasil, em caso de dúvida consulte a ABRADEE
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SergioTrindade Veterano |
# jun/16
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O valor de 127V é usado quando a defasagem da rede é de 120º. Nesse caso, a tensão entre duas fases será de 220V. Teoricamente, seria 127,5V pois 127,5÷Sen120º=220V. Por isso que, para duas fases de 220V, a tensão é de 380V, pois 220V÷Sen120º ≈380V Na prática não vale à pena se preocupar com as variações entre cidades, pois a qualidade da distribuição no Brasil é muito ruim, não tem a precisão que as pessoas imaginam.
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JJJ Veterano
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# jun/16
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SergioTrindade
Podia ser tudo como aqueles carregadores de celular que vão de 100 a 240 ou algo assim... rs
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Ismah Veterano |
# jun/16 · Editado por: Ismah
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JJJ Tem alguma cidade com 110 "mesmo" por aqui? Porto Alegre também tem regiões que é assim.
SergioTrindade O valor de 127V é usado quando a defasagem da rede é de 120º. Nesse caso, a tensão entre duas fases será de 220V. Teoricamente, seria 127,5V pois 127,5÷Sen120º=220V. Por isso que, para duas fases de 220V, a tensão é de 380V, pois 220V÷Sen120º ≈380V
Poxa que do caravalho, faz todo sentido! Não tinha pensado nisso, e essa defasagem é natural (difícil seria fazer em fase)
JJJ Podia ser tudo como aqueles carregadores de celular que vão de 100 a 240 ou algo assim... rs
VARIAC te diz algo?
Nosso maior problema é o tamanho da porta toda... EUA, China etc também sofre problemas, mas eles amenizaram com mais usinas, o que faz a energia precisar viajar menos distâncias.
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macaco veio Veterano |
# jun/16
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Aqui nos USA (pelo menos nos estados de Massachussets, Pensilvania, Nova York, New Jersey, Florida onde ja morei) e' 120V cravado, a noite costuma dar 120,5V a 121V, nao varia e nao cai, com execao da Florida que tem muito furacao passa anos e anos sem interrupcao de energia, sem apagao. lampada incandescente voce poe e esquece, leva anos pra queimar uma. Nao sei como eles fazem mas nao tem desculpa de defasagem nao. Eu nao sei pra que estes 7 volts a mais no Brasil, os engenheiros brasileiros deveriam se envergonhar, mas depois dessa tomada de 3 pinos, se pode esperar qualquer coisa. Sobre o trafo dentro do ampli, poe o reverb num canto e o trafo no outro, se ficarem perto vai dar hummm no reverb.
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A.Sim Membro Novato |
# jun/16
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Tem sim. A tensão nominal da rede na cidade de São Paulo e baixada santista é 110V. A rede é secundária é dimensionada para 115V, havendo uma queda que faz chegar até 105V em casos extremos, á noite. Nesses locais existem redes secundárias de 127V (tensão mais comum no interior) mas eu não exatamente sei onde. Na periferia da cidade de São Paulo o padrão é 230V/115 V. Uma vez pedi uma certidão da Eletropaulo para instruir uma perícia judicial, eles declaravam que a tensão nominal era de 115V por fase - para São Bernardo do Campo.
É por essa razão que os transformadores de força que fabricamos têm primário universal 110/127/220 V. Use sempre a tomada correta do primário, conforme a tensão da rede local, para prolongar a vida útil das válvulas do seu equipamento.
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A.Sim Membro Novato |
# jun/16 · Editado por: A.Sim
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Macaco Veio Aqui nos USA (pelo menos nos estados de Massachussets, Pensilvania, Nova York, New Jersey, Florida onde ja morei) e' 120V cravado, a noite costuma dar 120,5V a 121V, nao varia e nao cai, com excecao da Florida que tem muito furacao passa anos e anos sem interrupcao de energia, sem apagao. lampada incandescente voce poe e esquece, leva anos pra queimar uma. Nao sei como eles fazem mas nao tem desculpa de defasagem nao. Eu nao sei pra que estes 7 volts a mais no Brasil, os engenheiros brasileiros deveriam se envergonhar, mas depois dessa tomada de 3 pinos, se pode esperar qualquer coisa.
Que é isso, colega, senti-me ofendido...mas deixa eu explicar como aparecem os 110 V em São Paulo e os 127 V no RS, por exemplo.
Eu já era engenheiro em 1992, mas nesse tempo vivíamos numa época sem internet, chamada Era das Trevas, e o mundo que eu "conhecia" terminava ali em Porto Alegre. No Rio Grande do Sul, a energia chega aos consumidores residenciais distribuída em trifásico ( 13 kV e 22 kV, se bem me lembro ) e é rebaixada por um transformador trifásico que fica "no poste" e alimenta um determinado número de consuidores. O primário do transformador é ligado em triângulo ( assim a rede primária dispensa o neutro e só utiliza três fios ) e o secundário é ligado em estrela, com o centro da estrela aterrado e conectado ao condutor neutro. As três pontas da estrela formam então as três fases formando a rede de quatro fios 127/220 V como temos em Porto Alegre e no centro de algumas cidades, e 220/380 V como temos em redes mais novas e nas cidades do interior do estado. O porquê desses números é explicado pelo fato de as três tensões trifásicas serem defasadas entre si de 120 graus, fazendo com que a soma das tensões de duas bobinas secundárias em série não seja algébrica, mas, sim, vetorial. Essa relação bem conhecida ( 1,73 ou, melhor, raiz quadrada de três ) gera os tais 127 V entre fase e neutro, pois a tensão entre fase e fase é 220 V. Não há como escapar disso. Esse era o sistema que me foi ensinado no curso técnico e, depois, na Escola de Engenharia.
Em 1992 meu mundo ficou um pouco maior; eu viajei a São Paulo capital ( de avião, pela Transbrasil; coisa chique na época... ) para um treinamento que durou 30 dias. Caminhando pelas ruas, logo notei que havia algo de estranho nos postes : a rede de distribuição em baixa tensão era provida por uma combinação esquisita de transformadores monofásicos:
a) um transformador grande, com duas buchas primárias e três secundárias, ou b) um transformador grande mais um pequeno, esse com duas buchas primárias e duas secundárias, ou c) um transformador grande e dois dos pequenos.
Eu perguntei aos instrutores do curso como era o sistema de distribuição em São Paulo. Eles me explicaram que a rede em São Paulo era "110" e "220", conforme se medisse de fase a neutro, ou de fase a fase. Eu retruquei dizendo que 110 V não existia, que o certo era 127 V. No laboratório, tínhamos tomadas de "110" e 220 V. Pois pegando um multiteste, fui medir a tensão das tomadas e achei, pela primeira vez na vida, uma rede de 110 V.
Como aparecem os tais 110 V ? Da mesma forma como eles nasceram aqui nos EUA. Edison, nos seus primitivos sistemas DC, colocava dois dínamos de 110 V em série, e distribuía energia num sistema a três fios. Cargas leves ( luz ) eram ligadas em 110 V; já motores e cargas mais pesadas, eram ligadas em 220 V ( força ). Daí vem o nome "Cia Light de Luz e Força"... legal, não ?
A explicação dos transformadores em São Paulo : racionalização dos recursos durante a implantação da rede. Uma rua é aberta, por exemplo, e a rede é instalada para atender umas poucas residências. A concessionária instala um transformador monofásico ( o grande ) no poste, cujo secundário é 220 V com derivação central. Dele saem três fios: o neutro e duas fases de 110 V. Medindo-se de fase a fase, tem-se... 220 V. Veja que essa rede inicial não é trifásica. Esse transformador é ligado nas fases primárias R e S, por exemplo.
Aí, uns meses depois, uma fábrica de transformadores de áudio se instala na rua e requer rede trifásica para acionar os motores das suas bobinadeiras: a concessionária, então, instala um segundo transformador monofásico, ligado de S a T, por exemplo, e liga o seu secundário em série com o secundário do transformador grande. Com isso, agora, teremos em baixa tensão as três fases R, S e T, além do neutro.
No entanto, essa forma de obter rede trifásica ( com dois transformadores monofásicos ) impõe uma limitação na máxima potência que se pode utilizar, pois falta uma das "pernas" do triângulo trifásico, que garantiria a estabilidade da tensão entre T e R. Quando uma segunda fábrica de transformadores, maior do que a primeira, se instala nessa mesma rede, a concessionária aumenta a potência disponível instalando o terceiro transformador, entre as fases T e R, fechando o triângulo.
A razão dessa estratégia parece ser economia de recursos. Por outro lado, com a crescente demanda por redes trifásicas mesmo em residências, não sei se a concessionária paulista continua adotando essa estratégia, ao invés de instalar um transformador trifásico único. Quem poderia confirmar ?
Aqui nos EUA eu vejo os prédios sendo alimentados por um transformador monofásico com três buchas secundárias. Logo, a rede dentro das casas/apartamentos deve ser 120 V de fase a neutro, e 240 V de fase a fase.
Macaco Véio, tu também estás aqui nos EUA ?
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Matec Membro |
# jun/16 · Editado por: Matec
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Aqui em São Paulo é uma mistura de modos de distribuição. Nas residências costuma ser 120v / 240v ; 2 fases mais o neutro ( classificada como monofásica ) Com uma (pequena) tolerância de 110V a 128V e de 220V a 256V dependendo do horário, etc E lógico tem também as ligações trifásicas já citadas 127V, 220V, 380V, em prédios, lojas, shopping centers, indústrias, etc. De modo que nunca se tem certeza de qual a tensão se pode encontrar em qualquer ponto da cidade. Tem que ter sempre um multitester para isso. P.S. Aqui em SP, quem atualmente faz a distribuição da energia é a incompetente AES Eletropaulo. Só hoje já houveram 3 interrupções de energia aqui, aparentemente sem motivos...
Abs
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macaco veio Veterano |
# jun/16
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A.Sim Sim, desde 1985 que fico pra la e pra ca, E' um triangulo, na ponta de cima sai 240 pra um lado na ponta de baixo do triangulo e 240 pro outro lado na outra ponta de baixo. Nas duas pontas de baixo emenda 120 mais 120 com o neutro no meio. Toda casa tem uma tomada de 240v pro ar condicionado, pro fogao e pro aquecedor, o resto todo e' 120. Se voce mesmo construir sua casa e nao por os 240V nao passa na inspencao. Antes de morar se tem que ir na prefeitura e chamar o fiscal para liberar. Eu construi uma casa no Brasil e fiz toda parte eletrica e custei a achar uma caixa de distribuicao boazinha. Voce ja viu a caixa de distribuicao deles? Cara, que coisa bem bolada e bem feita. Arrempedi de nao ter levado uma pro Brasil. O problema do Brasil sao as gambiarras que e' muita e a miseria pra fazer as coisas, tudo com minimo de custo, muita economia porca. Quando eu cheguei aqui eu trabalhei em construcao, o que sobrava de fio Romex (esse que tem os tres fios numa capa so mas ficam soltas dentro da capa, nao tem no Brasil), eu levei uns bons metros pra por na minha casa. Nao tem miseria com esses americanos nao. Em BH minha cidade natal e' 127V, e ate nao e' muito ruim, o maximo que me lembro de ter medido foi 133V e o problema e' que era raro achar lampadas de 127V, haja lampadas de 120V, o lugar pra queimar lampada! Agora. convenhamos, voce fazer um trafo de forca e ficar dividindo um pedacinho da camada pra por derivacao de 110 e 127 e' um saco, avacalha com espacamento do trafo.
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Ismah Veterano |
# jun/16
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A.Sim transformadores de força que fabricamos têm primário universal 110/127/220 V
Weg? rs
127/220 V como temos em Porto Alegre
Pra ver como somos organizados no BR... Ali na Pe Chagas, no Moinhos de Vento, eu toco meia dúzia de vezes por mês... É 115 cravado... Lá na Cidade Baixa, Cidade Histórico, acho que Praia de Belas é 110... Lá na zona sul, tem os 127... Não creio ser queda de tensão por excesso de carga, mas a cidade velha ter sido administrada até 54 pelos americanos...
O porquê desses números é explicado pelo fato de as três tensões trifásicas serem defasadas entre si de 120 graus, fazendo com que a soma das tensões de duas bobinas secundárias em série não seja algébrica, mas, sim, vetorial.
É mais fácil pensar como o SergioTrindade explicou não?
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A.Sim Membro Novato |
# jun/16 · Editado por: A.Sim
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Olá.
Matec
Matec, por favor, tu trocaste de email ? Se sim, por favor, envia o novo endereço para o meu email, ou para o email da Schatz.
Ismah transformadores de força que fabricamos têm primário universal 110/127/220 V
Weg? SC
Não; Schatz RS.
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A.Sim Membro Novato |
# jun/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, Macaco Veio :
Pois então; essa questão do primário contemplando 110 V e 127 V é delicada. Num equipamento transistorizado, essa diferença dificilmente traria algum problema, pois as tensões DC internas, ou não são críticas, ou são reguladas. Eu trabalhei longo tempo com assistência técnica e lembro que o único aparelho que encontrei, onde a rede em 127 V causava algum problema, era uma TV Semp antiga de 10", uma branquinha. Ela era 110 e 220 apenas; com 127 V, a tensão da rede, retificada, ficava alta demais e o regulador parava de funcionar. A solução era aumentar um resistor de fio que ficava em paralelo com o transistor regulador da fonte. Mas isso era purismo meu, porque nenhum cliente reclamava do fato de que a largura da imagem variava com o brilho da cena, devido à falta de regulação da linha de +B.
Nos equipamentos a válvula, entretanto, a tensão de filamento é crítica para o funcionamento do aparelho e para a durabilidade das válvulas. Uma tensão de filamento poucos % acima ou abaixo da nominal encurta a vida do catodo sensivelmente. Considerando que o ideal é aplicar a tensão nominal ao filamento, com uma tolerância de +/- 5% sendo aceitável e +/- 10% sendo o máximo tolerável para alguns tipos, uma variação de +15/-13 % pode ser considerada completamente inaceitável - isso considerando apenas os valores nominais 110V e 127 V, sem levar em conta a variação da própria rede. É por essa razão que todos os nossos transformadores de força têm primário universal 110/127/220 V, eliminado o problema na sua origem. O trabalho extra de fazer uma derivação a mais no primário é plenamente recompensado, pois eu fico tranquilo, tendo a certeza de que as válvulas do aparelho que o cliente montou ou consertou com o nosso transformador estão recebendo a tensão correta. E, informo, não bagunça com o espaçamento das espiras, nem das camadas...
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Ismah Veterano |
# jun/16
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A.Sim
Tenho que te visitar rsrs
Mas sobre conversão 220 -> 110, eu bati um recorde de gambiarra com 5 1N400X em paralelo ontem...
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Matec Membro |
# jun/16
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A.Sim
Mandei uma mensagem para o contato da Schatz para vc ter o novo e-mail.
Abs
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macaco veio Veterano |
# jun/16
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A.Sim Eu concordo com voce em partes. Vamos por etapa, nos equipamentos transistorizados depedende, as vezes 110 pra 127 faz diferenca. Exemplo, tive problema com um 3 em 1 sony (anos 80) que insistia em queimar o IC STk450 por excesso de tensao por causa do 127V, alem de varios capacitores eletroliticos estarem com a tensao justa demas (em 110 ficava abaixo mas em 127 ficava acima do limite do capacitor, miseria de fabricantes), a solucao foi trocar o trafo. Ja consertei muitos amplis tremendao e outros nos anos 70 que tinham sido projetados pra 110 e ligados em 127 queimavam os capacitores (lorezenttis, cherries, etc) de 450v (passavam do limite). Mesmo em transistorizados quando sobe a tensao eles aguentam mas tudo passa a aquecer mais, funciona mas bom nao e'. Sobre a tensao de filamentos, nem sempre se consegue exatamente os 6,3v no calculo das espiras porque as 1/4 de espira faz diferenca e ai tem que arrendondar o numero de espiras e a tensao passa, ou seja o trafo ta calculado certinho mas os filamentos ficaram com 6,4 e a desculpa e' que nao tem problema que a tensao vai cair com o consumo e nem sempre cai. Ai voce acerta a relacao espira volt certinha pra dar os 6,3 mas ai a divisao de camadas do primario nao termina na beirada do carretel. Eu sou muito preciosista, mas muito mesmo (so admito Deus acima de mim no perfercionismo), se eu faco um trafo (so pra mim, nunca vendi um na vida) se eu calcular ele e no final sobrar meio milimetro de janela vazia eu fico puto uma semana. Quando eu enrolo o primario e' espira lado a lado certinha uma por uma, quando o 110 termina na beirada do carretel o 127 nao vai terminar na beirada (impossivel), a menos que esperdice uma camada inteira com a espiras espacadas pra terminar do outro lado, ai eu estou esperdicando espaco vazio entre as espiras. Se enrolar lado a lado vai ter derivacao numa parte da camada, ai eu tenho que passar o fio da derivacao por cima e ai fudeu com a altura, eu tenho que ficar ajeitando o fio mais fino de 220 e uma maneira a compensar e ocupar qualquer espaco vazio. Agora se enrolar mais ou menos vai ajeitando ate as derivacoes ficarem nas bordas mas o fator de enrolamento aumenta e sempre fica mais folga entre espiras (pra mim os fios deveriam ser quadrados pra nao sobrar nenhum espaco). Detesto trafo ruidoso, no final eu tenho que por o ouvido nele e o ruido tem ficar baixinho, e pra isso tem que por o gauss muito baixo o que vai dar muita espira, entao se eu nao aproveitar o minimo de espaco vai ficar um trafo grande (o que tambem nao gosto) e nao pode aquecer nao, tem que ficar 24 horas ligado e permanecer frio, frio. Eu aprendi a mexer com trafo de raiva, pois todos os trafos que comprei ou mandei enrolar na vida eu tive e consertar ou fazer de novo. As vezes fico uma semana fazendo um trafo e no final nao fico satisfeito porque ficou bom mas ficou feio por fora (a beleza tambem conta), nao e' so com trafo nao, e' com tudo que vou fazer de eletronica, um dia eu paro com eletronica se Deus quizer. Acredito que os seus trafos sejam bons porque entender voce entende, agora convenhamos, fazer por exemplo um trafo de audio bem entrelacado, bem dimensionado pra nao ficar sobrando ferro nem janela demais, com carretel de papel (sem paredes laterais) e duas camadas push pull lado a lado com carretel dividido pro primario e pro secundario sem divisao e com as camadas de espiras indo ate a beiradinha da base do carretel pra nao sobrar vazio nenhum, tudo perfeitinho, vai uns 3 dias de trabalho no minimo, acho que nem a hammond faz.
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Ismah Veterano |
# jun/16
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macaco veio
Jensen talvez...? rs Aquilo parece que saiu de outro planeta...
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A.Sim Membro Novato |
# jun/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, Macaco Veio :
O programa que usamos para calcular os transformadores de força permite ajustar os enrolamentos para acertar os 6,3 V com um número inteiro de espiras secundárias. Às vezes é um pouco difícil acertar junto os 5 V da reticadora, mas temos sempre conseguido resolver o problema. O programa também calcula as quedas de tensão e o aquecimento final do componente, entre outros parâmetros.
A produção industrial de um transformador de força envolve vários compromissos e saber lidar com eles, achando uma solução otimizada, é o que determina a qualidade do produto final. Para alguns, fabricar um transformador é apenas enrolar fio num carretel ( mas não é ? Porque então tem de custar "tão caro" ? ); para um fabricante idôneo, que precisa garantir o desempenho do componente juntamente com uma vida útil de pelo menos vinte anos, é um problema complexo de Engenharia.
Não vou nem mencionar a complexidade dos transformadores de saída...
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macaco veio Veterano |
# jun/16
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Ismah Jensen e algumas fabricas antigas poucas no mundo tem maquinario feito so pra eles, imagina aqueles trafinho minusculos que existiam nas entradas de mesa de som, todo blindado, segredo de estado guardado a 7 chaves, e o medo da competicao e' tanta que se eles pudessem eles compravam o ferro todo existente no mundo e todos os livros sobre trafos so pra ninguem aprender a fazer (sem contar que os livros so tem teoria), com a chinesada enchendo de merda no mercado e fudendo eles porque cada dia se usa menos trafo nos aparelhos de som. KKKKK.
A.Sim Com certeza com os 5 volts entao ai que fica mais dificil. Eu sei como e', eu ja passei um dia inteiro fazendo conta e planejando trafo internamente. No seu caso voce nem pode ter muitos empregados porque alem de ter que ensinar eles a pratica, no final eles aprendem e compram uma maricota chinesa vagabunda de 500 dolares que nao enrola nem bifilar e depois querem competir com o patrao fazendo merda.
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