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Zwipek Membro Novato |
# nov/20 · Editado por: Zwipek
Boa noite a todos!
Antes de mais nada: Destaquei as partes em negrito e sublinhadas para aqueles que querem ajudar, mas não se importam com os detalhes que me levaram as dúvidas. Caso tenham paciência de ler o texto na íntegra, aproveito para agradecê-los desde já, certamente tudo fará mais sentido contextualizando a questão.
Recentemente tenho produzido mais poesia, e como meu principal instrumento é a guitarra e também o violão, tenho tentado criar melodias e cantá-las. Ou seja, sou nível 1 cantando, nível 8/9 tocando.
Tenho inclusive o objetivo de gravar algumas dessas composições e se possível trazê-las para que os nobres colegas de fórum possam avaliar. Naturalmente trata-se de algo simples, mais indie e DIY, mas quero fazer essa tentativa para melhorar nesse quesito.
Acho isso importante sobretudo por questões de expressividade, que melhoram quando você mesmo reproduz integralmente suas próprias composições e/ou domina outros aspectos da música de forma mais abrangente para obter melhores resultados em grupo.
Tenho experiência em músicas próprias, mas apenas instrumentais.
Então surgiram algumas dúvidas com relação ao canto, uma vez que estou pegando algumas músicas para tirar.
Tenho percebido que canto decentemente em algumas tonalidades. Como D/Bm, que seriam os tons em que tenho mais facilidade. As vezes A/F#m, C/Am... Mas não executo de forma razoável músicas em outras tonalidades.
Atribuo isso a falta de técnica vocal, mas também a compreensão de oitavas. Meu timbre é mais grave, porém não gutural. No entanto nos agudos é difícil atingir as notas sem apelar ao falsete, o que descaracteriza obras de terceiros e as deixa com interpretação diferente da música original.
Com o brilho do violão, me atrevo a cantar em tonalidades distintas em andamentos lentos, ou me utilizando do capotraste para contrastar com o timbre vocal.
Nessa tentativa de gravar meu material quero resolver essas questões:
- Como encontrar os tons adequados para mim? (artigos, vídeos e materiais de apoio são bem-vindos)
- Frequentemente entro em falsete em músicas que não usam essa técnica. Como uma simples maneira de acertar as notas que não atinjo em esse recurso. Seria isso uma defasagem técnica ou apenas um recurso aceitável para executar canções em suas tonalidades originais? Vocês acham aceitável ou preferem transpor as músicas para outras tonalidades que facilitem a execução?
- É meio "ABC" compôr sempre nas mesmas tonalidades ou vocês acham natural no conceito indie, folk, blues, rock?
- Recomendam o uso do software Melodyne para ajuste das notas em caso de gravação?
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Enfim, gostaria de saber se vocês poderiam me dar alguma dica no sentido de expandir meu conhecimento ainda que sensivelmente. Qualquer informação relacionado as dúvidas mencionadas pode ser de grande valor.
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fernando tecladista Veterano |
# nov/20
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que seriam os tons em que tenho mais facilidade isso não existe, a facilidade da música está na tessitura da música
você pode ter uma música do zezé de camargo no mesmo tom de uma música do renato russo e por as duas estarem no mesmo tom, não quer dizer que você consiga cantar as duas tranquilamente
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acabaramosnicks Membro Novato |
# nov/20
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- Como encontrar os tons adequados para mim?
Veja, dentro do mesmo tom há notas que estão dentro ou fora da sua tessitura, então não é simplesmente o tom que manda, mas também os intervalos usados. Já que você aponta para composições originais, primeiro tente ver quais notas que vc alcança, e depois na hora de compor você busca essas notas nas melodias, independente do tom. Apenas tenha em mente que certas notas em cima de certos acordes podem não funcionar, mas é tudo questão de contexto e harmonia.
Seria isso uma defasagem técnica ou apenas um recurso aceitável para executar canções em suas tonalidades originais? Vocês acham aceitável ou preferem transpor as músicas para outras tonalidades que facilitem a execução?
Tem falsetes e falsetes. Tem gente que entra no falsetes e continua bom, e tem os pobres mortais como eu que fica um lixo. Com o devido treinamento, a qualidade do falsete pode melhorar. Mas como tudo tem um limite, sim, este é um recurso que pode ser utilizado, se vai ficar bom ou não, os ouvidos que julguem. Sobre ser aceitável fazer falsetes ou ser melhor transpor, varia de cada caso, da música e do musicista. O bom de vc ter uma voz mais grave é que é mais fácil treinar pra alcançar novas notas pra cima do que pra baixo, então acho que isso é sim uma deficiência técnica porque vc ainda não alcança certas notas, mas isso pode mudar ( não quer dizer que seja fácil). Tem que testar e ver o que fica melhor em cada caso. Eu gosto de primeiro tentar o tom original, depois sobre ou desce meio tom ou um tom inteiro, e se nada disso ficar bom, aí sim tento transpor. É aceitável aquilo que ficar bom.
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Zwipek Membro Novato |
# dez/20
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fernando tecladista
Agradeço pela ajuda, desconhecia totalmente essas questões de tessitura.
acabaramosnicks
Estava ciente das questões de harmonia e escolha de notas com base nos modos executados e sonoridades desejadas. Porém a parte da tessitura é novidade para mim, como mencionei na resposta ao colega que comentou primeiro aqui no tópico.
Com relação aos falsetes de fato você está certo ao separar o joio do trigo, existem casos e casos. E para música isso vale sempre, o que importa é a qualidade estar presente, não necessariamente o número de técnicas ou sofisticação.
Obrigado por responderem o tópico.
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