Acordes de rock nacional, inglês, americano. Suas divergências e diferenças na forma de tocar.

Autor Mensagem
Ismah
Veterano
# dez/15


Meu dilema de férias:

Porque o rock nacional se baseou em acordes, e o americano em riffs?

Seria influência do ska, que originou o punk rock inglês?

Se sim, porque os ingleses nos influenciaram mais que os americanos?

alan.bassplayer
Membro Novato
# dez/15
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Minha opinião:
Boa parte do cenário "Rock Popular" aqui do Brasil, veio do movimento Rock de Brasília. Antes deste movimento tínhamos Raul, Cássia e Paralamas do Sucesso, basicamente.
Por sua vez o movimento Rock de Brasília veio com influências do Punk Rock inglês, como Sex Pistols.

ogner
Veterano
# dez/15
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alan.bassplayer
Paralamas do Sucesso, = Brasilia

alan.bassplayer
Membro Novato
# dez/15
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ogner
Engano seu meu caro, Apesar dos Paralamas serem considerados parte da "Turma de Brasília", por terem vivido e criado amizade com as bandas locais, é uma banda formada no Rio.

Adler3x3
Veterano
# dez/15 · Editado por: Adler3x3
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Olha não estou com tempo para escrever.
Mas não é nada que foi escrito acima.
O Rock começou nos anos 50 e passou por toda uma evolução.
E existiram muitos músicos no Brasil que tocavam Rock muito antes dos acima citados.

E esta de acordes e riffs não faz sentido.

alan.bassplayer
Membro Novato
# dez/15
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E existiram muitos músicos no Brasil que tocavam Rock muito antes dos acima citados.

Sem dúvidas você está certo Adler3x3, mas eu estou me referindo ao período em que o Rock foi popularizado.

ogner
Veterano
# dez/15
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alan.bassplayer
é uma banda formada no Rio.
Ate sabia que tinha sido formada aqui com o Bi, mas acho que a cabeça deles foi formada em Brasilia...

LeandroP
Moderador
# dez/15
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Creio que uma forte influência venha da Jovem Guarda também.

entamoeba
Membro Novato
# dez/15
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ogner
Ate sabia que tinha sido formada aqui com o Bi, mas acho que a cabeça deles foi formada em Brasilia...

Bi e Herbert são de Brasília mesmo, Barone é do Rio, mas Barone não toca acordes!

ogner
Veterano
# dez/15
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entamoeba
Se ele tocar ao mesmo tempo o bumbo, tom 1 e tom 2, ate da pra sair um acorde!!
heheheh

BrotherCrow
Membro Novato
# dez/15
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Pô Ismah, acho que você não elaborou bem a questão. Parece que você está se referindo a:
-hard rock e metal como "rock americano";
-pop rock nacional a partir dos anos 80 como "rock brasileiro";
-e punk rock/britpop/new wave como "rock inglês".

Isso porque, como já comentaram aí, o rock brasileiro começou bem antes disso, e além da óbvia influência do rock inglês também teve uma influência bem mais inusitada do rock italiano.

Já o rock americano, se você sair do eixo hard/metal, é MUITO baseado em acordes, talvez até mais que o rock inglês. Isso porque muito do rock americano vem do country e do folk.

E quando você fala de rock inglês ser mais baseado em acordes, é claro que você não está levando em conta bandas como Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin, né? Então imagino que esteja falando de punk e de new wave. O new wave, esse sim, influenciou muito o rock nacional depois dos anos 80.

Sobre o ska ter sido precursor do punk, acho que você está se confundindo. Umas poucas bandas punks tinham influência de ska, mas isso era uma coisa meio dissidente dentro do punk. É praticamente um gênero à parte, com as bandas tipo two-tone. Tinha o Specials, tinha alguma influência no The Clash, mas em geral não tem como dizer que o ska originou o punk. No máximo influenciou, de maneira até bem restrita e em uma fase relativamente tardia.

Agora, por outro lado, o rock brasileiro sempre adorou uma pitadinha de ska (vide o Paralamas e mais recentemente o Skank)! E o revival de ska/two-tone/rocksteady dos anos 90 foi uma coisa bem mais americana que britânica.

E rock brasileiro tem muito riff também. Ultraje a Rigor sempre teve, Kid Abelha tinha de vez em quando, e as bandas mais do Sul (imagino que você conheça bem) sempre curtiram um riff. Mas acho que a grande influência do rock nacional foi mesmo o new wave, e aí você tem razão quanto à raiz britânica. Mas no geral acho que a distinção que você tenta fazer não tem muito fundamento, pelo menos dessa maneira como você colocou.

Ismah
Veterano
# dez/15
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BrotherCrow
Já o rock americano, se você sair do eixo hard/metal, é MUITO baseado em acordes, talvez até mais que o rock inglês. Isso porque muito do rock americano vem do country e do folk.

Não sou tão profundo conhecedor de country, mas o pouco que conheço diz o oposto. O mesmo vale Black Sabbath, Deep Purple* e Led Zeppelin, indiretamente o acorde está lá, mesmo que seja os tom-tons e o bumbo fazendo uma formação " I V IX " rsrs

* Deep Purple é a única que conheço, por culpa do finado John Lord, mas ainda é superficial demais para entrar em detalhes maiores.

Nosso Raulzito, tem várias canções ao violão, onde até o momento não encontrei linhas de guitarra. Bem diferente do que vemos no caso numa linha de guitarra de Suspicious Minds (Elvis), onde existe a harmonia de um acorde, mas o riff se constrói em cima disso, pulando de tônica e quarta (G->C, C->F...).

Ainda nessa, percebo que o rock inglês está mais para o erudito, que o rock americano (o blues, muito influente e popular no lado de cá do atlântico, justificaria), quando escuto Beatles, soam harmonias, e poucos ou nenhum solo. Evoluindo temos o punk sem nenhum solo, o new e dark wave com bases limpíssimas e muito chorus, geralmente em cima de arpeggios.

Pode ser por ouvir mais hard/glam/glitter rock/metal, mas me parece que sim é coisa de americano criar uma parede sonora, onde quando o vocal some, o guitarrista preenche rsrsrs

Sobre o ska ter sido precursor do punk, acho que você está se confundindo.

É possível. Porém DENTRO DO MEU CONHECIMENTO a formação e composição de canto, bateria, e até harmonia é semelhante. Como disse influenciou.

as bandas mais do Sul (imagino que você conheça bem) sempre curtiram um riff

Sim e não. Acho que por aqui impera o estilo mais blues dos Rolling Stones de ser e tocar. Voltemos ao caso Elvis.

JJJ
Veterano
# dez/15 · Editado por: JJJ
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Sorry, mas... Tem uma premissa errada no tópico... Os dois riffs mais famosos do rock, segundo o Instituto Jota de Pesquisas Musicais, são justamente ingleses! Satisfaction e Smoke on the Water... De quebra ainda tem Whole Lotta Love e trocentos outros.

LeandroP
Moderador
# dez/15
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Ismah
Nosso Raulzito, tem várias canções ao violão, onde até o momento não encontrei linhas de guitarra.

https://www.youtube.com/watch?v=JAcf4kEtyqA

https://www.youtube.com/watch?v=ky09lVGg2qA

https://www.youtube.com/watch?v=3ZPGGpM0bUU

https://www.youtube.com/watch?v=_bpHx2IcVus

https://www.youtube.com/watch?v=mvg3cGiOaRg

https://www.youtube.com/watch?v=_SpCtnEP9Us

https://www.youtube.com/watch?v=OgaVHByB_2k

etc...

Ismah
Veterano
# dez/15
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JJJ

Obrigado por esclarecer, acho que não fui mesmo claro na pergunta.

Hammer
Veterano
# dez/15
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dano meu chute eu diria que a cultara da guitarra no Brasil veio tarde em comparacao ao resto do mundo e a maioria dos guitarristas daqui nos anos 50 vinha do violao ...dai muito do que foi feito se baseava em acordes ao contrarios dos EUA em que o blues ja tava definido...

kiki
Moderador
# dez/15
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Ismah
não sei se dá pra fazer essa distinção geografica, como se fossem escolas.

acho que tem mais a ver com alguns estilos. musicas que usam mais distorção tendem a nao aceitar bem acordes, pois a terça embola com muita facilidade em altos ganhos. nessa hora o famoso power chord resolve melhor pois é mais harmonico.

sons clean e crunch (blues, rock'n'roll) ou com chorus/flanger (ska, punk ingles) aceitam melhor acordes completos. E nosso rock brasileiro bebeu muito nessas fontes.

agora não podemos dizer que o uso de riffs é americano, como disse o nosso amigo JJJ.

kiki
Moderador
# dez/15
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também vale lembrar a existencia de outros "estilos" que não são "adeptos dos acordes" do nosso rock que não se tornaram tão populares, tipo os punks dos anos 80, que eram bem crus e pesados.

além de sepultura e angra, que não devem nada ao ápice do metal tanto americano como europeu.

mas no fundo eu gosto de uma opinião (não lembro quem falou aqui um dia) de que não tem essa de tocar tipo acorde, tipo popular, tipo erudito, existe apenas tocar o instrumento.

LeandroP
mexeu com nossa autoridade em raulzito...

entamoeba
Membro Novato
# dez/15
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Minha especulação:

Brasileiro é pobre e começa a tocar pelo violão com aquelas malditas revistinhas (tô falando de séc XX).

kiki
Moderador
# dez/15
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entamoeba
paralamas, legião, titãs, eram todos playboys classe média alta, caras que tinham acesso às novidades do rock europeu e a instrumentos bacanas.

os pobres na época eram os punks do abc paulista, que eram ligados ao movimento anarquista, aos operários, e tocavam punk rustico e sem acordes.

por essa diferença acho que sua teoria não cabe.

Ismah
Veterano
# dez/15
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kiki

Vamos ser francos, nenhum punk teria sobrevivido, nem aqui e nem na saia da rainha, se fossem pobres de fato. Pobre mesmo estaria trabalhando naquele momento rsrs

musicas que usam mais distorção tendem a nao aceitar bem acordes, pois a terça embola com muita facilidade em altos ganhos. nessa hora o famoso power chord resolve melhor pois é mais harmonico.
agora não podemos dizer que o uso de riffs é americano

Vamos conceituar algumas coisas

Acorde: três ou mais notas tocadas juntas, o power chord seria teoricamente um X5(8) onde a terça foi substituída pela oitava (não sei bem explicar, vi isso a última vez alguns muitos anos atrás, algo como 2009)

Riff: progressão de acordes, intervalos ou notas musicais, que são repetidas no contexto de uma música, formando a base ou acompanhamento. (by Wikipedia)
Ou seja, não me referia exatamente a isso, mas as sequências de solos - meu conceito de riff era que apenas NOTA repetidas seriam um riff, o que naturalmente exclui Smoke on the wather da lista.

FELIZ NATAL
Veterano
# dez/15
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o que naturalmente exclui Smoke on the wather da lista.

esta eu não conhecia

Adler3x3
Veterano
# dez/15 · Editado por: Adler3x3
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Ismah
Olha o pessoal já esclareceu muita coisa, principalmente sobre os acordes e riffs.
Realmente o título do tópico não foi bem montado.
Mas não deixa de ser interessante e atrativo.

Na década de 50 e boa parte da década de 60 no Brasil a guitarra não foi tão utilizada assim, outros instrumentos como o piano, o órgão e o saxofone tinham as suas linhas musicais no estilo, e a guitarra era mais de fundo com poucos solos.
E os vocais eram até bem caprichados.
E um problema era a importação de Guitarras com um preço lá nas alturas, quando não era proibida, e a indústria nacional era incipiente e quase não se tinha opções de guitarras, baixos e amplificadores.
O som das guitas fabricadas aqui não possibilitava maiores criações, era um som bem ruim, e os amplificadores faziam muitos ruídos.
E o som das guitas era mais clean com pouca distorção e quase nenhum overdrive.
E isto deve ter influenciado na forma de tocar do brasileiro.
Me lembro muito bem quando peguei uma Gianinni e seu amplificador. lá pelos anos 60 não era fácil tirar uma música, não tinha peso, e o amplificador esquentava demais e ficava um ruído só quando você forçava na eterna busca daquele timbre, e estourava tudo.
Não tenho nada contra a marca Giannini se não fosse ela não teríamos acesso a muita coisa, pois era uma das poucas existentes e a que tinha o melhor preço.
Mas o certo é que não tínhamos o equipamento adequado e no mesmo nível dos americanos e europeus, e tínhamos que fazer o que dava para fazer, um músico ou outro mais criativo é que conseguia fazer algo diferente.
Além de que o conjunto todo era fraco e se deteriorava facilmente
Quem podia ter uma boa guitarra precisava de um bom Luthier, e tinha que ter amigos lá no exterior para obter uma boa guita e principalmente bons captadores e até cordas.
Até na questão dos alto falantes, não se tinha boas opções, pois o estilo do rock exigia força.
Os próprios Mutantes faziam um trabalho artesanal criando as suas próprias guitarras e acessórios.

Por incrível que pareça nas últimas décadas o que possibilitou o grande número de guitarristas no Brasil, além da liberação das importações foi o fator China, que mesmo com uma qualidade duvidosa possibilitou o aparecimento de mais guitarristas.
E devagar a qualidade foi melhorando assim como os outros instrumentos e acessórios eletrônicos.

E nos anos 50 e 60 bem dizer o rock produzido aqui eram as versões das músicas inglesas e norte-americanas, com pouca coisa autoral nacional, não se usava o termo cover, e sim versões em português, onde muitas vezes a letra não tinha o mesmo sentido que a em inglês.
Com a jovem guarda o rock nacional ficou mais criativo, e depois na sequência surgiram muitos grupos de rock, mas nunca foi fácil sobreviver de música, viviam mais de shows do que de venda de discos, e poucos se destacaram.
Teve muita banda boa, mas sem destaque e sucesso, e não tem muito material disponível para relembrar, tem um certo material no you-tube mas é difícil de encontrar.
Já a partir dos anos 70 para frente já esta mais documentado.
Agora escrever sobre a história do rock nacional não é fácil, muito menos num simples tópico de fórum, ainda não saiu um livro bem completo sobre o tema, tem materiais esparsos, e os livros que foram escritos tiveram edições muito limitadas.
Na linha do tempo ocorreram alguns incêndios em emissoras de TV, e muito material de gravações ao vivo se perderam para sempre.

jaylucas
Membro Novato
# dez/15
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entamoeba
Bi e Herbert são de Brasília mesmo, Barone é do Rio, mas Barone não toca acordes!

Bi é do Rio e Herbert é da Paraíba.

LeandroP
Moderador
# dez/15
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kiki
mexeu com nossa autoridade em raulzito...

Que nada. Só queria que ele soubesse o quanto que o Raul tem em suas músicas excelentes linhas de guitarra. Aprendi muito com as guitarras do Raul.

Lelo Mig
Membro
# dez/15 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah

Não entendi direito o que e onde você quis chegar com este tópico. Esta
divagando sobre as diferentes formas de os guitarristas tocarem? Em função de localização regional?

Como fui parte integrante e presente no movimento do Rock Nacional dos 80, sinto me à vontade para dar minha contribuição e esclarecer algumas coisas.

1- "porque os ingleses nos influenciaram mais que os americanos?"

À partir de meados dos 60 todo mundo, inclusive os americanos, são influenciados pelo "rock inglês". 90% das grandes bandas são inglesas.

2- "Seria influência do ska, que originou o punk rock inglês?"

O Ska não originou o punk. Boa parte do rock Nacional dos 80 não é influenciado diretamente pelo Punk e sim pelo movimento britânico da New Wave, esta sim oriunda do punk, mas com diversos elementos incorporados, (e na época alternativos), como o techno, o gótico, o industrial e, aqui sim, entra o Ska, entre outros.

De qualquer forma, Ska, Reggae e etc, são influências rítmicas e não harmônicas.

3- "Porque o rock nacional se baseou em acordes, e o americano em riffs?"

Essa afirmação, simplesmente não procede.

Contudo, 90% dos guitarristas brasileiros, até esta época, possuíam em sua formação muita influência da MPB. O que deu a todos uma maior afinidade e facilidade com os acordes. O Rock gringo à partir dos 80 (em geral), tornou-se bastante limitado harmonicamente, contudo antes não. Beatles é basicamente acordes... riffs, como em Get Back, são exceções. Led Zeppelin é acordes... riffs como Black Dog, não são a maioria.

A "predileção" de riffs em detrimento de harmonia convencional e/ou arpeggios, tem mais a ver com estilo ou limitações técnicas do que com "nacionalidade".

BrotherCrow
Membro Novato
# dez/15
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Ismah
indiretamente o acorde está lá
Acho difícil imaginar um riff onde o acorde não esteja subentendido. Pode dar um exemplo?

Ou seja, não me referia exatamente a isso, mas as sequências de solos - meu conceito de riff era que apenas NOTA repetidas seriam um riff, o que naturalmente exclui Smoke on the wather da lista.
Quanto mais você fala, mais eu acho que o que você chama de riff é o que eu chamo de lick. Com certeza se você acha que a intro de Smoke on the Water não é um riff, o teu conceito de riff difere de 90% dos guitarristas.

Vamos ser francos, nenhum punk teria sobrevivido, nem aqui e nem na saia da rainha, se fossem pobres de fato. Pobre mesmo estaria trabalhando naquele momento rsrs
Primeiro acho importante esclarecer que a origem do punk está muito mais nos EUA do que na Inglaterra. O punk foi exportado pra Inglaterra com os Sex Pistols, que eram meio que uma banda montada por empresários. Quanto a ser pobre, não é bem essa a questão. Alguns eram pobres sim, mas a essência do negócio era o engajamento com alguma ideologia ou causa social ligada aos grupos mais injustiçados. A maioria dos punks fazia isso ou pelo menos fingia que fazia.

o blues, muito influente e popular no lado de cá do atlântico, justificaria
O blues foi muito influente na Inglaterra também! Pensa em John Mayall, Peter Green e, lógico, Clapton. Os Stones construíram o som deles em cima do blues. Até o Pink Floyd teve uma grande influência de blues. O Roger Waters diz que, no começo, eles eram um bando de estudantes tentando tocar um blues o mais americano possível.

Acho que o teu ponto de partida pro tópico foi errôneo, mas mesmo assim tá rendendo uma discussão legal.

entamoeba
Membro Novato
# dez/15 · Editado por: entamoeba
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jaylucas
Bi é do Rio e Herbert é da Paraíba.

Brasília tá cheio de gente que nasceu em outro estado, mas cresceu lá. Nos anos 70, 80, 90, então, tinha mais gente de fora do que nativos. Eu fui um desses e me considero brasiliense, apesar de não ter nascido lá. Não sei se é o caso deles, mas com certeza o "espírito" da cidade contribuiu na formação musical dos caras.

kiki
Sim, os caras tinham condições socioeconômicas razoáveis, mas era final dos anos 70, início dos 80 e as importações eram restritas (como lembrou Adler3x3). É provável que o "playboy" daqui não tinha mais poder de compra que a classe média de lá.

No tempo que comecei, pelo menos, era raro alguém comprar uma guitarra logo de cara. Os violões eram muito mais baratos e não precisavam de amp, efeitos e afins (e podiam ser usados nas malditas "rodinhas de violão"). Como quase ninguém comprava guitarras novas, então, não tinha um mercado significativo de usadas. Em meados dos anos 90 - com as aberturas para as importações e, posteriormente, com o plano Real - que as guitarras se tornaram mais acessíveis.

Mesmo que eles não tenham começado com o violão (o que eu acho difícil), eles podem ter aprendido com quem começou com violão. No violão o riff "some" por não ter o mesmo volume dos acordes. Aí "ninguém" faz.

Lelo Mig
Membro
# dez/15 · Editado por: Lelo Mig
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entamoeba
kiki


Mesmo na gringa, seja E.U.A, Inglaterra, Alemanha ou que diabos for, 90% dos guitarristas até início dos 80 iniciaram num violão.

Não havia "método" de guitarra, nem cultura guitarristica. O violão foi a porta de entrada de quase todos... Eric Clapton, Jimmy Page, Blackmore, Jimi Hendrix (começou num Ukele e depois passou para o violão) e etc.

Eram outros tempos, aqui ou lá, neguinho começava, com instrumento de irmão, vizinho, achado na rua, começava a aprender e depois ia obtendo instrumentos próprios. Ninguém comprava instrumento antes de aprender, ninguém se matriculava em escola e ia na loja comprar guitarra ou qualquer instrumento que fosse.

Isso é coisa da geração moderna... "toma leitinho com pêra e vovó da guitarrinha prô neném".

Jube
Veterano
# dez/15
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entamoeba
No tempo que comecei, pelo menos, era raro alguém comprar uma guitarra logo de cara. Os violões eram muito mais baratos e não precisavam de amp, efeitos e afins (e podiam ser usados nas malditas "rodinhas de violão"). Como quase ninguém comprava guitarras novas, então, não tinha um mercado significativo de usadas. Em meados dos anos 90 - com as aberturas para as importações e, posteriormente, com o plano Real - que as guitarras se tornaram mais acessíveis.

Mesmo que eles não tenham começado com o violão (o que eu acho difícil), eles podem ter aprendido com quem começou com violão. No violão o riff "some" por não ter o mesmo volume dos acordes. Aí "ninguém" faz.



Lelo Mig
Eram outros tempos, aqui ou lá, neguinho começava, com instrumento de irmão, vizinho, achado na rua, começava a aprender e depois ia obtendo instrumentos próprios. Ninguém comprava instrumento antes de aprender, ninguém se matriculava em escola e ia na loja comprar guitarra ou qualquer instrumento que fosse.

Infelizmente me identifiquei tanto com a parte economica citada que estou me sentindo muito pobre com meu violão.
E não é bem coisa do passado, por questões financeiras, o violão passou a ser meu principal instrumento haha.

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