Eu gosto de teclado barato.

Autor Mensagem
Gus79
Veterano
# jul/14 · Editado por: Gus79


Amigos do fórum,

Vejo que em pelo menos oito em cada dez tópicos deste fórum discute-se teclados caros, lançamentos, novidades.

Como se fosse preciso comprar, comprar e comprar para fazer música.

Vejo isso como uma consequência da praga do consumismo. Muita gente acaba se convencendo de que "ter" é necessário para "ser".

Pois bem: eu gosto de teclado barato. Teclado antigo, teclado velho, antigos Casios, Yamahas PSS, equipamentos de pelo menos 15 anos de idade, essas coisas.

Abro este tópico para quem não foi mordido pela mosca do consumismo, para falarmos de teclados e equipamentos BARATOS.

A única regra é: NÃO VALE FALAR QUE O "TIMBRE É ULTRAPASSADO".

Essa frase, tão lida em fóruns de teclados, é completamente nonsense. Primeiro, porque timbres podem ficar "batidos", reconhecíveis de tão usados que foram, mas mesmo esses ainda têm lugar, ao julgamento do músico. Segundo, porque é possível alterar qualquer timbre ao ponto de não reconhecê-lo mais, seja por síntese do teclado, seja adicionando pedais de guitarra, ou qualquer outro artifício. Terceiro, porque não é só por um timbre ter sido usado por anos e anos que ele deixa de ser bonito. Por exemplo: a quem ocorreria falar que o timbre de um cravo é ultrapassado? Ou de um piano de 130 anos? Ou de um órgão de 300 anos em uma igreja barroca? Ou de um Minimoog? Ou... etc. Então, ser ultrapassado ou não é mera função de gosto subjetivo, não de fato objetivo.

* * * * *

Vou começar falando do Yamaha S03, que não é mais fabricado há muitos anos, e que, usadão, custa no máximo uns 1.000 reais.

É um puta instrumento. Vai com toda a programação XG da Yamaha (cujos programas podem ser editados e salvos em outra locação). Tem alguns timbres de EP bem usáveis, e uns Rhodes muito legais; dá pra fazer um bom piano, bem realista, editando os parâmetros e inserindo, por exemplo, o ruído dos martelos em outros layers; os órgãos são razoáveis (ficam bons ao se adicionar uma box simuladora de leslie), e os pads e leads são legais.

Os efeitos são básicos: um EFX, um chorus, um reverb. Tipo Roland XP.

O programa básico pode ter no máximo 4 "osciladores" (waves com filtros, parâmetros, tudo independente); no modo combi, dá para juntar 16 programas em layer. Ou seja: dá pra fazer uma monster lead monofônica de 64 layers simultâneas (!!!).

A roda de modulação pode controlar uma infinidade de coisas, desde parâmetros dos FX (como a intensidade ou a duração do reverb, por exemplo), até o cutoff ou a ressonância do filtro.

É pequeno, leve e tem teclas boas para tocar synth, extremamente rápidas. Só não tem aftertouch. Mas o engine reconhece o aftertouch, e dá para rotear a modulação do aftertouch para a mod wheel, por exemplo.

O painel sem knobs e com um display minúsculo pode ser intimidador, mas seu layout é relativamente simples, com uma navegação por menus e submenus bem fácil de dominar.

Seus timbres geralmente pedem por uma editada, não são espetaculares "out-of-the-box" como seu concorrente fratricida, o MM6.

Seguem duas músicas (MP3) que fiz exclusivamente com o S03. Ambas foram feitas sem sequenciamento: foram feitas em tempo real direto na saída de linha do S03 para uma UCA-222, com as faixas gravadas em overdub.

Céu em Gotas

Trem para a Lua


EDIT:

Segue a demo que fiz há muito tempo do piano acústico que editei no S03.

O grande problema dele é o decay, que revela sua origem de synth. Fora isso, tá bem bonito.

S03 - piano acústico editado

Synth-Men
Veterano
# jul/14
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Ih! To acordado até esta hora...

Gostei muito do tópico e do lance de mostrar o que você gravou com os teclados que por sinal, muito bom mesmo, curti muito as duas músicas.

Curto teclados baratos e antigos sim. Um Casiozinho , um Technics, um SY, PSR 620, 510, 2700 da vida e outros mais.

Bom o meu baratinho foi o Medeli MC 380 (não o primeiro).

64 polifonias, timbres razoáveis a bons, básico do básico., com midi in/out/thru. Pedal de expressão, sustain e saída auxiliar de áudio e fone de ouvidos. Reverb, Chorus e Delay, bem comuns.

Foi uma briga feia com meu irmão, pois ele achava não era possível gravar, com equipamentos baratos e com o computador que tínhamos. Ele era DJ e estava acostumado com coisas de níveis mais altos que os meus.

Com o tempo chegamos a um acordo e passamos a fazer coisas juntos.

A ligação com o computador foi feita através de cabo de guitarra P10/P2 na entrada auxiliar da placa de som do computador.

MEDELI MC 380: Todos os instrumentos e percursão
AUDACITY: Efeitos vsts do próprio audacity e gravação de trilhas
BATERIA: Hammer Head e as vezes sample do próprio Medeli.
SAMPLER: Voz da minha cunhada capitada pelo microfone do computador.


Os sons criados estão abaixo:

https://soundcloud.com/mirandabrothers/mr-drumcapella-projeto-iii

https://soundcloud.com/mirandabrothers/mr-drumcapella-projeto-12


PIANO E STRING PURO DO MEDELI MC 380

https://soundcloud.com/mirandabrothers/teus-altares-piano-e-strings


Tópico maneiro e divertido Gus79

Lelo Mig
Membro
# jul/14
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Gus79
Synth-Men

Pô, sou guitarrista, achei esse tópico muito maneiro, por isso vim xeretar e marcar para ir acompanhando.

Repito, não sou tecladista, male e mal toco "Imagine"...kkkk. Mas tenho um Yamaha PSR 85, que uso como controlador MIDI no meu PC e adoro ele!! Tá novinho, não vendo não troco não dou....hehehe.

Casper
Veterano
# jul/14
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Recuperando a JAM feita com teclados relativos ao tópico.

https://soundcloud.com/menegass/jam-armario-mix-final

jcwap
Veterano
# jul/14
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Tópico muito bacana. Parabéns Gus79
Dizer que não gosta de teclado caro e novo é hipocrisia (isso no meu caso), mas pelo que lemos muitas vezes no fórum, se voce não tiver um Motif, ou um Kronus tu não consegue fazer música.
Eu sempre tive teclados baratos. Tive um Casio, um Yamaha PSR-275 o qual eu fiquei por muito tempo, vários e vários anos e meu terceiro teclado que tive que foi o mais caro, na verdade era uma Piano digital, um P-95, o qual paguei em 10 vezes kkk. E por último tenho um controlador da Behringer um UMX-610.
Sempre tive instrumentos baratos, mas isso nunca foi um empecilho pra que eu fizesse música.

Adler3x3
Veterano
# jul/14 · Editado por: Adler3x3
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Barato e bom.

Mas nos leva a pensar na linha do tempo, pois tudo envelhece e uma hora ou outra fica ultrapassado.

Eu admiro todos os fabricantes de teclados, não desmereço nenhuma marca.
São umas máquinas fantásticas, mesmo o modelo mais simples.

Mas tudo depende da música que se quer tocar e gravar.
Se quiser ficar sempre na vanguarda dos sons, tem que trocar de teclado quase todo ano.
Numa gravação com teclados antigos o som fica meio que datado.
E todo o dia tem inovações, não só nos teclados, mas em todos os eletro/eletrônicos que usamos.
O problemas não é o teclado ser antigo, e sim a velocidade em que as coisas vão mudando e ficando obsoletas.
Um bom teclado pode durar anos, e dependendo dos estilos musicais, pode ser usado por um longo tempo.
Pode ser usado por décadas.
O nosso modo de vida esta descompassado com a realidade, a natureza não vai aguentar tanta agressão, estamos esgotando rapidamente os recursos do planeta.
E o que assusta ainda mais é que a maioria dos eletro/eletrônicos esta ficando descartável, isto é não tem assistência técnica, nem peças de reposição.
Tudo é fabricado para durar um certo tempo, e depois descarta-se.

Mesmo programas de computador, que não são físicos , para usar estão usando energia, e a maior parte desta energia não é renovável.
O nosso lixo todo dia fica cheio.
Só o google causa um desiquilíbrio enorme no uso dos recursos, conforme pude ler de uma pesquisa de anos atrás.

Outro fenômeno é o dos músicos inovadores em estilos e timbres, em bem pouco tempo também ficam ultrapassados. (música moderna, para jovens, mas também não é regra geral), pois vão envelhecendo e não conseguem acompanhar as mudanças.
Bons grupos musicais duram décadas porque vão se adaptando, e conseguem agradar os mais velhos e os mais jovens, isto é atendem o gosto de várias gerações, mas ninguém escapa da velhice, e mais cedo ou mais tarde fica ultrapassado.

O que escrevi leva a criação de um outro tópico.

e faço algumas perguntas?

Por quê?

01- Por quê um grupo de rock (não só o Rock mas outros estilos também), quando chega na casa dos 40 (ou menos), não consegue mais criar e tocar com a mesma pegada, isto é não consegue mais compor músicas com a mesma emoção ou rebeldia (não é uma regra geral, mas acontece com frequência).
Ou seja não consegue mais criar músicas novas no mesmo nível.
Por quê o seu som ou estilo esta datado, intimamente ligado a uma geração, ou década (ou certo período de tempo)?
E o clima e o ambiente de cada período de tempo influencia, e deixa a sua marca na música.
E depois quando não existe, mais aquele ambiente (ou ares), simplesmente é impossível fazer uma música com a mesma qualidade.
Ou seja os tempos são outros.
Isto acontece com a música feita para jovens.
E o que é música para jovens?, parece ser um fenômeno recente na história da música, criado pela mídia, pelas gravadoras.
02- Por outro lado por quê? compositores de música clássica e de outros estilos, conseguem compor as suas melhores músicas quando já estão mais velhos.
Mesmo que de certa forma já sejam obsoletos, o próprio Bach e outros compositores, em determinada data séculos atrás foram considerados obsoletos pelos seus contemporâneos.
Mas mesmo assim dentro do seu estilo é época criaram músicas grandiosas mesmo no fim da vida.
Ou porque algumas pessoas ficam presas (imersas)dentro de uma capsula do tempo e conseguem fazer boas músicas, mesmo fora de data.
E aqui a idade é que quanto mais velho melhor.
E tudo foi evoluindo com novos instrumentos ou aperfeiçoamento deles, e não tem como fugir disto.
E a própria teoria musical esta em constante evolução e os instrumentos estão mudando, novas formas de tocar aparecem.

jcwap
Veterano
# jul/14
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A música de Bach é obsoleta?? Brincadeira né?!

Adler3x3
Veterano
# jul/14 · Editado por: Adler3x3
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jcwap

A música de Bach é obsoleta?? Brincadeira né?

Claro que não, Bach é ouvido todos os dias por milhões de pessoas.

Mas na época no fim da vida foi considerado ultrapassado pelo seus contemporâneos, e graças ao Maestro, Músico e Compositor Mendelssohn foi redescoberto, centenas de músicas de altíssima qualidade.
Mas de certa forma ficou ultrapassado, pois já não conseguia acompanhar o que acontecia de novo na música, efeito da velhice.
E isto esta acontecendo com outros compositores antigos, que estão tendo as suas obras revistas e divulgadas.

jcwap
Veterano
# jul/14
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Adler3x3
Assim. Entendi sua colocação agora rs.
Abraço

Mauro Lacerda
Veterano
# jul/14
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A linha QS da Alesis, para mim, entra nesse assunto. Tive um QS6, dois QS6.1 e o modulo QSR. Hoje tenho um Hammond e um Moog, mas tive um problema financeiro e quase precisei vender tudo, e não tenho duvida, iria pegar um teclado da linha QS com certeza para continuar trabalhando. Conheço absolutamente tudo da programação desses teclados, e consigo chegar rapidamente no resultado que quero e com muita qualidade. Mas há de se tomar cuidado: a questão não é gostar de coisa velha ou barata, mas dar valor ao que se tem e saber tirar leite de pedra do seu instrumento.

Adler3x3
Veterano
# jul/14
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Mauro Lacerda
escreveu:
"dar valor ao que se tem"

Disse tudo numa frase.
Tanto na linha de instrumentos musicais, como na linha de computadores e softwares.
Muitas vezes dominamos poucos recursos de um teclado, e já ficamos pensando em comprar outro, e nem chegamos perto de esgotar os recursos do que já temos, ou seja aplicar o uso do instrumento na sua plenitude.

Artref
Veterano
# jul/14 · Editado por: Artref
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-Acho que não dá para dizer que os grandes compositores compuseram suas obras em idades avançadas. Chopin compôs seus estudos aos 19 anos e morreu com 35, Bach compôs o concerto de Brandenburgo aos 36 e foi morrer bem depois, e Mozart compôs sua sinfonia nº1 aos 9 anos. E muitas outras peças incrivelmente importantes não seguem a regra de serem escritas já no fim da vida do artista. Uma Fonte: http://www.classicfm.com/discover/music/infographic-great-composers-ag e/

-A música de Bach não é obsoleta e nunca foi considerada obsoleta; pelo contrário: era bastante inovadora pra época e até para hoje! Duvida? Pega lá o "Cravo Bem Temperado" e tenta tocar. Até os dias atuais é um desafio incrivelmente complexo que pouquíssimos conseguem, coisa muito além do tempo até hoje. Mesmo na época, Bach usava acordes que até num curso superior de música de 2014 não se entende de onde saiu, rs (Se quiser dou exemplos). A música dos outros compositores mudaram o estilo e as regras da composição, mas de forma alguma pode-se dizer que a música de Bach ou ele são "Obsoletos". É hardcore até hoje!

Depois posto os outros pontos, não deu tempo, hehe

Cara, é triste alguém falar assim do cara que é o maior desbravador dos teclados e um dos maiores gênios que já existiu da música! rs

jcwap
Veterano
# jul/14
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Artref
Penso igual a você, Bach nunca foi, não é, e nunca será obsoleto.
A obra dele é fantástica. Nos fale mais sobre.

julioalagoas
Membro Novato
# jul/14
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Olha já toquei numa banda que a outra pessoa que tocava teclado tocava com um S03 (eu tocava com o X5D), os timbres de piano AC e ELE são bons para o custo benefício dele.

JeffersonX
Veterano
# jul/14
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jcwap
Bach, Beethoven e outros mitos da música, nunca serão obsoletos como também influenciam diversos músicos e estilos musicais. Eu sou um grande admirador de Rock e Metal e a influência de músicos desse estilo por grandes músicos clássicos é enorme. Andre Matos, um dos maiores músicos brasileiros é muito influenciado por esses artistas. Veja a construção de várias musicas do meio do Rock e Metal e veja semelhanças em solos, escalas com a música desses grandes nomes.

Algumas vezes eu me pego pensando: Cara, eu já ouvi algo parecido com isso em músicas clássicas. Se trocar essa guitarra por um harpsichord ou pipe organ é a mesma coisa ou próximo à música clássica. Não sei se já aconteceu isso com vocês :-)

Com relação aos teclados baratos, eu penso da seguinte maneira: Claro que grandes máquinas como Kronos, Motif, Fantom e por aí vai terão aquilo que é de melhor em timbres e estarão recheados dos mais variados recursos e e novidades. Mas de que adianta se não souber como usar?

Há inclusive teclados antigos que hoje se encontram com valores bem aceitáveis. Podem não ter a modernidade dos novos, mas há vários timbres que marcaram época. Exemplos como MIDI E. Piano da Roland, timbres clássicos dos M1, X5 e Triton da Korg, etc. Veja que há vários fóruns, inclusive aqui, onde os usuários postam e/ou pedem pacotes desses timbres para download.

Isso sem contar grandes tecladistas que mantêm em seu set-up máquinas clássicas que hoje mesmo que bem ultrapassadas, possuem seu valor e timbres que marcaram época. Tuomas Holopainen do Nightwish possui o Kronos, o que há de mais moderno da Korg hoje. Mas podem ver o Karma e o vovó N364 firme e forte no seu set-up. Os strings do N364 (em específico BigStrings) são algo único e até hoje "gostosos" de se ouvir. E por mais próximo que você consiga editar em teclados novos, nunca soará exatamente igual ao original. Jens Johansson do Stratovarius, um dos melhores tecladistas de metal na minha opinião, não abre mão do seu Yamaha DX7 e módulos JV da Roland. Fora centenas de outros exemplos.

Uma opinião pessoal que hoje não tenho muita paciência é a "briguinha" de teclados, marcas e recursos, as críticas de "ah, esse teclado barato deve ser uma b..." simplesmente porque é barato", "teclas leves são horríveis", e várias outros mi mi mi que já estamos cansado de ver aqui.

Um exemplo que cito é o Juno D. Quando a Roland lançou muitos criticaram horrores e aconselhavam comprar XP30 ou outras ótimas marcas do passado. Ok, é indiscutível a qualidade desses teclados que marcaram época. Mas para alguém, como eu na época do lançamento do Juno, que buscava um teclado sintetizador mesmo que não completo, mas para migrar do mundo arranjador - sintetizador foi ótimo produto lançado pela Roland. Aprendi muito com ele, tinha a segurança de ter garantia, não me confundi com o excesso de funções. Tá certo que as teclas são um pouco menores que o normal, mas não essa porcaria toda que dizem. Dá pra tocar numa boa.

Hoje possuo 2 teclados, Korg Kross e o Korg Krome. São bem superiores ao Juno D. Mas este foi bem importante na minha formação. A minha mudança foi o fato de o teclado passou a me limitar. Cheguei usar praticamente tudo que o teclado me disponibilizava. Com os novos eu ainda não uso todo o poder de fogo e ainda tenho muito a aprender. Acho que esse deve/pode ser o caminho normal.

Bom, desculpem o desabafo, mas acho que esse ótimo tópico me cativou a falar algumas coisas que estavam engasgadas kkkkkk

Abraço à todos

Adler3x3
Veterano
# jul/14 · Editado por: Adler3x3
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Artref

Você não entendeu o quis dizer.
A minha colocação foi pelo lado histórico.
E por isto escrevi "considerado ultrapassado por seus contemporâneos", ou seja por aqueles do seu tempo, principalmente no período final de sua vida.
Em nenhum momento quis depreciar o Bach.
Que é simplesmente na minha opinião o maior compositor de todos os tempos.
E quase todos os dias escuto algo dele, eu tenho quase todas as partituras e conheço bem as obras dele.
E estou começando a digitar muitas partituras para criar versões com instrumentos virtuais.

Edit:
Cito um pequeno exemplo de revisões de biografia , onde já li muito a respeito de várias e diferentes fontes:

http://www.concerto.com.br/textos.asp?id=88

Claro que não concordo, mas é um fato histórico, muitos em determinado momento achavam que Bach já estava ultrapassado.
Mas não tem como as pessoas do passado me lerem.
Não me interprete mal.
E não fui eu que inventou isto.
É um fato histórico.
Fica óbvio que muitas peças do Bach eram muito avançadas para as pessoas da época, mas estamos no Século XXI e voltamos nossos olhos para o passado, e reconhecemos o valor de Bach, assim como de outros compositores que não foram bem compreendidos em sua época.
É verdade é triste, mas observe pelo lado histórico, em que muitos compositores não foram devidamente reconhecidos durante toda a sua vida.
Quando gosto de um determinado compositor, como Bach, gosto de ler biografias e pesquisas históricas, para compreender melhor a obra.
Mas isto faz parte da natureza humana em qualquer tempo ou era.
Tem uma música de órgão que não me lembro agora que parece espacial (de ficção científica)

guibarcelos
Veterano
# jul/14
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OFF

Mauro Lacerda

Anjo da minha vida.. hehehehe

brincadeira.

Mas cara, você surgiu na hora certa.

Conheço absolutamente tudo da programação desses teclados, e consigo chegar rapidamente no resultado que quero e com muita qualidade.

Amigo, a 3 dias troquei meu sofrível E09 num Alesis QS7.1...mas to apanhando para aprender a mexer nele. Você poderia me ajudar? gostaria de ter mais informações sobre este key...

Berg Varela
Veterano
# jul/14
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Eu gosto de teclado barato.

A respeito do tópico,muito bom por sinal,se vc colocar um piano de um JUNO-D e um German D do KRONOS,vai depender muito mais do tecladista em tirar som desses 2 instrumentos do que dos próprios teclados,ou seja, teclado caro,não vai te fazer tocar melhor.

E dependendo do P.A.um monitor ruim por exemplo,vai deixar essa diferença de qualidade do KRONOS bem estreita em relação ao um entry(barato) em um som bom.

Agora existe as seções de timbres que se precisa simular um instrumento real como por exemplo:sax,acordeon,metais,violões e etc...que um teclado entry(barato) não vai conseguir supri as nossas necessidades,principalmente em gravação,ao vivo,dependendo do projeto,ainda vai.

E em termo de SEQUENCER,PLAYBACK,VS e etc... a gerações anteriores é quase inútil nos dias atuais.

Mas em termos de edições de timbres,principalmente as seções de synth,da pra fazer muita coisa com um teclado barato sim.

Nos arranjadores o buraco ainda é ate mais embaixo,pois quem vai mandar na qualidade do trabalho será as programações,edições,mixagem e timbres.
Deixando até para segundo plano a técnica do tecladista.
ou seja ,em um arranjador barato(entry),vai ficar mais escancarado esses defeitos.

Sobre a discussão da musica de Bach ser obsoleta,merecia um tópico só pra ela,não acham.

Na minha região,os tecladista se viram como pode,o que mais vejo aqui são JUNO-Di,ligado nos note pra tocar VSTs,se usa também muito controlador com destaque para a M-AUDIO.
Um set que se consegue por mais ou menos R$2,000,00 e ganha-se o mesmo cachê de que tem um set TOP.

Já as bandas de nomes da aqui,sempre usam teclados TOPs,mesmo que seja pra fazer PAD,efeitos e um Lead aqui e ali.não tem jeito.

Eu graças a Deus consegui meu TOP,mas ele é mais uma satisfação pessoal do que custo-benefício,sempre eu aconselho aos meus amigos com essa pergunta.

Quer viver de música ou viver a música.

A primeira resposta eu aconselho o entry,o barato e sugue dela tudo que vc possa sugar.
Já a segunda que é o meu caso,é o caminho mais longo e cheio de pedras,eu lhes falo,eu nunca precisei trabalhar ate hoje em minha vida,pois amo tocar e amo o que eu faço,e sempre que vc ama alguma coisa ,vc faz bem feito e o bem feito lhe rende algum dividendos.

É isso galera.

fernando tecladista
Veterano
# jul/14
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Lelo Mig
Mas tenho um Yamaha PSR 85
pra quem não conhece o PSR-85 foi a versão colorida do PSR 500, ótimo teclado pra usar como controlador, o fato de poder criar splits com canais midis diferentes e as voice memorys também poderem ter canais diferentes, deixa o acesso a timbres muito mais rapido e pratico que muito teclado controlador de hoje

silvG8
Veterano
# jul/14
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É engraçado surgir um topico desses. Sou totalmente a favor de teclados baratos e antigos. Não compro um eu mesmo por não ter espaço na minha casa pra novos instrumentos.

Estou em uma fase de usar somente sintetizadores analogicos, mas isso não quer dizer que os baratos são ruins. Eu estou bastante interessado no Microbrute e no Bass Station 2, ambos relativamente em conta.

Existem alguns outros que gostaria muito de conhecer pessoalmente: D50, DX7 II, AN1X, entre outros. É interessante porque são instrumentos singulares em sua forma de gerar sons e que são uma porrada no PA. Atualmente, temos instrumentos mais modernos e etc. mas que não conseguem algo que os antigos faziam com certa facilidade.

A necessidade do musico moderno em ter "aquele som de piano" ou qualquer outra coisa deixou a sintese um pouco de lado e tornou o conhecimento mais limitado.

De vez em quando vejo umas jóias partindo por menos de 1000 e fico pensando em pegar... mas ainda não peguei.

Atualmente estou pensativo sobre comprar ou não um Juno-60 ou 106. Só o tempo dirá...

Jube
Veterano
# jul/14
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Tenho um psre223 faz um tempão e é meu fiel escudeiro faz tempo, todos os meus sons no soundcloud foram feitos com ele de controlador.

Greenwood
Veterano
# jul/14
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Gus79

Excelente tópico. Todos nós sabemos que é verdade. Nós nos sentimos tentados a trocar nossos teclados por outros mais "modernos" (leia-se mais CAROS!!!)
Eu mesmo sofro isto semanalmente. Fui numa loja só para me martirizar... fiquei olhando um Jupiter 50... que bicho bonito!!!
Mas quando chego em casa, sei que os meus dois antiguinhos estão dando muito conta do recado. Basta criatividade e paciência.

Artref
Veterano
# jul/14
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O Júpiter 50 é beeem chique...(jogando contra, hahaha)

Gus79
Veterano
# jul/14 · Editado por: Gus79
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Um teclado que eu curto muito é o meu Yamaha PSS-795, com mini-teclas e tudo o mais.

Tem 5 oitavas, midi in/out/thru (!) e vector synthesis (pode misturar até quatro timbres com o joystick).

Não tem input para pedal de sustain, mas tem uma função que aumenta o tempo do decay dos timbres. E tem outras funções legais. A mais legal eu acho o "harmonizer", na verdade um pitch shifter, que adiciona uma 3a, ou uma 5a, ou uma 8a acima ou abaixo, etc., à nota tocada. Estimula a criatividade.

Como o fernando_tecladista disse, alguns equipamentos antigos têm características que não são mais usuais. Por exemplo, o joystick desse yamahazinho. Infelizmente, ele não envia midi. Já tentei controlar o blend nos combis do meu Wavestation SR pelo joystick, como no WS original, mas não deu.

Essa série PSS da Yamaha é muito curiosa. Alguns desses teclados têm funções muito avançadas ao lado de limitações absurdas. Como alguém imagina um tecladinho com "vector synthesis", midi in/out/thru, pitch bend, níveis de chorus e reverb customizáveis, pitch shifter, etc., mas... nada de entrada para foot switch? rsrsrsrs

Tem alguns timbres bem legais, especialmente os choirs. Na maioria, contudo, os timbres são bem típicos dos teclados caseiros do fim dos anos 80, na época do início da utilização de waves sampleadas (as famosas PCMs). A resolução é bem baixa, o que dá aquele som "fanho", meio apagado, mas muito engraçado (som de teclado casio, hehehehe, que também era o som de Yamaha e de todos os outros teclados baratos da época). Não que isso seja necessariamente ruim. Depende do contexto. Olha só:



EDIT: Sim, o Chilly Gonzales usou um Casio CA-110, e somente um Casio CA-110, apoiado em suas pernas, em uma gravação para o jornal The Guardian.

E eu achei BOM PRA CARAMBA. Não caberia um Kronos ali, pode crer. Tinha que ser um Casio.

Greenwood
Veterano
# jul/14
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Artref
O Júpiter 50 é beeem chique...(jogando contra, hahaha)

Mas é isso mesmo! Ele representa do consumo! A vontade de trocar os Rolands antigos por ele!


Gus79

Musiquinha chata, hein???

fernando tecladista
Veterano
# jul/14
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Gus79
Já tentei controlar o blend nos combis do meu Wavestation SR pelo joystick, como no WS original, mas não deu
mexendo aqui no meu 790, que eu acho que só muda a cor
isso eu consegui fazer, liguei no meu D20, cada part do D20 em um canal, 1, 2, 3 e 4, no PSS são os canais, 1 para baixo, 2 para cima, 3 a direita 4 para esquerda

consegue fazer soar 4 timbres ao mesmo tempo e ter suas variações de volume para cada lado do joystick
não conheço o WS mas deve estar ligado algum filtro de midi em global, o WS faz combi como se faz nos M1 e 01/w....?
outra curiosidade é que pra ter um bend de +2 em outro teclado, tem que colocar o bend do PSS em +12
tempos atras eu fiz uma gravação ao estilo "liga tudo e sai tocando" onde usei o PSS 790, no video dá pra ver quando é ele solando no inicio devido as imagens do vídeo, também dá pra ver o gus79 lá nos comentários curtindo o PSS


só pra comentar a gravação, foi tudo de uma vez, usando pedal pra segurar notas, disparando o loop, e os timbres acertados os volumes previamente, voi tudo gravado direto em L/R e efeitos dos teclados
de curiosidade pra ficar no clima do tópico também tem um um HT-700 que aparece no video

Edson Caetano
Veterano
# jul/14
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E tanto se fala de instrumentos virtuais e o velho e bom B4II ainda continua matador kkkk

A turma precisa rever e muito seus conceitos, e infelizmente a coisa pega, nem sabe ligar o key mas procurar o ultimo sample é o que importa

Gus79
Veterano
# jul/14
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Greenwood
Musiquinha chata, hein???

Taí o brilhantismo. Era pra ser chata mesmo. É uma música irônica sobre quem o sacaneou e pediu desculpas, mas o narrador não aceita e passa a viver com o objetivo de odiá-lo. O Chilly Gonzalez é um puta músico, pianista e tecladista de talento, mas essa música precisava ser feita num Casio. ;-)

Sobre o Júpiter-50, não me enche os olhos não. Maquininha que nem aftertouch tem, imagina?... Já o Júpiter-80... Esse sim, eu compraria se tivesse o cofre do Tio Patinhas em casa.


fernando tecladista
Curto muito essas texturas ambientes, meio Brian Eno, meio Tangerine Dream... E a gravação que você fez, usando inclusive um HT-700 (que puta maquinha subconhecida e subvalorizada!!!), em real-time, ficou DEMAIS!

Miguel Paládio
Veterano
# jul/14
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Eu penso que se existe um tipo de instrumento é porque existe um público/alvo para isso.

Não necessariamente as pessoas que possuem um teclado 'barato' o tem porque não possuem condições de comprar um mais caro. Muitos simplesmente tem suas necessidades atendidas com um teclado mais simples e pronto.

Agora nem por isso é preciso desmerecer quem compra um teclado Workstation, ou um arranjador, ou um controlador, etc e etc.

Tenho um Korg Kronos e, pessoalmente, prefiro meu workstation que o combo 'controlador/notebook/vsts', mas nunca diria que quem trabalha dessa forma é burro ou que poderia ser mais feliz seguindo a minha opinião sobre onde um músico deve investir.

Cada um sabe onde lhe aperta o sapato.

silvG8
Veterano
# jul/14
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Miguel Paládio
Só como observação...
Não existe realmente comparação entre Workstation e PC+Interface+Controlador se for pensar nesses ultimos sendo em conta. Tem que enfiar a mao no bolso e gastar uns 8-9000 reais. Assim, nenhum Workstation chega nem perto. :)

Gus79
Me amarrei na musiquinha! Combinou pra caramba o som com a ideia musical. O Casio realmente precisava fazer parte daquilo! :D

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