Resgatando a música brasileira

Autor Mensagem
Loues
Veterano
# jun/10 · Editado por: Loues
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Black Fire

Cara, não dá pra gostar de tudo mesmo, principalmente quando se procura coisa nova, você acaba se deparando com linguagens bem pessoais (às vezes bem estranhas). Eu mesmo descarto bastante coisa, mas nem por isso deixo de ser receptivo... não dá é pra rotular e ficar de preconceito, escute vários que uma hora tu acha aqueles que tu se identifica... e quando achar o garimpo todo vai ter valido a pena, com certeza...


"Música chata é chata, independente do quão complexa seja, esse é o grande ponto."

Sou obrigado a concordar, só ressaltando que a noção de chato depende de cada um.

Fillmore East
Veterano
# jan/11 · Editado por: Fillmore East
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Como quem é vivo sempre aparece cá estou eu, mesmo sem terem notado minha falta estou de volta. Já me desculpo por ressuscitar o tópico mas é a música brasileira.

Retomando tópico...

Hoje ele: O galã eterno, O compositor, O letrista, O revolucionário, O cara. Chico Buarque.

Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira. Socialista declarado, se auto-exilou na Itália em 1969, devido à crescente repressão da ditadura militar no Brasil, tornando-se, ao retornar, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Na carreira literária, foi ganhador do Prêmio Jabuti, pelo livro Budapeste, lançado em 2004.

para a história toda:http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Buarque

Uma pequena amostra da obra:

Pedro Pedreiro:


Apesar de Você:


Construção:


Tatuagem:


Its Fucking Boring To Death
Veterano
# jan/11
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O triste de tudo isso é que os caras se preocupam demais em ser eruditos, ou coisa assim, mas o som é chato pra caralho.

isso pra quem ouve musica de maneira superficial e nem se dá ao trabalho de ouvir e entender o que o músico está tocando. Ouvir musica de 3 minutos com instrumental primário e refrão repetitivo é mais fácil.

Its Fucking Boring To Death
Veterano
# jan/11
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Loues
Veterano
# jan/11
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Its Fucking Boring To Death
Não seria melhor fazer uma breve apresentação, um comentário que seja?

Fillmore East
Veterano
# jan/11 · Editado por: Fillmore East
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Acho interessante falar do Chico Buarque no aspecto das letras. No começo de sua carreira suas letras tinham como temática principal o retrato da vida cotidiana, como em Pedro Pedreiro. Nos anos de ditadura Chico trabalhou com uma abordagem de protesto, Apesar de Você por exemplo. É muito característica também a presença do eu lírico feminino, como em Tatuagem. A maestria de Chico Buarque também fica evidenciada pela construção da rima e pela própria construção textual, em Construção ele termina todas as estrófes com proparoxítonas.

Fillmore East
Veterano
# jan/11
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Its Fucking Boring To Death
Legal esse grupo, não conhecia. Obrigado pelo post.

Curly
Veterano
# jan/11
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O mais engraçado é que o chico é considerado um "interprete da alma feminina", as mulheres simplesmente adoram ele, agora quando vc vai olhar as letras, a mulher é sempre retratada com a apaixonada submissa, conformada, a mulher de malandro que é maltratada, espancada e muito mais, e não é nem dizer que são algumas letras, são praticamente TODAS, vejam por exemplo "mulheres de atenas", eu, se falar isso aqui em casa apanho rsrs, entretanto o cara é adorado pelo mulherio, vai entender...

Fillmore East
Veterano
# jan/11
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Curly
Realmente, isso para mim fica meio evidente em todas as suas "letras femininas" porém poucas pessoas percebem. É melhor não falar mesmo rsrs, eu estava ouvindo com a minha namorada Com Açúcar, Com Afeto e falei isso para ela, depois ela só faltou me matar. "Do Chico não se fala" ela me disse. Valeu pela contribuição, volte sempre.

megazord
Veterano
# jan/11
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Por favor,não deixem esse tópico morrer.Parabéns pela iniciativa,cara.

Its Fucking Boring To Death
Veterano
# jan/11
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Loues

tem razão. Foi mal.

Trata-se de um grupo de choro do interior de SP que faz releituras de clássicos do chorinho. Desde nomes como Ernesto Nazareth e Radamés Gnatalli à outros mais obscuros como Nabor Pires Camargo. Além de contar com composições próprias.

Fillmore East
Veterano
# jan/11 · Editado por: Fillmore East
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Dono de um suingue imenso, carisma ímpar, energia inesgotável e letras ótimas Jorge Ben Jor é hoje o retratado do post.

Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro. Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba, samba rock (termo que gosta de usar), bossa nova, jazz, maracatu, funk, ska e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira, além de temas esotéricos.

A música de Jorge Ben tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no suingue e na maneira de tocar violão, com características do rock, soul e funk norte-americanos. Além disso, influência árabes e africanas, oriundas de sua mãe, nascida na Etiópia.


para o resto da história: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Ben_Jor

Seleção de vídeos:

Mas, que Nada!:


Vendedor De Bananas; Cosa Nostra; Bicho Do Mato:


Taj Mahal:


País Tropical; Spyro Gyra:


megazord
Veterano
# jan/11
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Para os mais leigos terem por onde começar,quais àlbuns vocês acham essencial ouvir,para conhecer bem a música brasileira?
Eu recomendaria Construção,do Chico Buarque,e Clube da Esquina,do Milton Nascimento e do Ló Borges.

Fillmore East
Veterano
# jan/11
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megazord
Interessante sua pergunta, acho que tanto Construção quanto Clube da Esquina são fundamentais para se entender a música brasileira, porém citaria também o Acabou Chorare dos Novos Baianos, É proíbido fumar do Roberto Carlos, Os afrosambas de Baden Powell e Vinícius de Moraes, Elis e Tom de Elis Regina e Tom Jobim e Cartola do Cartola.
Obrigado pela contribuição.

Fillmore East
Veterano
# jan/11 · Editado por: Fillmore East
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De uma fazenda na Bahia, inspirados pelos elementos tradicionais da cultura brasileira e pelos ideais do movimento Hippie, surgiu a banda retratada no post de hoje. Eles, que mudaram a música brasileira, Novos Baianos.

Os Novos Baianos foram um conjunto musical brasileiro, nascido na Bahia, ativo entre os anos de 1969 e 1979. Eles marcaram a música popular brasileira e até o rock brasileiro dos anos 70, utilizando-se de vários ritmos musicais brasileiros que vão de bossa nova, frevo, baião, choro, afoxé ao rock n' roll. O grupo lançou oito trabalhos antológicos para MPB. Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália. Contava com Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), Baby Consuelo (vocal), Pepeu Gomes (Guitarra), Paulinho Boca de Cantor (vocal), Dadi (baixo) e Luiz Galvão (letras) entre outros.

para o resto da história: http://pt.wikipedia.org/wiki/Novos_Baianos

Seleção de Vídeos:

Mistério do Planeta:


Brasil Pandeiro:


Com Qualquer Dois Mil Réis:


Preta Pretinha:


Allan.Melo
Veterano
# jan/11
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"Acabou Chorare" é muito bom,foi um dos primeiros albuns que ouvi de música brasileira

Ian Anderson
Veterano
# jan/11
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achei alguns são legais ai no meio, dpois eu vejo o resto

musicanaalma
Veterano
# fev/11 · Editado por: musicanaalma
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Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 – São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. De morte trágica e prematura, deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira. A discografia apresenta mais de 35 títulos. Vinícius de Moraes apelidou-a de Pimentinha.

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Crítica Dicionário Cravo Albim de Música Popular Brasileira
Quem ouve Elis cantar, ainda que só pelas gravações que ela deixou, não tem como manter-se em desacordo com os que a consideram a melhor intérprete da Música Popular Brasileira. É como duvidar que Pelé seja o grande craque da bola, algo completamente fora de cogitação. Elis reuniu – e desenvolveu – todas as qualidades que fazem uma cantora marcar época. Senhora da técnica e dona de uma emoção irrefreável, exalava boa música por todos os poros. Com timbre vocal agradabilíssimo e afinação a toda prova, encarou de tudo.(...) E tinha uma força descomunal no palco. Ao vivo, arrebatava o público como uma Maria Callas. Costumava dizer que havia se apaixonado pelo som da própria voz. Ela e o Brasil, que não a deixaria marcar apenas a época em que vivera.

Elis continua sendo a maior referência para quem segue o ofício de cantar MPB, em um raro caso de reverência mítica – como Paganini para o violino ou Jimi Hendrix para a guitarra elétrica.

Essa devoção é alimentada não só pelos fãs da cantora, que são muitos, mas principalmente pelos compositores que ela gravou. Milton Nascimento afirma dedicar a Elis as canções que fez. Todas. Antenada aos talentos que emergiam enquanto a música popular era sacudida por festivais, protestos, Jovem Guarda, tropicália, Clube da Esquina e uma nova escola nordestina, Elis apostou em desconhecidos e fez com que se consagrassem nacionalmente. Venceu um festival cantando Edu Lobo ("Arrastão"), gravou o tropicalista Gilberto Gil, chamou a atenção para o mineiro Milton e sua turma de Belo Horizonte, lançou o cearense Belchior e imortalizou "Romaria" do paulista Renato Teixeira.

Enquanto estimulava jovens carreiras, jamais deu as costas para a tradição. Cantava Ataulfo Alves, João do Vale, Dorival Caymmi e Adoniran Barbosa. Cantou "Águas de Março" em dueto com Tom Jobim. Cantou o que era bom. E se não fosse, ficava.

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De Ros
Veterano
# fev/11
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Fillmore East

Tópico sensacional!!!

Acho um pouco atrevido demais postar algum video meu por aqui, então, quem tiver a fim de ver algumas adaptações de música instrumental brasileira para guitarra com drive, procura por "choro'n'roll" no youtube!

Abração!!

Gaiteiro15
Veterano
# mar/11
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pequeno up para este que é talvez o melhor tópico da história do FCC.

Casper
Veterano
# mar/11
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Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos se tornou conhecido como um revolucionário que provocava um rompimento com a música acadêmica no Brasil.

Em 1903, Villa-Lobos terminou os estudos básicos no Mosteiro de São Bento. Costumava juntar-se aos grupos de choro, tocando violão em festas e em serenatas.

No período de 1905 a 1912, Villa-Lobos realizou suas famosas viagens pelo norte e nordeste do país. Ficou impressionado com os instrumentos musicais, as cantigas de roda e os repentistas. Suas experiências resultaram, mais tarde, em "O Guia Prático", uma coletânea de canções folclóricas destinadas à educação musical nas escolas.

Em 1915, Villa-Lobos realizou o primeiro concerto com suas composições. Nessa época, já havia composto suas primeiras peças para violão "Suíte Popular Brasileira", peças para música de câmara, sinfonias e os bailados "Amazonas" e "Uirapuru". A crítica considerava seus concertos modernos demais. Mas à medida que se apresentava no Rio e São Paulo, ganhava notoriedade.

Em 1919, apresentou-se em Buenos Aires, com o Quarteto de Cordas no 2. Na semana da Arte Moderna de 1922, o aceitou participar dos três espetáculos no Teatro Municpal de São Paulo, apresentando, entre outras obras, "Danças Características Africanas" e "Impressões da Vida Mundana".

Em 30 de junho de 1923, Villa-Lobos viajou para Paris financiado pelos amigos e pelos irmãos Guinle. Com o apoio do pianista Arthur Rubinstein e da soprano Vera Janacópulus, Villa-Lobos foi apresentado ao meio artístico parisiense e suas apresentações fizeram sucesso.

Retornou ao Brasil em final de 1924. Em 1927, voltou à Paris com sua esposa Lucília Guimarães, para fazer novos concertos e iniciar negociações com o editor Max Eschig. Três anos depois, voltou ao Brasil para realizar um concerto em São Paulo. Acabou por apresentar seu plano de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica chamada "Exortação Cívica", com 12 mil vozes. Em 1933, foi organizada a Orquestra Villa-Lobos.


Em 1944/45, Villa-Lobos viajou aos Estados Unidos para reger as orquestras de Boston e de Nova York, onde foi homenageado. Em 1945 fundou a Academia Brasileira de Música. Dois anos antes de sua morte, o maestro compôs "Floresta do Amazonas"para a trilha de um filme da Metro Goldwyn Mayer. Realizou concertos em Roma, Lisboa, Paris, Israel, além de marcar importante presença no cenário musical latino-americano.

Com a saúde abalada, foi internado para tratamento e veio a falecer em novembro de 1959.









Casper
Veterano
# mar/11
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Lamartine Babo

Lamartine de Azeredo Babo - o Lalá - nasceu no Rio de Janeiro em 08 de Março de 1904. Foi o mais versátil de todos os compositores do começo do século. Começou a compor aos 14 anos - uma valsa. Quando foi para o Colégio São Bento dedicou-se à músicas religiosas - depois foi a vez das operetas.

Mas ficou acabou ficando conhecido como o Rei do Carnaval, vencendo, por anos consecutivos, com suas marchinhas divertidas - cantadas até hoje, como O Teu Cabelo Não Nega, Grau 10, Linda Morena, e A Marchinha do Grande Galo. Fez também a maioria dos hinos dos grandes times brasileiros - sendo o primeiríssimo em seu coração o América.

Lalá era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afirmou "Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso". Numa outra, o entrevistador pergunta qual era a maior aspiração dos artistas do broadcasting, Lalá não vacila: "A aspiração varia de acordo com o temperamento de cada um... Uns desejam ir ao céu... já que atuam no éter... Outros 'evaporam-se' nesse mesmo éter... Os pensamentos da classe são éter... ó... gênios..." - valeu-lhe o título de O Pior Trocadilho de 1941. E aconteceu também o caso dos correios: Lalá foi enviar um telegrama. O telegrafista bateu então o lápis na mesa em morse para seu colega: "Magro, feio e de voz fina". Lalá tirou o seu lápis e bateu: "Magro, feio, de voz fina e ex-telegrafista"

Certa vez, recebeu de Boa Esperança, MG, uma carta apaixonada de uma certa Nair Pimenta de Oliveira, pedindo fortografias para um álbum de recordações. Lalá mandou as fotos e se correspondeu por um ano com a fã apaixonada, até que esta interrompeu as cartas porque ia se casar. Convidado, tempos depois, para ir à Boa Esperança por um dentista, Lalá se apressa para conhecer Nair - surpresa, não existia nenhuma Nair, quem lhe escrevia era o próprio dentista, que colecionava fotos de celebridades, e viu essa forma como a única de conseguir o queria. Lamartine, então compôs uma de suas mais belas canções "Serra da Boa Esperança".

Não perdeu o humor nem no final da vida. Em 63, um repórter que fora ao Copacabana para entrevistar Carlos Machado, aproveitou que Lamartine estava lá para também fazer uma entrevista. Lalá perguntou se a reportagem sairia naquele dia, e o repórter disse que não, naquele dia seria exibida uma entrevista com Tom Jobim, que chegara dos Estados Unidos. Lalá: "Ah! Quer dizer que agora estou um tom abaixo?". Faleceu em 16 de Junho do mesmo ano, no Rio de Janeiro.









Allan.Melo
Veterano
# mar/11 · Editado por: Allan.Melo
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E, como poderiamos esquecer do mestre Sivuca ?


Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como Sivuca, (Itabaiana, 26 de maio de 1930 — João Pessoa, 14 de dezembro de 2006) foi um dos maiores artistas do século XX, responsável por revelar a amplitude e a diversidade da sanfona nordestina no cenário mundial da música. Exímio executante da sanfona, multi-instrumentista, maestro, arranjador, compositor, orquestrador e cantor.

Sivuca contribuiu significativamente para o enriquecimento da música brasileira, ao revelar a universalidade da música nordestina e a nordestinidade da música universal. É reconhecido mundialmente por seu trabalho. Suas composições e trabalhos incluem, dentre outros ritmos, choros, frevos, forrós, baião, música clássica, blues, jazz, entre muitos outros.

Ganhou a sanfona de presente do pai em 13 de junho de 1939, num dia de Santo Antônio, aos nove anos. A partir daí, a inseparável companheira o levaria para mundos desconhecidos. Aos quinze anos, ingressou na Rádio Clube de Pernambuco, no Recife. Em 1948, fez parte do cast da Rádio Jornal do Commercio.

Em 1951, gravou o primeiro disco em 78 rotações, pela Continental, com "Carioquinha do Flamengo" (Waldir Azevedo, Bonfiglio de Oliveira) e "Tico-Tico no Fubá" (Zequinha de Abreu). Nesse mesmo ano, lançou o primeiro sucesso nacional, em parceira com Humberto Teixeira, , "Adeus, Maria Fulô" (que foi regravado numa versão psicodélica pelos Mutantes, nos anos 60).

A partir de 1955, foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como acordeonista dum grupo chamado Os Brasileiros, chegou a morar em Lisboa e Paris, a partir de 1959. Foi considerado o melhor instrumentista de 1962 pela imprensa parisiense. Gravou o disco "Samba Nouvelle Vague" (Barclay), com vários sucessos de bossa-nova.

Morou em Nova Iorque de 1964 a 1976, onde, entre outros trabalhos, foi autor do arranjo do grande sucesso "Pata Pata", de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo até o fim da década de 60. Compôs trilhas para os filmes Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) e Os Vagabundos Trapalhões (1982).

Um dos discos mais emblemáticos da carreira do artista é o "Sivuca Sinfônico" (Biscoito Fino, 2006), em que ele toca ao lado da Orquestra Sinfônica do Recife sete arranjos orquestrais de sua autoria, um registro inédito, único e completo de sua obra erudita. As composições sinfônicas de Sivuca são absolutamente singulares na música erudita brasileira, porque o artista inseriu a sanfona como o instrumento principal de sua obra.

Em 2006 o músico lançou o DVD "Sivuca – O Poeta do Som", que contou com a participação de 160 músicos convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com a Orquestra Sinfônica da Paraíba.

Faleceu em 14 de dezembro de 2006, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004.








Its Fucking Boring To Death
Veterano
# mar/11
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Mais uma contribuição para o tópico.

O Meretrio foi formado em 2003 no Instituto de Artes da Unicamp pelos então alunos Emiliano Sampaio, Gustavo Boni e Luis André "Gigante", com o propósito de estudar, mesclar e criar diversos estilos na música instrumental. Por alguns anos o trio se apresentou por Campinas, se aprimorando e obtendo cada vez mais entrosamento nas composições e improvisos.

Em 2008, gravaram seu primeiro álbum, auto-intitulado, lançado de maneira independente. No mesmo ano, o trio se relocou para a cidade de São Paulo, e iniciou paralelamente o Projeto Meretrio, que consiste na adição de seis instrumentistas de sopro à formação, para buscar novas maneiras de expressar sua música em diferentes arranjos.

No ano seguinte, o Projeto Meretrio se filiou ao Movimento Elefantes, uma cooperativa de Big Bands em São Paulo, aparecendo no DVD do Movimento, distribuído gratuitamente pelos shows, e também iniciou uma parceria com o pianista e compositor Pedro Assad, amigo e colega de faculdade, que também tocava em outros grupos com alguns dos membros do Meretrio, como Quiz e Banda de Argila.





Its Fucking Boring To Death
Veterano
# mar/11
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Camargo Guarnieri





Fillmore East
Veterano
# mar/11 · Editado por: Fillmore East
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Obrigado aos amigos que movimentam o tópico. Ótimos vídeos, músicos e colaborações. Segue mais uma apresentação, hoje Uakti.

Genial. Nada menos do que isso.

para entender melhor: http://www.uakti.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Uakti

Seleção de vídeos:

O Trenzinho do Caipira:


Trilobita:


Forró de larra:


Ovo da Serpente:


Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mar/11
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EXCELENTE TÓPICO!

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