timeisonmyside
Veterano |
# jun/05
Aqui segue mais uma entrevista que eu prometi postar, agora temos uma entrevista de um dos grandes guitarristas dos ultimos trinta anos: David Gilmour
alem disso link para o setup com fotos: http://www.guitarx.com.br/index.asp?url=library_html/destaque/010505_h tml/segilmour_setup.htm
MATT RESNICOFF: "A Momentary Lapse Of Reason" não parece tentar uma dramática revisão do estilo da banda. Você sentiu alguma pressão para criar uma nova direção ou respirar alguma coisa nova dentro do Pink Floyd ? Ou você precisava provar alguma coisa?
GILMOUR: Obviamente eu tinha algo a provar, desde que Roger já não fazia parte da banda, e obviamente eu tinha a visão de que as pessoas poderiam ter entendido mau ou mesmo não entendido, como foi com ele na nossa história. Foi muito importante para mim provar que alguma coisa séria continuava a acontecer. Era "a vida depois de Rog", sabe. Não sei dizer sobre qualquer mudança particular de direção.
M: A faixa forte foi "A New Machine," no fim da qual você sugere: "fomos pegos, enganados por nós mesmos ". Não estou bem certo se isto foi um comentário otimista sobre aceitação pessoal ou um choro de aprisionamento. Esta ambigüidade - e a própria mensagem - é uma coisa que o Floyd, com ou sem Waters, nunca abandonou.
G: Certo.
M: A mensagem foi positiva ou negativa?
G: Eu não sei se desejo falar sobre isso. Tanto faz você tomar isto como otimista ou não...quer dizer, as pessoas não usaram isto como uma desculpa para saltarem de um rochedo ou coisa assim, não é?
M: Em "Sorrow," onde tudo "flui para um oceano oleoso," eu pensei em seu amigo Pete Townshend e o rio como tema . Vocês dois possuem estúdios de gravação flutuantes, que atracam no Tâmisa, e o rio figura com grande no proeminência. Em "Sorrow" o oceano é escuro e turbulento, enquanto que o de Pete era um oceano de boas-vindas.
G: "The Sea Refuses No River." Sim, sim. "Sorrow" foi um poema que escrevi. A letra veio antes da a música, o que é raro acontecer comigo. O rio é um tema muito muito comum; rios são muito simbólicos, um modo atraente de expor todo tipo de coisas. Há uma canção do Randy Newman, "In German Before War", "Estou olhando o rio mas pensando no oceano." O coro, eu adoro; o rio não tem nada a ver com isto, mas completa tudo perfeitamente.
M: Seu barco fica perto do de Townshend?
G: Sim, algumas milhas rio acima. Barco do Peter é grande, mas seu estúdio principal não está é lá, o "Eel Pie" fica bem perto da atracação. No meu caso, aconteceu de eu encontrar este belo barco, construído como casa flutuante e muito barato, assim eu comprei. E só depois pensei em usá-lo como estúdio. É um ambiente de trabalho muito confortável--- três quartos, cozinha, banheiro, um salão grande. Tem 90 pés de comprimento.
G: Sim, algumas milhas rio acima. Barco do Peter é grande, mas seu estúdio principal não está é lá, o "Eel Pie" fica bem perto da atracação. No meu caso, aconteceu de eu encontrar este belo barco, construído como casa flutuante e muito barato, assim eu comprei. E só depois pensei em usá-lo como estúdio. É um ambiente de trabalho muito confortável--- três quartos, cozinha, banheiro, um salão grande. Tem 90 pés de comprimento.
M: Você vai gravar o próximo disco do Floyd lá?
G: Uma boa parte dele, sim. Fizemos muito do trabalho inicial do último álbum nele. E eu gostaria de trabalhar com pessoas tocando juntas na mesma sala desta vez. E se eu precisar adicionar vocais, posso fazer toda a parte incidental lá. Coisas como o solo final de "Sorrow" foram feitas no barco, minha guitarra através de um amp. Gallien-Krueger pequeno.
M: Townshend escreveu as letras para duas canções em seu álbum do solo " About Face". Você e ele tem ambos alternado entre fazer seus próprios discos e ser a força por trás de bandas muito bem sucedidas.
G: Eu acho Pete sente algumas restrições quanto ao que ele gosta de fazer com o "The Who", como acredito que sentimos restrições em tudo que tentamos, exatamente por causa dos diferentes tipos de personalidades e do papel que você cria para você mesmo dentro da banda. Eu sei que ele se sentiu incomodado sobre certa coisas - coisas que ele podia expressar no solo. Para mim, a restrição foi a escala na qual o Floyd se tornou mais do que qualquer outra coisa. É bom sair e fazer alguma coisa em uma escala ligeiramente diferente; tocar em teatros, o que não é realmente uma possível com o Floyd, até que nos tornemos menos populares.
M: Então a alta escala é importante para você?
G: Eu gosto da posição do Pink Floyd. Muitas de pessoas desejam comprar bilhetes e assistir aos shows. E isso exige uma responsabilidade que não recai sobre mim quando com um espetáculo solo. É uma mudança, é gostoso.
M: Mas mesmo assim, você fez sozinho a maior parte do trabalho de "Momentary Lapse". Nick Mason admite ter sido um auxiliar banda e Rick Wright para todos os fins e propósitos estava afastado da banda desde 1980. Este último disco do Pink Floyd foi um trabalho que você planejou e realizou com a ajuda de músicos contratados e mais um letrista. Fora o nome Pink Floyd e as considerações de trabalho, este é um álbum solo de David Gilmour.
G: Bem, na verdade não sei dizer o que é e o que não é um álbum solo. Eu abordei este álbum como teria abordado um álbum do Pink Floyd, e abordo um disco solo como deveria abordar um álbum solo. Há uma diferença no processo de pensamento e a maneira com qual você aborda as coisas. Mas, bem, de certa forma poderia ter sido, sim. E então diriam que no meu último solo eu poderia ter me aproximado mais do trabalho do Pink Floyd do que eu fiz. Poderia ter ajudado nas vendas, sabe.
M: "Murder," de About Face, certamente teve os elementos.
G: Eu dirigi as coisas longe do Floyd porque...não sei por que. Eu apenas quis fazer daquele jeito naquela hora. Mas não há nada no som do Pink Floyd que eu não goste. Eu não estou enganando ou tendo que fazer algo diferente para fazer um disco do Floyd. Nós nunca nos sentamos e dissemos: "Deus, isto não soa como Pink Floyd---vamos fazer isto ficar mais parecido com o Pink Floyd."
M: Se havia uma fórmula para o Floyd, "Murder" se encaixa: uma parte plenamente acústica, uma declaração, uma entrada repentina da banda, um tipo de solo de guitarra, e uma nova declaração de um tema mais universal, baseado no primeiro. Porém a fórmula não esteve presente em " Momentary Lapse". Você acha que durante a concepção do disco você estava tateando a idéia de o que o Floyd deve ou não deveria ser desde que você tomou posse?
G: Não. Eu não fiz isso de jeito nenhum. Simplesmente pensei, "Estas canções são boas?" e trabalhei para transformar as que achei boas em um disco. É inútil tentar fazê-las soar como o Pink Floyd, elas têm a minha voz e a minha guitarra de qualquer jeito. Por que o meu segundo álbum solo deveria ter um som diferente deste, eu não sei mesmo. Acho que é a minha postura com relação a ele. No solo, eu estava na verdade um pouco mais livre, um pouco mais rock'n'roll.
M: O início de "Short And Sweet," de seu primeiro álbum solo, soa como o de "Run Like Hell".
G: Sim, é uma guitarra com a última corda afinada em D, e batendo em torno desta corda forma-se uma raiz acima de D. Que é o mesmo em ambos [sorrindo]. É parte do meu repertório musical, sim.
M: Para um "roqueiro progressivo" você não soa atonal; a única vez em que percebi isto foi no fadeout em "You Know I'm Right". Você raramente fica anárquico.
G: Eu tenho um senso de melodia aguçado. Eu não desejo ser experimental ao ponto de fazer coisas que eu não gosto. Faço muito isso no estúdio por brincadeira, enquanto busco por coisas novas; mas vocês não ouvem isto, quando o produto final é lançado eu já transformei tudo em coisas das quais eu gosto. "New Machine" tem um som que nunca ouvi ninguém fazer. O som de portões; os Vocoders trouxeram algo novo, que para mim parece um maravilhoso efeito sonoro que ninguém conseguiu antes; é um forma de inovação. Mas explorar isto ao vivo em frente à platéia, como fizemos no final dos 60 e início dos 70, você erra tanto quanto acerta. Muito do que foi feito ficou horrível [rindo para si], e eu não sou mais aquela pessoa. Já passou, e aquela parte está feita.
M: Vindo de bandas covers de R&B, você se desligou daquele tipo de shows de improvisos, ou saboreou o desafio?
G: Eu tinha bastante estrada em improvisação, mas não achava que o Pink Floyd fazia era muito bom. E sim, demorou um pouco para que eu entendesse o que eles estavam querendo, também levou um tempo até que eu transformasse aquilo em algo que eu também gostasse.
G: Eu tinha bastante estrada em improvisação, mas não achava que o Pink Floyd fazia era muito bom. E sim, demorou um pouco para que eu entendesse o que eles estavam querendo, também levou um tempo até que eu transformasse aquilo em algo que eu também gostasse.
M: Você abriu mais o som; inicialmente, no fim da década de 60, a música pop inglesa muito densa.
G: A banda achou que alcançamos algo com a faixa título de "A Saucerful Of Secrets". Não posso dizer o quanto eu entendia do que estava fazendo, com Roger sentando e desenhado diagramas em pedaços de papel. Mas durante aquele período eu tentei somar o que eu sabia sobre harmonia e trazer mais influências, se você preferir. E a maneira na qual eles trabalhavam certamente me educou. Passamos todos os nossos desejos individuais, talentos e conhecimentos um para os outros.
M: Roger era um baixista de efeito naquele tempo?
G: Ele havia desenvolvido um estilo próprio limitado, ou estilo muito simples. Ele nunca esteve muito interessado em progredir como baixista e muitas vezes eu toquei baixo durante as gravações, por que eu conseguia fazê-lo mais rápido. Nos primeiros discos, quer dizer, em no mínimo metade d
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