Não Consigo Gostar de Música Eletrônica

Autor Mensagem
JJJ
Veterano
# fev/17


É isso... Simples assim.

Eu me esforço pra não ser preconceituoso. Eu tento, ouço. Mas não consigo gostar de nada de música eletrônica. Não consigo sequer suportar ouvir mais do que alguns poucos minutos de techno, acid, house, trance ou o que for.

Tem outros estilos que não curto. Sertanejo, por exemplo. Mas reconheço qualidade aqui e acolá. Consigo ouvir um "clássico" das matas. Idem para axé ou pagode, por exemplo. Consigo ficar num lugar onde esteja tocando, sem me incomodar muito. Mas música eletrônica não dá, não entra, não consigo...

E não me venham com lance de idade! Nem do velho Jarre eu gosto. Nem do Kraftwerk, nunca consegui curtir... Só ouço "On the Run" do Dark Side of the Moon (Pink Floyd) - uma espécie de precursora da música eletrônica - quando ouço o disco em sequência. Se for pra ouvir "pulando", sempre pulo essa...

Esses dias, passei os olhos num festival de música eletrônica. Tinha um cara lá comandando um monte de geringonças, teclados, baterias. Daí começa aquele tum-tum-tum-tum, bóing-bóing, tum-tum-bóing-tum-tum-bóing, zummmmm... pausa... tum-tum-tum-tum... carái, eu acho uma merda aquilo... mas uma merda daquelas grandes...

Daí a câmera foca na multidão. Uma cacetada de gente dançando, curtindo, pulando... me sinto com algum problema. Será que só eu que acho essa coisa ruim no nível de ruindade mais ruim do universo???

Lelo Mig
Membro
# fev/17 · Editado por: Lelo Mig
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JJJ

"Será que só eu que acho essa coisa ruim no nível de ruindade mais ruim do universo???"

Não, não se preocupe, você não é o único...devem haver outros iguais a você!

Eu não sou fã... não é música de cabeceira prá mim. E também acho um tanto cansativo... mas gosto de algumas coisas.

Por exemplo de Prodigy e de Depeche Mode da fase Ultra.

Contudo, bate estaca sem variação Tum Tum Tum Tum... por horas a fio não é prá ser apreciado como música, sejamos honestos, é prá encher o rabo de "docinhos" e ficar chapado.

Ningen
Veterano
# fev/17 · Editado por: Ningen
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[null]

Insufferable Bear
Membro
# fev/17 · Editado por: Insufferable Bear
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É engraçado como a visão sobre música eletrônica dos usuários desse fórum pode ser tão superficial.

JJJ
Veterano
# fev/17
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Insufferable Bear

Nos ilumine, então. Sério, na boa! Quero muito poder apreciar ALGUM tipo de música eletrônica; ou pelo menos "entender" o motivo de tantos apreciarem.

Ningen
Veterano
# fev/17
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Insufferable Bear

Nos ilumine, então. Sério, na boa! [2]

Alex guitar man
Veterano
# fev/17 · Editado por: Alex guitar man
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To no clube

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# fev/17
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to no clube.

MMI
Veterano
# fev/17
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JJJ

Será que só eu que acho essa coisa ruim no nível de ruindade mais ruim do universo???

Acho que tem coisa pior, muito pior. Mas não acho que seu tópico seja uma disputa do que é "ruindade mais ruim do universo", então se entendi seu tópico, pode fazer uma carteirinha para mim que estou no clube!

waltercruz
Veterano
# fev/17
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Bom, não tem problema você não gostar, hehe :)

E tem bastante diferença entre os estilos. Eu poderia postar algumas coisas mais experimentais aqui, mas vou postar algumas coisas que eu gosto e são mais fáceis de digerir, ehhe

Stephan Bodzin - Singularity

Essa pra mim foi uma das melhores tracks de 2015, sem dúvida. Uma das minhas preferidas.



Gui Boratto - acho que por ele ser músico e usar formatos quase canção nas tracks dele, é mais fácil ao menos acompanhar o fluxo. Curiosamente, as vezes noto um pouco de rejeição ao som dele nos clubes aqui do Brasil.





Kiasmos - gosto muito desses caras. O Olafur Arnalds faz muita coisa de trilha de cinema, então as músicas tem uma coisa bem... cinematográfica. Esse segundo vídeo que to postando deles tem uma coisa meio dead-act que é meio foda, mas os caras são bons. Tocar música eletrônica ao vivo o pessoal chama de live-act. O Ableton nasceu praticamente pra isso, já que permite vc dividir as coisas e escolher como as vai executar. Só que tocando ao vivo, com um monte de traquitanas ligadas no computador, muitas vezes rola AQUELE medo de algo dar errado e tudo explodir. Então, muitas vezes no live act é importante escolher o quanto vai ser algo mais pré preparado e o quanto vai ser ali executado no momento. Acho que nessa apresentação eles erraram um pouco a mão, mas essa música é linda.

Uma dica pra conhecer coisas semelhantes são os selos. Por exemplo, Kiasmos lança pelo selo Erased Tapes, então outros artistas do selo tem propostas semelhantes, como o Nils Frahm, A Winged Victory from the Sullen, etc.




Vou sair ali pra tomar uma cerveja, conforme for eu posto mais coisas aqui mais tarde.

Lelo Mig
Membro
# fev/17
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Têm usuário que não lida bem com o fato de alguém não gostar do que ele gosta.

Insufferable Bear
Membro
# fev/17 · Editado por: Insufferable Bear
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JJJ
Não dá pra explicar como apreciar música eletrônica, mas me refiro ao fato de usar o método do saco pra música eletrônica e terminar o pensamento com "isso é a pior coisa do mundo".
Música eletrônica como um gênero musical faz tanto sentido quanto música acústica, por exemplo, jazz está para death metal assim como ambient está para breakcore, e é com isso em mente que falei da superficialidade do conhecimento de vocês em relação à música eletrônica.

Lelo Mig
Eu não lido bem com a ideia de criar um tópico só pra dizer que não gosta de algo.

JJJ
Veterano
# fev/17
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Alex guitar man
Luiz_RibeiroSP
MMI

To no clube

Pô, pelo menos estou muito bem acompanhado! kkkkkk

waltercruz

Valeu, cara, obrigadissimo! Vou me esforçar para ouvir com a maior boa vontade. Esse sub-genero do que você sugeriu seria qual?

Lelo Mig

Você citou Prodigy, né? Tem tempo, mas eu me lembro de ter tentado. Quando a banda surgiu era meio que "o Pink Floyd do novo milênio" ou algo assim, pelo que me recordo. Tentei... não rolou. Quem sabe dou outra chance, agora. Mas repito a mesma pergunta que fiz acima: qual o sub-genero em que se enquadraria o Prodigy?

JJJ
Veterano
# fev/17 · Editado por: JJJ
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Insufferable Bear

Método do saco. Pô, leia o seu primeiro post no tópico lá! Pra mim, é o caso aqui! kkkkkkkk

Mas... Abri o tópico justamente pra que alguém me ajudasse a entender o fenômeno... É uma coisa psicológica, entende? Estou pedindo ajuda ... rs. Podia até estar no OT, mas como é relacionado a música, meti aqui.

Quanto à superficialidade. Sim, não sou conhecedor... Mais um motivo para tentar procurar "ajuda".

Agora, o termo "música eletrônica" é razoavelmente concreto. Tem seus subgeneros, claro, mas tem, em si, uma identidade.

waltercruz
Veterano
# fev/17
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são alguns gêneros em específico, mas tudo ao redor do techno

Bodzin seria algo como 'melodic techno' o Gui Boratto é minimal techno e Kiasmos fica entre o techno e alguma coisa de música clássica, música ambiente.

JJJ
Veterano
# fev/17
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waltercruz
techno e alguma coisa de música clássica, música ambiente.

Essa descrição parece remeter à New Age. Tem a ver?

waltercruz
Veterano
# fev/17
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levemente, hehe

as vezes é difícil criar nomes pra tudo, mas seria algo como neo-classic electronic

Insufferable Bear
Membro
# fev/17
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Agora, o termo "música eletrônica" é razoavelmente concreto.
Você é conhecedor ou não?

Uma pequena demonstração de como música eletrônica não é um gênero:
Nujabes
Gescom
Boards of Canada
David Tudor
Venetian Snares
Tangerine Dream
Mouse on Mars

Pra mim achar tudo isso igual é o mesmo daqueles velhos que chamam Metallica e Limp Bizkit de rock pauleira.

waltercruz
Veterano
# fev/17
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Nujabes é excelente, e sampleia muita coisa de música brasileira.

Boards of Canada acabou de lançar um disco muito bom.

Ismah
Veterano
# fev/17 · Editado por: Ismah
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JJJ

Pô Jojo, tu colocou algo muito grande dentro desse saco... hehehe
Acredito que ao dizer "música eletrônica" se esteja sendo mais amplo ainda, que ao dizer "música orgânica", pois a segunda desenvolve muito, mas MUITO mais que a orgânica...

Ao contrário da orgânica onde vocal e/ou solos são o foco, a eletrônica geralmente harmonia são o prato cheio, e alguns riff's tem vez - geralmente linhas muito próximas ao que o baixo faz. Talvez aqui comece a estranhar, porque quebra os paradigmas de séculos que estamos habituados.

O principal efeito é de fato criar ambientações, seja num som caleidoscópico simulando uma viagem de LSD, medo e ruídos numa floresta.

Tem muita coisa aí... Vale a pena procurar.
A batida, como em algumas religiões, tem como objetivo levar a um certo "transe"... Não sei pormenores mas funciona...

Sugiro que hoje o filme "Paraísos artificiais" ele é legal, a história é boa.

Lelo Mig

Contudo, bate estaca sem variação Tum Tum Tum Tum... por horas a fio não é prá ser apreciado como música, sejamos honestos, é prá encher o rabo de "docinhos" e ficar chapado.


Nem isso mais na maioria...! O políticamente correto chegou até aqui rs
Já fiz alguns matinês, e o que mais tem é Barbie e Ken bebendo água mineral (sem gás)... O "frito" tá bem restrito as raves, e casos esporádicos em baladas, mas bem pouco mesmo, se comparado ao que era a 8~10 anos atrás...

Por incrível que pareça, rock e drogas, ainda é uma parceria que se vê muito... De modo geral, é uma turma que bebe, grande maioria fuma, e tem histórico de uso de drogas, se é que ainda não faz.

Adler3x3
Veterano
# fev/17 · Editado por: Adler3x3
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Eu gosto muito de música eletrônica desde que surgiu.
E como o Waltercruz explicou até é o ramo da música que tem mais estilos e sub-estilos.

O problema a meu ver é na maioria dos casos, em que existe rejeição é por parte da percussão mal feita, de arranjos mal feitos mesmo.
Tem percussão que se quebra facilmente, e como foi dito tem alguns boing e boing, muito mal feitos que quebram até o ritmo.
Eu não sei como é o povo não tropeça nestas quebras de ritmo, na verdade eles não dançam, eles se movimentam.
A pulsação é muito importante, e as variações e as pontes tem que ser cuidadosamente construídas, com mudanças de tempo e até de tom.
A pura teoria musical tem que se fazer presente não importa o estilo.
Música é música, não uma sucessão de apertos de botão.

Música tem partes em que entra em cena a surpresa, faz parte e chama a atenção do ouvinte, mas não sons aleatórios, tem que ter sequência, tem que ter harmonia e não sons conflitantes.

Se a música é para a dança tem que ser dançante, o músico tem que entender alguns passos básicos da dança para poder compor e não empilhar ritmos com variações não dançantes, isto é tropeçantes.
E toda a dança tem passos de transição.

No tempo real que se compõe tem pensar nos passos, e aí compor, e não fazer aleatoriamente as mudanças, tem que ter uma sequência racional, tem que pensar com a pessoa vai dançar, desde o primeiro passo até o último.

E este problema não esta somente na música eletrônica, tem muito estilo por aí, que são canções dançantes, mas se esquecem da dança, e o que se toca por aí não é dança.

Até no clássico, tem muito minueto interpretado nos dias de hoje, que não é dançante, minueto é uma dança, assim como a maioria dos estilos deriva da dança.
Antigamente os compositores faziam músicas dançantes, e hoje não, pois para fazer música dançante, mesmo que não seja um dançarino tem que imaginar como o pessoal vai dançar a sua música.
Então a maioria dos compositores de hoje é muito falha neste sentido, e muitos interpretes não sabem mais interpretar a peça original, pois desaprenderam as danças.

Tem forro, tem samba, tem outros ritmos essencialmente dançantes, que são tocados de forma que não dá para dançar, um bom dançarino (a) não vai gostar.
Tem partes da percussão que além de serem muito simples, estão fora da batida, e em algumas partes com movimentos contrários ao ritmo da dança.
Não é que você é ruim porque não sabe dançar, é que não dá para dançar mesmo.

As transições muito erráticas, um verdadeiro impasse.

E a própria instrumentação é mal feita, deixam de utilizar outros instrumentos até acústicos que podem combinar.
Estou gravando uma série de músicas neste estilo e vou lançar um Álbum daqui uns tempos, mas na é a minha prioridade imediata.

A atenção tem que estar nos detalhes, não no simples reproduzir de um midi superficialmente, numa mesma track podem existir centenas e milhares de sutilezas, na verdade este estilo dá muito trabalho.
Mas quando é feito com muito boing e boing sem combinar, tem que buscar um equilíbrio e uma frase tem ser a resposta de outra e as variações na percussão não podem se quebrar, como acontece frequentemente.

Na música indiana tem peças de improvisação em que a pessoa da percussão conduz a dançarina, conforme os toques que faz e vai indicando o movimento dela para qual lado deve ir, numa combinação perfeita de batidas, e a dança fica boa, e todo o estilo tem um inicio um meio e fim, em que várias combinações podem ser feitas mas sempre respeitando o estilo, conforme a batida a moça sabe o que deve movimentar, os braços, as pernas, a cintura, os seios, a bunda, as coxas, a cabeça, os movimentos da mão, e até a expressão facial fora outros detalhes.
Uma música requintada que ainda existe nos dias atuais e influenciou muito a música eletrônica.


Agora com relação a música eletrônica, muitos entendem que tudo que passa pelo computador é eletrônico.

Tem um pequeno demo que fiz, que não tem nada de muito original, mas comecei a fazer e neste exemplo o nível ainda esta muito baixo pois a mixagem esta ruim.

https://soundcloud.com/pfranzen/vinda-do-anjo-ca-do-franz

Agora já atingi um outro nível, mas não divulguei nada, uso até violões e guitarras para uma melhor harmonia e muitos sintetizadores, muitos instrumentos virtuais de orquestra dos bons, que tem que ser melhor trabalhados nos detalhes para poderem soarem bem.
Investi muito nos últimos tempos em instrumentos virtuais, e comecei a dominar melhor a mixtura e a master.

aqui esta um pequeno exemplo, quando se trabalha mais nos detalhes, muito embora o som ainda esteja imperfeito, e quase não usei percussão, em ritmos mais lentos, foi apenas um pequeno teste, para ter na música certas partes mais no nível ambiente, mas aqui ainda esta meio pobre, pois usei somente uns três sintetizadores, e pouca coisa acústica.

https://soundcloud.com/pfranzen/viagem-as-pleiades

Em breve vou reformular o meu soundcloud e retirar tudo de lá, inserindo demos dos novos projetos feitos com mais cuidado.

Lelo Mig
Membro
# fev/17 · Editado por: Lelo Mig
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JJJ

Cara, eu sou para música eletrônica do mesmo jeito que sou para o Samba ou Jazz ou Rock.

Gosto de alguns trabalhos... outros não.

Gosto de alguns álbuns do Tangerine Dream... outros acho uma merda. O mesmo vale para o Kraftwerk, Depeche Mode, Prodigy e etc.

Aqui entra o subjetivo e pessoal... não é questão de bom ou ruim, é pessoal. Existe um tipo de "expressão" mais denso e pesado, como o Prodigy usa em Firestarter que me agrada muito. Ou aquela coisa soturna, densa e triste que o Depeche Mode usa em Home.

Aquele eletrônico mais puro, menos contaminado por outros estilos ou muito repetitivo não me agrada muito.

Aqueles ambientes... lounge, música de elevador, acho um porre. Acho chato e brega.... uma espécie de Kenny G DJ.

Aquelas experimentações, música feita com algoritmo, cálculos matemáticos, barulhos e bandas fazendo experimentações... na linha Varèse e Stockhausen ou Popoh Vuh e Faust já gostei... hoje não tenho mais o mínimo saco.

Alguns DJs, nessa linha do Skrilex, têm coisas que me agradam. (não sei os nomes, porque não é algo que eu acompanhe ou ouça a ponto de comprar as músicas).

Para um apreciador de música eletrônica, provavelmente o que eu gosto é básico, óbvio ou até ingenuo. Mas é até onde eu consegui chegar no quesito apreciação. Acima de qualquer coisa, hoje, eu só ouço música que me agrada.

Exemplos do que eu curto:









JJJ
Veterano
# fev/17 · Editado por: JJJ
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Insufferable Bear
Uma pequena demonstração de como música eletrônica não é um gênero:

Ok, ok... Pode subir o título na hierarquia de classes e deixar como uma denominação mais abstrata (eu sou da área de TI...), enquanto o que eu chamei de "sub-gênero" passa a ser "gênero". Se fica mais certo assim, assim fica... Agora, você me passou alguns exemplos que ouvirei. Obrigado.

Ismah
Pô Jojo, tu colocou algo muito grande dentro desse saco... hehehe

Então, mas nada dentro do saco me agrada (pelo menos, nada do que já tentei ouvir - vamos ver se esses exemplos que estão mandando aqui mudam um pouco esse meu conceito).

O lance do "saco" depende do quão genérico você quer ser. Como eu - até o momento - não gosto de nada do tipo, juntei tudo no mesmo saco, propositalmente...

Tem muita coisa aí... Vale a pena procurar.

É exatamente o meu propósito.

Adler3x3
Eu gosto muito de música eletrônica desde que surgiu.

Já tinha percebido isso. Tem alguns usuários do fórum que tem esse gosto e eu respeito muito. Você mesmo, o Casper, o OverlappingCircles... Pessoal de bom gosto - o que me dá esperança de haver algo que eu acabe por gostar (ou pelo menos, não achar tão ruim!).

A atenção tem que estar nos detalhes, não no simples reproduzir de um midi superficialmente, numa mesma track podem existir centenas e milhares de sutilezas, na verdade este estilo dá muito trabalho.

Eu acho que esse é um ponto chave pra mim. Passei muito tempo da minha vida tentando fazer o MIDI parecer algo humano. Qualquer dia escrevo sobre isso, porque é coisa demais. Mas acho que tem a ver com isso...

Tem um pequeno demo que fiz

Vou ouvir, assim como todos os exemplos que o pessoal colocou, quando tiver tempo pra ouvir como se deve: com calma e atenção (e desarmado... rs).

Lelo Mig
Para um apreciador de música eletrônica, provavelmente o que eu gosto é básico, óbvio ou até ingenuo. Mas é até onde eu consegui chegar no quesito apreciação. Acima de qualquer coisa, hoje, eu só ouço música que me agrada.

Eu já perdi a paranoia com relação a isso. "Ter que gostar" porque é complexo, ou erudito, ou dodecafônico ou revolucionário ou blá-blá-blá? Caguei... Eu ouço o que eu gosto. Se é simples ou complicado, se é brega ou cult, se é isso ou aquilo, tô nem aí. De Arrigo Barnabé e Tchaikovsky a Madonna e Spice Girls, se entrou bem no ouvido, não tem porque evitar. E vice-versa, claro!

boblau
Veterano
# fev/17
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JJJ

eu particularmente não escuto eletrônica porque quero. Mas não me nego a escutar nem tenho grandes ojerizas não.

Começe mais light, escute Bizarre Love Triangle do New Order. Escute por exemplo Titanium do David Ghetta + SIA.

Garanto que o pezinho vai bater no chão....

JJJ
Veterano
# fev/17
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boblau
Garanto que o pezinho vai bater no chão....

hummmm... não tenha tanta certeza, mas vou tentar, prometo!

By the way... sabe quando o pé costuma bater no chão com vontade aqui? AC/DC... kkkkkkkkkkk

MMI
Veterano
# fev/17
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JJJ

Tem um lado pessoal, claro. Mas é um lado que me diz que este tipo de música não é feito, de modo geral, para uma maior apreciação. Como muita música popular (no sentido até meio pejorativo da coisa), é meio que uma música de fundo, para passar uma energia determinada, mas quase que obrigatoriamente em segundo plano de algo que se passa no momento. E aí é o que muda na questão de ser dançante como em Minuetos.

De certa feita, há uns anos, conheci uns sujeitos gringos famosíssimos, em turnê mundial e passei certa vergonha... Bem que eu gostaria de conhecer e apreciar melhor o estilo, mas até agora as postagens daqui não ajudaram não, kkkk. Conheci, estranharam não serem tratados como astros, acabou que sem querer deixei perceber que só os conhecia de nome (gravaram com Oasis, abriram para U2 e tal...) e não apreciava em nada o trabalho deles, até com um lance de transmitir na música uma viagem com drogas. Rolou um papo e convite para ir ao estádio e tentar curtir, gentilmente recusado, mas juro que preferia achar bom.

Ismah

a eletrônica geralmente harmonia são o prato cheio

Foi uma das primeiras coisas que pensei quando li este tópico. Não imagino um post do Jabijirous com uma análise harmônica tão interessante como ele fez recentemente. Geralmente o que sinto é que um tipo de som para agitar, ajudar na energia, num "pano de fundo" para o que ocorre ao redor. Mas mesmo a harmonia, é um prato vazio geralmente.

Adler3x3
Veterano
# fev/17 · Editado por: Adler3x3
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Dá para notar uma certa influência hindu, sejam nos temas, seja na percussão e arranjos, e até no próprio nome da Banda.

Esta dupla Israelense produz uma boa música eletrônica:



E o uso de Vocoders, Arpegiadores, percussão, sintetizadores e outros efeitos.

E até dá para dizer que a música deles é espiritualizada , eles trabalham com certas frequências que afetam a mente.
Com pitadas da Cabala Hermética.

Insufferable Bear
Membro
# fev/17
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Se você analisa partindo da equação música = harmonia + melodia + ritmo, tua visão nunca vai te deixar apreciar música eletrônica mesmo.

Música eletrônica é mais baseada na ideia de Varèse de organização de sons do que apenas concatenação rítmica de notas.

JJJ
Veterano
# fev/17
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MMI

Cara, você explicou, melhor do que eu, o meu sentimento...

E, tal como você apontou, infelizmente, o pouco que eu ouvi dos exemplos dados - que eu agradeço de coração a quem deu - não ajudou mesmo. Ainda vou tentar, tem muita coisa e eu ouvi apenas algumas. Mas não achei nada ainda que me fizesse pensar "opa... peraí! tem alguma coisa aqui!". Ainda não, infelizmente.

Vou seguir tentando. Mas pode ser que, no fim, eu não goste mesmo de nada que possa, de alguma forma, ficar embaixo da denominação genérica de "música eletrônica"... paciência.

Teclista
Membro Novato
# fev/17 · Editado por: Teclista
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JJJ

Pronto pra zoeira ?

Sim, você está doente e eu tenho o tratamento ideal pra você passar a gostar de música eletrônica.

Comece ouvindo versões alternativas de músicas que você não costuma ouvir, por exemplo: MONEY MONEY MONEY (ABBA) - METAL



Segundo, ouça bandas convencionais que tenham elementos de música eletrônica em suas músicas.

Exemplo: Tame Impala - The bold arrow of time



Terceiro, ouça todos os três primeiros discos da Tame Impala na ordem cronológica. Ouça primeiro o InnerSpeaker, descanse um pouco e depois ouça o Lonerism, recomendo esperar 24 horas para ouvir o terceiro, o Currents, pois é o mais forte de todos. A quantidade de elementos eletrônicos nestes discos aumenta de um para o outro, se você conseguir ouvir o terceiro inteiro você esta curado.

Se isso não resolver um profissional deverá ser consultado.

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