O fim das bandas e dos grupos musicais.

Autor Mensagem
Multivozes
Membro Novato
# jun/16


Como é gostoso tocar e cantar junto com os amigos, porem cada dia que passa vemos bandas e grupos musicais se desfazendo após a fama, seguir a carreira juntos depois da fama se torna o maior obstaculo, neste sentido as duplas e os artistas individuais prosperam, simplesmente por ser mais fácil vencer os muitos obstáculos da carreira sozinho(a), portanto a lógica nos dias de hoje seria começar a carreira sozinho (a) ?

entamoeba
Membro Novato
# jun/16
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Tocar "sozinho" é um tanto deprimente, a meu ver. Além disso, você perde em vivências! Mesmo os artistas solo (seja na música ou em outras áreas da arte) dialogam com seus pares. As vezes, fazem jams e tal...

Acho que tocar com os outros é mais certeiro!

Multivozes
Membro Novato
# jun/16 · Editado por: Multivozes
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entamoeba
Membro Novato

Tocar "sozinho" é um tanto deprimente, a meu ver. Além disso, você perde em vivências! Mesmo os artistas solo (seja na música ou em outras áreas da arte) dialogam com seus pares. As vezes, fazem jams e tal...

Acho que tocar com os outros é mais certeiro!



Sim prezado Enta, tocar com os outros é melhor mesmo, os artistas solos contratam seus músicos para os acompanhar, concordo que tocar sozinho possa ser deprimente, tocar com um grupo de amigos sem estarem 100% alinhados nas idéias também é bastante deprimente, principalmente quando cada um resolve seguir carreira solo he he he

Lelo Mig
Membro
# jun/16 · Editado por: Lelo Mig
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Multivozes

Até final dos 80, se vendia muito disco... K7, Vinil, CD, não importa a ordem, mas vendia e era o que dava muito dinheiro as gravadoras. (O artista nunca ganhou com venda de álbuns, sempre ganhou com shows).

Então a equação milionária que preponderou por décadas era.... Vende muito disco a gravadora ganha muito e o artista faz muito show e o artista fazendo muito show vende mais disco.

O "círculo mágico".

Quando a internet acabou com o CD o círculo se quebrou.

Banda, hoje em dia, é muito caro, muita gente prá dividir um bolo que cada dia fica menor.

Nos grupos de pagode só sobrou o cantor, na dupla sertaneja sai em carreira solo o menos ruim e bandas de rock...... em extinção.

Buja
Veterano
# jun/16
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Lelo Mig
e bandas de rock...... em extinção.
Eu boto fé no trio band creator.

Multivozes
Membro Novato
# jun/16
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Buja
Veterano
e bandas de rock...... em extinção.
Eu boto fé no trio band creator.


Interessante este trio eu não conhecia, porem qualquer tecnologia de hoje esta longe de se equiparar a imaginação da mente humana, mesmo porque toda tecnologia existente hoje é fruto desta mente.

Multivozes
Membro Novato
# jun/16
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Até final dos 80, se vendia muito disco... K7, Vinil, CD, não importa a ordem, mas vendia e era o que dava muito dinheiro as gravadoras. (O artista nunca ganhou com venda de álbuns, sempre ganhou com shows).

Então a equação milionária que preponderou por décadas era.... Vende muito disco a gravadora ganha muito e o artista faz muito show e o artista fazendo muito show vende mais disco.

O "círculo mágico".

Quando a internet acabou com o CD o círculo se quebrou.

Banda, hoje em dia, é muito caro, muita gente prá dividir um bolo que cada dia fica menor.

Nos grupos de pagode só sobrou o cantor, na dupla sertaneja sai em carreira solo o menos ruim e bandas de rock...... em extinção.




Amigo acredito que em um futuro musical não muito distante, para tristeza das geração passadas, toda a música se resumirá em apenas duas letras: "DJ" he he he

Adler3x3
Veterano
# jun/16
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Multivozes
Não.
Sempre vai existir grupos musicais.
Não é porque existem instrumentos virtuais e outros recursos que as bandas vão acabar.
Até porque ainda no século XX apareceram muitas novas opções, guitarras elétricas, órgãos e sintetizadores, e nem por isto os grupos acabaram.
O músico necessita de uma melhor interação, e isto só se consegue com grupos.

Rednef2
Veterano
# jun/16
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Acredito que pra sobreviver no ramo musical hoje, os musicos vão ter que adquirir uma mentalidade de trabalhador autonomo. Ler os mesmos livros, ir as mesmas palestras, que as pessoas que tem um negocio próprio.

Julia Hardy
Veterano
# jun/16
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Tem gente que se dá melhor tocando sozinho. Se eu conseguisse fazer uma vida sozinha, eu seria como o Buckethead, que grava trocentos albuns solo por ano, de vez em quando monta uma banda e pronto. A verdade é que é muito difícil montar uma banda que você realmente se sinta satisfeito. Se você não tiver uma grande afinidade musical e pessoal, não rola.

Amago
Membro Novato
# jun/16
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Eu pra não ter que tocar sozinho to tentando ensinar o meu cachorro rsrs, só assim mesmo ,eu moro num deserto cultural.

Synth-Men
Veterano
# jun/16
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Multivozes

Boa tarde a todos!

Concordo com o Adler3X3

Pois ainda hoje existe espaço para bandas e a boa e velha musica do passado. Talvez isto ainda mantém algumas bandas. Hoje que eu lembre a banda moderna de maior apelo internacional é o COLDPLAY. Mas já tem outros copiando.

Mas o perfil da arte moderna mudou muito. E acaba caindo naquilo que o Lelo Mig. falou. Hoje está na moda o "SHOWMAN", ou seja o artista que faz tudo.

Como as gravadoras hoje não ganham tanto com a venda de mídia, elas não fazem mais marketing dos artistas ou bandas por longos períodos, igual víamos nas décadas de 80 e 90 (auge da maioria daqui suponho).

Nós também acompanhamos este perfil, quando gravamos em casa.

Tocamos violão, guitarra, baixo, teclado, bateria, voz, gravamos, mixamos e postamos (realizamos o lançamento da musica) em algum site ou fórum. Tudo sozinho.

Em uma banda de igreja, todos sabem gravar no computador, mixar, usar vsts e vstis. Diferente de antigamente (lógico devido ao avanço das tecnologias). Mas refiro-me a tendência do fazer sozinho.

Fora também a portabilidade. Quase tudo hoje é leve e portátil. 99% das coisas portáteis são individuais. Digo em relação a equipamentos.

Provavelmente este seja um dos milhares de motivos para as bandas, mesmos aquelas de grupos de escolas, amigos da praça, buteco e os parentes de casa, estejam sumindo.

Lelo Mig
Membro
# jun/16 · Editado por: Lelo Mig
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Multivozes

"Amigo acredito que em um futuro musical não muito distante, para tristeza das geração passadas, toda a música se resumirá em apenas duas letras: "DJ" he he he"

Apenas uma observação: Quando faço algumas considerações aqui no forum eu, quase sempre, me refiro ao mainstream, ao mercado principal de sucesso, que envolve a grande midia e os grande meios de comunicação.

No universo underground/alternativo, nos nichos e espaços específicos (e muito mais interessantes), sempre haverão outras realidades, necessidades e soluções.

Sempre haverão alternativas.... Mesmo que poucos toquem viola da gamba, por exemplo, hoje em dia, ainda há e sempre haverá quem toque.

Com bandas, não será diferente.

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# jun/16
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O que posso dizer é que está cada vez mais difícil encontrar gente séria para formar uma banda, principalmente para fazer som autoral.

Negada só quer saber de ficar tocando cover pra tocar em bar e ganhar algumas merrecas e duas cervejas. E o pior é que normalmente são sempre as mesmas músicas que todo mundo toca: dá a impressão que se montar um repertório de, vá lá, 80 ou 100 músicas, os repertórios de 98% das bandas vão estar contidos ali...

Essa "cultura do cover" tinha que acabar... Isso está matando o rock e a música nacional...

Fico de fato preocupado com o futuro da música, e mais ainda do rock. Infelizmente a cada dia que passa tenho mais e mais a sensação de que o rock está morrendo, e mais rápido ainda cá em Bananaland.

Ainda assim, às vezes, bem de vez em quando, eu escuto/vejo uma nova banda de rock fazer alguma coisa que preste. Porém infelizmente, a não ser que ganhe um "SuperStar" da vida (e as que ganham normalmente são aquelas bandinhas mela-calcinha bem água-com-áçucar), não vai virar nada, não conseguirá espaço no mainstream, onde o jabá come solto e meio milhão de reais não dá nem pra começar a lançar a banda nas rádios.

É, tá osso. A verdade é que o canal tem mesmo sido montar um homestudio razoavelzinho, aprender a mexer com esses programas de gravação e samplers e gravar as próprias coisas sozinho, ou no máximo com o auxílio de uma pessoa.

Abçs

Julia Hardy
Veterano
# jun/16
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As bandas covers ocupam o espaço que as outras não ocupam. Simples.

Xeper
Veterano
# jun/16
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o rock está morrendo

Ainda? Esse roque ta pior que atriz de novela mexicana, nunca morre de vez, pelamor

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# jun/16
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Julia Hardy

"As bandas covers ocupam o espaço que as outras não ocupam. Simples."


Não acho que seja tão simples. A esmagadora maioria dos bares/casas de show que tem música ao vivo não fecham com banda que toca apenas som autoral (exceto, evidentemente, as famosas), por melhor que seja o conjunto. No máximo se consegue enfiar uma ou duas músicas próprias no meio de um repertório de 20 covers.

Abç

Calime
Veterano
# jun/16
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Não entendo essa birra da galera com banda cover. Se o dono do bar "fecha" com bandas cover, é pq o público quer ver o cover. São coisas diferentes: banda cover pra quem curte, banda autoral pra quem curte, e pronto. Há quem curta os dois (eu por exemplo, gosto de cover, mas gosto mto mais de autoral). Reclamar dessa cultura cover que tem rolado é como reclamar que a mídia dá espaço pra sertanejo....ora, se tem público, tem que existir. O mundo é movido a grana, e não a nossas vontades.

Julia Hardy
Veterano
# jun/16
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Também não entendo a birra. Já presenciei casos de bandas autorais que se recusaram a abrir show de banda cover. "Que absurdo. Uma banda de som próprio abrir pra uma banda cover." Que bobagem. Ou então meter marra só por ter cd gravado. Coisas do tipo. Tem que ter um pouco de noção.

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# jun/16
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Calime

"Não entendo essa birra da galera com banda cover"

Cara, não me entenda mal, eu não tenho "birra" (no sentido de "pré-conceito", imagino eu) de cover não, inclusive toco (muito) cover ainda. Infelizmente, rsrs...

O que eu tenho mesmo é um conceito a respeito de cover. Conceito que aliás não é nem meu: inúmeros artistas compartilham da mesma opinião.

A longo prazo a "cultura do cover" mata a criatividade da imensa maioria das bandas, principalmente de rock. Toma um tempo dos diabos, desvia o foco, "queima" a banda e os músicos, enfim... Empobrece a música, como um todo.

E no cenário como um todo as consequencias "da cultura do cover" são ainda piores: fato é que, pelo menos aqui onde moro, simplesmente não existe mais espaço minimamente decente para banda autoral mostrar seu trabalho.

O que na minha opinião é uma coisa triste, porque em outros tempos sobrava espaço e faltava banda (boa). Galera saía para ir no bar ver um conjunto tocar, não importava muito o quê, ou se era cover ou não. E todo dia tinha banda tocando som próprio. Enfim...

Hoje é o que eu falei: se montar um repertório das "100 mais tocadas" 98% das bandas vão se enquadrar ali. Se isso não é reduzir e empobrecer o rock, não sei mais o que é...

E será mesmo que só se abre espaço para bandas covers porque o público quer ouvir só cover, ou o público quer ouvir só cover porque foi condicionado a pensar em música ao vivo como sendo só isso?

Eu tenho minhas dúvidas...

Abç

Calime
Veterano
# jun/16
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Felipe Stathopoulos

Então, concordo totalmente qto a ascensão do cover ter tirado espaço do autoral. Mas vc há de convir que, em termos de mercado, do que vende mais, hoje a galera curte mais o cover? Nadar contra a maré é algo infrutífero. Vc pode ter seu gosto e predileções, mas no fim das contas o que manda é a demanda por algo. Se hoje o povo paga pra er cover, é isso que será. É o mesmo tipo de debate em relação ao rock ter bemmm menos espaço no mainstrean. É errado? Não. É uma época diferente, com coisas diferentes, estilos....

Agora, sobre a questão do povo ser condicionado a consumir algo, isso aí já é tema pra um debate bem mais profundo e extenso, demorado. Acho que debater isso aqui iria meio que fugir da proposta do tópico. Já pensei e refleti mto sobre essa questão e considero algo mto interessante, pq abrange não só a música, como tbm diversas outras coisas na sociedade. Adoraria ler e participar de um debate desse com a galera do fórum, e ver a opinião de um Bertola da vida (por exemplo).

Ismah
Veterano
# jun/16
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Quem não é visto, não é lembrado.
Temos mil bandas por capital, 99% ruins e 1% razoável... Porque ninguém quer investir em estudo - "mas fulano de tal conseguiu fazer sucesso sem estudar", é tá... mas e quantos mais existiram ? - em equipamento (o famoso "tem que ter custo/benefício", quando na verdade o mais barato é o adquirido... Ah mas assim só sendo rico pra ter banda... Te f*&% um pouco trabalhando de gari, faz free de motoboy entregando pizza, se vira...

Cresci num meio em que a banda carregava até de bicicleta equipamento... E não era pouco, porque a eficiência era baixa, e a música o importante... Atualmente músico quer ser O SULTÃO, que agende e divulgue shows pelo facebook, onde o dono do bar o espere com quitutes, com um engradado de cerveja gelada, uma costela para acariciar seu falo, e outra para fazer massagem. Ah sim, além do equipamento de som (front line) e de palco (back line)... Praticidade total, e um show de merda...

É por isso que banda não vinga, já que fica fácil de tocar (tu tá sendo pago pra tocar, então te vira com o que tiver), administrar, compor quando se é sozinho, pois ninguém vai te contrariar.

Rednef2
Veterano
# jun/16
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Felipe Stathopoulos
Eu concordo com tudo que tu disse. E é ai que entra o que eu falei ali em cima, o musico hoje tem que ter mente de empreendedor. Estudar o que os "clientes" deles querem, onde estão, como chegar até eles, etc.

Eu não acredito nessa profecia apocaliptica de que nunca mais vai aparecer uma banda autoral ai fazendo sucesso. O mundo pop vive provando o contrario: One Direction mesmo lota estadios no mundo inteiro. "Mas é banda pra crianças". Sim, mas é uma banda, e lota estadios.

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# jun/16
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Rednef2

Então bro, concordo contigo: a gente tem que começar a pensar mais como empreendedor e menos exclusivamente como músico.

Mas até um certo ponto. Depois daí também a gente cai naquele veeeeeeeelho dilema: tocar o que o público quer ouvir e ocupar os espaços já existentes, ou abrir seu próprio espaço, fazendo o público querer que você toque o que você gosta.

Acho que há aí um equilíbrio delicado: há bandas e músicos (a grande maioria) que tocam o que o público quer ouvir. É um pensamento imediatista, que visa o sucesso e o lucro. O que é profundamente respeitável, diga-se de passagem.

Por outro lado, há músicos e conjuntos que inovam e propôem um estilo de som que jamais foi escutado anteriormente, e que, por "N" fatores (inclusive marketing), cai nas graças do público.

Esses são os gênios que entram para a história da música...

Eu sei lá, de minha parte, como proto-compositor hobbysta (não vivo de música), procuro um equilíbrio: não ser tão vanguardista a ponto de mandarem eu voltar pro hospício, nem tão conservador a ponto de fazer um som que todo mundo já fez. Acredito (minha opinião) que o segredo do sucesso é esse.

Porque se for pra tirar um som que eu não curto, ainda que seja pra fazer sucesso, prefiro mesmo ficar tocando em casa pro resto da vida.

Mas claro, cada um, cada um e a parada é tão subjetiva que todas as opiniões são respeitáveis...

Abç

Lelo Mig
Membro
# jun/16
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Felipe Stathopoulos
Rednef2

"a gente tem que começar a pensar mais como empreendedor..."

É caras, eu respeito e entendo essa visão... principalmente para quem quer viver de música e obter algum sucesso.

Mas eu saí fora, há muito tempo, porque eu acho justamente o oposto...

"a gente tem que começar a pensar mais como artista, virar as estruturas de ponta cabeça, cagar na cabeça da grande mídia e seus empresários e despirocar de uma vez, rompendo com esta bundamolice e caretice que assolam o planeta..."

Se é prá "entrar no esquema" abandonaria a guitarra e abria uma franquia do McDonalds.

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# jun/16
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Lelo Mig

"a gente tem que começar a pensar mais como artista, virar as estruturas de ponta cabeça, cagar na cabeça da grande mídia e seus empresários e despirocar de uma vez, rompendo com esta bundamolice e caretice que assolam o planeta..."

Sei lá bro, da música eu apenas quero ganhar grana o suficiente para produzir minha música - própria - sem precisar arrancar dinheiro do bolso sacou? Não pretendo ficar rico nem nada (menos ainda famoso): se eu apenas conseguir grana o suficiente para não precisar arrancar do bolso toda vez que preciso comprar uma palheta, pra mim estará bom.

Adoraria poder fazer isso aí que vc fala, cagar pra todo mundo, despirocar, tocar o foda-se, tocar só o que eu quisesse e mandar o mercado e a mídia à merda; mas aqui em Banárnia o fato é que se vc fizer isso vc passa fome. Infelizmente.

Talvez na gringolândia seja diferente, mas aqui é assim: um cara iniciante que fizer isso não vai conseguir tocar, não vai conseguir evoluir o equipo, não vai conseguir gravar, não vai conseguir se projetar, enfim: tudo vai ser mais difícil e o cara vai acabar tocando qualquer coisa na rua pra ganhar o que o chapéu arrecadar.

Mas respeito pacaray sua opinião, de qq maneira. Queria ter este comprometimento (ou esta liberdade).

De minha parte ainda acho que o justo meio-termo é o caminho mais sensato. É como eu disse: nem tão vanguardista a ponto de acharem que eu fugi da casinha, nem tão retrô que nego ouça o som e ache que já escutou aquilo antes um milhão de vezes.

Abç

Lelo Mig
Membro
# jun/16 · Editado por: Lelo Mig
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Felipe Stathopoulos

Existem meios...

No final dos 70, início dos 80 eu era funcionário de empresa. Não podia abandonar minha profissão, por uma série de questões pessoais e financeiras. Não sou de família rica, precisava ajudar em casa, outros tempos, outra realidade...

Decidi que não ia gastar mais nenhum real (cruzeiro na época) para bancar música. Que tudo que gastasse com música seria pago com música.

Minha banda autoral só dava despesa, mas era minha paixão, onde eu compunha e arranjava com meus brothers.

Então fui tocar na noite, mantendo o trabalho autoral paralelo. Esta brincadeira durou uns 15 anos!

Neste tempo, (havia mais espaços e se pagava um pouco melhor que hoje) ganhei o suficiente para bancar tudo que precisei de equipos, pedais, cordas, instrumentos e etc. Em média fazia (em termos atuais), uns 800 à 1200 reais mês, só prá gastar com música, sem tirar 1 cruzeiro de meu salário.

Tocava e ao mesmo tempo estava treinando, conhecendo pessoas e saindo com um monte de gurias! Fui feliz meu querido!

André Perucci
Veterano
# jun/16
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O problema nem é fazer a banda, é fazer as pessoas escutarem... a gente posta material e sempre passa batido, podem ver, aqui na lista de tópicos tem um da minha banda e nenhuma postagem, e não é o primeiro nem vai ser o último

Felipe Stathopoulos
Membro Novato
# jun/16
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Lelo Mig

"Tocava e ao mesmo tempo estava treinando, conhecendo pessoas e saindo com um monte de gurias! Fui feliz meu querido!"


Imagino, rsrs. Bons tempos, talvez os melhores de todos os tempos...

Mas acho que o canal deva ser mais ou menos esse aí mesmo. Vamuvê, to começando meio tarde (na guitarra) mas to começando com gás, vamos ver o que rola.

Abç

Lelo Mig
Membro
# jun/16 · Editado por: Lelo Mig
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André Perucci

"é fazer as pessoas escutarem... "

Isso aí têm a ver com cultura. Antigamente estudantes curtiam festivais, havia uma pá de festival universitário em todo canto do país. Descobrir e avaliar música autoral era um grande prazer.

As pessoas iam atrás de novidades, tinham uma ingenuidade de querer mudar o mundo... mas liam, iam a teatro, cinema, shows, sarais de poesia, exposição de artes.

Desculpem a "nostalgia" e grosseria, mas mano, como vocês querem que estes energúmenos que nem sabem quem são seus pais, avaliem música autoral? Esse povo quer beber até vomitar, e vomitar prá beber de novo, ouvindo música de corno, de cachaceiro e de puta.

Ahhh, que se dane o politicamente correto, foda-se, é uma geração de burros, de analfabetos funcionais, de estúpidos... uma cambada de idiota que não conseguem passar numa merda de prova do ENEM.

Que se fodam!

Obs: Sorry...Tô revoltado hoje...kkk!

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