Led Zeppelin - Black Dog - Pq essa musica me incomoda?

Autor Mensagem
Cup Noodles
Veterano
# jan/16


Olá pessoal.

Bom... eu gosto muito de bandas clássicas de rock e de metal... acho que isso é até um dos motivos que eu tenho uma certa resistencia a novas vertentes do rock( como Indie rock por exemplo).
Led zeppelin é um clássico e um mito.. isso é inegável... mas tem uma música em especial que me incomoda.
A Black Dog.

link:
https://open.spotify.com/track/0NSeXLBOh16zjbENkAu0P6

eu não sei se só eu tenho a impressão que a guitarra e a bateria estão fora do tempo... prestem atenção na música a partir de 0:40 Segundos.

só eu tenho essa impressão? (diferentona) hahaha

Lelo Mig
Membro
# jan/16
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Cup Noodles

"tenho a impressão que a guitarra e a bateria estão fora do tempo"

Estamos habituados a um "padrão" ocidental e quando algo sai desta "normalidade", estranhamos.

Esta passagem em Black Dog, sempre foi muito comentada, porque é esquisita mesmo, creio, que propositalmente.

Não há nada errado, musicalmente, falando... mas, Jimmy Page acentua "notas cabeça", reforça o tempo, e o John Bonhan "passa reto", não acentua. Isso produz um efeito "indigesto".

JJJ
Veterano
# jan/16 · Editado por: JJJ
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Essa música foi gravada em 1971...

Em 1971 não existia (pelo menos em escala comercial), nada de sequencer, DAW, midi, temporização com click, etc.

Os caras chegavam e tocavam...

O Led tem várias músicas com defasagem de tempo entre os instrumentos e outros "errinhos" mais. Veja a total falta de precisão no andamento de Stairway to Heaven, por exemplo. As asfradas na guitarra de Hot Dog e por aí vai. O "ouvido" do músico (e dos ouvintes) não era tão exigente e acostumado com perfeições milimétricas, como é hoje.

Esse trechinho de Black Dog, se gravado hoje, teria sido temporizado bonitinho e não ia te dar essa sensação de "indigesto".

ogner
Veterano
# jan/16
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Não há nada errado, musicalmente, falando... mas, Jimmy Page acentua "notas cabeça", reforça o tempo, e o John Bonhan "passa reto", não acentua. Isso produz um efeito "indigesto".

Acentuçao, nota forte, isso é muito interessante!! Um 4/4 na mão de um baterista criativo, pode dar a sensação de um 13/89 facinho.. hehehehe!!!

FELIZ NATAL
Veterano
# jan/16
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Créditos ao Paul Jones por este riff "errático".

http://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-76/entrevista-jimmy-page# imagem0

Cômico ver o próprio Page admitindo ser um riff difícil de tocar.

ogner
Veterano
# jan/16
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FELIZ NATAL
Se nao fosse pela contagem do chimbal pra entrada, daria xabu!! ahuehuahe
Eu não conseguiria facil nao...



FELIZ NATAL
Veterano
# jan/16
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ogner

Não quis falar nada por não ter como provar e estou no trampo e não tenho como procurar no youtoba, mas tem um audio disponivel do Page errando e perguntando ao Jonesy como toca aquela porra. Jonesy didaticamente ensina e eles dão play.

kkkkkk

Maravilhoso, Zeppelin é vida.

Cup Noodles
Veterano
# jan/16
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FELIZ NATAL

Legal essa entrevista que você postou!

Um dos meus preferidos é “Black Dog”, por ser tão irregular – a maneira como se derrama por cima da bateria. Não deveria funcionar. Mas funciona.
Esse é um que não fui eu quem criei. John Paul Jones veio com esse riff. Não foi fácil tocar. A bateria tinha que tocar em compasso 4/4 durante todo ele. Mas “Black Dog” é mais do que um riff. Temos o chamado e a resposta do vocal e do riff, depois a ponte e outras partes para fazer a música avançar.

ainda bem que tem gente que concorda comigo em relação a essa musica!
não adianta.. quando eu escuto só fico esperando o momento que eles vao conseguir acertar os tempos.

muito massa esse vídeo do ogner também!!!

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jan/16
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É exatamente esse tempo que faz a música ter graça...
Coisa que hoje em dia se perdeu... Assim como boa parte da criatividade....

Calime
Veterano
# jan/16
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Mauricio Luiz Bertola

Concordo. O padrão em fazer tudo conforme "manda o figurino" de certa forma tem enfadado a música feita hoje.

brunohardrocker
Veterano
# jan/16
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Bom tópico.
Parabéns aos participantes.

André Perucci
Veterano
# jan/16
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Mauricio Luiz Bertola
É exatamente esse tempo que faz a música ter graça...
Coisa que hoje em dia se perdeu... Assim como boa parte da criatividade....

Calime
Concordo. O padrão em fazer tudo conforme "manda o figurino" de certa forma tem enfadado a música feita hoje.


E é com essa mentalidade maravilhosa que novos movimentos surgem (como o "Djent" com riffs extremamente sincopados e som inovador percussivo na guitarra) e os saudosistas dizem que não se faz música como antigamente...

Joinha. (Y)

André Perucci
Veterano
# jan/16
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Vocês podem não gostar e tem todo o direito de ouvirem a mesma coisa por 50 mil anos, mas não digam que não há criatividade e inovação na música hoje em dia sem dar uma boa garimpada na internet e deixarem de lado as mesmas bandas meus amigos.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jan/16
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André Perucci
Amigo, Coisas como "...riffs extremamente sincopados e som inovador percussivo na guitarra...", já existem desde há muito tempo e o tal "Djent" nada mais é que um derivativo do que foi feito pelas bandas progressivas e pelo jazz-rock dos anos 60/70 com uma outra "roupagem". Talvez lhe falte o conhecimento de décadas de audição musical, o que é compreensível...
Acho que você é que tem que "garimpar" o que foi feito no passado para entender que o que é feito hoje é apenas desenvolvimento disso, sendo muito pouca coisa efetivamente "novidade"...
Aliás, esse negócio de "novidade" é bobagem. Música, rock (em particular), tem que ser é bom, e, de fato tem coisa boa hoje em dia (eu curtí muito o trabalho do Sean Lennon, por exemplo)...
Quanto a "...deixarem de lado as mesmas bandas meus amigos...", acho que isso é uma questão de cada um, e não cabe à ninguém interferir nisso...
Abç

André Perucci
Veterano
# jan/16
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Mauricio Luiz Bertola
Sim meu amigo, estudei uns bons anos de jazz na faculdade pra saber que Coisas como "...riffs extremamente sincopados e som inovador percussivo na guitarra...", já existem desde há muito tempo e o tal "Djent" nada mais é que um derivativo do que foi feito pelas bandas progressivas e pelo jazz-rock dos anos 60/70 com uma outra "roupagem".

Aliás, se você for pegar pela vertente do derivativo, é tudo copia da copia, e nada é novidade. Essa parada de mil anos de experiência musical não cola comigo man. Abra sua mente. Tem MUITA coisa sendo desenvolvida com elementos unicos e misturas novas por aí que te garanto que você não ouviu brother.

André Perucci
Veterano
# jan/16
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Insufferable Bear
Membro
# jan/16
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Mauricio Luiz Bertola
sei lá, existem gêneros lo-fi por aí que se baseiam exatamente em gravar sem grandes recursos e acaba saindo essas imperfeições charmosas como conseqüência

por outro lado, Djent é um porre. A idéia de repetição e polirritmia é parecida com a do zeuhl, só que a execução é porca.
Acho q nos dias de hoje o lugar ideal pra se procurar som com rítmica interessante é o underground japonês.
https://www.youtube.com/watch?v=XCKyRweCR7U

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jan/16
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Insufferable Bear
Depois vejo. No trabalho não abre you2be
André Perucci
Tem MUITA coisa sendo desenvolvida com elementos unicos e misturas novas por aí que te garanto que você não ouviu brother.
Que tem tem... Mas... como é que vc garante que eu não ouví?
Kkkkk...
Abçs

André Perucci
Veterano
# jan/16
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Mauricio Luiz Bertola
Garanto com a sua constatação sobre a criatividade hoje em dia, jovem

André Perucci
Veterano
# jan/16 · Editado por: André Perucci
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Insufferable Bear
Brother, como disse antes, tudo otimo não gostar, eu mesmo gosto de pouquissima coisa intitulada do movimento, até mesmo dei o exemplo só de relance, mas calma aí... Não acha demais falar que execução é porca? Acho dificil tocar algo do tipo sem determinada tecnica apurada



Velvete
Veterano
# jan/16
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Um bom topico se perdendo da discussão passado x presente...

Good times, bad times...

Insufferable Bear
Membro
# jan/16
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André Perucci
Me referia à execução da ideia e não à execução das músicas...

Calime
Veterano
# jan/16
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André Perucci

Ainda bem que isso é só sua opinião. A minha é que sim, não existe criação hoje em dia, e sim junção de elementos. Acredito piamente que sim, existem boas músicas/artistas, mas nada que de fato me faça pensar: Poha, aí sim! A última vez que pensei isso já tem alguns anos, e foi rareando cada vez mais.

Insufferable Bear
Membro
# jan/16
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Calime
Você está envelhecendo, nada vai ser como era antes, mas não é falta de inovação na música não...

MauricioBahia
Moderador
# jan/16 · Editado por: MauricioBahia
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Ogner de Lespa! É, o mundo mudou... Kkkk

Ahh. E sobre Black Dog, acho a pior das melhores do LED.

;)

Calime
Veterano
# jan/16 · Editado por: Calime
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Insufferable Bear

Tudo bem, respeito sua opinião, apesar da minha ser um pouco diferente em relação a inovação que tem rolado na música(talvez pode ser msm a idade...ou não!). Mas é melhor que paremos por aqui e deixar que o tópico retome sua temática inicial, que achei deveras interessante.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jan/16
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André Perucci
Cara, muito obrigado pelo "jovem"!!
Kkkkkkk.....

OFBRITO
Veterano
# jan/16
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Ogner de Lespa! (2)

Heresia ... vai acabar indo p o inferno das lespas!!

Insufferable Bear
Membro
# jan/16 · Editado por: Insufferable Bear
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Lembrando que a passagem começa nos 40s e que não é a parte onde os instrumentos entram...
Não tem muito o que ser dito sobre Black Dog, a passagem é bem normal e bem ocidental, também não é porque não sincronizaram direito, o padrão da guitarra dura 9 colcheias e o da bateria 8, só surpreende quem não ouve músicas variadas o suficiente.

Compara com a guitarra e o baixo dessa música depois do primeiro minuto: https://www.youtube.com/watch?v=3A_5x4hILVo
Ela é montada basicamente nessa idéia de ter uma melodia durando x subdivisões e outra y. Só que esse exemplo a idéia é desenvolvida a música inteira conscientemente.

entamoeba
Membro Novato
# jan/16 · Editado por: entamoeba
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Qualquer macaco bem treinado toca em 5/17...

Difícil é ter sensibilidade de saber usar essas divisões diferentes para fazer algo que preste. Ainda não ouvi nada desse djent que não me soasse a um onanismo sem propósito. Acho que rola preocupação demais em jogar por regras estranhas que os caras esquecem que deveriam estar fazendo música!

Insufferable Bear
Não tem muito o que ser dito sobre Black Dog, a passagem é bem normal e bem ocidental, também não é porque não sincronizaram direito, o padrão da guitarra dura 9 colcheias e o da bateria 8, só surpreende quem não ouve músicas variadas o suficiente.

Também não achei nada de mais!

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