O som das bandas ao vivo, e a importância de soar em grupo !

Autor Mensagem
Ismah
Veterano
# ago/15 · Editado por: Ismah


Pessoas, não é contestar os timbres graves, Jazz, Djent e diabo a quatro... É cair na real de que temos o costume de timbrar o instrumento, com frequências desnecessárias para uso em grupo, e importantes quando ela soar sozinho.

Pra quem tem um técnico de som com recursos (equalização paramétrica/gráfica), isso é fácil de solucionar. Mas não é a realidade de grande parte aqui.

Os dois vídeo são longos, mas é duas vezes a mesma banda, para ser justo o comparativo. Se percebe o que digo já na introdução da primeira música. Escolhi de propósito um vídeo que mostra o cru do ao vivo, pode não parecer, mas é esse o som final da maioria das NOSSAS bandas ao vivo...

Desculpem, mas é RUIM pra caramba. O que dava para melhorar? Fiz uma lista de coisas que poderia, e não exigem periféricos:

Na banda toda:

- Menos volume na caixa - é exceção, os ritmos sertanejo, onde ela cobre o vazio da percussão
- Bumbo com um mínimo de médios, e 40% dos agudos (repare que se ouve apenas o pedal)
- Baixo com mais médios
- Teclado com um pedal "de guitarra" (porque se associa pedais a guitarra?), para separar entre base e solo (no modelo de teclado, é difícil alternar entre volumes, e trabalhar com dinâmica não é um recurso existente).

Da guitarra vou fazer um comentário maior:

Primeiro lugar VOULME! O volume que estão os patchs de solo, é o que deveria estar a base, já que é quase só nas costas dela a harmonia continua - percebamos que o baixo é arpejado.

Percebam que o drive é ruim pra caramba, e aparentemente é um equipamento de ótima qualidade, ligado em linha. Nesse nível é a melhor saída*, não tem pra onde correr. Usar amp, só se for pra retorno/monitor pessoal.

E não temam as ambiências, se como 80% das bandas atuais a inspiração forem em bandas 70-80-90, porque as ambiências somem na mixagem. Um exemplo onde esse recurso é muito bem explorado, é o solo de Sweet Child O'mine: os delays formam um acorde de D9. Pode não ser ouvido nas demais vezes que o riff é executado, mas está lá.

É exceção, se a banda QUISER soar com timbre de garagem: MUITAS bandas punk e derivados, construíram carreira assim. Blues, rock clássico (rock'n'roll, rockabilly, rock'n'blues), e alguma coisa do grunge, também são exceção.

*E quero que se vc precisa de mais de 3 timbres, e prefere seu valvulado como eu, o enfie onde eu estou pensando. Porque estamos completamente errados.

De capacidade humana:

Dar um tapa na orelha do baixista, pra cantar no microfone. Se afastar do microfone quando não se tem alcance é MANIA! TODAS as músicas que ele canta estão dentro do seu alcance, e a voz sumiu diversas vezes, e isso é FALTA DE ESTUDO!

Quando isso é de fato problema no alcance, se precisa de um compressor (nem que seja pedal de guitarra) e coloca no microfone, pra segurar a voz.



Agora vão compreender porque escolhi o vídeo... Segue abaixo um novo pocket show DA MESMA BANDA, onde quase tudo foi corrigido. Isso abre espaço para comparativo.



Ainda existem problemas:

- guitarra e teclado, estarem com volumes bem baixos, e o baixo reinante na harmonia
- bumbo está só com som de pedal (ou fora de fase com o baixo)
- guitarra ainda com som scoop, e aquele peteleco de brilho quando usar distorção na base

MMI
Veterano
# ago/15
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Ismah

Desculpem, mas é RUIM pra caramba.

Putz... Já falei isso aqui. Quero ver no que vai dar esse tópico. rs

Calime
Veterano
# ago/15
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Ismah

Parabéns pelo tópico, o assunto é extremamente útil e ainda não ví sendo abordado qui no fórum.

O assunto é muito discutido na banda que toco. Nosso maior problema é o outro guitarrista, que soca volume onde não precisa; com isso todos aos poucos vão aumentando o volume até que o som fica uma merda e paramos pra dar um esporro no guitarrista e abaixamos todos os nossos volumes, até que ele aos poucos vai aumentando de novo, daí recomeça tudo, kkkkkkkkk.....

Ismah
Veterano
# ago/15
· votar


MMI
Já falei isso aqui. Quero ver no que vai dar esse tópico. rs

Great ball on fire!

Calime

Se ele é o elemento que não se mistura, EU NA MINHA OPINIÃO ACHO que ele não é o elemento pra mistura, chamada banda. Muitas vezes vale um músico tecnicamente inferior, com bom entrosamento que o oposto.

Hitman
Veterano
# ago/15
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Marcando para escutar com calma.

Lelo Mig
Membro
# ago/15
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Ismah

Vou escutar com calma, também, e opinar com maior propriedade.

Mas, adianto, que o maior problema é que músicos, em geral, porque sabem tocar acham que entendem de som. Peça para um guitarrista de uma banda "cantarolar" a linha de baixo de uma música que sua banda toca? Ele não sabe!
A grande maioria só escuta seu próprio instrumento, e olha lá.

MMI
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig

Mas, adianto, que o maior problema é que músicos, em geral, porque sabem tocar acham que entendem de som.

Eu acho que não. Acho que o maior problema é que o pessoal da mesa de som não sabe fazer mesmo. Cansei de ver músicos brasileiros excelentes, que vivem fora, fazendo som horrível.

ogner
Veterano
# ago/15 · Editado por: ogner
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Ismah

Mas então, estamos falandio de 2 coisas?

Monitoraçao no palco, ou apenas um ensaio em estudio onde a fonte sao os amps mesmo. E a monitoraçao de PA onde o tecnico tb tem responsabilidade grande, bem grande.... Vc ta falando do PA?

Lelo Mig
Membro
# ago/15 · Editado por: Lelo Mig
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MMI

"o maior problema é que o pessoal da mesa de som não sabe fazer mesmo"

As dificuldades numa técnica ao vivo são imensas. E boa porcentagem é culpa da técnica sim.. concordo.

Mas acredite, por experiência própria, 90% das bandas regulam mal seus equipos, mesmo tendo condições de ter uma sonoridade razoável para boa, se acostumam a ensaiar com som horroroso, sem se preocupar com equalização, volumes e etc.

E, a grande maioria, não sabe o que o resto da banda faz... como disse, se pedir pro cara "cantarolar" a linha de baixo, ele não sabe.

Você tá muito "mal acostumado" com músicos de studio. Aí o nível é outro e a qualidade sonora é confiada ao técnico ou produtor, na maioria das vezes.

Ao vivo o cara não sabe nada e acha que sabe mais que você... e nem se toca que o que ele ouve não é o que a platéia ouve.

erico.ascencao
Veterano
# ago/15
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Tá aí um assunto sobre o qual eu gostaria de aprender muita coisa. No tempo em que tocava com banda, os caras eram mais nó cego do que eu neste aspecto, então eu até tentava dar uma orientações bem básicas pra eles - a mais recorrente era não tocar grudado no amplificador, ou seja, recomendava que tocassem a uns 2 metros de distância, de modo que o ouvido ficasse na linha de ação do falante.

Em suma, minha maior dificuldade em ensaios e apresentações era ouvir o som da banda como um todo enquanto eu tocava. Parte disso era falta de retorno, parte em função do fator psicológico de dividir a atenção entre a execução e a audição...

kapusho
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig
E, a grande maioria, não sabe o que o resto da banda faz... como disse, se pedir pro cara "cantarolar" a linha de baixo, ele não sabe.

cara, isso me lembrou uma situação, lá nos idos dos anos 90...

na época, eu tava tocando numa banda de baile, e o dono da banda e do equipo não manjava nada, nem músico era. um dia, um amigo do nosso batera recebeu a visita de um amigo dele que era técnico de uma sonorização grande da capital. pagamos um trocos pro cara, e ele deu uma workshop particular sobre operação de áudio pra banda toda. lembro até hoje do desenhinho que o cara fez numa folha de ofício, explicando a curva de frequencia em que cada instrumento da banda trabalha, e como cada um deve ser equalizado/mixado pra não interferir no espectro do outro.
bom, o batera e o baixista até hoje tocam comigo, e nenhum de nós esquece do workshop. bons tempos, a informação era mais difícil de conseguir, e quando se conseguia era mais valorizada. hoje tá fácil demais pra aprender, e pouca gente aproveita o que realmente interessa (fala de velho kkk)

Calime
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig

Concordo. O MMI está relatando algo que rola sim, mas a nível mais "profissa", com excelentes músicos, ótimos equipos e boas condições para se tocar. Daí só msm um técnico cagado pra fazer merda no som.

Agora em se tratando de amadores, sem estrutura, com equipos no max medianos, e PA meia boca, de fato existem "N" de fatores que podem prejudicar a sonoridade da banda.

Ismah
Veterano
# ago/15
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ogner
Monitoraçao no palco, ou apenas um ensaio em estudio onde a fonte sao os amps mesmo. E a monitoraçao de PA onde o tecnico tb tem responsabilidade grande, bem grande.... Vc ta falando do PA?

Mos ami, ensaio é ensaio, vc vai lá pra pegar entrosamento, mais que qualquer coisa. Mas sim, deveria ser o lugar para se ver timbre (e colocar o amp e mic, como elemento "timbrístico").

"Monitoração de PA" soa estranho, vamos chamar por um nome que não dê tela azul na mente de um técnico: monitoração de palco ou apenas monitoração.

Estou falando do som que cada um tem na sua banda AO VIVO, ou seja, no palco, onde o bolor acontece.

Joe Gomes
Membro
# ago/15
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Adorei o tópico!
É uma pena quase sempre haver os mesmos dois fatores que comprometem o som ao vivo, músicos que não sabem timbrar e um técnico que não sabe comandar uma mesa direito (falo por mim, por participar e presenciar pequenos eventos independentes de rock/metal da minha cidade). Comentarei como um inexperiente (me comparando com a galera daqui do fórum), mas acreditando ainda assim nas minhas palavras.

Em parte, sempre acredito ser culpa do tradicionalismo, que cria uma barreira invisível que impede todos os envolvidos na sonorização de procurar esquemas alternativos para melhorar sua qualidade ao vivo. Por exemplo, sempre achei os retornos de palco um mal necessário, que já deveria ter sido substituído há tempos pelo monitoramento por fones ou algo do tipo, e sei que isso é realidade somente para bandas profissionais (e não todas, muitas guiadas pelo tradicionalismo). (Ressalto que é minha opinião, eu não gosto de retornos de palco, acho que contribuem mais ainda para a 'ruidosidade' do show, ou que simplesmente podiam ser melhores, mas respeito quem os defenda). E, em uma visão genérica, creio que se houvesse uma demanda maior pelo sistema de monitoramento por fones o mercado se adaptaria, criando opções viáveis (qualidade satisfatória + custo benefício) para se usar, isso através de um lento processo de reestruturação de padrões.

Estando na minha segunda banda, e já farto dos 'projetos de técnicos de som' estragarem show após show fazendo atrocidades na mesa de som como cientistas loucos (nota: culpei somente os técnicos, mas sei que a banda sempre tem parte da culpa também), estou elaborando um esquema para tentar contornar boa parte disso, colocando meus conhecimentos de produção amadora em prática:

Minha banda já toca com metrônomo (somente o baterista ouve, e usamos algumas backing tracks por sermos uma banda de metal sinfônico). Usando uma interface de 4 canais (Alesis iO4) liguei duas guitarras e dois microfones, timbrei e equalizei tudo com plugins, e automatizei efeitos (delay e pan de guitarras em solos, etc). Como a interface tem 4 canais de saída também, os canais 1-2 vão para a mesa de som - PA (com as guitarras, vocais e backing tracks já com os volumes e automações corretas), e os canais 3-4 vão para um pequeno transmissor FM, enviando sinal via rádio para ouvir no celular a curta distância, em estéreo (que contará com o metrônomo, retorno das guitarras e backing track com volume bem baixo, só para referência). O baterista usará a saída de fone do notebook mesmo, ouvindo somente o click e a backing track em volume de referência.

Eu já postei aqui no fórum minhas dúvidas a respeito do que achavam sobre esse esquema que citei acima, isto é, de fazer um trabalho de pré-produção para o som ao vivo (nesse tópico), e mesmo concordando que sempre soará diferente conforme os PAs e os distintos ambientes, ainda acho muito mais seguro do que colocar tudo nas mãos de um técnico canalha (sem ofensas à classe dos técnicos, somente aos que fui ‘vítima’, mas sim, fiquei muito revoltado com último show que minha banda fez). Além disso, nem tudo vai estar redondinho, já que o baixo ainda dependerá do amplificador/retorno convencional, e o tecladista terá que fazer mais gambiarras para se ouvir bem (ligar numa mesa de som o sinal de rádio com o metrônomo, e a saída de fone do teclado para se ouvir e ter referência). Pra falar a verdade, a única certeza que tenho a respeito de tudo isso é que facilitará na regulagem de som (em vez de trabalhar guitarras e vocais um por um, o técnico só vai precisar equalizar o master da interface pra compensar o local - PAs) e nós guitarristas não vamos mais precisar levar pedaleiras.

E por fim, terei ensaio agora dia 22 (para testar tudo isso na prática) e show dia 12 de agosto. Procurarei postar vídeos ‘antes – depois’. Seja bem sucedido ou não, acho que ainda assim valerá a experiência para contribuir com o tópico.

Ismah
Veterano
# ago/15
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Joe Gomes
Por exemplo, sempre achei os retornos de palco um mal necessário, que já deveria ter sido substituído há tempos pelo monitoramento por fones ou algo do tipo, e sei que isso é realidade somente para bandas profissionais (e não todas, muitas guiadas pelo tradicionalismo)

Infelizmente existem empecilhos financeiros. Temos sistema ear na banda a alguns anos, isso é funcional de fato, mas o custo realmente é altíssimo... Na minha opinião, é algo que agrega valor ao show da banda, e deveria ser o foco criar o show, antes de pensar em lucrar com o show. No caso o que usamos

- 4 sistemas wireless Staner (deixam a desejar) para monitoração ear
- Yamaha 01V96VCM
- 5 fones Shure (realmente valem o custo)

Ali está reunido cerca de 10mil de equipamento... E não pra onde fugir, custo benefício é cagada, não existe nesse meio. O BOM, sempre vai custar mais caro, porque envolve maior minúcia na construção/teste.

Agora, é uma merda pra quem é cantor se escutar num ear, é... A voz soa fora do ambiente - mesmo alguns técnicos usando uma captação de ambiente pra melhorar isso. Não é tradicionalismo, mas hábito, porque muita gente não se adapta a tocar em fones, É o mesmo caso de tocar sem amp, isso é difícil pro psicológico aceitar que depois de muito tempo, o amp não está lá...

Eu já postei aqui no fórum minhas dúvidas a respeito do que achavam sobre esse esquema que citei acima, isto é, de fazer um trabalho de pré-produção para o som ao vivo (nesse tópico), e mesmo concordando que sempre soará diferente conforme os PAs e os distintos ambientes, ainda acho muito mais seguro do que colocar tudo nas mãos de um técnico canalha

Não acho realmente a solução vc se fiar 110% no notebook. Uma regra simples: se ele parar, a banda TODA para... Tomara que nunca aconteça, mas... Uma hora a leu de Murphy funciona. Se for ver, técnicos, roadies geralmente são bem remunerados e de longa permanência nas bandas que fazem show (não inclua aqui artistas com banda de apoio, falo de bandas que fazem carreira com praticamente a mesma formação), simplesmente pela confiança depositada neles.

Slash sobre seu guitar tech (roadie na verdade) da época:

"Joe era o tipo de cara leal e verdadeiro que qualquer um desejaria ter por perto. Joe era sempre aquele que apoiava qualquer um de nós quando as coisas se complicavam, e dedicação como essa não há
dinheiro que pague."

Mas se não for sua realidade pagar um novo integrante (sim, encare o técnico como mais um integrante)...

O que eu realmente sugiro, é que coloque sua engenhosidade pra funcionar e regule principalmente eq's e volumes a cada show (uma mesa digital, seria interessante para ter o recurso de salvar a cena). Enfim, passe o som...
Inserte um EQ na master, e equalize o som - pode usar uma música pré-gravada em multipista para passar o som, mas não aconselho, ainda mais se não tiver seu kit de mic's para TUDO, para equalizar o som pode usar uma música gravada em LR.

Mas mantenha a atenção que deve ser uma música que vc tenha escutado a exaustão e dê preferência para arquivos de ALTA QUALIDADE, nada de mp3 @ 128Kbps, existem perdas de frequências agudas ali...

Eu passo som com algumas músicas que eu tomei por referência, e escuto ao menos uma ou duas vezes por dia.

S.O.J.A. - Rest of my life (reggae é bom por causa de ser um som que vai aos extremos do espectro)
Eagles - Hotel Califórnia
Anônimo - Solo de violino (é apenas um solo de violino, gravado num campo aberto)
DeFalla - Pra tocar teu coração

Pode usar alguma dentro do gênero, já que não faz sentido vc pensar em S.O.J.A para uma banda de punk rock.

Minha banda já toca com metrônomo (somente o baterista ouve, e usamos algumas backing tracks por sermos uma banda de metal sinfônico). Usando uma interface de 4 canais (Alesis iO4) liguei duas guitarras e dois microfones, timbrei e equalizei tudo com plugins, e automatizei efeitos (delay e pan de guitarras em solos, etc).

Pois é... Kiss é a primeira banda que fez fama e trouxe a performance acima de tudo num palco. Antes só se pensava em tocar, depois em fazer show. É um divisor de águas que surgiu nos anos 70 pra 80.

Já na época, roadies acionavam a troca de efeitos. Muitas bandas hoje ainda tem esse sistema, por exemplo o Slash vai pro palco com wah (algumas vezes ele espalha alguns vários pelo palco), e quem opera o board dele é o Mike “McBob” Mayhew algumas vezes, que é a 20 anos o guitar tech dele e bass tech do Duff (e atualmente de outros como Boomblefoot, etc), ou Jimi Survis, ou Ace Bergman.

Não lembro de ouvir mencionado outro roadie que de fato tenha sido BOM a ponto de trabalhar com ele hoje... Voltamos ao ponto de ser um universo com grande fidelidade, e confiança... E voltamos ao ponto de ser viável a combinação de confiança e preço, com sua realidade. Como de praticamente toda a maioria aqui, não creio que seja.

Então, sugiro que usem sim pedaleiras. Aconselho abertamente a usarem Line 6 POD's em linha. É o que fazemos, com resultados incríveis.

fazer um trabalho de pré-produção para o som ao vivo

É uma das minhas brigas hoje na banda. Não adianta querer fugir, o mercado DE SHOWS - tocar bar, festa particulares, etc é outra história, lá vc precisa agradar, show vc mostra sua performance - exige a pré produção.

O tour manager do Chitãozinho e Chororó contou o seguinte: por volta de Dezembro/Janeiro, ele se reúne com técnicos de som, roadies, técnicos de luz e tecnicos (de painel) LED e cria o show do próximo ano/turnê. Isso leva ao longo de um mês, e então por um ou dois meses eles ensaiam esse show...

Então... Se é isso que você quer, pode ver que é ainda mais amplo...

Traga retorno para seu projeto, ficaria feliz em ajudar com o que pudesse.

Joe Gomes
Membro
# ago/15
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Ismah
Opa, obrigado pela resposta!

Entendo sim as implicações de tudo que você disse, mas logicamente é algo experimental. Minha banda não é profissional, os membros não podem investir em algo de alto custo, e como me utilizo da banda majoritariamente para aprender, 'meto o louco' de vez em quando com algumas coisas não convencionais, e esse é objetivo dessa experiência, mesmo sabendo dos riscos.

Muito bom o conteúdo e referência usadas, como sempre instrutivo.

E trarei o retorno sim. ;)

Ismah
Veterano
# ago/15
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Joe Gomes

E quem disse que somos profissionais?

Segundo meu dicionário, trabalho profissional, é o que você toma por profissão, e não realiza como atividade paralela (popular bico). Mesmo sendo uma banda de 12 anos, todos tem profissões fora a música. Como disse, 12 anos de história, então não pense que sempre fora assim aqui, precisa-se de tempo para chegar nesse ponto.

Del-Rei
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig
MMI
Tenho tocado em vários buracos undergrounds no RJ.
A maioria é naquele esquema de guerrilha, onde só voz, bumbo e um overall da bateria que vão pro PA. Os amps de guitarra/baixo não são microfonados...

Nesses casos, é o tato da banda mesmo pra fazer a parada soar razoável, porque se aumentar muito os amps, a voz vai pro saco no PA. No geral, eu peço feedback de algum amigo da platéia pra saber se o som tá legal. A percepção no palco é completamente diferente.

Nas casas em que a estrutura é decente, nós passamos a levar nosso técnico de som porque já cansamos de ter problemas com esses zé ruelas que fod*** o som da banda. Geralmente o cara que não está familiarizado com o som da banda tem dificuldade em equalizar direito na mesa.

Um aceno de longe!!!

Ismah
Veterano
# ago/15
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Del-Rei

É isso aí!

Lelo Mig
Membro
# ago/15 · Editado por: Lelo Mig
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Del-Rei

"No geral, eu peço feedback de algum amigo da platéia..."

Eu não sei como são as coisas hoje em dia, faz muito tempo que estou longe dos palcos.

Mas, eu vejo sempre a galera dizendo que roadie, técnico e etc., são coisas de bandas ricas...

Em meu tempo, tínhamos amigos... Caras que não eram músicos, mas curtiam nossa banda, nosso som e nossa amizade. Alguns, muito próximos, orbitavam a banda, quase como membros. Iam aonde fossemos com o maior prazer, queriam participar.

Estes amigos, além de agitarem os shows e quebrarem milhões de galhos (porque sempre falta algo de última hora, de um encordoamento à um band aid) assistiam nossos ensaios, sabiam nossas músicas de cor. Para estarem conosco, estarem em nossos shows, ajudavam.

Ajudavam a carregar e montar equipos... Ensinei a operar nossa mesa de som e luz, montar nosso P.A e monitoração (sim, tínhamos nosso próprio P.A e o usávamos, quando possível. Davam o feedback do som na platéia... enfim...

Haviam amigos que curtiam o som da banda e nossa amizade e "participavam" dela. Uma parceria que era benéfica em muitos casos, para ambos os lados.

É claro que não eram profissionais... profissionais custam dinheiro. Mas, ajudavam muito e era infinitamente melhor do que estar sozinho no palco, sem nenhuma referência fora dele.

sandroguiraldo
Veterano
# ago/15 · Editado por: sandroguiraldo
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Ismah
Lelo Mig
Del-Rei
Joe Gomes

Prezados, eu toco em igreja há 15 anos. Tive muitas fases boas, com técnicos que manjavam do negócio e facilitavam as coisas, tive também a fase com os caras que não manjavam nada. E hoje toco numa igreja onde não temos técnico / operador / "mesário" kkkkkkk, eu tenho que me virar, tocar guitarra e cantar e cuidar do som.

Nosso salão é muito comprido, porém estreito. E tem muito reverb. Precisei fazer as seguintes adaptações:

-abaixar o volume. Gosto de tocar com um certo volume, pra mim, distorção soa bem a partir de um certo volume, mas tivemos que abaixar tudo.

-fizemos um "box de banheiro" para bateria, colocamos sonex por dentro e deixamos o teto aberto, reduziu em 20-30% o volume.

-Em minhas pesquisas, descobri que num ambiente muito reverberante os graves ficam horríveis, então temos que trabalhar numa faixa mais média aguda.

-conto com alguns amigos no meio da galera pra dizer se tá alto ou baixo, porque de timbragem ninguém entende mesmo.

-gostaria de colocar fones para os vocalistas, pelo menos, mas ainda não pesquisei como viabilizar isso.

-há 2 semanas uma banda foi tocar lá e o som tava horrível. Aí tive que pedir:
"galera, vamos abaixar tudo", por fim, ficou redondinho, porque aí eu poderia descer do palco, ir lá no meio, voltar, ajustar e tal.

-Vendi meu Marshall de 100w e peguei um Sound Maker 2x8 de 60W. Serve lindamente pro que preciso. Toco com ele num suporte, virado de frente pra mim, coloco um microfone pra jogar no fone pro baterista e abrir no PA se for preciso. Nesse caso, menos é mais.

Pra finalizar, sempre tem aqueles que não entendem de nada, aí chegam na igreja, que ainda está vazia e reclamam que está alto (desligo o PA no ensaio, deixo só os retornos ligados). Mas na hora do culto, a igreja com cerca de 100-120 pessoas, o som fica bom, às vezes tenho até que subir um pouco o volume do PA.

Se tiverem alguma dica pra mim, pra ser mais eficiente. Principalmente sobre os fones. Temos uma mesa Yamaha MG16XU que tem 4 saídas auxiliares, onde ligo os retornos (que são ativos) seria nessas saídas que ligaria os fones ou um aparelho tipo o powerplay?

Alex guitar man
Veterano
# ago/15
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undefinedsandroguiraldo

Tem contra baixo e teclado na sua igreja? Eles vão nos PA?

MMI
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig


As dificuldades numa técnica ao vivo são imensas. E boa porcentagem é culpa da técnica sim.. concordo.
Mas acredite, por experiência própria, 90% das bandas regulam mal seus equipos, mesmo tendo condições de ter uma sonoridade razoável para boa, se acostumam a ensaiar com som horroroso, sem se preocupar com equalização, volumes e etc.
E, a grande maioria, não sabe o que o resto da banda faz... como disse, se pedir pro cara "cantarolar" a linha de baixo, ele não sabe.
Você tá muito "mal acostumado" com músicos de studio. Aí o nível é outro e a qualidade sonora é confiada ao técnico ou produtor, na maioria das vezes.
Ao vivo o cara não sabe nada e acha que sabe mais que você... e nem se toca que o que ele ouve não é o que a platéia ouve.


É verdade e trascrevi aqui porque concordo. Um amigo meu empresário grande me contava esses dias que a diferença da mão de obra no Brasil para os de primeiro é de mais ou menos 3 ou 4 para 1, o que significa que a produtividade de 1 gringo é semelhante a de 3 ou 4 brasileiros. Se você transferir isso para o caso de músicos, técnicos e engenheiros de som, vai perceber que de modo geral, ninguém faz bem e fica batendo cabeça quando tenta fazer. rs

Quero dizer com isso que Berkley, GIT, Juilliard etc são realidade lá. Por aqui a realidade é o "aprendi na raça, nunca estudei". Pior que hoje está aparecendo o "aprendi no Youtube". Tem diferença? Claro que tem...

Ismah

- 4 sistemas wireless Staner (deixam a desejar) para monitoração ear
- Yamaha 01V96VCM
- 5 fones Shure (realmente valem o custo)
Ali está reunido cerca de 10mil de equipamento... E não pra onde fugir, custo benefício é cagada, não existe nesse meio. O BOM, sempre vai custar mais caro, porque envolve maior minúcia na construção/teste.


Esse é o problema. Aqui é tudo mais caro, a música de modo geral rende muito menos, a distância de um equipamento bom fica maior ainda para quem precisa de um equipamento decente.

O problema é que, via de regra, o barato vai soar barato. Não dá para soar realmente magnífico sem botar um rio de dinheiro. Os monitores in-ear Shure nem são essa maravilha toda. Trabalho com uns caras que fazem esse tipo de coisa de maneira individualizada, de acordo com a pessoa que vai ouvir, moldada para o ouvido do indivíduo. O preço do mais simples é de 10 mil reais para CADA ouvido. A Globo e Band tem uns. Não tem comparação... Quer coisa boa, tem que botar dinheiro grande.

Del-Rei

Aí que está o mérito.

O cara que sai para tocar, não tem infra, não tem como pagar um rio de dinheiro em equipamentos e equipe e faz acontecer. Não dá para querer perfeição. O espírito no caso é ouvir o que for possível, tem que relevar a situação. O problema que me referia ali em cima no início é quando se paga e entra numa sala de primeira categoria e não tem quem faça a coisa acontecer.

sandroguiraldo
Veterano
# ago/15
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Alex guitar man
Tem contra baixo e teclado na sua igreja? Eles vão nos PA?

Atualmente:

Guitarra - ampli microfonado

Baixo em linha (mas temos ampli; é o que o timbre em linha ficou melhor)

Batera dentro do "aquário" com um mic posicionado abaixo da caixa, apenas para referência no fone do baterista

5 vozes, sendo 3 masculinas e 2 femininas

Em breve teremos:

Teclado - que com certeza irá na mesa também
Violão - em linha também
E talvez entre uma outra baixista e o baixista atual pode ir pra guitarra

A mesa está no limite de canais...

Gui Tsuu
Veterano
# ago/15
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Ismah

Belo tópico!

Cara eu sempre acredito que a culpa é da casa e do técnico em termos de equalização, a não ser em casos que os músicos levem toda a aparelhagem própria para a casa.

Acaba sendo um ponto de vista meu, pois como sou um pé rapado e não tenho carro (haha), não consigo transportar nem se quer meu amplificador comigo.

Ai você toca as cegas, em um amplificador desconhecido, que você mal tem tempo de regular. Normalmente eu sou guiado pelo timbre flat recomendado pelo técnico de som da casa, mas é meio que um "se vira nos trinta", na hora fico mais preocupado com questão de volume do que timbre.

A mesma coisa com todos os outros integrantes, exceto o vocal da minha banda que tem o mic próprio e só precisa regular o volume do mic dele. Mas mesmo assim confiamos muito no trabalho do técnico, por falta de conhecimento e por falta de recursos.

Agora se a banda tem mais recursos ($$$), realmente não há desculpa pra não ser mais detalhista e preciosista com seu som em grupo. E essa banda que você postou os videos parece ter recurso.

Há outro detalhe, eu tenho quase certeza que esse primeiro vídeo do Pocket Show foi gravado no estúdio Espaço Som, la na rua Teodoro Sampaio (São Paulo). Inclusive se for, ensaio com a minha banda por la, e já tocamos na sala do Pocket Show.

Sobre essa sala do Pocket Show posso garantir que os equipamentos são de ótima qualidade, já o técnico de som é loteria. Tem funcionários muito atenciosos por la, e que amam trabalhar com isso, como também tem funcionários que não devem estar tão contente com o trabalho, troquei ideia com um dos funcionários, e pelo papo eles não devem ganhar bem pra quantidade de trabalho, e já percebi diferença no atendimento entre os funcionários.

Uma coisa que eu tenho dúvida é se eles tem conhecimento técnico e profissional adequado pra exercer o trabalho, não tenho certeza, mas acho que qualquer um pode trabalhar por la, e vai ganhando experiencia com o tempo de trabalho.

Há outro fato que é importante observar, não tem uma produção por trás.do Pocket Show, basicamente é uma "gravação de ensaio".

Já no segundo vídeo, da pra perceber que tem uma boa produção por trás do show, fui até um pouco atrás de informações desse festival "Amigos da Popular". E ele é realizado pela radio Popular FM, com certeza tem um investimento maior do que o Pocket Show.

Lelo Mig
Membro
# ago/15 · Editado por: Lelo Mig
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Gui Tsuu

"já o técnico de som é loteria..."

Cara, você têm razão, mas vou fazer o trabalho sujo de "advogado do diabo" aqui, e contar uma verdade, o outro lado da moeda, prá vocês. (o Ismah daqui a pouco aparece e irá confirmar, ou não...rs)

Presto (hoje em dia muito pouco) mas prestei por muito tempo serviço a uma empresa de som e iluminação de Sampa.

Esta empresa, posso garantir, têm equipo de ponta. Dá mesa, aos cabos e microfones, monitores e P.As, tudo top. E têm as "meia boca" também.

Os caras tão pouco se lixando para shows e eventos musicais... porque? Porque paga mal. Muito trabalho, muito equipamento, muita exigência, muita encheção de saco, e dinheiro que é bom nada!

Então, após choramingar preço até as últimas, a empresa faz, com equipo meia boca e técnico meia boca!

Num desfile de moda, um evento de empresa, um lançamento empresarial, vai DJ e técnico top, com um monte de cursos de operação em mesas digitais de última geração, porque estes caras pagam o justo, o que vale.
Não dá para a empresa colocar, por exemplo, uma Yamaha 02 R96 VCM de 10 Mil Dólares (que é uma boa mesa para "ao vivo" e nem é das mais caras), na mão de um Zé Mané. Então um equipo destes com um TÉCNICO para operar custa dinheiro!

Eventos musicais, mesmo médios, paga pouco e muitas vezes não paga, dá calote. Então, num evento tipo "festival rock punk pobres e chapados"... se fizerem, os caras mandam o primo do irmão do vizinho do auxiliar do técnico de som, com uma Wattson/Ciclotron, no máximo uma Beringela... e olha lá!

(triste, mas é verdade...)

É aqui que mora a grande diferença entre o studio e o ao vivo! No studio o equipo tá lá... têm seu valor, quer pagar paga, não quer, procura outro mais barato, mas o equipo tá protegido.

Botar uma mesa de 10, 20 Mil dólares num case e cair na estrada... amigo, muitas vezes eu fui num caminhão me sentindo dentro de um "carro forte" pronto para ser assaltado a qualquer momento.

Ismah
Veterano
# ago/15
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Gui Tsuu
Há outro detalhe, eu tenho quase certeza que esse primeiro vídeo do Pocket Show foi gravado no estúdio Espaço Som, la na rua Teodoro Sampaio (São Paulo). Inclusive se for, ensaio com a minha banda por la, e já tocamos na sala do Pocket Show.

E nós gaúchos que somos os patriotas rsrsrs
Nem perto mano velho, são de Portão/RS, e foi gravado na sede da banda ao que lembro... O equipamento da PopularFM reza a lenda que foi deles também.

Mas enfim, de quem quer que fosse o equipamento, a questão mesmo é para refletir quando a importância da pré-produção.

Uma coisa que eu tenho dúvida é se eles tem conhecimento técnico e profissional adequado pra exercer o trabalho, não tenho certeza, mas acho que qualquer um pode trabalhar por la, e vai ganhando experiencia com o tempo de trabalho.

É possível. Dificilmente alguém na área tem conhecimento técnico (pensando em adquirido em escola), porque a história de todos praticamente é a mesma rsrsrsrs

E ele é realizado pela radio Popular FM, com certeza tem um investimento maior do que o Pocket Show.

Mesmo que tenha, o que quis mostrar é a diferença entre ter e não ter uma pré-produção.

Ismah
Veterano
# ago/15 · Editado por: Ismah
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Lelo Mig
Os caras tão pouco se lixando para shows e eventos musicais... porque? Porque paga mal. Muito trabalho, muito equipamento, muita exigência, muita encheção de saco, e dinheiro que é bom nada!

Então, após choramingar preço até as últimas, a empresa faz, com equipo meia boca e técnico meia boca!

Num desfile de moda, um evento de empresa, um lançamento empresarial, vai DJ e técnico top, com um monte de cursos de operação em mesas digitais de última geração, porque estes caras pagam o justo, o que vale.
Não dá para a empresa colocar, por exemplo, uma Yamaha 02 R96 VCM de 10 Mil Dólares (que é uma boa mesa para "ao vivo" e nem é das mais caras), na mão de um Zé Mané. Então um equipo destes com um TÉCNICO para operar custa dinheiro!


Pensando em bandas a nível estadual em diante...

Yamaha? Ninguém mais quer, é antigo...
Difícil aceitar a M7CL no monitor... Nem a V3 (essa geração pegou mal)...

Depois dessas a Yamaha não lançou nada que se diga novo, foram só evoluções das antigas LS9, M7 e PM5D... Até a 01V ficou estacionada no tempo... Compara a DiGiCo D5T que vai sacar que to falando...

Quem domina é DiGiCo, Allen & Heath, Soundcraft, Avid... Mackie tá dominando as pequenas digitais (até 16 canais) com sua DL1608.

muitas vezes eu fui num caminhão me sentindo dentro de um "carro forte" pronto para ser assaltado a qualquer momento.

Quem é da graxa e nunca? Toda banda leva um "amança louco", alguns até um "chocolate" (with candy for bad boys)... Eu mesmo ando sempre com um butterfly no porta isqueiro ou na cinta (já virou hábito).

Del-Rei
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig
Em meu tempo, tínhamos amigos... Caras que não eram músicos, mas curtiam nossa banda, nosso som e nossa amizade. Alguns, muito próximos, orbitavam a banda, quase como membros. Iam aonde fossemos com o maior prazer, queriam participar.

Poxa... Eu gostaria de ter algo assim. Acho que hoje em dia existem tantas bandas por metro quadrado, que esse tipo de coisa se torna bem mais difícil de acontecer.


Eventos musicais, mesmo médios, paga pouco e muitas vezes não paga, dá calote.

Realmente, nossa classe de profissionais está muito mal das pernas. Além disso, temos a péssima cultura de tratar músico como vagabundo. E a culpa é nossa, dos próprios músicos, que nos propomos a aceitar situações esdrúxulas em troca de um espaço pra tocar. E isso gera uma situação de desvalorização generalizada da categoria.

Hoje em dia eu filtro todas as propostas de shows com base nas condições propostas. Não tem como tocar em qualquer lugar e em qualquer condição. Tem lugares que sequer tenho coragem de levar meu equipamento.


MMI
Um amigo meu empresário grande me contava esses dias que a diferença da mão de obra no Brasil para os de primeiro é de mais ou menos 3 ou 4 para 1, o que significa que a produtividade de 1 gringo é semelhante a de 3 ou 4 brasileiros.

É..... Eu não sei o que dizer sobre isso. Estamos na merda.


O problema que me referia ali em cima no início é quando se paga e entra numa sala de primeira categoria e não tem quem faça a coisa acontecer.

Entendi. E concordo com você.


sandroguiraldo
Se tiverem alguma dica pra mim, pra ser mais eficiente.

Gostaria de te ajudar, cara... Mas não tenho conhecimento sobre essa parte.
:(

Um aceno de longe!!!

Ismah
Veterano
# ago/15
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Del-Rei
Acho que hoje em dia existem tantas bandas por metro quadrado, que esse tipo de coisa se torna bem mais difícil de acontecer.

Na verdade antigamente, vc só ia pra frente se era bom... estamos numa sociedade que qualquer um pode virar famoso... Mesmo tecnicamente, a habilidade é secundária... Com meu celular eu tenho mais recursos que os Beatles... Os "brancos" nem metrônomo usaram...

Realmente, nossa classe de profissionais está muito mal das pernas.

Entendi que se referia aos técnicos :P

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