Vocês só conseguem compor o que ouvem?

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Lelo Mig
Membro
# jan/15 · Editado por: Lelo Mig
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gpeddino
DNA de música cigana que influenciou toda aquela parte da europa.


Ismah
Música polonesa do século XVIII, tocada por um grupo regional que faz resgate cultural de músicas de sua terra.

cafe_com_leite
E o ritmo à frente "puxando a carroça" com os violões e a caixa acentuando fora do tempo forte? Demora para acostumar, (primeiro parece que tá fora) mas depois que acostuma é muito gostoso.

Não consigo definir a fórmula de compasso dessa loucura, cada vez que tento achar um referencial para abrir contagem, me perco....kkk!

Rednef2
Veterano
# jan/15 · Editado por: Rednef2
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cafe_com_leite

Ultimamente tenho levado a opnião de que o rock é uma boa base pra mistura e só, ser original com as possibilidades que o gênero me dá é extremamente difícil.

Já eu vejo isso ocorrer com todos os estilos.
Não consigo imaginar como seria - por exemplo - uma inovação no Jazz.
Pra mim, os músicos atuais de Jazz soam tudo a mesma coisa. E ocorre o semelhante no rock, metal, blues, fusion, funk, etc.

Talvez o "escape" seja isso que Lelo Mig esteja fazendo, que é buscar influencia nas musicais regionais dos séculos passados.

Ismah
Veterano
# jan/15
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Lelo Mig

Meio fora do que associei. Esse grupo tem nome?

entamoeba
Membro Novato
# jan/15
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O autor não voltou mais...

Mas acho que a composição praticada diretamente no instrumento é afetada por questões de ordem mecânica. Pela relação entre o pensamento (imaterial - ou minimamente material) e o movimento (essencialmente material) e pelos hábitos, que são mais fortes do que a consciência.

Não que o pensamento esteja livre de vícios. Por lá também há fluxos que conduzem às soluções. Mas noto em mim que os padrões obtidos são diferentes em cada um dos casos. Sou muito mais previsível (e sem graça) com o instrumento na mão.

Lucas Machado dos Santos
Membro Novato
# jan/15 · Editado por: Lucas Machado dos Santos
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Pra mim, os músicos atuais de Jazz soam tudo a mesma coisa.

Eu já tenho outra visão. Acho que hoje o Jazz é mais diversificado, principalmente pela influência e fusão com ritmos tracicionais/populares de determinados países.

Agora fiquei curioso para saber onde o Lelo Mig acha essas músicas.

cafe_com_leite
Veterano
# jan/15
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Rednef2
Não consigo imaginar como seria - por exemplo - uma inovação no Jazz


Eu já não concordo. O jazz me dá muito mais opções quanto a ritmo, harmonia e melodia. É um universo muito mais livre e e com muito menos padrões delimitantes. Tanto é que o jazz virou algo universal, já rock nunca deu muito espaço pra que enbarcasse elementos regionais com a mesma eficiência (em minha opinião).

Lucas Machado dos Santos
Membro Novato
# jan/15
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Eu já não concordo. O jazz me dá muito mais opções quanto a ritmo, harmonia e melodia. É um universo muito mais livre e e com muito menos padrões delimitantes. Tanto é que o jazz virou algo universal,

Sim e atualmente é até difícil dizer o que é Jazz. Músicos completamente diferentes são considerados "músicos de Jazz" hoje em dia. Em cada país se criou um novo "Jazz" por assim dizer, devido a influência de ritmos tradicionais.
No Brasil mesmo temos, por assim dizer o nosso "Jazz". Apesar de muitos não gostarem de usar esse termo.

cafe_com_leite
Veterano
# jan/15
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Lucas Machado dos Santos
No Brasil mesmo temos, por assim dizer o nosso "Jazz". Apesar de muitos não gostarem de usar esse termo.



Sim. No rock por exemplo até hoje não ouvi nada que me passasse a sensação de " Po, isso aqui é muito Brasil". Agora, você ouve um Tom Jobim que tirou influencias do jazz, mas que é algo muito brasileiro, tem a ginga, a malemolência, o levar na maciota. Em qualquer lugar do mudo quem ouve, associa ao Brasil. Realmente a bossa nova é um exemplo muito interessante de fusão musical.

Mr. Rosa
Veterano
# jan/15
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Lucas Machado dos Santos
Agora fiquei curioso para saber onde o Lelo Mig acha essas músicas.

Todos nós.

Lelo Mig
Membro
# jan/15
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Ismah

Têm nome sim.. Aqui, na biblioteca que eu criei (para os fins que estou usando), não estão catalogadas por nome, seguem um padrão para eu me "achar" (País de Origem/Período/Estilo/Andamento Aproximado/Número), então está é a:

Polônia_Sec XVIII_Gypsy Polka_Alegricissimo_032..........kkkk

Mas, tenho os originais, identificados, num HD externo. Vou procurar o nome e posto aqui.

Lucas Machado dos Santos
Mr. Rosa

"Agora fiquei curioso para saber onde o Lelo Mig acha essas músicas."

Vixe!!... prá explicar precisaria criar um tópico........rs

Rednef2
Veterano
# jan/15
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cafe_com_leite
Lucas Machado dos Santos
Entendo o que vocês dizem, mas na prática a mesmice sempre vai dominar.
Como meu irmão costuma dizer: "Todo estilo tem suas progressões harmonicas clichês, fraseado clichê, ritmo clichê, e assim por diante".

Mesmo que alguém coloque um elemento novo, vai acabar caindo na mesmice cedo ou tarde.

Você pode ouvir Luciano Magno tocando e logo depois Nelson Faria. Fraseados diferentes? influencias diferentes? sim. Mas se forem analisar a musica no "papel", vão ver que é tudo a mesma coisa.

Lucas Machado dos Santos
Membro Novato
# jan/15
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Você pode ouvir Luciano Magno tocando e logo depois Nelson Faria. Fraseados diferentes? influencias diferentes? sim. Mas se forem analisar a musica no "papel", vão ver que é tudo a mesma coisa.

Não sei se entendi direito o que você quis dizer, então desculpe qualquer engano. Sinceramente não me importo como a música é no papel e sim como ela é na prática, quando ouço ou toco.

Não conheço muito bem o trabalho do Luciano Magno, mas pelo que ouvi é bem diferente do Nelson Faria. Poderia explicar melhor essa questão de analisar a música no "papel" ?

Rednef2
Veterano
# jan/15
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Lucas Machado dos Santos
No "papel" quis dizer na teoria musical hehehe

cafe_com_leite
Veterano
# jan/15
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Rednef2
analisar a musica no "papel", vão ver que é tudo a mesma coisa.



Por isso que ouvimos música e não a analisamos no papel.

Mesmo que alguém coloque um elemento novo, vai acabar caindo na mesmice cedo ou tarde.



Na mesmice dos clichês do gênero ou do algo novo que o cara criou?

Sendo a segunda opção, acho até necessário, imagina tu lançar algo super inovador e fazer isso só em uma música, esse algo novo não vai ser tão notado e consequentemente cairá no esquecimento. É como se o malmsteen tocasse só em uma música o estilo que ele ajudou a estabelecer e no resto de seu repertorio só tocasse rock and roll/blues.

rcorts
Veterano
# jan/15 · Editado por: rcorts
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cafe_com_leite

Acho que aí já entra na discussão universalidade x especialização. Paco De Lucia, por exemplo, depois que amadureceu seu estilo criou várias obras onde deixou registrada sua marca.

Com certeza ele poderia ter explorado mil e um universos, e talvez hoje existiriam mil e uma peças de autoria dele abarcando vários estilos, mas o Paco De Lucia Trademark não teria tanto peso.

Acho que sempre há espaço para algo novo, mesmo dentro de gêneros já envelhecidos, engessados. O problema é que chega um ponto em que a inovação praticamente desconstrói toda uma identidade de um gênero-raiz. É igual chamar Snow Patrol de rock. Posso até estar ficando ranzinza, mas pra mim é uma coisa que não cola.

Por exemplo, o que o sertanejo universitário fez com o sertanejo de raíz (diga-se, moda de viola) foi praticamente desconstruir todo um estilo e criar outro totalmente diferente (e mais fútil a meu ver). Se não fossem por referenciais culturais e mesmo pela autoafirmação existente entre artistas atuais desse nicho, imagino eu que quase ninguém associaria por exemplo Lucas Lucco com Tião Carreiro e Pardinho.

O pagode pelo menos ainda se aproxima um pouco do samba, se bem que tem coisas por aí que devem fazer Cartola se revirar no túmulo. E isso vale pra qualquer estilo, penso eu.

Ismah
Veterano
# jan/15
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Lelo Mig

No aguardo.

cafe_com_leite
Veterano
# jan/15 · Editado por: cafe_com_leite
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rcorts


O único problema que vejo na sua critica é a da nomenclatura. Mesmo de estilos super tradicionais, vão surgindo alterações gradualmente ao longo do tempo, de forma com que as pessoas continue usando o mesmo nome pra duas coisas completamente diferentes. O sertanejo mesmo é um exemplo, ele não virou universitário de uma hora pra outra, ao longo do tempo gradativamente ele deixou de ser apenas sinônimo de Tião carreiro Pardinho e outros do genero, veio a tornar-se sinônimo de Zezé de Camargo e Luciano, depois luan Santana, Michel teló. Até chegar no Lucas luco, que realmente, não tem absolutamente nada de sertanejo.

Piano ON GRACE
Veterano
# fev/15
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Sim consigo escrever na pauta o que penso mas só 1 vez que esse milagre aconteceu. nas outras vezes ou deu errado ou levou tempo suficiente pra esquecer como era o pensamento.

rcorts
Veterano
# fev/15
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cafe_com_leite
O único problema que vejo na sua critica é a da nomenclatura. Mesmo de estilos super tradicionais

É, esse é um problema meu, muitas vezes utilizo os termos errados para expressar minha opinião. Mas tirando isso, concorda comigo que por mais que as inovações sejam graduais, chega a um ponto em que a identidade meio que vai se perdendo?

Por outro lado, alguma inovação sempre é bem-vinda. Esses tempos mesmo tinha um cara querendo montar banda autoral comigo pra tocar músicas tipo AC/DC, e pelo que eu conheci do cara não era algo aproximado, era algo exatamente na mesma linha. Pô, eu posso até gostar de algumas coisas de AC/DC, o que não significa que atualmente eu estaria disposto a simplesmente repetir a mesma coisa.

cafe_com_leite
Veterano
# fev/15
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rcorts
É, esse é um problema meu, muitas vezes utilizo os termos errados para expressar minha opinião.


Não cara, o que eu quis dizer é que eu concordo contigo que há esse problema com as nomenclaturas. Por exemplo, pessoas falam que led zeppelin e imagine dragons são bandas de rock, mas po, é muuuita diferença hehe.

Mas tirando isso, concorda comigo que por mais que as inovações sejam graduais, chega a um ponto em que a identidade meio que vai se perdendo?



Sim, concordo e não vejo problema. Ela perde a identidade inicial e toma sua própria identidade, que é o natural de todas as coisas, na verdade. E sabe o que é o melhor disso? É que o antecessor não precisa necessariamente morrer pra que o seu sucessor se crie. Ainda se tocablues, mesmo depois do rock. Ainda se toca música acústica mesmo depois da invenção da música eletrônica. É um universo que vai se expandindo cada vez mais e é impossível saber como vai acabar. Essa é a magica da vida.

Rednef2
Veterano
# fev/15
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cafe_com_leite
Só que no fim vai acabar na mesmice.
Já fui meio neurótico em procurar algo "extremamente original", mas me toquei que isso simplesmente não existe. E se existe, é por apenas um pequeno período de tempo.

Explico:
Quando o heavy metal começou nos anos 70, era algo nunca visto antes, certo?
A partir dos anos 80 se tornou um estilo repetitivo e maçante.
Então, Mustaine, Hetfield e outros, misturam Punk Rock com Heavy Metal e acaba surgindo o Thrash que era a maior inovação do metal até pelo menos meados dos anos 90. Até que lá pra 95 pra frente, o thrash se tornou um estilo clichê.
Surge nessa mesma época o Groove Metal, que rapidamente foi pro mainstream com o Pantera e Sepultura. Mas, após o advento do Nu meta, o Groove Metal foi deixado um pouco de lado, e talvez (talvez!) ainda dá pra explorar esse estilo. Como faz o Soulfly, por exemplo.

Por aqui no Brasil teve toda aquela mistura de rock com regionalismo, bem representado por Raimundos e Nação Zumbi.
Na época o "forrocore" era algo totalmente novo, nunca no mundo alguém tinha feito isso (pelo menos ao ponto de tomar a midia), e misturar maracatu com rock e funky nem se fala....
Só que hoje em dia já existem muitas bandas fazendo isso, O que outrora fora uma inovação, hoje em dia já é repetitivo.

É mais ou menos por a que penso. Creio que o lance não é nem buscar uma espécie de "estilo inexistente", mas sim explorar as nuances de cada um.
O problema é que se fugir um pouco do "padrão" de cada estilo, a maior parte do público já fica chiando, principalmente no blues e metal.

cafe_com_leite
Veterano
# fev/15
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Rednef2


Ué cara, mas isso é até meio obvio, não? Uma coisa não pode continuar sendo nova 10~20 anos depois que você já conhece o estilo. Por isso que eu to sempre buscando coisas novas. E o legal é que o novo não necessariamente quer dizer novo em idade. Por exemplo, a primeira vez que ouvi Gentle Giant, aquilo me soou totalmente novo, e olha só, as músicas têm mais de 40 anos!

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