O classic rock está atrapalhando o rock?

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Headstock invertido
Veterano
# ago/14
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Qual o sentido disso? Igual é óbvio que não vai, porque é impossível.

Pior ou melhor, sim. E melhor e pior é completamente subjetivo.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/14
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renatocaster
Não é apenas uma banda "igual" ou que imite o Led (tem o Rival Sons por exemplo, que vai nessa linha), mas sim o contêxto no qual o movimento cultural (musical, artístico) no qual aquelas bandas estavam inseridas (Led, Purple, Genesis, etc); isso não se repetirá jamais.
Outro dia eu estava conversando com um amigo meu professor sobre essa questão. Falávamos de uma bandinha "meia-bomba" dos anos 70, o Switch (Glam Rock). Escutando um vinil deles que tenho aqui a gente percebeu que mesmo sendo uma banda "2ª linha", as músicas eram melhores do que a maioria das coisas que a gente ouve hoje, no rádio, por exemplo.
Outro exemplo: Escute Sir Lord Baltimore; banda americana obscura do inicio dos anos 70. Som porrada! Muito melhor do que boa parte do que se faz hoje.
Não adianta cara, com raras exceções; no rock, o que se fazia nos anos 60,70 e 80 é superior ao se tem hoje... O Rock está morrendo.... :(
Abç

Ramsay
Veterano
# ago/14 · Editado por: Ramsay
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O argumento de que o "classic rock atrapalha o rock" é absurdo.
É meio que dizer que se certas pessoas gostam de fusca, isso atrapalha o desenvolvimento de novos carros.... Ridículo!
Tudo hoje em dia é decadência só, a música de hoje em dia, a propagada pela mídia é bisonha, e isso é culpa de um mercado fechado para coisas boas, que só visa o lucro fácil e imediato, e de um público que se acostumou à isso. Que há musica boa, há; mas não chega ao grande público.
Na minha opinião, o movimentos cultural e social no qual o rock dos anos 60, 70 e 80 se inseriu organicamente, refluíram; por conseguinte, a música que os "embalava", também.
Nunca mais teremos algo comparável ao Led Zeppelin e ao Deep Purple, que dirá Beatles! Isso é fato.


Concordo em gênero, número e grau com o Bertola.
A verdade dos fatos é que, há um bom tempo, não surgem novas bandas de rock que mexam com o coração do público em geral, como fizeram Guns N'Roses na década de 80, Nirvana, Pearl Jam, Sound Garden e Alice and Chains na década de 90. Na década de 2000, tirando o Coldplay eu nem sei.
Então, o público, além das bandas citadas, se atém as grandes bandas da era de ouro do rock.

krixzy
Veterano
# ago/14
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Uma banda nacional:

https://www.youtube.com/watch?v=pSkVHcF7qAo#t=160

Lelo Mig
Membro
# ago/14 · Editado por: Lelo Mig
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Ramsay
Bertola

É difícil para esta galera mais nova entender o porque de "nunca mais teremos algo igual".

Eles levam pro lado do "tiozão" dizendo: "No meu tempo era melhor!", mas sabemos que não é nada disso e que, pelo contrário, somos quem mais queria que tudo acontecesse de novo.

Nunca irão entender que "aquela geração" + "seus ideais" + "sua cultura e contra cultura" + "suas necessidades com o experimentalismo" + "sua vontade de fazer o novo" + "de revirar o sistema de ponta cabeça" + "as novas tecnologias" + "liberdades sociais" + "expansão da mente" e etc... é uma fórmula que deu combustão naquela época, naquele momento.

"O sonho acabou! E quem não dormiu num sleeping bag, nem sequer sonhou!"

NUNCA MAIS!



d.u.n.h.a.
Veterano
# ago/14
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Sinceramente dou graças que nunca mais teremos algo igual.
Já pensou que porre se a música atual se resumisse a imitar o que faziam no passado? Já basta as porcarias hipsters tipo Tame Impala que vivem numa cápsula do tempo...

Beatles, Led, Black Sabbath, Deep Purple... Tudo muito bacana, mas já deu o que tinha que dar.

Pra mim não existe nada mais deprimente que alguém querer repetir algo do passado.

Lelo Mig
Membro
# ago/14
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d.u.n.h.a.

Mas eu não falo em repetir não.... falo em surgir algo novo com tamanha dimensão artística e cultural.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/14
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Lelo Mig
Mas eu não falo em repetir não.... falo em surgir algo novo com tamanha dimensão artística e cultural.
Exatamente.
Ademais, não há nada de mal em "reler" coisas do passado. O Rival Sons faz exatamente isso, o Clutch também, o Gov't Mule também. Todas essas são bandas que tem trabalhos maneiros calcados no que havia de melhor nos anos 70 (o nº de bandas e músicos que faz isso é enorme!)
Abç

Julia Hardy
Veterano
# ago/14 · Editado por: Julia Hardy
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Esse texto acabou de completar dez anos. Basicamente, fala do mesma tema do tópico. O assunto não se esgota tão cedo.

Rednef2
Veterano
# ago/14 · Editado por: Rednef2
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renatocaster
Tira Led dessa lista de bandas boas.

Uma banda em que as musicas em sua maioria são plagios, devia ser lançada no ostracismo.
Pessoal mais velho é meio saudosista. Mas a real é que Led Zeppelin é uma banda bem superestimada. E creditada injustamente como "genial".

Mauricio Luiz Bertola
Exatamente.
Ademais, não há nada de mal em "reler" coisas do passado. O Rival Sons faz exatamente isso, o Clutch também, o Gov't Mule também. Todas essas são bandas que tem trabalhos maneiros calcados no que havia de melhor nos anos 70 (o nº de bandas e músicos que faz isso é enorme!)
Abç

Se eu quiser ouvir uma banda com sonoridade setentista, é melhor ouvir uma banda daquela época.
Quando procuro uma banda nova, quero ouvir uma sonoridade atual. Por isso mal ouço essas bandas atuais com som "setentista". Pra mim não passa de pura repetição de algo datado.

cafe_com_leite
Veterano
# ago/14
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Mauricio Luiz Bertola
renatocaster
Quanto a uma banda igual ao led zeppelin, vocês falam na importância ou na sonoridade? Porque se for na sonorodade, pelo o amor, já basta o próprio led zeppelin, não precisa de outra igual.

cafe_com_leite
Veterano
# ago/14
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Esses caras que definem o que é bom ou ruim pelo próprio gosto… Ai meu pancreas.

~O rock 70 é bem chato, únicas bandas audíveis são as do prog. ~

Viu como é fácil definir tudo pelo próprio gosto?

Ramsay
Veterano
# ago/14
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Lelo Mig

Nós até poderemos ter no futuro uma ou mais bandas de rock de qualidade, mas, vai ser uma questão de sorte e pontual.

renatocaster
Moderador
# ago/14 · Editado por: renatocaster
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Rednef2
cafe_com_leite

Gente, só citei o Led para dar como exemplo de uma banda de rock qualquer dos anos 70. Eu poderia ter citado Deep Purple, Yes, Rainbow, ou qualquer outra. Whatever.

Não me referia à sonoridade, e muito menos quis dizer se é boa ou ruim. Até pq isso é uma questão pessoal (gosto). Mas já que estamos falando dessa banda, eu até gosto, mas não morro de amores. Tem coisas bem melhores (na minha opinião, lógico).

Headstock invertido
Veterano
# ago/14
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Esses caras que definem o que é bom ou ruim pelo próprio gosto

O resumo desse tópico.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/14
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Rednef2
cafe_com_leite
Vocês não entenderam nada mesmo....
Deixa pra lá...
Headstock invertido
Esses caras que definem o que é bom ou ruim pelo próprio gosto
Mas uma afirmação infundada, fruto de incapacidade de entendimento...
De novo: Deixa pra lá...
Abçs

cafe_com_leite
Veterano
# ago/14
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Mauricio Luiz Bertola
Foi você mesmo que disse que qualquer banda de rock dos anos 70 é de melhor qualidade do que o que tem de melhor hoje em dia. Tem outra coisa pra entender ou estamos falando línguas diferentes?

cafe_com_leite
Veterano
# ago/14
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renatocaster
Ah sim, no caso da importância devo concordar com você. Talvez as últimas que mudaram grandiosamente foram Metallica, Nirvana e até Radiohead (se for parar pra pensar). Mas a música está em constante evolução, seja por grandes mudanças ou ou por uma série de pequenas delas. Prova disso é o Djent, bom ou ruim, não tem quase nada de semelhante com o que foi feito nos anos 70, é resultado de uma série de transformações, diluição de algumas características e absorção de outras de outos gêneros.
E vamos parar de generalizar o que rock de hoje só pelo metal, porque isso não a realidade, na verdade o metal é vertente que tá no lado mais fraco da corda, justamente pelo seu público. Cenas com o indie, vejo que estão fortes ainda, aqui no Brasil nem tanto, mas pra fora sim.

Casper
Veterano
# ago/14
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Como a música chegava até seus ouvidos em 1972
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Uma banda se formava.
Ensaiava, tocava em vários lugares, desenvolvia o material.
As vezes demorava anos de suor até ter material
(Van Hallen demorou 4 anos para fazer a primeira demo).
Com o material maduro, iam até a gravadora.
Se aprovados, gravavam algo, se não, voltavam e
aprimoravam seu trabalho. Ou melhoravam ou desistiam.
Se desistiam, esse material nunca chegou na grande massa.
A gravadora, para o bem ou mal, era um filtro que
ajudava as bandas serem melhores.
Uma vez gravada, a música era distribuída, todo
aquele esquema de jabá clássico. Mesmo assim,
como sempre, quem tinha qualidade se mantinha,
e quem não tinha sumiu. A banda que a gravadora
apostava, tinha recursos financeiros e tempo
para criar material novo com qualidade. Esse círculo
permitiu muita coisa que hoje é inviável.

==========================================
Como a música chega até seus ouvidos em 2014
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Uma banda se forma. No dia seguinte está no Youtube.

cafe_com_leite
Veterano
# ago/14 · Editado por: cafe_com_leite
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Casper
Os dois lados tem pontos positivos e negativos. Imagina quantos trabalhos interessantes foram rejeitados pelas gravadoras pelo simples fato de ter uma sonoridade que não agradava a grande massa?

Casper
Veterano
# ago/14
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Caro cafe_com_leite:

Concordo. Muita coisa foi completamente perdida,
se o filtro da gravadora em 1972 foi mal utilizado.

Mas o ponto que eu tentei enfatizar é a
falta de tempo de maturação nas atuais bandas.

Certamente isso reflete (e na minha opinião, explica)
a diferença entre a música feita em 1972 e a feita hoje.

entamoeba
Membro Novato
# ago/14
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Casper
Como a música chegava até seus ouvidos em 1972 [...]

Em compensação, aumentamos a escala de produção. Arrisco dizer que hoje estejamos produzindo música com qualidade similar a que era feita em "72". Mas não temos encontrado essas músicas por conta da poluição informacional. Em "72" as gravadoras filtravam pra gente, separavam o que iria ser lançado do que não merecia ser ouvido. Hoje, tá tudo no mesmo balaio.

Se as gravadoras, que eram especialistas em seleção, já deixavam passar muita coisa de qualidade duvidosa e muita coisa boa era injustamente largada à obscuridade, imagine hoje, onde esse processo de seleção é muito mais complexo e menos criterioso. Diria que o sucesso é quase por acaso.

vintagentleman
Veterano
# ago/14
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Galera,

Estou chegando agora e estou sem saco de ler o tópico, mas parece que algum candidato ao Nobel de PN acha que o rock clássico atrapalha o desenvolvimento do gênero musical rock...
É isso mesmo?!
Alguma alma caridosa poderia resumir para mim em até cinco linhas ou confirmar se eu já entendi tudo lendo somente o título?
Desde já agradeço.

Lelo Mig
Membro
# ago/14 · Editado por: Lelo Mig
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Casper
cafe_com_leite
entamoeba

Caras, o que o Casper escreveu esta correto e o comentário de vocês também têm considerações corretas, mas vocês estão pulando uma parte, que ao meu ver é o diferencial mais importante.

Nesta época, as bandas (falemos da regra ok? desprezemos exceções), faziam o circuíto de bares, pubs, festivais, parques, porões, galerias, circos, budegas, espeluncas e puteiros em geral. Para um público ABERTO para o novo. Haviam alguns covers de Blues e anos 50, mas o grosso do repertório era trabalho autoral.

E conquistavam (demoravam anos), mas criavam um público fiel. Esta "fama" no circuíto era o grande diferencial para conseguirem gravar um álbum. Rock quase não tocava em rádio, mas eles já tinham um público comprador potencial. Esse espaço conseguido no circuíto alternativo tinha valor de moeda para empresários/gravadoras.

Bandas como Pink Floyd, Sabbath, Deep Purple, Aerosmith, Beatles e etc, só chegaram a gravar porque já possuíam público conquistado ao longo de muita ralação, em média, durante 3 à 5 anos, entre a banda em questão e a banda onde iniciaram.

Ou seja, estes caras chegavam ao primeiro álbum com uma experiência e bagagem e rodagem considerável. A maioria alugava quartos em cidades de maior projeção e moravam juntos, ensaiavam e compunham todo o tempo que não haviam shows.

Rolling Stones, a banda toda, morou anos numa kitchnete. O Sabbath morou em uma Van! O Pink Floyd, metade da banda em UM QUARTO.

Que banda hoje faz isso? Nem sei se deveria fazer... só quero salientar que é muito diferente.

Se alguém dúvida disso, sugiro ler biografias da bandas dos 70. Todos eles falam sobre isso. Todos se conheciam, antes da fama, porque estavam no mesmo circuíto.

Por isso Iommi tocou no Jethro Tull, por isso Roberto Plant foi chamado pelos "New Yardbirds", por isso Elton John tocou com o T. Rex, e etc.

cafe_com_leite
Veterano
# ago/14
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Lelo Mig
Elton John tocou com o T. Rex, e etc.
O Elton John já tocou até no Gentle Giant, mão sei se você já leu essa história.

Esse fator que você e o véio Cásper apontou faz todo sentido, de fato.

Lelo Mig
Membro
# ago/14 · Editado por: Lelo Mig
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cafe_com_leite

Pois é... o Ozzy conta na biografia dele, entre várias estórias, que quando cruzou pela primeira vez com Robert Plant (anos antes de sair o primeiro álbum do Led), Plant já era conhecido e respeitado entre a galera "antenada" e Ozzy ficou todo orgulhoso em conhece-lo.

Plant parecia um mendigo, com uma mochila fedorenta cheia de trapos juntada as pressas, porque havia sido chamado para um novo projeto (The New Yardbirds, atual Led Zeppelin) e estava se mudando de mala e cuia para Londres.

O mesmo ele diz à respeito de Ian Anderson e do Jethro Tull. Conta que quando Iommi foi cobrir o evento Rock´n´Roll Circus como guitarrista do Jethro Tull, ele e a galera do Sabbath ficaram enciumados, porque o Jethro era "banda grande" e eles acharam que Iommi não voltaria mais.

(Obs: "grande" lá no circuíto Aston/Birghimann, porque o Ian Anderson nessa época nem todos os dentes na boca tinha, de tão fuleiro que era....kkkkkk)

Olha o naipe do cidadão:

Ian Anderson Mendigo

cafe_com_leite
Veterano
# ago/14
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O pessoal era judiado mesmo hahaha

INNARELLI
Membro Novato
# ago/14
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acho robert smith genial




Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# ago/14
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cafe_com_leite
Cara, vc precisa estudar um pouco mais a história das bandas desse periodo, do movimento cultural e musical, a História[i][/i] desse periodo, as lutas sociais e políticas da passagem dos anos 60 pros 70, o Movimento de 68, a Contra-cultura, etc. Existem inúmeras teses e livros sobre o assunto, etc...
Não há nada hoje que se compare àquilo. Todos os aspectos acima estavam integrados em um "sentimento" de desafio e mudança social, cultural e de busca pela liberdade que nem sequer passa pela cabeça das pessoas hoje em dia. É óbvio que não estou "glamurizando" essa época (Geezer Butler também não o fazia, não é à toa que o Black Sabbath era meio "outsider"), até porque muito disso se perdeu, foi cooptado pelo sistema econômico capitalista e virou um simples e mero produto, mas a criatividade estava lá. O que o Lelo Mig e o Casper falaram também é verdade, a forma de produzir música hoje (estou falando de Rock) mudou e a quantidade não quis dizer qualidade, nem qualidade DISPONÍVEL. Mesmo que hajam bandas novas hoje, fazendo trabalhos significativos, isso não chega ao grande público, nem "alimenta" ou "sonoriza" um movimento cultural e social amplo como o do período a qual nos referimos acima.
Abç

INNARELLI
Membro Novato
# ago/14
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one race

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