Sobre a distribuição de um instrumento pelo mundo - Escolhendo a cor do baixo

    Autor Mensagem
    kiki
    Moderador
    # mai/14


    Pois é amiguinhos, peço um pouquinho de vossa sapiência para me ajudar a compreender este enigma e se possível me dar sugestões de como proceder.

    Estava eu pesquisando modelos de baixo pra comprar e testei um que achei bem confortável, um Ibanez SR300.
    Eu vi na loja um preto e um branco (Pearl White e Iron Pewter).

    Já em casa, pesquisando pelas internets, achei uma cor que me agradou muito, Root Beer Metallic, uma espécie de vinho (apesar de ser cerveja).

    Só que aí eu descubro que essa cor (e outra que eu também me interessei) só tem no site estadunidense, e que as cores que vêm pro Brasil não são as mesmas.

    Enfim, dúvida número 1: Por que os fabricantes fazem uma dezena de cores de distribuem poucas pra cada canto?
    Olha só:
    site americano
    site japonês
    site brasileiro

    Pergunta número 2: há algum meio de eu conseguir um modelo que não chega regularmente no Brasil?
    dá pra tentar pedir na distribuidora, ou algo assim?
    cheguei a ver no ebay, mas dá um cagaço de mandar vir um instrumento...

    enfim, quem puder dar alguma luz, fico muito grato.

    Del-Rei
    Veterano
    # mai/14
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    kiki
    Fala, cara.
    Quanto à questão 1, eu não sei responder exatamente, mas sei que isso acontece com MUITA coisa que vem pro Brasil, não só instrumento. Com automóveis, a diferença dos modelos lá de fora são inacreditáveis. E nem entro na questão do preço, claro.
    Enfim, voltando, não sei se é alguma pesquisa maluca de preferência que eles fazem, e tal. Ou, talvez, seja só uma loucura pra separar por regiões mesmo. Sei lá. Mas muitos produtos são assim.

    Quanto à importação... Já comprei guitarras pela internet. Uma veio do e-Bay mas eu comprei com hardcase, pra evitar problemas. Não arriscaria sem hardcase. Veio numa boa, apesar de ter levado 3 meses pra chegar, e ainda ser tributado (claro). E ainda assim saiu mais barato do que comprando aqui...

    Mas, no teu caso, se não quiser importar, manda uma mensagem pro distribuidor brasileiro da Ibanez. Se não me engano, é a Equipo. Mas se prepare pra um preço bem salgado em relação ao e-Bay.
    Valeu!!

    Um aceno de longe!!!

    Ismah
    Veterano
    # mai/14
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    [OFF]

    Quanto a cor... Root beer é um tipo de refrigerante com gosto de cerveja...

    Uma descrição

    E bom... não existe só a cerveja amarelada... EU amo uma garrafa de Schwartz beer (cerveja preta, extremamente doce) num dia gelado de inverno.

    kiki
    Moderador
    # mai/14
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    Ismah
    hahaha, que legal, não sabia disso!

    Del-Rei
    não sei se é alguma pesquisa maluca de preferência que eles fazem, e tal. Ou, talvez, seja só uma loucura pra separar por regiões mesmo.
    pois é, fiquei pensando nisso... achei estranho que no site japones tem menos opções que no americano, sendo que a marca é japa.

    Já comprei guitarras pela internet. Uma veio do e-Bay mas eu comprei com hardcase, pra evitar problemas. Não arriscaria sem hardcase. Veio numa boa, apesar de ter levado 3 meses pra chegar, e ainda ser tributado (claro). E ainda assim saiu mais barato do que comprando aqui...
    Sim, já li histórias por aqui, suas inclusive, parece que rola. Mas deve dar uma ansiedade desgraçada né? Já fiquei ansioso com uma interfacezinha...
    Mas se nada mais rolar, acho que vai ser isso.

    valeu!

    Slash_1989
    Veterano
    # mai/14
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    kiki
    Pergunta número 2

    Gang Music

    Virtual Vintage

    São empresas que fazem a importação por conta delas mesmo. Se tem em alguma distribuidora nos EUA, eles conseguem pra você!

    Lelo Mig
    Membro
    # mai/14
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    kiki

    Cara, não sei se pode te ajudar, mas eles costumam conseguir estas cores, modelos, e etc, que não estão disponíveis por aqui.

    Não custa nada falar com um vendedor....

    http://gangmusic.com.br/produtos/Cordas/Contrabaixos/Contrabaixo-Ibane z-SR300-/1895/

    kiki
    Moderador
    # mai/14
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    Lelo Mig
    Slash_1989
    obrigado pelas dicas!

    gang usa nao tem no site, mandei pergunta

    virtual vintage tem algumas cores diferentes (tem metallic grey, que é minha segunda opção), mas não tem a RBM. Mandei mensagem também.

    kiki
    Moderador
    # mai/14
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    Lelo Mig
    Slash_1989
    há, o pessoal da gang me respondeu, eles conseguem trazer!
    to conversando com meu atendente virtual...

    Lelo Mig
    Membro
    # mai/14
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    kiki

    Legal.......e o preço? Tá dentro do que você havia pesquisado?

    kiki
    Moderador
    # mai/14
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    Lelo Mig
    tá sim, talvez até abaixo, dependendo do frete.
    acho que o cara só vai me responder na segunda... mas to animado!

    =)

    Lelo Mig
    Membro
    # mai/14
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    kiki

    Espero que tenha sorte e dê tudo certo......já comprei várias coisas pela Gang e nunca tive problemas, sempre bem atendido, sempre em ordem, sempre como combinado.

    Único senão é o prazo de entrega, que foi cumprido algumas vezes e meio estressante em outros...mas sempre entregue. Particularmente é uma das importadoras brasileiras que mais confio.

    MMI
    Veterano
    # mai/14
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    kiki

    Não posso falar especificamente da Ibanez. Mas sei que rola sim um lance de diferenciar produtos para regiões e países.

    É de conhecimento público que a Gibson diferencia as guitarras que envia para o Japão. O japonês é mais detalhista, mais exigente, por isso o controle de qualidade é muito mais apurado, na média os tampos são mais figurados. Ou seja enviam para lá instrumentos construídos com um cuidado extra. Já o brasileiro tem fama de pagar caro e não exigir qualidade, apenas um logotipo bem destacado. Nos últimos anos (poucos) o Brasil começou, timidamente, a receber da Gibson uma pequena atenção, recebendo produtos top, edições limitadas (geralmente 1 guitarra por ano), uma ou outra reissue e signature, perceberam que existem aqui pessoas que pouco se importam com o preço e dispostas a comprar esses instrumentos bem caros.

    É bem curioso, mas aqui no Brasil existe a cultura que de o produto para exportação é melhor que o para o mercado interno, posso citar frutas, café e outros produtos que isso de fato ocorre. Já no Japão ocorre o contrário, é normal que as fábricas tenham linhas para o mercado interno, muitas vezes melhores, e outras para o mercado externo. A ESP, por exemplo, tem linhas excelentes de guitarras só voltadas para o mercado japonês, não mandam nem para os EUA oficialmente - acaba chegando via sites como eBay, muitas vezes como usados. Assim sendo, já que há uma diferenciação de controle de qualidade e de linhas de produção, nada mais natural que lancem cores diferenciadas para que os produtos sejam facilmente reconhecíveis.

    C'est La Vie... Abç

    kiki
    Moderador
    # mai/14
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    Lelo Mig
    assim espero! obrigado pelas dicas e apoio!

    MMI
    por isso eu quero um modelo que não vem pro brasil, é porque eu sou japa, então tenho um gosto refinado...
    ô_Ó

    eu ja tinha ouvido falar isso de selecionar mercado pela qualidade... mas ainda nao tinha visto por cor (que é algo que os leigos percebem mais que a qualidade).

    valeu pelo conhecimento compartilhado!

    MMI
    Veterano
    # mai/14
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    kiki

    por isso eu quero um modelo que não vem pro brasil, é porque eu sou japa

    Ah, eu sei... O cara mais famoso do FCC, com direito a reportagem na Folha de São Paulo e tudo. Você é um cara público, sei do seu gosto refinado e até da sua família musical. ;-)

    Ramsay
    Veterano
    # mai/14
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    kiki

    Esse negócio de côr, pra mim é irrelevante, o mais importante é o som!!
    O que eu achei estranho é que o link do site brasileiro que vc postou (e que está em inglês) mostra as mesmas côres do site americano!!
    Será que o link do site brasileiro que vc postou está errado??

    rhoadsvsvai
    Veterano
    # mai/14
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    Ismah
    root beer não tem gosto de cerveja.... na verdade tem gosto de menta.

    MMI
    Veterano
    # mai/14
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    Ramsay

    Esse negócio de côr, pra mim é irrelevante, o mais importante é o som!!

    Exatamente. Para mim soa um tanto estranho escolher instrumento pela cor e não pelo som, mas cada cabeça, uma sina. Respeito, ainda mais o grande kiki.

    FBlues_rock
    Veterano
    # mai/14
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    Ramsay
    MMI
    A questão é, se posso ter o mesmo instrumento, pelo mesmo preço, com a aparência que mais agrada, por que não tentar?
    Se não der ou o preço não compensar, pego o mais feio até, mas não custa tentar.
    Minha última guitarra rolou isso, é feia de doer, mas testei e estava muito gostosa de tocar e o preço melhor que das cores q me agradavam... Vou repintar, ontem passei o dia lixando, mas abastecido de umas cervejas Colorado, nada de root beer... :)

    MMI
    Veterano
    # mai/14
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    FBlues_rock

    A questão é, se posso ter o mesmo instrumento, pelo mesmo preço, com a aparência que mais agrada, por que não tentar?

    A questão é, se posso ter o mesmo instrumento, pelo mesmo preço, com o SOM que mais agrada, por que não tentar? (é uma peça de decoração ou um instrumento que você quer?)

    Os instrumentos, de mesma linha, mesma fábrica, mesma cores, variam de sonoridade - queira ou não, as madeiras, os veios, os nós, a posição de corte, são diferentes. Para mim, aparente para o Ramsay também, a cor pouco importa, a finalidade da coisa é o som e não a aparência, afinal é um instrumento musical, diferente de uma camiseta que eu escolho pela cor.

    Mas eu entendo, como disse acima, só não concordo pelo meu ponto de vista. Por exemplo, o meu baixo é péssimo de aparência, principalmente quando comprei. Mas dificilmente se vê um baixo com a mesma sonoridade e ressonância, pode colocar um Fodera do lado que ele segura a onda. Ganhou uma reformazinha, mas jamais vou fazer um refinish por conta da aparência.

    kiki
    Moderador
    # mai/14
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    MMI
    Ah, eu sei... O cara mais famoso do FCC, com direito a reportagem na Folha de São Paulo e tudo.
    /o\
    ó o cara mór stalker!

    Ramsay
    O que eu achei estranho é que o link do site brasileiro que vc postou (e que está em inglês) mostra as mesmas côres do site americano!!
    Será que o link do site brasileiro que vc postou está errado??

    aqui ta abrindo certo, achei que tinha errado o link.
    são todos em ingles mesmo, muda só as cores (as duas que eu gostei nao tem no brasil).

    Ramsay
    Esse negócio de côr, pra mim é irrelevante, o mais importante é o som!!
    MMI
    Exatamente. Para mim soa um tanto estranho escolher instrumento pela cor e não pelo som, mas cada cabeça, uma sina. Respeito, ainda mais o grande kiki.

    vixe to causando! hahah
    eu priorizo o som tambem, e o conforto. não to louco, podem deixar.
    eu testei bastante esse modelo em lojas e achei ele bem confortavel (e leve, eu sou meio podre das costas).

    a cor é só um detalhe, mas é a primeira vez que vou comprar um instrumento mais caro, então é o que o nosso amigo FBlues_rock falou:
    se posso ter o mesmo instrumento, pelo mesmo preço, com a aparência que mais agrada, por que não tentar?

    acontece que no Brasil só chega preto, branco perolado e depois laranja, roxo e verde...
    essas tres ultimas eu dispenso, nada contra.
    o branco perolado é um pouco "puro luxo" demais pra mim ;p
    e preto é a cor do meu precision.

    ok, confesso que tem uma dose de fetiche aí. as minhas duas bandas nacionais preferidas os baixistas usaram um factor vermelho por muito tempo, e isso marcou meu desenvolvimento baixistico.
    só que os factor são caros pra burro e pesados pra burro.

    infelizmente tem o que muito bem apontou nosso amigo MMI, não vou conseguir testar o instrumento que pretendo levar. vou ter que confiar na marca.

    FBlues_rock
    Veterano
    # mai/14 · Editado por: FBlues_rock
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    MMI
    Quando falei "o mesmo instrumento" subentendi a sonoridade; da próxima serei mais didático :)
    Tanto que levei a mais feia após testar uma dúzia da faixa de preço que estava disposto a pagar na proposta (uma Strato para ver se acostumava e curtia). Detalhe que ela estava um pouco longe do teto, mas era a melhor das que testei em timbre e conforto. A aparência era irrelevante, caso contrário não teria pego.
    Entretanto, se houvesse outra tão boa e mais bonita, levaria, isso que pontuei.

    Sobre o novo acabamento (evito estrangeirismos), para mim é um prazer, fazia tempo que queria brincar com isso, mas jamais faria na minha semi ou no meu violão. Estou curtindo bastante, embora a inexperiência dificulte bastante por enquanto.

    MMI
    Veterano
    # mai/14
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    FBlues_rock

    A questão é que, como falei, não adianta subentender a mesma sonoridade porque na verdade vai ter um melhor que o outro dentro da mesma linha, até dentro da mesma cor.

    Um conhecido meu, americano, demorou 10 anos testando Gibson ES335 até encontrar a certa. Outro amigo, brasileiro, também demorou quase isso, também testando 335. Este amigo, inclusive, testei junto ao menos umas 10, algumas vintage, até que achasse o som certo, o braço certo, a pegada certa, o instrumento superior, independente da cor.

    Eu mesmo tenho 3 instrumentos que pessoas acostumadas a tocar o mesmo modelo ficam assombradas pela diferença que eles dão, a sonoridade é muito melhor que modelos da mesma marca, mesmo ano, mesmo modelo. São esses instrumentos que eu procuro e prefiro, são esses que eu escolho, nunca pela cor. Mais didático que isso não vou saber como explicar... :)

    kiki
    Moderador
    # mai/14
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    FBlues_rock
    MMI
    voces estão muito avançados pro meu nivel.
    eu não acho que tenho ainda ouvido pra isso, confio em voces que isso aconteça, mas eu nao consigo sentir nesse nivel ainda.

    Lelo Mig
    Membro
    # mai/14 · Editado por: Lelo Mig
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    MMI

    Cara, você esta certo no preciosismo, mas a meu ver esta desprezando uma realidade, que é a da grande maioria.

    A grande maioria escolhe um modelo X, com características Y, testa alguns em algumas lojas ou amigos e, por uma questão de preço, decide encomendar na loja K. Desta feita, escolhe o da cor que mais gosta.

    A grande maioria não têm como testar 100 Les Pauls vintages, para escolher a que mais lhe agrada. A imensa maioria não viaja para outros países, muitos nem de suas cidades tem como sair, o que reduz em muito seus "tests drives".

    Este preciosismo só se enquadra em três situações:

    1- Músicos profissionais bem remunerados.
    2- Colecionadores.
    3- Quem tem tempo e dinheiro, e as vantagens que estas duas coisas juntas propiciam para se dar a este luxo.

    Obs: Tenho amigos, profissionais da música, com remuneração bastante acima da média e dedicação em tempo integral à música, que compram instrumentos na Teodoro Sampaio, Importadoras e viagens internacionais.

    Na real, creio que uma Fender/Gibson ou qualquer outra lenda, anos 60, acima de 10 mil reais, só se o cara for colecionador e/ou tocar muito. De preferência as duas coisas.

    Porque na mão da maioria dos "mortais", não fará a miníma diferença.

    FBlues_rock
    Veterano
    # mai/14 · Editado por: FBlues_rock
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    MMI
    não adianta subentender a mesma sonoridade
    Vixe, acho que estou falando noutra língua... hehe
    Em linguagem mais simplista possível:
    "Subentender" mesmo instrumento = "subentender" mesma qualidade, inclusive em termos de timbre.
    Idêntico nunca será, como bem destacou, mas pode agradar tanto quanto.

    Aqui estamos falando de instrumentos na faixa de mil, dois mil reais, não um instrumento cuja lasca retirada pelo Tom Murphy é um pouco maior que no outro instrumento de mesmo modelo, fazendo com que o timbre seja distinto. Fora que tenho por referência meu incompetente ouvido, bem distante dos "ouvidos de ouro" que identificam variações de timbre gerados pelo número de veios da madeira, influenciando na captação pelos imãs; logo um instrumento de modelo, qualidade e acabamento similares podem ter timbres bem parecidos (ao menos aos meus ouvidos), a ponto de se escolher a cor :)

    kiki
    voces estão muito avançados pro meu nivel

    Não estou não, pelo contrário. De qualquer forma, o que importa é o instrumento te agradar, seja como for, afinal, o que importa é o quanto vai curtir e quão bem vai tocar quando estiver com ele nas mãos :)

    Sobre a mensagem inicial, já importei diversos equips pela USPS/Correios sem problemas. Mês passado ajudei um amigo na compra de um violão Taylor, que veio em bag acolchoada e chegou sem problemas e em 2 semanas (mas tributado). A regra é essa, exceto o prazo (é comum demorar 1 mês ou mais).

    Se a diferença de preço for significativa, mesmo com tributos, pessoalmente optaria por importar.

    MMI
    Veterano
    # mai/14
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    Lelo Mig

    mas a meu ver esta desprezando uma realidade, que é a da grande maioria.

    Será?

    Este preciosismo só se enquadra em três situações:

    Faltaram algumas...

    É verdade que em instrumentos vintage entram questões extras de como o instrumento envelheceu, como ele foi cuidado, que reparos foram feitos. Então uma avaliação cuidadosa se torna muito mais importante, mas isso é assunto para uma minoria deste fórum.

    A questão é que para mim uma avaliação pessoal é muito mais importante em instrumentos inferiores a estes "premium" que você se referiu. É aí que a madeira é menos selecionada, a mão de obra é menos selecionada, o acabamento é menos caprichado, a regulagem é feita mais rápida, o transporte é menos cuidadoso, os problemas são maiores e as diferenças entre um e outro muito mais marcantes. Pior ainda: entre as grandes marcas mundiais, a que tem os piores instrumentos, usando madeira verde, traste mal colocado, ponte que não regula, instrumento que não afina é justamente a Ibanez que o colega quer comprar. Claro que nas linhas bem inferiores, mas eles se prestam a isso, tanto que alguns luthiers simplesmente se recusam a trabalhar com modelos dessa marca, simplesmente não aceitam. E tudo isso interfere muito na sonoridade.

    FBlues_rock

    Em linguagem mais simplista possível:
    "Subentender" mesmo instrumento = "subentender" mesma qualidade, inclusive em termos de timbre.
    Idêntico nunca será, como bem destacou, mas pode agradar tanto quanto.


    Se nunca será idêntico, é impossível "subentender" a mesma qualidade e mesmo timbre. Só dá se for teórico, porque na prática não rola. E se não é idêntico, uma vai agradar mais que a outra.

    Na boa, só dei minha opinião e não quero convencer ninguém, muito menos quero vender um baixo meu. Se o kiki quer comprar pela cor, eu não tenho nada com isso, apenas não faço isso e acho um pouco estranho fazerem, assim como o Ramsay que levantou a bola. Se vocês acham que é tudo igual, preciosismo, que eu não entendo a língua de vocês, ok, eu tenho convicção que não é tudo igual. Não vou prosseguir com a discussão, apenas coloquei um ponto de vista que é diferente do de vocês. E assim me despeço daqui.

    No fundo, a mensagem para o kiki se resume a isto:
    não vou conseguir testar o instrumento que pretendo levar. vou ter que confiar na marca.
    EU não confio. Mas vai em frente, boa sorte e que seja feliz, espero que dê tudo certo.

    Bye.

    FBlues_rock
    Veterano
    # mai/14 · Editado por: FBlues_rock
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    MMI
    Opa, levou para outro lado, infelizmente (talvez por culpa de como escrevi). Detalhe que sequer discordo (não é tudo igual), só acho que não se aplica tanto ao caso.
    Sem opiniões divergentes, seria monólogo, nem valeria a discussão. Levantaram a uma bola boa e quis fazer a antítese. Não sou nem tenho pretensão de ser dono da verdade, posso e falo bobagem por vezes. :)
    Não era retórica, sei que meu ouvido não é tão apurado quanto o de muitos músicos, não é invenção ou imaginação desses, mas problema meu... hehe

    Gostaria mesmo de poder e saber fazer tal avaliação minuciosa ao comprar um bom instrumento vintage, de um bom luthier ou exemplares ímpares de boas marcas.
    A questão que coloco é que, para um instrumento "simples", as diferenças de recortes da madeira, tinta aplicada, etc., são menos decisivas, pois esbarramos em limitações maiores, como captação, ponte, ergonomia básica. No meu caso (não o do kiki), pude avaliar melhor o acabamento, conforto, timbre, pois pude testar vários pessoalmente. Entretanto já comprei instrumento pela internet e que foi ótima compra, superou (e muito) minhas expectativas. Pode ter sido sorte, mas para um instrumento de baixo custo, só comprei na expectativa de que entregasse o que oferecia, já bastaria. Isso não vale para instrumentos em que se espera algo ímpar. É isso.

    Abç

    PS: peço desculpas se soou ofensivo, não era o intuito. Tinha expectativa de que viria com bons argumentos mostrando pq se deve avaliar bem instrumentos de menor custo, não que concordassem comigo (a tal síntese pós antítese), algo que fez com a resposta ao Lelo.

    PS²: soube desses problemas com as Ibanez, mas achei que era mais delimitado a um período, já passado. Ainda é comum?

    kiki
    Moderador
    # mai/14
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    MMI
    FBlues_rock
    Lelo Mig

    apesar de voces estarem aí se matando eu to achando um barato ler a conversa de voces.
    o unico problema é que agora eu fiquei encanado com isso do som.

    só fiquei encanado com os comentarios finais de desconfiança.
    EU não confio. Mas vai em frente, boa sorte e que seja feliz, espero que dê tudo certo.
    PS²: soube desses problemas com as Ibanez, mas achei que era mais delimitado a um período, já passado. Ainda é comum?
    comentem por favor!

    a gang importa da cor que eu queria e ainda sai mais barato que comprar aqui. mas teria que ser nesse esquema às cegas.
    dependendo do que voces me falarem eu repenso.

    valeu!!!

    MMI
    Veterano
    # mai/14
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    FBlues_rock

    A verdade é que explorar instrumentos vintage é mais complicado que instrumentos novos. Mais ainda, há de se diferenciar instrumentos antigos de vintage, o que requer um conhecimento maior de marcas, modelos, anos. A verdade é que se trata de um assunto ainda mais complexo, que eu sei alguma coisa mas não domino totalmente. E tão pouca gente aqui no Brasil conhece o assunto... Aqui no fórum acho que tem no máximo 3 pessoas que tem um instrumento vintage, que eu me lembre, que acho que na verdade nem vem ao caso discutir. Conheço alguns brasileiros que tem excelentes instrumentos vintage, mas são exceção, é assunto bem interessante. Já nos EUA é comum, tem alguns especialistas que tive o prazer de conhecer. Então quem tem interesse, que estude e corra atrás.

    De qualquer forma, os melhores instrumentos vintage já foram novos um dia. Mais ainda, alguns dos mais cobiçados hoje já foram algo de pouco valor, instrumentos simples e até sem procura, como as Gibson 59/60, que pararam de ser fabricadas por não ter mercado - ninguém queria uma tanto que quando Michael Bloomfield apareceu na capa do disco empunhando uma em 68 muitos guitarristas já estabelecidos não sabiam do que se tratava aquele modelo, mas hoje é classificada com Collectibility Rating A+.

    Posso afirmar, apesar de não ser strateiro, que uma das melhores stratos que vi na vida foi uma grande bos... feita pela Fender na era CBS. A verdade é que termos de construção, deixando de lado uns possíveis "segredinhos", uma SX atual pode ser mais bem construída que esta Fender. Ou seja, um instrumento simples de hoje, talvez desprezado e pouco caprichado, pode ser o instrumento espetacular e ímpar de amanhã. O segredo é reconhecer ou ao menos buscar. Como?

    A captação pode não ser as melhores desses instrumentos mais populares. Mas nada que não possa ser trocada ou eventualmente, se for Alnico, sofrer uma modificação com o tempo e mudar algumas características. Mas falei muito sobre captadores num tópico recente, tem muitos segredos.

    A ergonomia é muito mais padronizada hoje que antigamente, já que essas de linha são feitas por máquinas computadorizadas.

    A ponte e os trastes são mais problemáticos, geralmente não tem o cuidado necessário por se tratar de alta produção. Não só isso, tarrachas, potenciômetros, chaves seletoras, tudo sofre variação.

    Por fim, as madeiras são fundamentais e fazem diferença, especialmente no braço. Reconhecer um bom braço, sem empenamentos, torções, observar o corte que sendo um bom quartersawn pode prevenir um problema futuro. Ou seja, a madeira faz diferença sim, mesmo em instrumentos simples.

    Tá tudo certo agora. Fui!

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