Toda a genialidade do Rock Brasileiro (e do Não-Rock também)

    Autor Mensagem
    John Elf
    Veterano
    # mar/07


    Esse tópico também vai no embalo do blog do jornalista que mencionei no outro tópico.
    Pra quem não sabe (e quase ninguém lembra) antes dos anos 80, quando o país foi invadido pelas bandas de pop-rock do tipo Legião Urbana, se fazia um tipo diferente de som no país. Nos anos 70, o Rock Brasileiro (o original) mostrava a genialidade musical do povo brasileiro. Esse tópico é dedicado a esse movimento. Mutantes, Made In Brazil, Casa Das Máquinas, O Peso...
    Além de outros artistas que não faziam especificamente Rock, mas uma salada de vários estilos da Música Brasileira com elementos musicais de outros países (incluindo o Rock). Caras como Zé Ramalho, Clube Da Esquina, Hermeto Paschoal, Belchior, entre outros caras que possuíam trabalhos não menos que geniais, repletos de boa música.
    É isso aí, opinem sobre a Mùsica no Brasil dos anos 70 e outras bandas/artistas do período.
    É incrível como a geração dos anos 80 foi capaz de relegar a esse glorioso passado em prol de uma ideologia furada e musiquinhas "toscas".

    Kobberminer
    Veterano
    # mar/07
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    Vou ouvir Tom Jobim e depois posto algo interessante aqui...

    Bog
    Veterano
    # mar/07 · Editado por: Bog
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    John Elf

    Não concordo totalmente com a "tosqueira" das bandas dos anos 80. Sou fã dos Mutantes, e acho que foi uma banda com extrema relevância para o rock no Brasil e para a MPB. As bandas dos anos 80 realmente romperam com essa bagagem. Pelo que eu sei, eles não deram sequência ao trabalho anterior, eles "recomeçaram do 0", puxando as influências principalmente do punk e do pop vindos do exterior. O som passou a ser bem mais simples e bem mais ingênuo, por exemplo, do que o que a Patrulha do Espaço (com ou sem o Arnaldo) vinha fazendo.

    Mas temos que admitir que em algum momento, os laços foram se refazendo. Não é mera coincidência a participação do Gilberto Gil em duas músicas do disco Selvagem, dos Paralamas do Sucesso (1986), assim como a gravação de uma música do Tim Maia no mesmo disco. Acho que Alagados é uma música emblemática do seu tempo: fim da censura, renovação do elo "rock-MPB", e amadurecimento musical de uma das bandas mais representativas do "popzinho nacional dos anos 80".

    Claro, para algumas bandas, o tal "amadurecimento" não veio (ex: Capital Inicial). Outras preferiram evoluir dentro da sua propostazinha inicial (ex: Kid Abelha, Ultraje a Rigor). Outras não aguentaram o baque (ex: Cazuza saindo do Barão Vermelho e passando a flertar com a MPB, ou um pouco depois o Arnaldo Antunes saindo dos Titãs para ir brincar com suas esquisitices).

    Acho que algumas dessas bandas são muito boas no que se propõem a fazer. O Kid Abelha faz um popzinho alegre muito bom - para quem gosta de popzinho alegre. A Legião Urbana fazia músicas simplezinhas com letras emocionais muito boas - para quem gosta de músicas simplezinhas com letras emocionais. Já os Paralamas tiveram uma evolução que eu considero muito mais evidente. Talvez seja porque os músicos são mais competentes que a média do BRock. O fato é que cada disco dos caras era uma surpresa - o que resultou num quase-ostracismo no início dos anos 90, até eles voltarem para o pop rock de fácil assimilação. Mas é pop rock de fácil assimilação da melhor qualidade... para quem gosta de pop rock de fácil assimilação!

    Sir Cam
    Veterano
    # mar/07
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    Bacamarte é foda \m/

    John Elf
    Veterano
    # mar/07
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    Bog
    Não estou dizendo que nada nos anos 80 preste. Gosto de Engenheiros do Awai, por exemplo. Mas estou me referindo a algo maior. O que ocorreu nos anos 70 foi uma coisa única, que nunca mais foi vista. Algo dotado de uma genialidade e tão inovador.
    O problema nos anos 80, segundo o autor do blog que estou citando, era que a juventude da época estava considerando tudo que fora feito antes como coisa de velho, ultrapassado, hipponga. Principalmente os mais burgueses, como a elite brasiliense (não consigo gostar de nada que venha de lá dessa época). E veja bem, o autor desse blog é um jornalista musical que viveu nessa época (foi a geração dele que relegou esse glorioso passado), e ele mesmo não entende como as coisas descambaram daquela forma. Foi baseado no que li no Blog dele que eu criei aquele outro tópico, e ele é um cara que viveu aquele período.
    Inclusive o Blog dele é muito bom. Mas acho que é conta as regras colocar link aqui.

    Bog
    Veterano
    # mar/07
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    John Elf

    Sim sim, mas algumas bandas refizeram os laços depois de um tempo. É como aquele adolescente que passa por uma fase de negação dos pais, mas depois de adulto vê que eles não são simplesmente "velhos e ultrapassados". Obviamente, não estou falando do João Penca ou do Léo Jaime, mas de gente como Cazuza, os Paralamas ou mesmo os Engenheiros de PoA. O que dominou na 1a. metade dos anos 80 realmente tinha pouco ou nada a ver com o que vinha dos anos 70 e 60, mas mais para o final da década, creio que o amadurecimento levou essas bandas a resgatar algumas das coisas que vinham de antes.

    Menos a psicodelia e o rock progressivo.

    Particularmente, o que faz minha cabeça mesmo são os Mutantes nos anos 60, a Tropicália, o Clube da Esquina, as letras do Belchior... Ou seja, é o rock misturado à MPB. Depois disso, veio o progressivo. O "problema" do progressivo é que ele foi se levando a extremos. Talvez esses extremos fossem complicados demais para aquele bando de adolescentes que mal conseguiam tocar meia dúzia de acordes. Por isso, a tal geração dos anos 80 acabou quebrando totalmente com o que existia. E assim, passou-se da complexidade dos psicodélicos dos anos 70 para o popzinho ingênuo dos anos 80. Mas depois de um tempo, esses mesmos caras dos anos 80 passaram a olhar para trás, para os anos 60. Para o bem ou para o mal, essas misturas transformaram o rock brasileiro e a MPB durante os anos 90.

    Quanto ao progressivo, realmente não sei o que foi que aconteceu com ele. Não conheço muitas bandas que tenham tentado resgatar as viagens mais técnicas, só uma ou outra coisa lá das profundezas do underground. Fora isso, o rock brasileiro atual parece estar de novo puxando para o lado da simplificação: e dá-lhe hardcore melódico na cabeça das pessoas.

    Talvez o ponto seja que a mídia e as gravadoras prefiram vender para os adolescentes uma coisa mais simples e com mais "atitude" do que sofisticação. Ou vai ver o público adolescente em geral realmente prefere um cara falando "tamo aí na atividade" em meio a power chords do que um solo de guitarra de 8 minutos depois da frase "sou o começo, sou o fim, sou o A e o Z". Mas o que se passa na cabeça dos adolescentes e dos caras das gravadoras é um mistério para mim!

    james_the_bronson
    Veterano
    # mar/07
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    Sir Cam
    Bacamarte é foda \m/ ( 2 )

    =') ...

    Julia Hardy
    Veterano
    # mar/07
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    John Elf

    O problema nos anos 80, segundo o autor do blog que estou citando, era que a juventude da época estava considerando tudo que fora feito antes como coisa de velho, ultrapassado, hipponga.

    eu acho o seguinte: no início dos anos 80, a maioria dos grupos dos anos 70, de rock ou não, estavam em baixa. Seja em relação à popularidade ou à qualidade. É só ouvir os discos deles nessa época. Não havia nada novo. Daí, vieram as bandas dos anos 80, fazendo justamente o contrário. Músicas simples, discurso mais direto, meio que em oposição ao "lirismo" da MPB. Mas, claro que algumas dessas bandas evoluiram com o passar o tempo e fizeram as pazes com as gerações anteriores.

    Agora chega. Tô morrendo de sono. Talvez depois, eu poste mais alguma coisa

    2R-Rafael
    Veterano
    # mar/07
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    james_the_bronson
    aeheiueheiheiheihe

    \m/

    Mickey Mouse IV
    Veterano
    # mar/07
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    Bog
    Não sei se você conhece muito Capital Inicial cara, mas os primeiros albuns cara, são MUITO legais. E não me remetem a essa "imaturidade musical" que você falou. Não posso dizer se evoluiram ou involuiram, mas mudaram a praia do som.

    Mega
    Veterano
    # mar/07
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    Mutantes, Mutantes é o que há... =\
    O album "O A e o Z" então.. é muito foda :|

    Bog
    Veterano
    # mar/07
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    Mickey Mouse IV

    Hmmmmmmmm... Eu confesso que gosto de algumas coisas do Capital Inicial, e realmente, os primeiros discos são os melhores. Eu falei de "amadurecimento" (entre aspas mesmo) no sentido de uma reconciliação com as gerações anteriores. Aos meus ouvidos, tirando um flerte com o rock mais pesado (que não seria exatamente amadurecimento) quando o Dinho saiu da banda, e umas brincadeiras com o eletrônico, a banda permaneceu mais ou menos na mesma área. Fora isso, a banda continuou fazendo o seu pop rock - certamente bem menos ingênuo que coisas como Blitz ou Kid Abelha. É pop rock dos bons para quem curte pop rock. Mas não tangenciou a MPB ou outras viagens.

    Se bem que a minha avaliação dos anos 80 está longe de ser imparcial. Muitas coisas daquela época simplesmente despertam em mim uma nostalgia irracional, que às vezes fica acima de qualquer qualidade musical. Para mim, tudo lembra da minha infância, férias de 3 meses na praia, churrasco de família e coisas do tipo.

    John Elf
    Veterano
    # mar/07
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    Bog
    O "problema" do progressivo é que ele foi se levando a extremos. Talvez esses extremos fossem complicados demais para aquele bando de adolescentes que mal conseguiam tocar meia dúzia de acordes.

    E este foi o problema dos anos 80. Eles embarcaram na ridícula ideologia Punk, que por sinal já havia naufragado na Inglaterra (com a NWOBHM chutando o Punk do mapa), e da new wave. Ou seja, eram músicos limitados e que simplesmente não tentavam evoluir como músicos. Como o próprio Renato Russo disse, "pra tocar a maioria das músicas do Legião basta saber uns 4 acordes". Eles eram limitados, sabiam disso e não tentavam evoluir. E pra onde vai a Música desse jeito? Sem contar nas letras, que sempre ficavam na mesma ladainha, e na negação à nacionalidade. Parece que pra esse pessoal dos anos 80 o que era brasileiro não era bom. Bom era copiar o Punk e a New Wave. No Brasil, pra eles, não havia nada de bom.
    Mas aí vem a pergunta: Rock brasileiro é o Rock cantado em Português ou é o Rock com pitadas de Música Brasileira? Ou seja, o que o Legião Urbana e outras bandas faziam, que muitos consideravam genial, não passava de cópia do que se fazia lá fora, muito diferente do que foi feito no Brasil nos anos 70. Por isso considero o período musical dos anos 60 e 70 muito mais ricos, por que eles não se impunham limitações.
    Por sorte surgiram Angra, Sepultura, Nação Zumbi...

    eu acho o seguinte: no início dos anos 80, a maioria dos grupos dos anos 70, de rock ou não, estavam em baixa. Seja em relação à popularidade ou à qualidade. É só ouvir os discos deles nessa época. Não havia nada novo.
    Discordo.

    Bog
    Veterano
    # mar/07
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    John Elf

    Bom, você já ouviu o disco que eu citei, Selvagem, dos Paralamas? Você vai ver que nem tudo foi perdido. Eu considero a primeira música desse disco uma das mais geniais do rock no Brasil. Em todas as épocas.

    Aliás, nem todos os músicos do rock brasileiro oitentista eram limitados. O Herbert Vianna, apesar de não ser nenhum virtuose, manda muito bem o seu recado. O mesmo pode ser dito do Autusto Licks, dos Engenheiros do Hawaii. E nem tem o que falar do João Barone...

    Às vezes é fácil a gente suportar uma idéia com base nos pontos fracos de um estilo. Ouvir o Sempre Livre e dizer que o BRock era bobo e ingênuo. Ou ouvir o 1o. disco dos Paralamas e dizer que eles não eram originais, ignorando o que eles fizeram do 3o. disco para a frente. Ou ouvir o Dado Villa-Lobos ou o Roger e dizer que não existiam bons instrumentistas no pop rock oitentista.

    Se formos ver, os anos 70 também tiveram um punhado de bandas que eram "virtuosas", mas ao mesmo tempo chatas e pretensiosas. Cabe a nós separar o joio do trigo. No mais, não se esqueça que mesmo bandas fodas, como Casa das Máquinhas ou A Cor do Som tiveram seus lapsos e momentos bobocas.

    Minha conclusão: sim, o tal do BRock foi uma ruptura com o que vinha antes - tanto as coisas boas quanto as coisas ruins. Mas existiam coisas boas sim, e bandas que amadureceram, ou que refizeram os laços com o passado.

    Quanto aos grupos dos anos 70, eu acho que o problema foi a falta de público. Sejamos francos, virtuosismo dificilmente vende para as massas. Música "complicada", para os "iniciados"... não é o que as gravadoras procuravam. Elas queriam um produto fácil de deglutir, bandas de jovens para jovens, que vendessem não somente música, mas toda uma imagem, todo um ideal de vida no melhor estilo Armação Ilimitada. Definitivamente, essas não eram as características daquele bando de tios cabeludos com suas viagens guitarrísticas. Quem foi esperto soube aproveitar a onda. O Lulu Santos que o diga (acredite ou não, ele começou tocando progressivo!!!!!!). Quando a onda do BRock acabou, não foram muitos os que sobreviveram... E vieram outras ondas. A do momento parece ser o hardcore melódico.

    Vai entender... É um mundo que deixa Raul bebendo como um alambique, e o Arnaldo Baptista virando bolor, ou que reserva ao Tom Zé quase 2 décadas de esquecimento. Enquanto isso, os Menudos vendiam como água de côco em praia lotada, muitos tchans foram segurados, cachorras vieram, e o Charlie Brown Jr. tá aí na atividade. Não parece haver muita lógica nisso tudo.

    PAGEWATERSRAUL999
    Veterano
    # mar/07 · Editado por: PAGEWATERSRAUL999
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    John Elf

    Na boa... isso é discussão para séculos... Basta ver que vcs estão escrevendo artigos...rsss.

    É muito polêmico tudo isso. Porque mesmo nos anos 80 vc encontra banda promissora que ficou de lado. Ex? Inocentes. Eles poderiam ter o mesmo destino da Plebe, ou seja espeço na FM, Chacrinha etc.
    Há o Camisa de Vênus, que vem mais com a atitude do que com a musicalidade. Pessoalmente, acho muito válido. Havia necessidade de surgir bandas (novas!) para frear, pelo menos um pouco, o 'oba-a-oba da BLITZ, do RPM (aquele ao vivo foi uma das coisas mais chatas de 86 - aniversário de criança de um ano tocava, de 15 anos... todo mundo cantando sem saber do q falava etc.).
    Concordo que os anos 70 são muuuuito mais criativos e inovadores que os 80. Talvez pela linha dura da ditadura explorou-se mais a musicalidade, ao menos no sentido de poder aparecer (no bom sentido - ser conhecido popularmente dentro do Rock). Mas como já disse é muito polêmica a comparação. Não dá fazer uma análise geral. Tem de ser por partes. Aí lembro que o Rock não é para ser analisado, questionado etc.

    PAGEWATERSRAUL999
    Veterano
    # mar/07
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    John Elf

    ...e um detalhe extremamente importante é a manipulação de gravadoras. O Camisa foi 'convidado' a mudar de nome...

    '...e como acabaram com a censura a mídia agora é o 'nosso Aitolá'' (Best Seller / Marcelo Nova & Raul Seixas / A Panela do Diabo)

    PAGEWATERSRAUL999
    Veterano
    # mar/07
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    Kobberminer
    Vou ouvir Tom Jobim e depois posto algo interessante aqui...

    " O céu é azul e as andorinhas voam sobre o mar...lá, lá...e o barquinho..."

    PAGEWATERSRAUL999
    Veterano
    # mar/07
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    John Elf
    Como o próprio Renato Russo disse, "pra tocar a maioria das músicas do Legião basta saber uns 4 acordes"

    Em minha opinião isso pouco importa. O Rock é feito de TRÊS acordes. Com apenas um (acorde) pode-se fazer muuuuuuita coisa...

    Silas Hammett
    Veterano
    # mar/07
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    Toda a genialidade do Rock Brasileiro
    antes dos anos 80
    Raul Seixas meu brother

    Julia Hardy
    Veterano
    # mar/07
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    Quanto aos grupos dos anos 70, eu acho que o problema foi a falta de público. Sejamos francos, virtuosismo dificilmente vende para as massas.

    penso diferente. O rock, principalmente o progressivo, foi muito popular nos anos 70. Mas, como sempre acontece, houve uma saturação e o público passou a procurara outras alternativas de música. Nisso, surgiu o punk e a new wave, subvertendo todos os valores musicais e blá blá blá

    pessoal tá afiado, hein?

    Bom era copiar o Punk e a New Wave. No Brasil, pra eles, não havia nada de bom.

    discordo. O que não havia era novidade

    Dogs2
    Veterano
    # mar/07
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    Gosto tanto da década de 70 quanto a de 80
    Cada uma tem seus defeitos e suas qualidades, não-musicalmente falando, e sim de proposta artística

    John Elf
    Veterano
    # mar/07
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    Bog
    Veja bem: eu gosto de Paralamas e de Engenheiros. É lógico que há coisa boa no BRock dos anos 80. Mas há muitas coisas fracas, provavelmente mais que as boas.

    Minha conclusão: sim, o tal do BRock foi uma ruptura com o que vinha antes - tanto as coisas boas quanto as coisas ruins. Mas existiam coisas boas sim, e bandas que amadureceram, ou que refizeram os laços com o passado.
    Concordo, mas é difícil citar mais que umas 3.


    Quanto aos grupos dos anos 70, eu acho que o problema foi a falta de público. Sejamos francos, virtuosismo dificilmente vende para as massas. Música "complicada", para os "iniciados"... não é o que as gravadoras procuravam. Elas queriam um produto fácil de deglutir, bandas de jovens para jovens, que vendessem não somente música, mas toda uma imagem, todo um ideal de vida no melhor estilo Armação Ilimitada. Definitivamente, essas não eram as características daquele bando de tios cabeludos com suas viagens guitarrísticas. Quem foi esperto soube aproveitar a onda. O Lulu Santos que o diga (acredite ou não, ele começou tocando progressivo!!!!!!). Quando a onda do BRock acabou, não foram muitos os que sobreviveram... E vieram outras ondas. A do momento parece ser o hardcore melódico.

    1 - Rock Progressivo enchia estádios nos anos 70.
    2 - É possível fazer música simples e acessível sem cair na mediocridade, fazendo um som inteligente. Basta ver as bandas que você citou, como Paralamas e Engenheiros.
    3 - O problema dessa ruptura ocorrida nos anos 80 é que depois disso nunca mais o público jovem foi atrás de músicas com qualidade (com raras exceções). Vide os EMO's da vida...

    Vai entender... É um mundo que deixa Raul bebendo como um alambique, e o Arnaldo Baptista virando bolor, ou que reserva ao Tom Zé quase 2 décadas de esquecimento. Enquanto isso, os Menudos vendiam como água de côco em praia lotada, muitos tchans foram segurados, cachorras vieram, e o Charlie Brown Jr. tá aí na atividade. Não parece haver muita lógica nisso tudo.

    Exatamente isso que eu quis dizer. Isso tudo, a meu ver, é resultado dessa ruptura ocorrida nos anos 80.

    Julia Hardy
    discordo. O que não havia era novidade

    Havia novidade sim. Mas essas novidades, de qualidade por sinal, não vingaram por causa desse tal de BRock, que parece ter bloqueado todo o resto. Quando se fala em Rock no Brasil nos anos 80 todo mundo logo pensa em Capital, Legião, Barão... Poucos pensam em Salário Mínimo, Camisa De Vênus, etc...

    Bog
    Veterano
    # mar/07
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    John Elf
    1 - Rock Progressivo enchia estádios nos anos 70.

    Hmmmmmmmmmmm... então não sei! :-S Sei que hoje em dia, conheço várias pessoas que acham música "complicada" chata. Aliás, conheço muita gente que só ouve o que está tocando no rádio, e quando você puxa uma música de 1996, ainda tem que ouvir: "nossa, mas essa é velha, hein".

    Talvez tudo tenha a ver com o mercado, e a necessidade de renovar tudo de vez em quando, criar uma nova moda, todo um nicho "novo", em busca de resultados imediatos. Não quer dizer que as gravadoras são "do mal", mas no mundo comercial sempre vai existir o conflito entre arte e lucro.

    Talvez o problema seja que o público jovem não quer ficar correndo atrás de "músicas com qualidade". Querem uma "atitude empacotada". E alguém muito esperto achou um jeito de impor isso de cima para baixo sem que os jovens percebessem. Lembre-se: a melhor forma de convencer uma pessoa a aceitar uma idéia é fazer essa pessoa acreditar que a idéia foi dela...

    izzystradlin
    Veterano
    # mar/07
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    pô será que só eu curto pacas o mestre Marcelo Nova?

    Camisa de Vênus ruleia sempre! ehehe

    old steel
    Veterano
    # mar/07
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    Na minha modesta opinião,o Made in Brazil e o Patrulha do espaço são as verdadeiras bandas de rock brasileiro.Conseguem sobreviver até hoje,com um som muito legal sem nunca terem sequer um som tocado em rádio comercial.Aqui em curitiba,temos uma banda desta época que se chama blindagem,e que outrora chamava-se A Chave que é genial musicalmente.Esta banda só não teve expressão nacional,por ter letras provincianas e que tratam de temas regionais.Se tiverem oportunidade de ouvir,vale a pena.

    PAGEWATERSRAUL999
    Veterano
    # mar/07
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    izzystradlin
    pô será que só eu curto pacas o mestre Marcelo Nova?

    Camisa de Vênus ruleia sempre! ehehe


    Let's Roooock !!!!!!!!!

    John Elf
    Veterano
    # mar/07
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    Bog
    Hmmmmmmmmmmm... então não sei! :-S Sei que hoje em dia, conheço várias pessoas que acham música "complicada" chata.
    Exato. E isso começou em 77 com o Punk e se espalhou com a New Wave. No Brasil isso se propagou com o BRock. Lógico que nem todas as bandas do movimento eram ruins, mas muitas bandas dessa época estavam impregnadas com a ideologia Punk e New Wave.

    old steel
    Bandas foda essas aí. É disso que eu tô falando.

    Julia Hardy
    Veterano
    # mar/07
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    muitas bandas dessa época estavam impregnadas com a ideologia Punk e New Wave

    o que não é necessariamente ruim. O punk e a new wave estavam para a década de 80, como o hard rock e o rock progressivo estavam para a décade 70

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