Tecladistas Evangélicos Remunerados

Autor Mensagem
Thi_tecladista
Veterano
# nov/09
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Gente, esses dias encontrei algo interessante na Bíblia, que se encaixa bem nessa discussão. O apóstolo Paulo mostra o seguinte em I Coríntios 9:13-15:

13-Vocês não sabem: aqueles que desempenham funções sagradas vivem dos rendimentos do templo? E aqueles que servem ao altar têm parte no que é oferecido sobre o altar?

14- Da mesma forma, o Senhor ordenou que aqueles que anunciam o Evangelho vivam do Evangelho.

15- Contudo, não tirei vantagem dos meus direitos. E agora não estou escrevendo para reclamar coisa alguma.


Vejam que Paulo não se sustentava da pregação do Evangelho e dos serviços na Igreja, mas isso não é proibido, pelo contrário, é até recomendado. Obviamente, Paulo não se refere a enriquecer trabalhando na obra de Deus, e sim suprir as necessidades básicas do trabalhador.

Piano ON GRACE
Veterano
# nov/09
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Realmente depende muito da realidade da igreja (pobre ou rica) e da realidade do musico (amador ou profissional) mas tem grupo de louvor famoso que eu não vou citar o nome que ganha R$ 20.000,00 cada um, ou seja, 20 mil baixista, 20 mil tecladista, 20 mil guitarrista, 20 mil baterista etc... sem falar no pessoal gospel que eu também não vou citar o nome que cobram tipo R$10.000,00 por um único show.
Mas pra responder a pergunta: de acordo com os meus conhecimentos um musico médio numa igreja média devia ganhar uns R$ 700,00 pra tocar nos cultos que fosse escalado.

Nando.Lima
Veterano
# jan/12
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Não estamos no período de Páscoa, e lá vou eu querer ressuscitar este tópico.
Tive oportunidade de ler todos os comentários, pois achei um tema bastante interessante para ser discutido.
Sou tecladista em Igreja Evangélica. Durante muito tempo fui o único músico da Igreja, aquele que "segurava as pontas" em todos os momentos de culto/celebração/louvor/adoração. Nunca me passou pela cabeça cobrar por este serviço, apesar de que todos os membros da Igreja sempre reconheceram minha dedicação.
Nos primeiros tempos nossa congregação contava com uma estrutura pequena, e para piorar, o aluguel do salão estava sendo reajustado de maneira extremamento ofensiva, uma vez que a imobiliária tinha outros planos para o local. Assim, a prioridade era sempre honrar os compromissos prioritários para o mantimento do local (água, luz, alarme, e o famigerado Aluguel). Até a ajuda de custo da nossa Pastora ficava em 2o plano.
Conheço a índole, o caráter e a história de formação da minha Pastora. É uma das poucas pessoas hoje em dia em que podemos reconhecer a manifestação da Glória do Senhor.
Os meus irmãos evangélicos frequentadores deste fórum vão concordar comigo numa questão: a vida do crente é sempre cercada de muitas lutas e muita dificuldade. Todos passamos por periodos de provação, em que o Senhor prova e Aprova o nosso caráter. Não estou inventando isso; trata-se de uma verdade bíblica, comprovada na vida de personagens tais quais: Noé, Abraão, Isaac, Jacó, José, Moisés, Josué, Davi, Daniel - esses personagens importantes do Antigo Testamento; Jesus e seus Discípulos são personagens inspiradores do Novo Testamento.
Também é verdade que, no livro do Levítico, fica estabelecido a parte das arrecadações do templo destinadas ao Sacerdote e aos Levitas – estes últimos responsáveis por toda a organização do templo e condução do Louvor.
Bem, traçado este panorama, tenho a compartilhar com os irmãos que, à medida que Deus foi trabalhando em nossas vidas, conseguimos inúmeras vitórias. A mudança do Templo da Igreja para um local mais adequado; a eleição de uma Diretoria Administrativa, que, através da inspiração do Espírito Santo, exerce a governança da Igreja, tomando as decisões administrativas sempre de forma colegiada (através de votação dos membros, e não ao bel prazer da vontade de quem quer que seja, um erro que infelizmente ocorre na maioria das Igrejas, Evangélicas ou não).
Deus tem nos prosperado, a cada um de nós, em nossa vida secular. Nossa membresia, que gira em torno de 100 pessoas, e formada em boa parte por servidores públicos, empreendedores e pessoas de liderança e excelencia em suas áreas de atuação, o que se reflete na arrecadação dos dízimos e ofertas.
Posso afirmar que nenhum de nós passou por lavagem cerebral ou algo parecido. A devolução do dízimo é algo que ocorre com liberdade; faz parte do relacionamento do cristão para com Deus. E todos sentem-se muito à vontade quanto a esta "obrigação", já que os resultados da arrecadação são percebidos de maneira concreta.
Chegando ao ponto crucial do tópico: hoje, nossa Pastora tem um salário justo e digno, que garante à ela a SOBREVIVÊNCIA COM SATISFAÇÃO DE TODAS AS SUAS NECESSIDADES, DE FORMA ABENÇOADA E COM CONFORTO. Além disso, ficou estabelecida uma ajuda de custo para mim, que cobre os gastos de locomoção que tenho para honrar os meus compromissos frente ao ministério de louvor. Este é um valor ainda simbólico para a Igreja, mas muito significativo no meu orçamento familiar (sou professor primário e tenho esposa e filha para sustentar). Além disso, pudemos investir gradativamente na melhoria dos equipamentos de som de forma geral, sendo que as últimas aquisições foram um Roland Prelude e um cubo KC 60, da Roland, ambos comprados pela Diretoria e entregues como surpresa para mim.
Com a sabedoria que o Senhor nos deu, ao passar por momentos difíceis no início, hoje temos muito mais maturidade e paciência para saber esperar em Deus. Ele é o maior interessado no sucesso deste projeto, já que o Evangelho e o fortalecimento das famílias são dois pilares fundamentais do Cristianismo e do Plano que Deus tem para nossas vidas.
O objetivo desta minha narrativa tão extensa não é me vangloriar, ou querer dizer que somos melhores ou até mesmo o único exemplo a ser seguido. Escrevo para reforçar uma tese que pude depreender de alguns comentários aqui estampados. O envolvimento com a Obra do Senhor é uma atividade que requer dedicação, esforço, comprometimento, renúncia e sacrifício. Essa cobrança existe tanto na vida do Pastor quanto dos Levitas e demais departamentos - pelo menos nas Igrejas sérias que tive a oportunidade de conhecer é assim.
Acredito que um Pastor, para dar a atenção devida à membresia, e efetivamente APASCENTAR as ovelhas, deve sim ter dedicação exclusiva, e, desta forma, deve ser remunerado de acordo com as condições da tesouraria da Igreja. Cada Igreja tem um perfil diferente, uma membresia diferente, e não há como estabelecer parametros nesse sentido. Logo, é importante que cada Igreja tenha uma Diretoria sólida, formada por pessoas sérias e de índole reconhecida entre os membros daquela congregação.
Da mesma forma, acho justo que seja concedido um benefício/auxílio/salário uma vez que um músico esteja VERDADEIRAMENTE ENVOLVIDO com a obra do Senhor, no modelo descrito com tantos detalhes na minha narrativa, e que a Igreja tenha condições de arcar com tal expediente. Não se trata de relação mercantilista/trabalhista, mas sim, de um reconhecimento, por parte do ministério, da importância que aquela pessoa tem para a Obra e, principalmente, para Deus.

chelly.li
Veterano
# jan/12
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a igreja que eu frequente tem quase 4000 membros. chegou a um ponto em que os lideres dos ministérios TEM que se dedicar integralmente pra fazer a obra com excelência.

então, a lider do ministério infantil é paga para trabalhar integralmente, vários líderes de célula, e o líder do ministério de louvor, do ministério de jovens, etc. mas tirando o mesário, acho que nenhum músico ainda ganha pra trabalhar integralmente.

acho simplesmente justo e óbvio que se a igreja tem condições e a pessoa tem um chamado para se dedicar integralmente à obra de Deus, que receba uma remuneração.

a biblia fala: digno é o trabalhador do seu salário (lc. 10:7)

LeandroP
Moderador
# jan/12 · Editado por: LeandroP
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Eu acho que independente da fé, hoje em dia, igreja tem sido um grande negócio.

mark_valey
Veterano
# jan/12
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Eu acho que se o músico tem uma formação adequada e dedica uma boa parcela do seu tempo ministrando a música em uma igreja, nada mais justo do que tentar remunera-lo de alguma forma. Seja através de um salário, ajuda de custo ou até a possibilidade do músico ministrar algum curso usando o espaço da igreja e sendo remunerado pelos alunos. Dependendo do momento, até mesmo uma pequena ajuda de custo pode ser o fator determinante para uma pessoa decidir seguir carreira na música ao invés de tentar partir para outras áreas tradicionais ou até mesmo a música secular na busca pelo pão de cada dia.

Sou um músico católico e a nossa realidade é bem diferente da que vejo em meio evangélico (pelo menos nas paróquias que conheço). Considero o apoio da Igreja Católica à música em suas celebrações bem pífio. Nem mesmo a infra-estrutura mínima é levada em conta, muitas paróquias gastam rios de dinheiro em reformas e ampliações das igrejas mas, na hora de investir em equipamento de som a escolha é sempre pelo o que aparece de mais barato e, consequentemente,de qualidade duvidosa. Acaba ficando por conta das bandas mais "perseverantes" investirem em seu próprio equipamento e isso que nem sempre é possível dependendo da condição financeira de cada um.

Em algumas igrejas não existe nem mesmo um lugar certo para a banda ficar. Essa deve se virar para arrumar um espaço depois que todo tipo de ornamentação e fru-fru já foi espalhado pela área e se não não houver uma tomada por perto ou espaço para colocar uma caixa de som, que se virem para ligar seus equipamentos. Pode parecer piada mas já passei pela tristeza de não poder tocar em um evento porque não havia espaço suficiente para colocar meu teclado (isso depois de vários dias ensaiando para o evento). Também já tive de carregar todo equipamento nas costas debaixo do Sol do meio-dia porque algum padre maluco não quis abrir o estacionamento para a kombi do carreto.

Eu me considero um músico bem medíocre e não me vejo vivendo de música. Entretanto, nos meus 18 anos de caminhada dentro da Igreja Católica já vi muitos músicos excepcionais abandonarem suas atividades dentro da igreja. Muitos partiram para a música secular ou pior, abandonaram completamente a música para seguir outras carreiras. Penso que, se houvesse a possibilidade de algum apoio como está sendo discutido nesse tópico, muitos deles ainda estariam por aí, tocando boa música para Deus.

Na verdade isso foi mais um desabafo do que uma adição ao tópico, acho que quando o assunto é música nas celebrações temos muito o que aprender com os nossos irmãos evangélicos.

Abçs!

Nando.Lima
Veterano
# jan/12
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mark_valey
Em algumas igrejas não existe nem mesmo um lugar certo para a banda ficar. Essa deve se virar para arrumar um espaço depois que todo tipo de ornamentação e fru-fru já foi espalhado pela área e se não não houver uma tomada por perto ou espaço para colocar uma caixa de som, que se virem para ligar seus equipamentos. Pode parecer piada mas já passei pela tristeza de não poder tocar em um evento porque não havia espaço suficiente para colocar meu teclado (isso depois de vários dias ensaiando para o evento). Também já tive de carregar todo equipamento nas costas debaixo do Sol do meio-dia porque algum padre maluco não quis abrir o estacionamento para a kombi do carreto.

Você tocou num ponto crucial, que há 12 anos atrás me afastou da Igreja Católica.
Aprendi a tocar teclado para poder tocar nas Missas da Igreja Católica do meu bairro. Com o tempo, estava tocando também nos encontros do Grupo de Jovens, que aconteciam aos sábados, e nos encontros de oração da Renovação Carismática.
Ou seja, desde muito cedo (hoje tenho 30 anos) estive envolvido com música dentro da Igreja, e sempre me causou estranheza e grande incômodo a falta de apoio dispensada aos ministérios de música da maioria das Igrejas Católicas que eu tive oportunidade de atuar/participar. Muitas vezes ocorria o que vc citou: aqueles que estavam envolvidos com a música (instrumentistas, cantores, etc) além das suas obrigações em seus trabalhos seculares, tinham que desempenhar esta "jornada extra" à serviço da Igreja, sem dispor das mínimas condições para tal.
Durante anos tivemos que nos contentar com cabos de som e caixas acusticas remendadas - quase sucatas, que reaproveitávamos de bandas de bailão que iam se desfazer de tais equipamentos. Instrumentos? Cada um que comprasse o seu. Eu juntei dinheiro de ano de trabalho como empacotador de supermercado, à época, para comprar meu PSR-520. Morava cerca de 4 km longe da Igreja, e fazia tal percurso à pé, com o teclado nas costas, sendo que muitos "irmãos" passavam por mim de carro e não ofereciam nem carona e nem para levar pelo menos o teclado.
Este desabafo, somado ao seu, serve como denúncia para a falta de condições que muitas Igrejas expõe seus músicos, tratando-os com tremendo descaso. Dizem estar operando a obra de Deus, mas se esquecem que o Senhor habita nos louvores; que a adoração sobe como incenso agradável ao Senhor.
Me afastei completamente da Igreja Católica em 1999, sendo que encontrei o acolhimento e o ambiente de valorização que eu tanto procurava somente 7 anos depois, no seio de uma Igreja Evangélica, onde até hoje sou tratado com muito carinho e, principalmente, respeito por parte de todos.
Desejo que você, querido irmão, possa superar estas dificuldades, sendo firme e constante no seu propósito, e lembrando sempre que "todo o trabalho no Senhor não é vão". [1 Cor. 15, 58]

Nando.Lima
Veterano
# jan/12
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Resta claro que estar à frente de qualquer ministério na Igreja requer dedicação, sacrifício e investimento pessoal, por parte da pessoa que se dispõe a tal ato, como a aquisição de um teclado com recursos próprios, por exemplo.
Neste sentido, havendo viabilidade financeira, não consigo enxergar obstáculo para que a Igreja conceda benefício ao (aos) seu (seus) instrumentista (instrumentistas).

Abraços

tmurback
Veterano
# jan/12
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Pessoal,

Eu também acredito que a remuneração é importante, pois incentiva a pessoa que está fazendo determinada tarefa e, ao mesmo tempo, permite cobrá-la por isso. Além disso, todos sabemos que o trabalho voluntário, especialmente na música, permite atingir um pico máximo de qualidade, sendo que, caso se deseje evoluir para além disso, é necessário contratar alguém.

Como exemplo, tenho visto como tendência algumas igrejas remunerarem o técnico de som, pois aí é possível exigir sempre sua presença pontual, organização e qualidade, além do que é raro encontrarmos bons técnicos de som.

Jonathas Lacerda
Veterano
# jan/12
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LeandroP

Eu acho que independente da fé, hoje em dia, igreja tem sido um grande negócio.

Eu acho que independente de ser moderador ou não, sua participação neste tópico foi altamente desnecessária, não contribuiu em nada e ainda tentou desvirtuar o tópico.

João Martins
Veterano
# jan/12
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Eu sou remunerado pela igreja, mas tipo, ganha oferta pelo dia que toco. Mas o pastor ta querendo que fico tempo integral, a gente ta conversando ainda.. eu nunca pedi nada, ele que veio conversar comigo e disse que a igreja tava precisando de tecladista, aí eu aceitei.. Fazer o que amo tanto e ainda ser remunerado, muito bom. =]

mark_valey
Veterano
# jan/12
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Nando.Lima
Desejo que você, querido irmão, possa superar estas dificuldades, sendo firme e constante no seu propósito, e lembrando sempre que "todo o trabalho no Senhor não é vão". [1 Cor. 15, 58]

Obrigado cara, graças a Deus hoje estou mais maduro (esse ano chego na casa dos 30) e aprendi encarar essas situações com mais serenidade. Na nossa banda a gente brinca bastante de que já passamos da fase da perseverança e entramos na fase da teimosia. rs

Abçs!

tmurback
Veterano
# jan/12
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mark_valey

Cara, acho que a cultura das igrejas evangélicas brasileiras favorece um investimento maior na área de música e som, tanto humano como em equipamentos, mas, a verdade é que, a maioria do líderes das igrejas evangélicas ou católicas vê isso tudo só como custo, como se não houvesse absolutamente nenhum retorno. Até que... um belo dia, esses líderes vão em algum lugar e vêem como bons músicos e bons equipamentos propiciam um culto mais agradável, mais "abençoado", e resolvem investir em alguma coisa. Acho que a estratégia para vocês seria mostrar para os seus líderes lugares onde as coisas funcionam melhor e o retorno que isso pode trazer à igreja - aguentar som ruim toda semana (tem lugares que tem vários cultos por semana) é ruim para toca, para quem prega e para quem ouve. Então, a galera mrece algo melhorzinho.

sandroguiraldo
Veterano
# jan/12
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Eu toco em igreja desde os 12 anos.
Tem igrejas que valorizam mais os músicos mesmos, tem igrejas que pagam salários, tudo depende da estrutura da organização.

Quantas vezes eu toquei com baquetas coladas com fita isolante ou com cabos remendados? Quando comprávamos algo de som, era do mais barato possível, consequentemente, na maioria das vezes, o pior...Mas isso mudou muito de uns anos pra cá.

Hoje, a igreja que faço parte prima pela excelência. Preferimos esperar um pouco mais e quando compramos, compramos coisa boa.

Sobre o músico ser assalariado, depende muito. Se o cara toca em 2 cultos na semana, não tem muito sentido, a menos que a igreja seja muito grande...

As igrejas evangélicas sempre investiram muito em equipamentos, mesmo que precários, algo que a igreja católica tem começado a fazer, principalmente porque perdeu muitos membros para a igreja evangélica.

Piano ON GRACE
Veterano
# jan/12
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Eu pagaria R$ 700,00 conto e mais nada.

mark_valey
Veterano
# jan/12
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tmurback
Acho que a estratégia para vocês seria mostrar para os seus líderes lugares onde as coisas funcionam melhor e o retorno que isso pode trazer à igreja

Cara, existe uma coisa que considero grave na Igreja Católica. Geralmente a administração das paróquias fica por conta dos párocos e de um conselho administrativo que é formado por membros da comunidade. O que vejo em geral é que dentro desse grupo dificilmente existe alguém capacitado para tal tarefa: os padres têm no máximo um curso de teologia ou filosofia e o conselho acaba reunindo um grupo de pessoas que têm mais interesse em demonstrar seu poder do que tomar uma decisão sensata. Não estou falando da boca para fora, eu e mais alguns membros da minha banda já fomos convidados para participar desse tal "conselho administrativo" e depois de bater de frente com muito "cabeça-dura" metido a coronel achamos melhor seguir só na música para evitar uma úlcera. No meu tempo de caminhada só testemunhei um pároco que valorizou a música como instrumento de evangelização mas infelizmente ele foi enviado para outra cidade.

Mesmo que houvessem administradores mais competentes, aqui na minha cidade não conheço nenhuma igreja católica com uma infraestrutura decente. Até mesmo a catedral da cidade, que deveria ter uma estrutura de som melhor, é precaria. Tudo bem que a arquitetura de uma catedral não facilita na hora de fazer o projeto do som mas a paróquia mais rica da cidade deveria pensar melhor nesse assunto. Se nós formos usar uma igreja evangélica como exemplo, provavelmente o pároco e o conselho administrativo vão torcer o nariz e nem vão levar a proposta a sério. Como eu disse, são 18 anos de igreja sendo 10 deles dedicado à música, nesse tempo já pude conhecer as motivações de quem está a frente das paróquias.

No banda da qual faço parte, como todos já estão mais velhos e estão estabelecidos em suas profissões, pudemos comprar um equipamento mais bacana (amplificador, mesa e caixas de som mais parrudas) com dinheiro dos próprios membros e por isso conseguimos fazer um som melhor nas missas e eventos daqui. Nós até ajudamos o pessoal mais jovem que está começando agora mas não dá para suprirmos todas as necessidades e nem acho correto abraçarmos esse peso sozinhos.

Eu vou parar de falar porque estou desviando demais o assunto do tópico. Queria deixar claro que, apesar das críticas que fiz, a Igreja Católica é o lugar que me identifico e onde estão meus melhores amigos. Se "perco meu tempo" com as críticas é porque tenho esperanças de que ela amadureça nesse aspecto.

Abçs!

LeandroP
Moderador
# jan/12
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Jonathas Lacerda

Postei como usuário mesmo. E o meu post contribuiu tanto quanto a sua réplica. Então não precisamos nos prolongar mais no assunto.

tmurback
Veterano
# jan/12 · Editado por: tmurback
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Nem aconselho você citar como exemplo uma igreja evangélica, pois tem gente que não sabe separar bem as coisas (técnica vs. convicções religiosas), mas de repente uma igreja católica que seja referência nesse quesito (com certeza há). O fato é que os caras devem ter algum objetivo, devem ter algum sonho, algum propósito para a igreja, sei lá, crescer, ter mais membros, atrair jovens, ser igual à igreja XYZ, sei lá, e é por aí que a gente tem que pegá-los pra implementar nossas ideias - é meio que vender o projeto internamente.

Crafter_bubinga
Veterano
# jan/12
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teclado e bom de mais cara tocar com prazer

Nando.Lima
Veterano
# jan/12
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Na minha opinião, o JUSTO seria:
-- Igreja investe em equipamentos de som e instrumentos adequados às necessidades dos músicos, pois este material é essencial para o bom andamento dos cultos e celebrações;
-- Todo aquele que prestar serviço à Igreja (músico, secretária, Padre, Pastor, Serviços Gerais, Zelador, etc), em carga horária que inviabilize ou seja incompatível com a conciliação de emprego secular, deve ser remunerado proporcionalmente ao tempo de dedicação à obra.

As Igrejas não são um negócio, mas devem ser administradas com sabedoria, tanto quanto qualquer outra instituição de caráter público, e seguindo ainda mais os preceitos que regem o serviço público, quais sejam: transparência, moralidade e eficiência. Isso envolve tanto a gestão da estrutura física e material, quanto a gestão das pessoas envolvidas, que, mesmo nos bastidores, são de extrema importância para o funcionamento da estrutura.
Em algumas das experiências narradas aqui pelos colegas, foi possível perceber que não raramente o próprio musico tem que arcar com os custos da aquisição de seu instrumento/equipamento, e isso resulta em conseqüências futuras, quais sejam:
-- Ocasiona um ônus ao musico, que é desproporcional se compararmos sua renda pessoal com a arrecadação (dízimos, ofertas e promoções) de uma Igreja) - agora o LeandroP vai dizer que sou mercenário... hehehe
-- Se o músico deixar aquela congregação, seja pelo motivo que for, leva consigo o instrumento/equipamento, ficando a Igreja desamparada naquela área até quando seja possível suprir a carência;

É claro que isto não é uma imposição. Tais argumentos, repito, devem ser analisados à luz da realidade financeira de cada Igreja. De qualquer forma, acredito que a boa administração, à luz dos preceitos morais e espirituais, ainda deve ser a tônica de todo este trabalho.

LeandroP
Moderador
# jan/12
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Nando.Lima
agora o LeandroP vai dizer que sou mercenário..

Não, cara! Não tenho este direito. Nem igreja eu freqüento. E respeito a sua opinião. Eu só postei a minha, que pelo visto, é diferente da opinião da maioria... Tudo bem.

De qualquer forma, acredito que a boa administração, à luz dos preceitos morais e espirituais, ainda deve ser a tônica de todo este trabalho.

Perfeito!!!

Jéfi
Veterano
# fev/12
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mark_valey
Na verdade, pelo menos aqui na minha Paróquia é diferente, o que ocorre e que aprendi com a experiência, é que quando acontece esses problemas como vc citou, o diálogo é a melhor forma. Aqui, os falantes viviam queimando e o Padre me convidou para ser responsável pelo equipamento da Igreja. Quando averiguei o sistema de som percebi muitos erros primários: autos falantes automotivos, potências incompatíveis com as caixas de som e muitos outros. Resumindo: falei para o Padre que assim era impossível, era melhor fechar a Igreja, fui franco e sincero com ele. Não devemos ter medo do diálogo. O que vejo são pessoas insatisfeitas que ficam pulando de galho em galho (Igrejas). A quem devemos servir é ao Senhor dos senhores e não ao nosso ego. Hoje minha Paróquia tem um excelente sistema de som, porque o diálogo aconteceu e o Padre acreditou, e tem instrumentes. Toco todas as quartas-feira, terceiras segundas-feiras e primeiros domingos do mês; não cobro e nem aceito nada, toco por amor a Cristo, a minha Igreja, e só não uso os instrumentos da Igreja porque prefiro usar o meu próprio violão, teclado e microfones. Paz e bem a todos.

MestreJuca
Veterano
# fev/12
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Eu não sou totalmente contra. Mas existem tantos músicos nas igrejas que tocam de graça pelo prazer de adorar à Deus, que não faz sentido nenhum querer pagar músicos de igreja. Eu fui tocar na Igreja Mundial durante 6 meses (Aquela do Apóstolo Valdemiro) e eles colocavam gasolina no carro. E foi só até aparecer algum músico para tocar de graça.

Giovanicontador
Membro Novato
# mar/14
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acho normal,,, tem que remunerar sim.... principalmente aquelas igrejas que não possuem equipamentos exemplo teclado... o coitado do musico usa o carro para carregar os pianos stage de primeira linha..tipo rd300nx rd700nx.... roland......carrega o peso nas costas... o povo não ajuda......TEM MAS E QUE COBRAR... PRINCIPALMENTE SE FOR UM BOM MUSICO,.. DE COBRAR POR MÊS MILÃO...

manasses.ss
Veterano
# mar/14
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Giovanicontador
Eu acho que depender muito do porte da igreja e da disponibilidade do músico para estar nos trabalhos da igreja, pois tem igrejas que nem tem condições de ter seu próprio instrumento quanto mais pagar um músico, eu aquí na igreja em que congrego não sou remunerado, e também não faço questão. Mas acho que deveria ser obrigatório pelo menos a igreja dar a manutenção daqueles que tem seu próprio instrumento pois com você disse tem custo com transporte, fora desgaste de quebra de equipamento, cordas e etc.

RobsonCancio
Veterano
# mar/14
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Quando se fala nesse assunto, é sempre polemica, alguns são a favor outros contra. mais na minha opinião, vai muito da "cabeça do Líder" o Pastor ou Padre..etc.

existem igrejas em que os "Líderes" acham que os Musicos não fazem mais que sua obrigação de Louvar e detalhe, eles não podem faltar nenhum culto,visitar outras igrejas, e quando seu instrumento estraga, ele te fala: "nossa e agora como você vai tocar".rsrsrs

mais também existem igrejas, que pensam diferentemente, que valorizam seus Músicos. mais isso envolve questão financeira, e etc
Se remunerado, o Musico deve tomar. muito cuidado para não confundir com um mero trabalho no qual ele é obrigado a ai, e se esquece do principal objetivo. Adorar e Louvar!

Eu sou Tecladista do Ministério Catedral do Avivamento (Pr. Marco Feliciano). sou remunerado não só com uma ajuda de custo mais também com compra de mantimentos mensal e aluguel da moradia.

Tudo tem um preço à ser pago!!! muitos não estão dispostos a paga-lo.

PianistaMeioTecladista
Membro Novato
# mar/14
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Eu parei de tocar na igreja justamente por isso. Na igreja que sou nem o mínimo do mínimo que eles deveriam fazer, que são coisas básicas, como P.A, retorno... Enfim, nem um sistema de som decente eles tem. Aí eu tinha que gastar meu tempo e meu dinheiro pra manutenção de coisas que não cabiam a mim. Fora que sempre reclamavam quando ficavam sabendo que eu estava exercendo atividades musicais fora da igreja. Eu acho que nós deveríamos era nos valorizar mais. Equipamento e estudo musical é caro de mais pra gente ficar desperdiçando dessa forma. Eu penso assim.

caique33
Membro Novato
# set/14
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O músico profissional cristão está obrigado a tocar na igreja? Pode cobrar para isso?
Esta é uma pergunta desnecessária e difícil, NÃO por causa de qualquer dificuldade no tocante às Escrituras, mas por causa da atitude cultural que recai sobre a música como profissão. Considere, por exemplo, um casamento ou uma festa. Muitas pessoas acham que é perfeitamente normal pedir que um músico traga o seu instrumento e toque apenas pelo "divertimento". Estas mesmas pessoas jamais pediriam a seus amigos contadores que trouxessem suas calculadoras para os ajudarem com o cálculo do imposto de renda apenas pelo "divertimento", como também não pediriam a seus amigos encanadores que concertassem o banheiro da igreja "para a glória de Deus".
Pessoalmente, creio que a melhor política é que igreja venha honrar ao músico ao pagar-lhe o que é justo em troca de seu trabalho, assim como fariam com qualquer outro profissional honesto com quem eles venham a fazer algum negócio. Não deveria ser preciso perguntar ao músico se ele irá cobrar ou não. Ele deveria, simplesmente, ser pago. O músico deve aceitar o dinheiro com gratidão e humildade. O que o músico fará com o dinheiro depois disso, fica entre ele e o Senhor. Alguns músicos, assim como alguns eletricistas e carpinteiros, talvez sintam-se guiados a dar parte ou toda a quantia que receberam para a igreja como parte de seu dízimo ou oferta. Precisamos permitir aos músicos a alegria de dar sem sentirem que são desvalorizados pelo povo de Deus e que seus dons lhes são extorquidos ao invés de concedidos livremente.
Dito isso — há, certamente, ocasiões e situações quando a verdadeira voluntariedade é apropriada. Nem todo “participante do coral” pode ser pago. Nem mesmo todo músico que esteja aprendendo a dirigir o louvor pode ser pago. Entretanto, se é certo que a igreja comete erros, que ela venha cometer erros pelo excesso de generosidade pra que assim o espírito de compartilhar entre todas as pessoas venha somente a crescer.
(Resposta do grande baixista ABRAHAM LABORIEL, concedida aos autores do livro "MÚSICO: PROFISSÃO OU MINISTÉRIO?", João Alexandre e Luciano Garruti)

silvG8
Veterano
# set/14
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caique33
Não freqüento a igreja e mesmo assim quero expressar minha opinião sobre os serviços de uma forma geral.

Acho que pouco interessa se esta ou não escrito em algum lugar na bíblia ou qualquer outro texto "sagrado" se existe remuneração ou não para quem esta dentro da igreja. De uma forma geral, o que vejo, são padres e pastores com salários e lucros (sim, lucro) altos levando uma vida boa e dando conforto às suas famílias.

Assim sendo, o que acredito ser coerente, é que todos que trabalhem para a igreja, seja como pastor, auxiliar de serviços gerais ou musico, devem ser remunerados pelos seus serviços prestados. DEVE. Se a pessoa quer, por boa vontade, fazer um serviço voluntário, a coisa muda de figura. Isso no caso de um serviço voluntário: se a pessoa não quiser ir, não vai. Eu mesmo, não trabalho de graça, nem como medico, nem como musico.

E mais... o trabalho do musico não é chegar lá e tocar a mesma coisa toda semana, 2 vezes por semana. Ele tem que investir pra estudar em casa, aula de música, instrumentos, tempo... uma infinidade de outras coisas.

Nem sei porque criar essa polêmica aqui. A grande verdade é que cada um acredita no que quiser...

fernando tecladista
Veterano
# set/14
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silvG8
Se a pessoa quer, por boa vontade, fazer um serviço voluntário, a coisa muda de figura. Isso no caso de um serviço voluntário: se a pessoa não quiser ir, não vai.

gostei dessa parte, porque é comum acontecer de você ser voluntario, mas se você precisar faltar 2 semanas seguidas nisso já vem cobrança porque você assumiu um compromisso e blá blá blá de como fica, que é turista...mas também ninguém se oferece de te ajudar ou pra te substituir no dia, ou alguem chegar é falar "fica aqui tocando que eu vou lá resolver aquele teu assunto"

então se alguem pode cobrar de você eu posso cobrar deles, acho justo

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