O que faz um piano acústico ruim, bom ou ser o melhor de todos

Autor Mensagem
jorget
Membro Novato
# fev/17


Tirado de um forum estrangeiro, com tradução "meia-boca", sem poder citar referências/site face à violação das regras. Feita a pergunta, veio a respostas de um expert/mor desse site (deve ser o dono de rede de loja de pianos....rsrsrrs)


Há vários fatores a serem pesquisados e abordados para se chegar a um top de piano entre todos os piano e isso inclui muita tecnologia, investimento, conhecimentos, sabedoria, aptidão e profundo conhecimento, se não, ser um construtor de décadas de cada parte do piano, seus acessórios e não só ser um mero montador como muitas fábricas fazem e nunca adquirem algum renome, ate mesmo importando peças de outros países e ate dos tigres asiáticos/chineses,o que deteriora muito a qualidade. Há indústrias de pianos que possuem fornecedores exclusivos de peças de montagem que não o fabricam. Mas vamos por parte.

Beleza e estilo: se um piano não tiver desenho (design) e arquitetura, mesmo sendo bom, dificilmente conseguirá ser notado no mercado. Isso inclui desde a soberba pintura, ate vista em pinturas de um Bentley ou uma Ferrari, na translucidez, brilho e aparência impecável, a qualidade de pintura e jateamento em que não deixa marcas, linhas ou faixas, coisa só conseguida por pinturas automatizadas, longe das pinturas de pianos. Inclui-se também o desenho das tampas, dos pés/suportes, curvas e ate do logotipo entre outros detalhes.

Qualidade dos materiais: não adiante ter um belo piano por fora e fraco por dentro, com peças frágeis ou quebradiças com o tempo. São muitos itens que devem ter qualidade e procedência para dar renome a um bom piano. Um destes é justamente a harpa (ou chapa) que segura as cordas, que deve ter a devida leveza para não sobrepôr o piano a extremo peso da sua estrutura, o que pode provocar má vibração ou mau sonido, ate por excesso de madeira estrutural que o carregue, e ate essa harpa sendo leve, conseguir sustentar pressão extrema das suas muitas cordas de aço com outros metais (bordões), o que leva essa estrutura a aguentar pressões de ate 25 toneladas (ou 50mil libras, onde há séculos não existia isso e era normal estruturas ou cordas "explodirem" numa apresentação). A Steinway por exemplo criou chapas estruturais especiais as patenteando,assim como outras. A qualidade das cordas é imprescindível, assim como a chapa, pois ambas além de serem muito resistentes, devem aguentar dilatações por temperatura sem mudança percebível no som, nunca podendo por exemplo uma tecla tocar uma nota no verão e outra diferente no inverno, devido à deformação de ambos sistemas.

Outra qualidade de material que se exige é o tipo de madeira e seu tratamento para retornar boa acústica, coisa guardada a segredo pelas maiores empresas. Ate o verniz interno deforma ou nutre a qualidade do som. Há vernizes com fórmulas sigilosas a pedido em indústrias químicas, daí a exclusividade de fornecedores por esses fabricantes. Tudo isso, de chapas, à madeiras, cordas, facilidade de afinação, tratamentos e design, custam milhões, daí a não poder qualquer indústria obter renome e qualidade no mercado. E essa qualidade vale pro resto dos materiais e acessórios, como teclas a prova de suor, insumos internos do sistema do teclado, martelo, abafadores, sistema pedal/sustenido, desenho dos sistemas, o desenho e tipo de material da tábua harmônica e ate o desenho e material do tampo. Tudo isso pode ter procedência e material exclusivo e isso custa muito caro para um indústria, chegando a patentear. Esses materiais, alem de garantir a qualidade do som, como criadores ou responsáveis dele, garantem a longevidade dele e de cada parte do piano, sem deformações com os anos, sem perda da qualidade, funcionalidade longa e longe de microtrincas com o tempo na pintura, na madeira ou trincas na chapa ou teclas e seus sistemas debilitados com o passar do tempo. Um bom piano é como um bom vinho, ao envelhecer fica ate melhor, dependendo do seu dono, isso valido para poucos anos de uso, raramente muitas décadas. Mas só depois do uso se tornam melhores, propriedade das madeiras, como se fossem "amaciadas".

Acústica e qualidade do som: esse é praticamente o coração (ou cérebro) do piano, o resultado final, seu som e sua acústica. É esse fator é justamente o mais difícil, fazer um bom "casamento" dessas três partes, tipo de madeira com a chapa/cordas e com seu desenho (design acústico). Não existe nenhum piano e nenhuma marca que conseguiu essa perfeição para todas as cordas, cada uma das cordas, sempre uma obtendo mais sucesso ou perfeição que uma outra na sua nota. As marcas variam muito nesse aspecto, umas tendo mais sucesso nesse trio no jogo de cordas graves, outras nas médias e outras nas agudas. Não se fala de destoarem nas outras, o que isso não existe nas grandes marcas, mas falamos de obter notas perfeitas, sem nenhum diferencial perceptível, isso para os melhores ouvidos da área, os melhores afinadores ou pianistas. Sempre se ouvirá que um certo pianista prefere um piano para algum recital e outro piano para outro recital. Na média se escolhe um único piano, mas nunca sendo o perfeito para tudo, visto nas maiores sinfônicas do mundo (NT: essa média é composta pelos 3 melhores pianos do mundo, conforme a discussão por lá, Steinway D, Bosendorfer imperial e Yamaha C7-CFX). As maiores sinfônicas do mundo, dificilmente compram pianos, mas sim alugam esses tops pois não tem tempo pra ficar "amaciando" eles, o que leva anos, alugando sempre no auge da sua vida, pois sim, pianos tem vidas também.

Esse problema de acústica (ou a solução perfeita), é obtida ate no desenho interno das partes do piano, na disposição do madeiramento, como ate dos suportes que estruturam a chapa, tábua harmônica, modelo de caixa de ressonância e qualidade da madeira e tratamentos e ate dos parafusos, se permitem uma maior funcionalidade da madeira e sistema, além de permitir melhor vibração, inclusive do tampo e seus acessórios, além do pés e seu sustento e reação vibratória, sem esquecermos o madeiramento estrutural interno, de desenhos cruzados ou partes pequenas que permitam ou não melhor ressonância de cada nota. É uma tarefa praticamente impossível se obter nisso a perfeição de notas para cada corda. O sucesso ocorre quando não há distorção nenhuma e se obtém o maior número possível de notas praticamente perfeitas. Quem pode explicar isso é um bom afinador, de excelente ouvido, quando diz que certa nota tentando afinar na sua corda, "sofre" muito para isso e praticamente não conseguirá a qualidade de nota que quer. Se ouve muito isso de bons afinadores, coisa que conseguiram em algum bom piano ou marca, mas não conseguem de forma nenhuma noutro piano, mesmo sendo novo ou de marca. Pode chegar próximo, mas não a nota pretendida nessa qualidade. Isso para todas as cordas que vibram de 30hz a 4000hz, o que são mais de 200 cordas para 88 teclas.
Aí vem a questão: como pode um piano de 1900 ter a mesma qualidade de som que um novo? É simples, se seu madeiramento não tiver cupins ou microfissuras ou qualquer problema estrutural ou fragilidade, ainda com o sistema do teclado bom, o coração da criação do som é metálico, onde a chapa tem durabilidade eterna desde que não enferruge e ainda bastando trocar todas as cordas nesse piano, logo soará como um novo. Devemos lembrar que pianos tem vida muito longa por causa disso, daí a custar muito caro e não ser descartável como um celular. É por isso que não se vende tanto piano no mundo e muitos fabricantes fechando as portas.

Para concluir, é isso que faz um excelente piano,ou um bom piano, ou um mau piano. São essas diferenças de desenho, material e acústica, superior num aspecto num e inferior noutro ou bom no conjunto ou mau no todo. Não se pode obter um bom piano de um fabricante de materiais baratos ou sem qualidade. E esta marca nunca terá algum renome, podendo simplesmente ser um vendedor de pianos acessíveis ou baratos. Há muitas dessas marcas sem preocupação na qualidade ou longevidade e apenas nas vendas e lucros. Se diz que nenhuma marca nasce boa, a qualidade somente é obtida em décadas, depois dos compradores testarem exaustivamente cada parte do piano, sua longevidade e repassar essa boa informação aos outros. Ou seja, o teste da qualidade, somente vem depois de muito tempo, se resistir a marca e fábrica ate lá pois dezenas ou centenas de marcas já surgiram e faliram no século passado. Portanto, sai muito caro, em muito milhões de investimento e de muito tempo para se obter um excelente piano. Daqui pra frente pense nisso antes de comprar seu piano.


jorget
Membro Novato
# fev/17
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Taí as dicas desse forum, repetido em muitos sites. Pelo menos aqui não faltará, mesmo com adaptações ao "linguajar" coloquial brasileiro.

Synth-Men
Veterano
# fev/17
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Na verdade piano tinha que se chamar navio.

Ôh! Instrumento para dar trabalho. Hoje mesmo motivado pelo seu outro tópico, dei uma olhada nos históricos dos pianos nacionais. Os mais acessíveis estão vindo da China. Prefiro nãos falar a marca, pois a marca tem ótimos pianos também de outras categorias e tem muitos que gostam de malhar os produtos nacionais.

Cheguei ao ponto de quase obter um de armário/parede. Por pura paixão.

Já testei piano Yamaha de parede em loja aqui onde moro. Olha que me decepcionei. Cheguei em casa e verifiquei as especificações no site e o Yamaha era fabricado com as mesmíssimas especificificaçoes, mecânica, madeiras e física do brasileiro. A única diferença é que o da Yamaha era fabricado na Cingapura (a mão de obra lá é menos qualificada que a chinesa).

Tinha muitas preocupações sobre a qualidade geral do piano e seus cuidados. A conclusão que cheguei é que grande parte dos pianos viram elefantes rosas, nas escolas, teatros, clubes... Eu já estudei em escola que haviam pianos, somente um que estava sendo restaurado, mas igual obra de igreja.

Na verdade, cada piano ainda que do mesmo fabricante e modelo, tem as suas particularidades. São muitos fatores para um piano, ser um piano. Desde o desenho do papel até o verniz do acabamento.

Se você conversar com um afinador ou restaurador de pianos, vai ficar careca, feliz e assustado de tantas novidades de um instrumento tão antigo e tão novo ao mesmo tempo.

jorget
Membro Novato
# fev/17
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Pois é: eu também pesquisando para comprar um piano de marca,mas sem saber sobre sua procedência (daí a achar isso nesse forum), simplesmente me decepcionei com os dois modelos que pretendia adquirir, mesmo usados, (o Yamaha Gb1 básico e ou Kawai GM10 básico) pois esses dois modelos entry-level são fabricados na indonésia e vai saber sua qualidade. Ambas marcas os põe "no céu" mas então porque custam 10% do valor dos seus tops? É muita diferença. Desisti destes depois de "saber" a verdade sobre fabricação de pianos, pois ao consultar lá sobre esses dois modelos, todo mundo responde no "melhor pegar o C3" ou um Kawai superior,mas ninguém diz nada sobe eles. Oras, o próximo nível acima desses dois, simplesmente dobra o valor. Imagine pular 10 níveis ate o top. Nem pensar.

Synth-Men
Veterano
# fev/17
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jorget

FritzDobbert fabricado no Brasil, não estará perdendo nada, ao contrário. A linha de produção deste piano, já alcançou as das melhores marcas internacionais, ou até mesmo nunca esteve atrás. A FritzDobbert é a representante da Kawai no Brasil.

As salas de consertos de quase todo Brasil é FritzDobbert.













Synth-Men
Veterano
# fev/17
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Aqui no RJ tem algumas lojas de pianos e ainda vende alguns de parede em lojas populares.

Veja o som ambiente do C- 150. Para melhores eu não tenho grana, mas quem pode desembolsar até uns 12 contos.




daimon blackfire
Membro Novato
# fev/17
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Só não entendi os tigres asiáticos chineses.

jorget
Membro Novato
# fev/17
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Synth-Men.
'Veja o som ambiente do C- 150..... mas quem pode desembolsar até uns 12 contos.'

Existe esse preço pra piano de cauda novo? Em 1/5 dos entry-level citados? uma das duas, ou tem uns 30/40 anos e estado lastimável, ou essa marca é muito inferior a qualquer estrangeiro (sempre ouvi falar que o único piano com procedência nacional era o piano Brasil, hoje extinto. Sobre o FD, sempre ví torcerem o nariz (não eu, não me culpe, pode ter mudado, não sei).

daimon blackfire
pesquise mais:
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/tigres_asiaticos.htm

Lelo Mig
Membro
# fev/17 · Editado por: Lelo Mig
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À todos!!

Quero deixar claro que não sou pianista nem tecladista, portanto pode ser que eu só fale merda, ok?

Apenas, quero deixar duas perguntas do "ponto de vista" de fora, uma outra visão, de quem não é do "piano":

1- Esses caras da Fritz Dobert, são uns verdadeiros heróis. Independente de qualidade, como conseguem sobreviver tanto tempo fabricando Pianos no Brasil?

2- Se eu construísse um piano em casa, com madeira de caixa de tomate, só pelo trabalho, não cobraria menos de 5 mil. Então, acho que não há milagre... não tem como comprar um piano acústico minimamente decente com menos de 15 mil (novo). Sendo otimista, 10 mil, considerando um "chinesinho" bom!

Se eu fosse pianista, teria de partir para um digital...

Tô falando muita bobagem?

Synth-Men
Veterano
# fev/17
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Caro daimon.

A única coisa que eu tenho a pulga atrás da orelha com os processos de fabricação asiáticos em larga escala, é a análise de qualidade final.

Infelizmente os mesmos modelos de muitos equipamentos vem com diferenças.

Tenho violão Chinês, baixo chinês, guitarra chinesa, escaleta chinesa e quando colocado lado a lado de produtos do mesmo modelo e marca, são encontrada várias diferenças no acabamento.

O produto tem o padrão mundial de madeiras, metais e outros, mas é justamente no acabamento que há problemas. As embalagens e o transporte de alguns itens, também são medianos. Mas lógico que há produtos de grande requinte e qualidade de lá também.

A questão lá é produzir muito, economizando o maximo, em menos tempo possível. Quem tem alguma prática nisto, sabe que é justamente o padrão de qualidade que é sacrificado neste estilo de produção.

Synth-Men
Veterano
# fev/17 · Editado por: Synth-Men
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LeloMig

Está falando não meu caro.

jorget

Talvez um de cauda não, mas com 12.000 temer's, já dá para comprar um de armário que tenha o som melhor que um de 1/4 de cauda.

A FD dá 5 anos de garantia.

A maioria deste pessoal que torce o nariz, tem piano brasileiro em casa com nome em alemão, fabricado no fundo de um quintal nos anos 70 e 80 e acha que está abafando.

O único piano estrangeiro que eu compraria mesmo usado, brincando é o Pleyel. Mas infelizmente acabou.

Hoje esses pianos até 100.000 temers, são fabricados em processos iguais. Pensando desta forma, não dispensária um FritzDobbert nem dos mais baratos.

Eu admiro alguns pianos estrangeiros, mas não me atraem desejos. Tem muito mito e marketing sobre eles. Muito mito mesmo.

Artref
Veterano
# fev/17
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Quando fui comprar meu piano, visitei a fábrica da Fritz Dobbert e toquei em vários. É impressionante notar as diferenças de timbre e "personalidade" dentro de um mesmo modelo. Honestamente não entendo esse povo que diz que só Steinway presta, porque toquei em cada piano delicioso na FD que vou falar, viu. O modelo top de linha deles, de cauda e 1,85m (acho) é maravilhoso! Seria um sonho ter um instrumento daqueles em casa. E também fiquei apaixonado pelo Kawai K-300, o melhor piano vertical que já ouvi em toda minha vida. Melhor que muito de cauda.

Dentro dos que eu poderia comprar, toquei em vários, até chegar no meu e gostar imediatamente. Nem era dos maiores (ele tem 121), e pelo número de série, nem era dos mais novos. Mas quando toquei nele, me identifiquei. Tinha um timbre que "cantava" mais que os outros, e o mecanismo estava na medida pra mim: pesado, mas confortável. Toquei nele depois de tocar em uns 50, e na hora pensei "É esse".

Na ocasião também fui ver uns Yamahas novos, e impressionantemente não gostei de nenhum. Meu pai estava comigo e teve a mesma impressão. Achei todos os pianos de entrada da Yamaha uma porcaria, realmente não pagaria mais de 10mil neles. Os modelos interessantes custavam de 30mil pra cima.

Já passaram-se dois anos, e o mecanismo do meu continua impecável. O som até melhorou de quando eu comprei. E tem outro fator que conta muito na qualidade do piano e não foi citado no texto, que é o afinador/técnico. O último cara que chamei deixou o instrumento maravilhoso! Regulou tudo e deixou o timbre um espetáculo.

Outra coisa é que falam do piano sempre como algo que não dependesse do pianista, mas o pianista faz TODA a diferença no timbre. (Isso no caso de um acústico).

E mesmo sendo um piano relativamente simples, o meu responde a tudo o que preciso, mesmo que não seja da mesma forma de um de cauda Kawai de 300mil reais (que eu sempre toco na faculdade). Já toquei várias sonatas de Beethoven, Baladas de Chopin e Prelúdios e Fugas de Bach, e dá pra tocar tudo muito bem nele. A diferença é que no de cauda de 300 paus as coisas ficam mais claras, e tem coisa que é mais fácil fazer nele. Mas o importante é o pianista ter na cabeça o que quer, e os acústicos vão responder, cada um da forma que puder. Mas sempre, o mais importante é o pianista.

Ter um piano acústico é uma experiência maravilhosa. Cada dia você descobre algo novo no instrumento, uma particularidade, e a cada dia você percebe algo novo que nenhum digital faz, rs rs rs.

Por isso que digo: todo estudante/amante de piano precisa conviver e ter um acústico. Ótima experiência, enriquecedora, abre novos horizontes e faz você começar a ouvir coisas que não ouvia antes.

jorget
Membro Novato
# fev/17 · Editado por: jorget
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Liguei para um antigo professor meu de piano ao lembrar que ele tem um Fritz Dobbert (curiosidade: não é o nome do fundador, que são os irmãos Bottura, mas lhe puseram essa denominação - "flutuadores do Fritz", vai saber) e ele me disse que em comparação aos asiáticos entry-level Yamaha e Kawai "econômicos", que um TOP FB é muito superior a eles, sem entrar em detalhes dos modelos básicos FD. Só isso me disse, ao me dizer "num mundo de joias, pra que dicutir qual a melhor bijuteria". É como se eu entendesse de que entry-level brasileiro ou asiático (de cauda ou vertical), é tudo a mesma coisa (falando mal). Já entre tops (ou medianos), tudo muda.

A fábrica nova apresentada pelo dono e filho do fundador com tudo de equipamentos novos:
https://www.youtube.com/watch?v=e2qUqRDt30s

e o top deles (188) tem martelos e mecanismo alemão:
http://www.fritzdobbert.com.br/lightboxes/mecanismo-renner/

Fabricação do Steinway em HD e legendas:
https://www.youtube.com/watch?v=jAInt7hIZlU

Fabricação do Yamaha na Indonésia com legendas
https://www.youtube.com/watch?v=o1kZkq3Yihk

e a fabricação do Kawai toda automatizada
https://www.youtube.com/watch?v=JiPFEqHogQY

e fabricação dos TOP da yamaha toda artesanal (C7/CFX)
(parte1)
https://www.youtube.com/watch?v=OICs5IiyNCs
(parte2)
https://www.youtube.com/watch?v=ZVsaVeYnLVo

Lelo Mig
Membro
# fev/17 · Editado por: Lelo Mig
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jorget

Adendo: A Fritz Dobbert foi fundada pelos irmãos Célio e Thyrso Bottura mais o luthier alemão Otto Halben.

daimon blackfire
Membro Novato
# fev/17
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Não, gente. Eu tava falando do uso do termo tigres asiáticos chineses, achei estranho, só isso. O normal seria só tigres asiáticos, né?

Ismah
Veterano
# fev/17 · Editado por: Ismah
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Já que estão no tema... O que falar de alguns pianos seculares (EXEMPLO) que são vendidos a preço de banana? Ou eles são só peso de porta?

jorget
Membro Novato
# fev/17 · Editado por: jorget
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Experimentei hoje 3 pianos básicos (entry-level) usados mas afinados de um vendedor (eram encomenda de conservatórios e aproveitei antes que fossem transportado): um Kawai-GM10, Yamaha-Gb1 e um Ftiz Dobbert C-150 (os mais baratos de cada marca). De todos o que tinha o som mais alto era o FD (afinação) e o mais baixo era o Kawai (muito ofuscado como se estivesse com o tampo fechado, mas estava aberto). O Yamaha, nem uma coisa e nem outra. Perguntei se estavam bem afinado e disse que sim,inclusive um dos conservatórios participou da afinação. Eu que já toquei num Steinway D em SP, além do Yamaha C7-CFX e um Bosendorfer (tudo em datas distintas, loja, sala SP, vendedor de luxos), e sei bem o som que cada um toca bem afinado, o que posso dizer é que esses 3 básicos,não chegam nem ao pé dos tops.

Agora minha opinião: pra mim os tops não fazem mais que sua obrigação, explico: toca o que DEVEM tocar, sem desafinação (não só das cordas), sem ecos feios e gritantes, sem um conjunto de notas destoando com as outras (se ouve muito isso nos básicos) e sem sons altos e baixos diferentes em cada tecla (também ví isso neles). Pra mim não era cordas mas sim a caixa de ressonância, seu tamanho diminuto (1/4), o tipo de chapa, etc, coisa que um afinador não consegue contornar, além dos tipos de martelo (aprendi que um tipo de martelo, sua constituição, maciez ou dureza, além do sistema de teclas, melhor se de renome) faz 50% da qualidade do som, de cada nota.

Portanto tais tops só fazem suas obrigações,nada de "maravilha" ou "incrível" ou "extraordinário", passando por meros/bons pianos sem se ver coisas ruins (distorções), só isso. E daí pra baixo/inferiores, começam a aparecer os problemas, chegando na totalidade nos entry-level. Foi isso que comecei a perceber (primeira vez que testo básicos).

Pra resumir, por mim não se dá nota 10 aos tops, mas sim zero (nem positivo e nem negativo) e se começa a negativar os inferiores. É como se assistíssemos a Globo numa TV 50" full HD (não há como melhorar uma imagem digital: ou é boa ou ruim virando quadrinhos) e daí alternássemos pra telas menores ate chegar a uma TV analógica e de tubo. A LCD Full-Hd que teoricamente seria o máximo, pra mim é TV normal e só, e as demais seriam "anormais" pois melhor que uma TV (numa paisagem), é ver ao vivo com os próprios olhos. Portanto não existe o"melhor/ótimo" e apenas o "normal" e sem problemas num bom piano.

É isso o que EU (minha opinião) pude diferenciar do TOP ao básico. Nem vou dar detalhes de cada piano básico pois posso resumir no: "se tem pouco dinheiro? vá escutar/tocar e se decida por um deles com seus defeitos e distorções (ou imagine não terem e compre)".
Obs: verticais......nem comparei.

Lelo Mig
Membro
# fev/17 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah

Acredito que tenha muita coisa boa por aí, em especial no caso dos pianos, porque durante décadas ter piano em casa era símbolo de status e cultura.

Muitas famílias ricas e classe média possuíam pianos e uma filha que estudou um pouquinho mas não seguiu em frente por não gostar ou ter jeito. (Eu cansei de ver isso em minha infância nas casas de "burguesia" paulistana).

Essas peças viraram objetos de decoração e lembrança, passando de um prá outro e alguns dando sopa por aí.

Só que é coisa de quem entende e muito. Muitos precisam de reforma e etc.

Mas, acho que se o cara entende bem do assunto, garimpa muita coisa boa.

makumbator
Moderador
# fev/17
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Ismah

Já contei aqui no fórum de uma maestro meu amigo (e que me dirigiu alguns anos) que pegou um piano do séc XIX que estava sendo literalmente jogado no lixo por um seminário de padres. Era um piano na essência ainda bom, mas que precisava de reforma extrema (e como eles não tinham dinheiro iam jogar no lixo mesmo).

Esse amigo levou pra casa e mandou fazer uma reforma completa. Ficou bem legal. O único problema é que o reformador recomendou manter a afinação baixa pra não forçar o instrumento. Então ficou no padrão de lá 418 Hz (o que foi até bom, pois esse maestro adora música antiga, então o lá mais baixo era até bem vindo).

Synth-Men
Veterano
# fev/17
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jorget

No caso o amigo procura algo realmente avançado. Creio que algum momento irá encontrar.

Em relação o FD ser mais alto que os outros, é que o tampo dele é feito de pinho rígido. Isto faz ele brilhar e ressoar sutilmente mais que os outros da mesma categoria.

Os outros costumam ser spruce. Um pinho mais macio e flexível. Os mesmos utilizados nos tempos traseiros de alguns violões. Lógico que com a espessura para piano.

Synth-Men
Veterano
# fev/17
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LeloMig

Puxando a sardinha na última resposta que deu ao Ismah, a vida últil de um piano desses caseiros é entre 30 e 40 anos, com a manutenção básica. Com
Reformas dura muito mais,

Ismah
Veterano
# fev/17
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Questionei porque um dos guitarras aqui está babando (eu junto aliás!) em alguns bem interessantes na casa de 2~3mil a venda, na OLX aqui do RS... Ele não sabe nada de piano, quer mais como decoração do que funcional. Eu tenho lá uma base razoável, logo me arrastou pra alguns testes, que não deram em nada - mas se comprar um, como em todas as aventuras musicais dele, provavelmente vai sobrar pra mim afinar (tentar ao menos)...

Vai uma historinha aí de algo que eu achei...

Apareceu um alemão, meio fuleira, tal de Bechstein (!), 3/4 de cauda, supostamente de 1800 e bolinha, que estava num mosteiro, e fora adquirido em leilão por 5mil (sic). O ser queria 9mil nele, 5 do piano e 4 da reforma e traslado.

Fui testar até, pra dizer que já toquei em um destes.
Comprou para a filha, que nem ligou - aliás, ela não largou o celular o tempo que estive na casa deles, me pareceu o tipo que não quer nada com nada, enquanto o pai brilhavam os olhos, ao som do piano. Deu pena, abertamente deu pena do vivente...

Plena certeza: nem o cara, nem o leiloeiro faziam sequer ideia do que tinham em mãos. Nessas tenho que defender o tal judeu: é por falta de conhecimento, que perece meu povo.

Lelo Mig
Membro
# fev/17 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah

"tal de Bechstein"....

Tu tá de ironia, né?

Os Bechstein são bem conceituados, no Ebay tem Bechstein de 50 mil dólares!

jorget
Membro Novato
# fev/17 · Editado por: jorget
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Falando em histórias de piano, tem uma muito contada na Austria imperial

Um rico comerciante era casado com uma bela e jovem esposa. E ela tocava num belo piano na grande sala da sua casa. Era um luxo soberbo e ele sempre apreciava sentando a vendo tocar. E a cada tempo ficava surpreendido pois ela não parava de melhorar e tocava músicas ate complexas. Ate que um dia ela adoeceu e acabou morrendo de maleita (câncer na época). Muito triste ao ver seu belo piano inutilizado, acabou chamando um professor de piano. E o professor perguntou:

-é o senhor que quer ter aulas de piano?

-não, estou velho pra isso, quero que simplesmente o toque, pois do contrário pegará cupins, como eu soube, de que piano tocado não pega cupins. Éle é muito belo e caro pra isso, respondeu o empresário.

-veja bem senhor - disse o pianista - eu não toco fora dos palcos e sem plateia ou a particulares, pois somente lhes dou aulas

-pois vou lhe pagar o dobro do que cobra por aula, não posso perder esse piano, foi o que me sobrou da minha ex-mulher e eu serei sua platéia

E assim este passou meses tocando nesse belo piano e sempre com a audição do seu cliente. Ate que um dia, seu contratante lhe confessou:

-Eu sei do porque minha falecida a cada dia tocava cada vez melhor, era por causa das aulas de piano que ela tinha e nunca me contava ou soube nos períodos que eu viajava a negócios. Quando voltava, era o encantar nesses seus desempenhos, alegrando a casa toda. Era a pura vitaliciedade e vontade de viver que sentia nela. Ate os ventos que entravam pela cortina demonstravam esse prazer de tocar, sempre mais fortes quando ela tocava - disse o viúvo

-realmente, era excepcional - soltou sem querer o professor e logo bocejou como arrependimento do que disse

-não fique acanhado meu caro - retrucou o dono da casa - sei muito bem que foi o senhor que lhe deu aulas para melhorar em tão pouco tempo, isso na minha ausência. E também sei que voces tinham um caso no meio das aulas. Mas o contratei não por isso, mas sim para reviver esse piano nas suas alegrias que me proporcionava nas mãos delas e escolhi justamente o senhor pois achei que poderia ter o mesmo sublime nesse piano pelas suas mãos, o que realmente ocorreu.

-Ela amava muito tocar piano, é por isso que tinha tão bom desempenho - respondeu o pianista - é verdade que lhe ajudei muito no desempenho mas tudo isso partia dela e não de mim. Ela chegou a me contar nesses anos, que se casou com o senhor para justamente ter e poder tocar num piano, que foi sua grande felicidade nessa vida, não por mim ou por voce, pois eu sequer tenho um piano (NT: na época só ricos o tinham) além do que pertence ao conservatório. Mas lhe pergunto, ainda vai querer meus serviços?

-não mais professor - lhe responde - agora quero que os cupins o deixe morrer, que se vá com ela, para lhe fazer companhia. Aqui não é mais seu lugar.

Ismah
Veterano
# fev/17
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Lelo Mig

Não estou não... São coisas que só acontecem no interior infelizmente...
E mesmo no interior, ser pobre é um saco... kkk

Synth-Men
Veterano
# fev/17
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Uma informação aqui para iniciantes que procuram um bom som de piano em um digital ou teclado de qualquer categoria, mas ainda não teve a oportunidade de tocar em um piano acústico.

O som do acústico é metálico e não aveludado, adocicado e domado igual ao do seu digital. Mesmo com o tampo fechado e com um feltro bem macio. E ainda é cheio de ressonâncias das outras cordas que acabam engordando o timbre com milhares de harmônicos suavemente. E ainda a ressonância simpática.

O piano acústico fica mais suave e menos metálico, quando tocado no modo una corda. É incrível ouvir o ataque e o relaxamento das cordas. Nada é igual.

É hipnotizante ver a ação mecânica de um martelo e do abafador. É louco, doido e esquizofrênico. Lindo de morrer.

Digo isto para você não ficar em incessantes buscas e duvidas, sobre qual o melhor som de piano digital.

O som do digital é processado pela capitação do acústico, através de microfones, estrategicamente posicionados, com determinadas faixas de frequências, para que não sejam capitados os ruídos de frequências baixas (provocados por contatos de madeira com madeira, madeira com metal, etc) que um piano acústico faz quando acionado as teclas ou pedais na hora do "vamo vê".

Porém os digitais são ótimas opções e fazem todo o trabalho de forma semelhante.

jorget
Membro Novato
# fev/17
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Synth-Men
O som do acústico é metálico e não aveludado

De forma alguma, só soa metálico em situações ruins/problemáticas (ou nunca ouviu um bom acústico, de qualidade?). uma das situações é (facilmente perceptível ate em "qualquer piano da vida' é o de cordas desafinadas, frouxas ou desgastadas (ate enferrujada, muito vistas em pianos de "trocentos" anos abandonado).
Mas também em pianos ruins, de acústica ruim, de madeira que não absorve tais más vibrações, as devolvendo ate como eco (só eco) maderia de qualidade ruim, além de desenho/arquitetura ruim (como muito pesquisei e não deu pra pôr tudo aqui). A PROVA: tente ouvir tal "som metálico" num piano de renome, top tal qual um Steinway, Bosendorfer ou Yamaha C7-CFX, como dito antes. É praticamente impossível conseguir ouvir tal som ou resíduo metálico. Mas já ouvi e muito em pianos entry-level de marcas razoáveis e em 90% dos pianos sem referência alguma. O segredo (e o mais dificil para uma fábrica de piano, conforme pesquisei em muitos sites/artigos especializados) é justamente tal fabricação conseguir transmitir/transferir a vibração das cordas metálicas para a AMPLIFICAÇÃO ACÚSTICA da madeira (veja bem, se puder algum dia tocar as cordas de uma chapa (harpa como dito acima) "fora do piano", solto ao ar, praticamente nada ouvira ou muito baixa a vibração das cordas, e somente na chapa se ouve SOM METÁLICO, ou seja, a acústica/amplificação se sobrepõe sobre esse baixo som e imperceptível diante todo o sistema. A técnica/sistema é muito complexo pra isso (forma de contato das cordas com a madeira, o meio de transmissão, a transferência da vibração, a amplificação, a resonância para a tabua harmônica,etc). Poucos conseguem isso com qualidade e os demais só dão eco das cordas (nunca conclua que são as cordas que dão som, erro absurdo, cordas só transmitem vibrações pra madeira, só isso podem fazer num bom piano pois o som só se pode ouvir da madeira vibrando e só). Agora, num piano ruim, a madeira não absorve e devolve esse mau som da chapa/cordas mas não da madeira e sim como uma câmara de eco das cordas, nunca harmonicamente com qualidade de vibração de madeira (já viu madeira conseguir vibrar como um metal? existe isso? então há algo de errado no piano: muito ruim/errado). Para um bom comprador de piano: se ouvir "demais" um som metálico (admitisse um som discreto pois ninguém é milionário pra exigir tanto), então caia fora desse piano.

Synth-Men
Veterano
# fev/17 · Editado por: Synth-Men
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jorget

Concordo parcialmente contigo. Quando está tilintando igual sino de mordomo sim. Quando o martelo está com o feltro gasto ou batendo mais forte que outros por algum motivo, tampos descolados. Incomoda bastante.

Mas a vibração das cordas sem abafadores soa metálico, mesmo com os feltros bons. Não no ataque, mas a sustentação e o relaxamento sim. Super normal isso.

O menos ressoante neste sentido que toquei e ouvi foi num 1/4 de cauda de uma marca americana, que agora não me recordo, na igreja presbiteriana na Prç. Tiradentes no RJ.

Antigo, hiper regulado, utilizado na orquestra da igreja. O som ao vivo sentado na frente dele, sentado na plateia e capitado, são muito diferentes um do outro.

Ouvir a vibração das cordas até o final, sem os abafadores e não perceber o metálico das cordas ressoando até o fim é meio esquisito. Afinal as cordas são de metal.

Na escola Municipal Soares Pereira, onde estudei na Tijuca, RJ, tinha um 3/4, no auditório. O professor de artes da época fazia a manutenção dele e quando tinha poucos alunos por perto, deixava tirar casquinhas. Dava pra ouvir o fim do som dos bordões até o fim, no final do auditório e parte dele no segundo andar.

A escola foi construída 1925 e inaugurada em 1927, segundo a historia (não confirmada, mas contada) o piano estava lá desde então. Passei lá em 1993 a 1996. Até então sem problemas.

Esse lance de utilizar pianos caros, cheios de mitologias sonoras e qualitativas como Steinway, Bosendorfer ou Yamaha C7-CFX, como referencias, é coisa de produtora de pianos digitais e VSTI querendo impressionar seus compradores, principalmente iniciantes. Claro que são bons. Mas as próprias marcas se colocaram como TOPS.

Europeus, americanos, asiáticos iniciantes, ou que nunca tiveram um piano e querem ter o seu primeiro, não estão nem ai para isso. Depois de sentir e ouvir como funciona, ai sim. Partem para boa. O que um intermediário irá fazer com um C7 em casa por exemplo? Até nos países mais ricos, poucos podem se dar ao luxo de ter um piano, mesmo barato.

Imagine se só o violino Stradivarius que não fabrica mais, fosse parâmetro para construção de outros violinos.

E os pianos Fazioli, Baldwin, Bechstein, Bluthner? Nunca ouviram falar?

Veja essa reportagem interessantíssima: http://www.dw.com/pt-br/pianos-alem%C3%A3es-para-o-mundo/a-667330 ela é de 2002, mas remete ao futuro.

Não é o nosso caso aqui, mas tem gente que acha que quem criou o piano foi a Yamaha, Steinway, Bosendorfer.

Synth-Men
Veterano
# fev/17
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Entrevista bacana com afinadores de piano.

Quem souber de entrevistas bacanas em português, poste.





jorget
Membro Novato
# fev/17 · Editado por: jorget
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Synth-Men
ok, te dou razão em muita coisa, como "que nunca tiveram um piano e querem ter o seu primeiro, não estão nem ai para isso", daí a linha popular e mais barato, onde pianos de ponta são pra exigentes que não querem de forma nenhuma ouvir nada metálico (há uma piada sobre isso no meio onde dizem "se eu quiser som metálico toco em panelas e não numa bateria de verdade).

Sobre "a vibração das cordas sem abafadores soa metálico, mesmo com os feltros bons.", na verdade o princípio do piano (sua criação e propósito) é ouvir somente o som da madeira/resonância-vibração e se fez de tudo pra anular o som metálico das cordas, onde serviam apenas pra vibrar a madeira,mas nada é perfeito e quando disse acima que o sistema una-corda é bom, ocorre que só foram acrescentadas três posteriormente pois uma só não tinha potencial de vibrar mais a madeira,além da invenção da chapa, ou seja, dando volume baixo (eram assim os primeiros pianos de Crosofori) além de outros. Tanto é o Mozart tocava num piano do Stein(way), "do jeito/maneira/tipo Stein" assim como "os flutuadores do Fritz"

E sobre "toquei e ouvi foi num 1/4 de cauda", é esse justamente a problemática de acústica e excesso do som "metálico" das cordas, pois seu "madeiramento", acústica e pequena caixa de ressonância impede o bom funcionamento e transforme de "barulho" metálico para nuances acústicas. Ou seja, pelo diminuto tamanho, piano de 1/4 só pra gente que não tem espaço mesmo (e dinheiro) e se contenta com menor qualidade de som em relação a um pleno de cauda, e claro, de alto desempenho e marca. No meu caso, por todas essas faltas (espaço, dinheiro, etc), terei que um dia acabar adquirindo um destes e sem ter direito a reclamar (e piano horizontal nem pensar).

E sobre "Dava pra ouvir o fim do som dos bordões até o fim" é justamente nesse "fim" é que se destaca o som metálico pois ao se tocar de inicio, a caixa de ressonância pode dar conta e se sobre pôr sobre o metálico, mas quando o som vai baixando, o sistema transferência de vibração (madeiramento) falha, não recebe a vibração e sobra as cordas metálicas vibrando, geralmente pianos não muito bons (e por isso que o teste crucial na compra é tocar uma tecla e a segurar ate o fim pra ver se a corda fala mais alto que a madeira, isso no fim da vibração, onde um bom piano isso não ocorre - diga-se bom de tamanho, qualidade, marca, etc)

Discordo no "é coisa de produtora de pianos digitais e VSTI " pois grandíssimas empresas como a de sampleamento como da Akai ou da própria Roland, ao samplear pianos no 'supernatural" e introduzir nos seus tops, como FA8, RD800/2000, etc, ou mesmo os novos da Kurzweil, Nord, Korg (Kronos/SV1), etc, nem podem se "queimar" com seus compradores ainda numa industria de bilhões a perder. Sampleiam sim os melhores pianos do mundo (geralmente esses 3) e gravam eles com altíssima qualidade, ate em estúdios e sem ecos ou interferências ainda com os melhores afinadores que existem pra ter os melhores resultados com nota por nota ( 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) mas nunca citando quais pianos por uso ilegal da marca, citando "piano alemão, japonês", etc. Mas sim tirando o melhor do piano e sem nada de som metálico e dai a muitos sampleamentos chegarem quase à perfeição (é por isso que adoro sampleamentos de SP, apesar de sentir falta da mecânica do acústico).

Sobre as demais marcas de pianos, fora esses 3 (ou 4/5), é claro que um ou outro entra nas gravações, quando um SP tem vários sampleamentos, como da Roland, mas nunca são destaques fora esses 3 (pergunte as maiores marcas do mundo de SP porque não lhes dão destaques, ou aos sites de pianos, revistas, etc, porque SEMPRE citam muito mais esses 3 premiados internacionalmente, não pergunte a mim,um simples mortal). A referência mundial de "réplicas" é de sempre os melhores (tops) e não de inferiores, como réplicas de Ferraris, Porsche, etc e nunca uma réplica de um fusca ou VW qualquer mesmo sendo alemães, questão de lógica e só isso diz tudo pra bom entendedor (melhores pianos,melhores samples,etc)

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