FrankZero (Keyboard Mod)

    Autor Mensagem
    freitas_silva
    Veterano
    # dez/16


    A praticamente um ano não frequento o fórum, mas vim por aqui com um nobre propósito: o FrankZero.
    A alguns meses tenho me dedicado à programação e eletrônica, estudando e desenvolvendo com raspberry e arduino. Isso me "puxou" tendenciosamente para projetos especiais, ao estilo "faça você mesmo", voltados para música.
    Um belo dia, olhando alguns modelos de organs controllers, ao mesmo tempo desapontado por custar tão caro para nós brasileiros, tive uma ideia mirabolante de fazer o meu próprio.
    O projeto consistia em juntar dois controladores numa carcaça só, simplesmente. Depois fui pensando em outras possibilidades e o negócio cresceu. A ideia de fazer esse “tudo em um” está mais forte do que nunca e já está em andamento.
    Gostaria de compartilhar com vocês, passo a passo, toda a trajetória do FrankZero, do esboço ao produto final, através de fotos e resultados de pesquisas e testes.
    Espero que esse projeto, que vai durar alguns meses, inspire outros amigos ou simplesmente os entretenham. Até breve!

    fernando tecladista
    Veterano
    # dez/16
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    No aguardo do próximo capítulo

    DuduXP
    Veterano
    # dez/16
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    freitas_silva
    Ansioso para ver!!! :)

    freitas_silva
    Veterano
    # dez/16 · Editado por: freitas_silva
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    PRÓLOGO

    Essa brincadeira toda começou quando vi o JamKey no Thomann. Adorei a ideia de ter dois manuais pois quase sempre preciso de dois controladores no palco, mas o preço me desanimou...rs

    Depois de "passear" por tantos teclados, meu setup padrão hoje se resume a dois controladores, notebook e interface de audio. Até que não é um setup grande e trabalhoso, nem me custa muito tempo na montagem, mas sempre gostei de praticidade. Para mim, a ideia de juntar dois teclados seria uma mão na roda.

    Quando comecei a imaginar o projeto logo pensei em torná-lo um "all in one", com teclas, controllers, interface de audio e um computador. Vendo o que eu já tinha e poderia usar para construir o mod, percebi que era perfeitamente possível e resolvi arriscar.

    Segue abaixo a imagem do primeiro esboço que fiz. Dá pra identificar algumas partes e ter uma ideia geral de como idealizei.

    Projeto - Esboço

    Vou dividir toda essa "quase série" em capítulos. No próximo falarei sobre a entrada do Roland A37, que a priori não estava nos planos.

    NINO_D.BOB
    Membro Novato
    # dez/16
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    Acompanhando...

    freitas_silva
    Veterano
    # dez/16 · Editado por: freitas_silva
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    CAPÍTULO I - A chegada o A37

    Como já havia falado, já possuía algumas coisas para iniciar meu projeto. Dentre essas coisas estava o Keylab 61 da Arturia, que é um controlador maravilhoso. Ele seria a peça fundamental devido aos seus inúmeros controles e fácil edição no próprio painel. Além disso ele tem uma conexão MIDI In, que seria perfeita para conectar o segundo teclado (que ficaria em baixo) e permitir que todas as informações MIDI (dos dois teclados) saíssem pelo mesmo cabo USB.

    Na grande maioria das minhas performances, 5 oitavas acaba sendo pouco, pois uso muitos "splits". Ao mesmo tempo um 88 teclas é demais para mim e mal cabe no carro, então encarei a saga de conseguir um bom 73/76 teclas. Mas porque saga? Oras! É dificílimo conseguir teclados de 73/76 teclas no mercado, ainda por cima controladores em bom estado e preço.

    Pensei em me concentrar nos SP76 da Kurzweil, mas não encontrava nada muito vantajoso. Depois de um tempo lembrei da antiga série A da Roland. Toquei um tempo numa banda que usava um A-33 juntamente com um Korg M1 e eu achava as teclas bem legais. Vi que os "Rolands A" caiam bem pro meu projeto, pois tinham ótimas teclas e eram relativamente leves, então passei a focar neles.

    Foram uns 3 meses pesquisando no ML, Ebay e OLX, até que encontrei um anúncio que me chamou atenção. Entrei em contato com o vendedor do OLX e ficamos durante uns 15 dias conversando. O cara me mandou várias fotos, vídeos de testes, ainda tinha os manuais e caixa original, tudo super bem conservado. Sem dúvida, depois de uma limpeza, ele poderia se passar por novo em qualquer loja e ninguém perceberia.

    Certo que eu não estava interessado na carcaça, pois iria aproveitar apenas as teclas e o circuito interno, mas tudo estava tão certinho e bonito que depois de tanto papo resolvi comprá-lo e de fato não me decepcionei. Paguei ao todo R$ 1200,00 (teclado + frete para o interior do CE) e já estou com ele a uns 20 dias.

    Antes de desmontá-lo, levei-o para algumas gigs para sentir a ação das teclas e fazer alguns testes relacionados aos recursos MIDI que eu poderia utilizar. Mas.... chegou a hora da desmontagem!

    Na sexta passada desparafusei algumas partes e tirei algumas medidas. Me surpreendi pela qualidade dos componentes e esquema de montagem. Tudo muito clean e bem feito. Diferente de outros controladores que já desmontei, todos os componentes, circuitos, midi board (etc..) são da própria roland, como poderão ver nas fotos.

    Foto 1

    Foto 2

    Foto 3

    Foto 4

    Foto 5

    Bem, a parte de teclados já está OK. Falta algumas configurações e esquemas de ligação entre os teclados que abordarei nos próximos capítulos. Antes de fazer a carcaça, precisaria definir todos os componentes internos, o que serão e onde ficarão. É sobre isso que falarei no próximo capítulo.

    As coisas estão tomando forma (foto).

    Abraço à todos!

    PS.: Desculpem-me as imagens grandes demais. É preciso baixá-las para ver melhor. No próximo post vou diminuir o tamanho para facilitar a leitura.

    Ismah
    Veterano
    # dez/16
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    Marcando!

    jorget
    Membro Novato
    # dez/16 · Editado por: jorget
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    Parabenizando pela iniciativa, apenas te observo/alerto um cuidado que deve ter: nenhuma marca de teclado, no mundo e aqui, de forma alguma permite que se use seus componentes (diga-se desmontando um instrumento/aparelho ou compre reposição) para montagem, implementação, construção, modificação ou criação de qualquer outro aparelho/instrumento diferente do da marca, mesmo que de forma amadora ou para uso próprio, entrando em violações a muitas leis a respeito, como desde a lei dos direitos autorais, como também da propriedade intelectual, das leis industriais e de proteção, do comércio, etc, onde a penalização é grande além de processo civil por perdas e danos de altos valores. Do contrário estariam pelo Br e no mundo milhões de "Franksteins" tecladisticos por aí, à mostra, amadoristicos e ate a venda. Imagine um Frankestein Korg, o que afetaria a reputação da marca. Não confunda ir numa loja de componentes eletrônicos aleatórios, comprar e montar um rádio, pois estão aí justamente para isso: fazer e criar/montar o que quiser. E nem pense em usar timbres de alguma marca. É o que posso recomendar (se as fotos mostrarem alguma marca, delete rapidinho pois muitas marcas rodam foruns de instrumentos), além de discrição pois estará também violando as regras daqui no item 8 e no item 3 e 3.6

    Um exemplo: os termos abaixo da Roland, apesar de não adentrarem especificamente na lei de proteção industrial (nem precisam incluir esta lei no termo), já são rígidos no termos de uso onde citam palavras como "...contêm informações de propriedade e confidenciais que são protegidas pela propriedade intelectual aplicável e outras leis, que você não pode infringir ou usar de qualquer forma..." ou "..A Roland é o proprietária e ou usuária autorizada de qualquer marca registradas ... e é a proprietária dos direitos autorais ou licenciada..." ou "..você pode violar direitos autorais e outras leis.....aplicáveis e pode ser sujeitos a se responsabilizar por tais usos não autorizados.." ou "..Nosso uso de quaisquer marcas registradas, material protegido por direitos autorais ou qualquer outra propriedade intelectual encontradas .... não transmitem a você qualquer licença ou autorização para essas marcas ou materiais..."
    Ela inclui nisso tudo o que possui, de softwares a instrumentos quando fala "materiais", pois possui dezenas de marcas e nada aleatório permite sobre eles. Se consultar um advogado pra ver os termos abaixo, te deixarão de "cabelos em pé":

    http://www.rolanddg.com.br/termo-de-uso.html
    http://www.rolanddg.com.br/certificado-de-garantia.html

    Lembre-se: tudo o que diz neles é muito extensivo, cobre TUDO o que ela tem, mau uso, abusos, pirataria, ilícitos, "frankestein", etc. Impossível negar algo a respeito (ou fechar os olhos ate ter "surpresinhas"). O que posso recomendar é: faça "quietinho" em casa e sem muita divulgação. boa sorte e abç

    freitas_silva
    Veterano
    # jan/17 · Editado por: freitas_silva
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    Caramba, que banho de água fria...rs

    Não tinha noção alguma da dimensão disso tudo e agradeço o "toque".

    Vou continuar a compartilhar a "história" aqui, mas sem mencionar marcas e modelos. Além disso, serei mais diminuto nas postagens.

    Quanto ao post anterior, irei editá-lo. Quanto à fotos, só postarei agora as do produto final.

    freitas_silva
    Veterano
    # jan/17
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    Percebi que não posso mais editar, então gostaria que, se for possível, a moderação do fórum o exclua, afim de evitar possíveis contratempos.

    Até breve amigos.

    SILVANOFDS
    Veterano
    # jan/17
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    Caramba, que banho de água fria...rs
    São Banhos de água fria assim que o fórum para tecladistas fica estancado.
    Vários são os sites de CASEMODS de instrumentos que já vi,um exemplo é site conhecido de baterias Eletrônicas aonde tem muitas alteraçôes nas "magrelas" desde módulos com pads de outras marcas até Triggers em baterias acústicas com peles mudas e módulos da Roland, Staff Drum,Alesis etc.
    Fóruns de guitarristas que alteram captadores, pontes, circuitos, até retirada de trastes.
    Engraçados que as Marcas de teclados podem promover sutilmente a utilização de samples derivados de outros teclados e outros instrumentos acústicos.
    Ah se a SCANDALLI e a TODESCHINI resolvessem processar isto aí.
    E o que faria os Kick Ass Brass Kontakt soubesse de sua Metaleira sendo utilizada como "METAIS DOS AVIÔES" nos teclados sampling.
    Parabéns meu amigo. Continue assim nas suas alteraçôes e criaçôes.
    Uma opinião de um tecladista de 27 anos na estrada.
    Continue a criar e se possivel utilize software e hardware de código aberto .
    Um excelente esquema que você citou é o Rapherry Pi com Linux.

    André Luiz Keys
    Veterano
    # jan/17
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    jorget]
    Apenas por informação , a ROLAND DG que você mandou os links é a divisão de produtos gráficos da Roland (impressoras, etc), assim, as regras para a divisão musical (outra empresa!) podem ser diferentes.

    fernando tecladista
    Veterano
    # jan/17
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    Roland DG e o setor de impressoras, plotters....


    Eu tenho algumas ideias que vão contra
    Primeiro que boa parte das peças de um teclado não são da própria marca, teclas são fatar, processadores intel, outras peças comuns de eletronica, capacitores, fontes, fusiveis, cabo flat , potenciômetro...
    Depois se comprei um teclado, o teclado é meu, se amanhã eu quero joga-lo do penhasco é problema meu
    Então se eu usar o potenciômetro e o cabo flat de um teclado que desmontei a marca não pode vir dar pitado no que fiz

    As regras do cifraclub falam de direito autoral
    Que todo mundo ja conhece, pirataria, gravar musica sm autorização
    Download ilegal

    Agora entendo se a marca não quer que ela apareça em foto, não faz sentido ela colocar letras garrafais no seu produto

    jorget
    Membro Novato
    # jan/17
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    freitas_silva
    fernando tecladista
    Não precisa deletar a foto no post, bastando voce a editar na origem removendo (apagando/riscando) a marca, além de não mostrar a frente reconhecível do aparelho. Só chamei a atenção por causa da MARCA aparecendo, não dos componentes (e evitar se tiverem marcas).

    SILVANOFDS
    André Luiz Keys
    botei acima o termo "exemplo" de uma das afiliadas da Roland (assim como a Cakewalk, Sonar,etc) e TODAS seguem as leis/regras da matriz (teclados também são uma das afiliadas e não matriz).
    nenhuma marca quer ver seu logotipo veiculado/propagado de forma desconforme, isso não existe: imagine alguém subir ao palco diante o público (qui também é palco/público) com uma guitarra de 4 braços e inclusa nela e em grande a marca Fender ou Gibson. É processo imediato pois não condiz com a marca e absurda e falsa divulgação. É nesse crime que se entra: falsidade ideológico,uso indevido de marca e outros itens,muitos deles enquadrados tanto em crime de direitos autorais além de pirataria.
    Mas não vou estender mais aqui, pois vejo que ninguém acima divergiu com uso das leis ou dispositivos que permitam isso, apenas na opinião particular,muitas vezes sem fundamentos.
    Então apenas sugiro aos colegas que antes de retrucar as leis e regras acima no "sim,pode fazer", que consultem um advogado sobe tais regras e tal uso e publicidade aqui e voltem com a resposta dele, pois no CP há ate pena pra incitação ao crime, o que pode acabar ocorrendo aqui, as vezes sem o usuário perceber que fez.:

    Incitação ao crime
    Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
    Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.

    abç a todos

    André Luiz Keys
    Veterano
    # jan/17 · Editado por: André Luiz Keys
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    jorget]

    Legal sua colocação.

    Como o colega fernando tecladista disse, depois que o cliente compra o produto ele pode realizar as alterações que desejar.

    Como "Roland" digo que não há nenhum problema para a marca, a menos que:

    1) O cliente solicite ajuda para realizar as modificações não homologadas
    2) O produto seja divulgado para venda como "Roland"

    Como entendo que esse não é o caso, acho que não haverá nenhum problema.

    Um exemplo bem clássico de modificações que ocorrem toda hora é de guitarristas, que acabam de comprar a guitarra e trocam captadores, trastes, etc...

    Grande abraço

    André

    SILVANOFDS
    Veterano
    # jan/17
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    jorget
    Amigo você conseguiu colocar o seu ponto de vista e acho que o amigo freitas_silva já desistiu ou está desistindo de mostrar a novidade e criatividade para nós.
    Todo mundo sabe destes problemas de direitos de marca.
    E até pulamos esta "parte" burocrática pois do mesmo modo que somos incentivados pelas marcas, nós como músicos também incentivamos as marcas a criarem novidades o que todos acabam ganhando.
    Meu filho é Guitarrista e se você soubesse das alteraçôes que o pessoal faz nas guitarras não é brincadeira..
    Neste fórum na parte de guitarra acabei de ver um exemplo de um colega consultando outro guitarrista se Tal empresa que altera pedais é bom no que faz.
    Se eu for colocar a lista de sites e links de CASEMOD de instrumentos aqui no fórum, isto aqui não vai ter fim (Que o diga o famoso ADRYAN SYNTH) muito comentado por aqui.
    Na minha concepção o mais grave de infringir leis de copyright seria alteração no Software junto ao Hardware.
    Como não temos Hackers para teclados como no Caso dos Videogames que são destravados em pouco tempo podemos pular esta questão.
    E como disse o amigo em cima. Teclas FATAR, CABOS FLATS, DRIVERS DE DISQUETES e falando em disquetes e as empresas que fizeram os drivers USB para os nossos teclados antiguinhos lerem PEN DRIVE.
    Temos que dar os parabéns para eles pois muitos tecladistas que nao tem condiçôes de comprar um teclado novo possam continuar usando estes teclados lendo direto dos PEN DRIVE.

    Synth-Men
    Veterano
    # jan/17 · Editado por: Synth-Men
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    jorget

    O André Luiz Keys é exatamente o cara da Roland que anda nos fóruns da vida.



    freitas_silva

    Cara seu projeto é legal pra c*r****o!

    Posta tuuuuuuuuuuuuuudoooooooooooooooooooooo! Marca, cicatriz, modelo, manequim, posta a p*r** toda!

    Se alguma marca reclamar de alguma coisa, fale tudo o que o fernandotecladista escreveu e no final acrescente um v** t*m*** n* **!


    Banho de agua fria é bom para despertar, não para esfriar. Agora que tu tá esperto, pense o seguinte:

    Esse cara aqui em baixo do vídeo vai morrer na prisão, por não pagar os processos contra as empresas correto?


    https://www.youtube.com/watch?v=dPjgzmwjHL8



    Pensando desta forma, a primeira marca a processa-lo vai ser a que fabricou o Raspberry e o Arduino.

    A marca do seu produto final será Roland, Yamaha, Korg, Xyng Ling, Tabajara ou qualquer outra manufatura já registrada?

    Está inventando um novo A37, com o projeto do que já existe e vai renomeá-lo como Roland A37 plus G, Flex, Tiptronic, 2.0, 16V, Ecologic e registra-lo como invento seu? Vai vende-lo na 25 de março com fabricação em série e larga escala com o nome de D-Nalor?

    Ou é apenas um A37, que não vai mais usa-lo e descobriu uma nova utilidade para ele? Seria esta função de controlador mesmo? Controlando algo diferente, talvez sem a casca, sem alguma oitava ou botões?

    As leis descritas acima, referem-se as leis de comercialização e detenção de patentes e inventos ou projeto. Está certíssimo protege-los e esta é a forma correta de faze-lo. Nada contra.



    Cara, Eu pensei em usar um A37(que não fui eu quem fabricou) como aerofólio do meu carro(que não fui eu quem fabricou).

    Quando eu der marcha à ré, o teclado vai tocar parabéns pra você, sozinho através de um programa midi(que não fui eu quem fabricou), conectados a cabos(que não fui eu quem fabricou), em um tablet(que não fui eu quem fabricou), em auto-falantes(que não fui eu quem fabricou). O nome do meu projeto será: Carro-Controlador. Além disto, quando as setas forem acionadas, a primeira tecla da esquerda irá piscar e a ultima da direita também, indicando a direção da manobra do veículo.



    Outro cara que vai ter problemas é este: https://techcrunch.com/2013/07/30/touchkeys-combines-multi-touch-and-k eyboards-for-musical-magic/

    O produto dele, reinventa cada modelo de teclado do qual é instalado. E é impossível mostrar o produto dele, sem mostrar o modelo e marca do teclado. São interligados diretamente aos circuitos do teclado. É mais que um acessório. É uma nova alma do teclado.


    Manda brasa ai mano! Bota esse projeto para frente sem peso na consciência. Qualquer coisa fuja pela porta dos fundos ou coloca culpa em alguém do fórum.

    freitas_silva
    Veterano
    # jan/17 · Editado por: freitas_silva
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    Ao contrário do que parece, não desisti nem esfriei. Apenas fiquei assistindo timidamente o desenrolar da "trama". Agradeço os diversos comentários, conselhos e avisos.

    Estou agora em fase de montagem do computador interno. Depois de mudar de ideia várias vezes, finalmente encontrei algo que vai se encaixar bem no projeto. Senta que lá vem a história.

    Desde quando comecei a estudar a plataforma Raspberry me encantei com a maquininha e com tudo o que eu poderia fazer com ela. Depois, descobri que existe uma infinidade dessas single boards. Na realidade, esse termo é bem novo para mim. Não fazia ideia de quanta gente estava empenhado em desenvolver plaquinhas tão pequenas e tão poderosas.

    Logo de cara eu vi que o Raspberry era muito pouco para mim. Um processador 1.3Ghz, com 1Gb de Ram em um hardware tão frágil não daria conta do trabalho pesado com audio (evidentemente). Então comecei a pesquisar sobre outras empresas que desenvolviam single board mais potentes e encontrei boa opções.

    A minha busca se limitou à plataformas que rodassem windows, pois é o OS que eu uso. Vejam o que encontrei:

    - LATTEPANDA: uma das soluções mais bem pensadas, com configurações que vão até 4Gb de RAM, 64Gb de armazenamento e processador quad-core 1.8Hz. Possuem acessórios como teclas touch e cases feitos especialmente para a marca. O preço dos kits (placa, case, tela, cooler, dissipador, etc..) varia entre 100 a 220 dólares, já com uma versão do Windows 10 instalada.
    Link do fabricante: <a href="http://www.lattepanda.com/products/" target="_blank" rel="nofollow">http://www.lattepanda.com/products/</a>

    - UDOO: a UDOO já tem um tempo no mercado e no passado estava lançado a versão X86, que são mini placas com um hardware invejável. A X86 mais potentes, que leva o nome de ADVANCED, tem um processador quad-core de 2.56Hz, trabalhando em 64bits, juntamente com 8Gb de memória e 32Gb de armazenamento M2. Também compatível com Windows, os kits variam de 150 a 300 dólares, em média.
    Link do fabricante: <a href="http://www.udoo.org/udoo-x86/" target="_blank" rel="nofollow">http://www.udoo.org/udoo-x86/</a>

    - UPBOARD: a empresa já está desenvolvendo a sua versão 2 o UP2, com um hardware parecido com o da UDOO, mas com memória DDR4 e armazenamento de até 128Gb. Esse modelo, em especial, já estava de olho e decidido a comprar na pre-order, mas acabei desistindo por alguns detalhes que contarei a seguir.
    Link do fabricante: <a href="http://www.up-board.org/upsquared/" target="_blank" rel="nofollow">http://www.up-board.org/upsquared/</a>

    É importante salientar que essas plaquinhas possuem wifi, bluetooth, saída HDMI, audio, portas USB, chips aceleradores gráficos e vários outros recursos. Existem dezenas de outras marcas e modelos empenhadas em construir essa belezinhas. Muitas são as vantagens: pequenas, componentes soldados, hardware relativamente potente (alguns modelos), etc. Entretanto, alguns fatores me fizeram desistir da compra (para esse projeto especificamente):

    01. UP2 só tinha previsão de produção para final de fevereiro de 2017. Até chegar aqui no Brasil demoraria mais uns dois meses. Não queria esperar até abril!
    02. Dificuldade para futuros upgrades, pois os componentes são soldados na placa.
    03. Plataforma muito recente. Precisaria de mais testes para garantir sua eficiência, bom rendimento e durabilidade.

    Sendo assim, resolvi enveredar por um outro caminho: montar um mini computador, eu mesmo! Como já está tarde e o post já ficou grande, amanhã conto mais sobre isso.

    Abração amigos.

    SILVANOFDS
    Veterano
    # jan/17
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    Existem umas placas com a nomenclatura de ITX que tem até entrada para placa de vídeo PCI ex.
    Pode parecer maluquice mas placas mãe com vídeo offboard desafogam bastante o processador e são fáceis de se encontrar.

    freitas_silva
    Veterano
    # jan/17
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    Amigo SILVANOFDS, já tenho ciência das placas MINI ITX, inclusive enveredei por esse caminho mesmo. As MINI ITX têm 17x17cm, além dos mesmos recursos de uma placa-mãe "convencional".

    Optei pelo modelo H170N da Gigabyte. Uma baita placa, com inúmeros recursos. A partir dela fui escolhendo os outros componentes e já tenho a maior parte do hardware, mas ainda faltam alguns detalhes. Estou só esperando o gabinete (também em formato "mini") chegar, para ver como ficará a disposição dos componentes.

    No momento tenho um Intel Core i5 6500 Skylake (6² geração), duas memórias Corsair Vengeance LPX 8Gb Ddr4 (totalizando 16gb), um HDD Seagate de 1Tb com 128Mb de cache (ultra rápido / apenas para arquivos), um SSD Kingston hyperx 3k 120Gb (apenas para o sistema), além da placa-mãe.

    Quanto ao uso de placa de vídeo, acho bem dispensável, pois irei trabalhar apenas com audio, embora eu saiba que um vídeo off-board dê um "refresco" ao processador. Outro problema é que a H170N possui apenas um slot PCI-E e eu estou estudando a possibilidade de colocar uma placa de audio, para assim não precisar usar a interface USB.

    Ainda está faltando uma boa fonte de alimentação, mas só vou comprar depois que souber bem como ficará o esquema de montagem, ou seja, quando o gabinete chegar.

    freitas_silva
    Veterano
    # jan/17
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    Passando só para dizer aos amigos que ainda estou vivo e o projeto está caminhando. Algumas coisas chegaram muito atrasadas (culpa dos correios).

    Grande abraço!

    DuduXP
    Veterano
    # jan/17
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    Aguardando...

    SILVANOFDS
    Veterano
    # jan/17
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    Quanto ao uso de placa de vídeo, acho bem dispensável, pois irei trabalhar apenas com audio

    Também pensava assim antes de adquirir uma NVIDIA offboard pra jogos.
    Depois que coloquei ela aqui no PC aonde tenho DUAL BOOT (Um Sistema pra Áudio e outro uso normal) Houve diferença brusca no processamento pois não há pedido para o processador na renderização de gráficos.
    Olhando a sua placa mãe pude ver que é uma excelente placa, só fica devendo na parte gráfica pois não há um gerenciador gráfico de peso (AMD,e NVIDIA )
    Por mínimo o consumo que há um programa de áudio na parte gráfica pode sim aumentar o efeito "gargalo" inclusive o consumo de memória compartilhada.que sua placa onboard consome até 512mb.
    Sem contar que a sua placa tem saída USB 3.0 e já tem no mercado placas USB 3.0 a um preço salgado kkk.
    Lembrando que tem placas de vídeo barata com baixo consumo energético e com processamento superior a onboard.
    Mas aí é com você amigo , tem o lado da fonte também pois fontes ITX tem menos Watts e tem aquele problema de refrigeração do gabinete.

    freitas_silva
    Veterano
    # jan/17
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    SILVANOFDS

    Por mim não seria problema colocar uma placa de vídeo, mas tem diversos pontos que me fazem pensar duas vezes, alguns você mesmo já citou:

    - O consumo de energia nos mini PCs deve ser sempre o mínimo possível. Fiz um cálculo e com todos esses componentes irei precisar de em média 125W de potência para alimentar o sistema. Lembrando que eu ainda conectarei outros periféricos que serão alimentados pela USB e ainda a taxa de "ineficiência" da fonte, precisaria de no mínimo 160W, pra ficar bem seguro. Consegui uma fonte de 180W real, que infelizmente não tem selo 80 PLUS, mas já alimenta super bem e se acomoda bem dentro do gabinete. Colocar uma placa de vídeo seria, de certa forma, um risco, visto que estou operando "no limite".

    - O tamanho do gabinete me deixa muito limitado a quantidade de componentes que eu posso instalar.

    - Preocupo-me DEMAIS com a refrigeração do gabinete. Uma placa de vídeo, embora tenham refrigeração própria, deixaria a montagem ainda mais mais "espremida", prejudicando a ventilação.

    Bem, algumas dessas coisas são especulações, viste que ainda estou esperando o gabinete, infelizmente. Depois que ele chegar e eu ver a disposição das peças, saberei o que é viável ou não.

    freitas_silva
    Veterano
    # fev/17
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    Boa tarde amigos. Finalmente estou com todos os componentes e agora pude tirar todas as medidas e desenhar o protótipo. Aqui vão algumas renderizações parciais:

    https://modkeys.files.wordpress.com/2016/12/5.png

    https://modkeys.files.wordpress.com/2016/12/2.png

    https://modkeys.files.wordpress.com/2016/12/1.png

    https://modkeys.files.wordpress.com/2016/12/4.png

    https://modkeys.files.wordpress.com/2016/12/6.png

    freitas_silva
    Veterano
    # jul/17 · Editado por: freitas_silva
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    Boa tarde amigos, ainda lembram de mim? rs...

    Deixei o projeto em standby por alguns meses mas a umas duas semanas retomei. Algumas coisas mudaram e vim por aqui mostrar o resultado parcial do projeto. O mesmo já está sendo confeccionado por um profissional de uma cidade vizinha, especializado em hardcases, e deve ficar pronto em no máximo duas semanas.

    FOTO RENDERPREFINAL

    Na parte de baixo em tenho o keybed de um Roland A-37 e que dele foram aproveitados 4 botões do painel e alavanca de pitch/modulation (fora a placa interna onde ficam as conexões principais).

    Em cima agora vai ficar o Novation Ultranova, que adiquiri faz quase um mês.

    À direita vai ficar a mini CPU e à esquerda um amplo espaço para acomodar a interface de audio USB (Komplete Audio 6 na NI), iPad (que será usado como monitor, player e, por vezes, como midi controller ), celular, partituras, etc...

    Os dois teclados estarão conectados via MIDI na CPU, um por meio do 5 pinos da placa da audio e o outro por USB.

    Na parte traseira tem inúmeras conexões, tanto para a placa de audio externa e pedais, quanto para o ultranova (que tem uma placa de audio interna). São dois grupos grandes de 8 conectores contemplando saídas MAIN e AUX, INPUTS e pedais de SUSTAIN E EXPRESSÃO, além de um par de saídas especificamente para o iPad.

    Todo o sistema será alimentado por fontes individuais e um bom filtro de linha que ficará preso dentro da carcaça e se conctará à tomada externa através de um conector AC comum localizado na parte de tras.

    O próprio mod de madeira terá uma tampa deixa todo o sistema em forma de hardcase, facilitando o transporte. Com exceção do keybed roland, que será parafusado, todo o resto será preso na carcaça por velcros (já fiz o teste a fixação é perfeita e muito confiável), para o caso de eu precisar utilizar os equipamentos fora do mod.

    No mais é isso. Dentro de algumas semanas, postarei o resultado, contente e feliz. Grande abraço!

    Synth-Men
    Veterano
    # jul/17
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    Opa!

    A coisa tá andando!

    freitas_silva
    Veterano
    # fev/19
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    Bom dia!

    Depois de anos empurrando esse projeto com a barriga, resolvi finalmente retomá-lo. O "profissional" que supostamente se comprometeu a fazer meu projeto acabou me dando uma enorme dor de cabeça, o suficiente para engavetar minha ideia por mais de 1 ano.

    No fim das contas, foi muito bom, pois tive tempo para aprimorar a ideia. Nesse meio tempo adquiri outros equipamentos e o projeto ficou bem mais interessante.

    Pra não ter mais que depender dos outros, eu mesmo farei a montagem. Abaixo segue algumas fotos de como ficou o render final...

    ------------------------------------------------------
    Agora ele tem a forma de um verdadeiro hard case, pronto para a estrada. Todo construído de madeira, revestido com couro sintético e peças de tapeçaria.
    https://drive.google.com/open?id=18ng3v-MBeOTPJpDPOcxDk3fJ_mfFlleQ
    https://drive.google.com/open?id=1Htad8cVZl2zRxpTDMSSgOyWwJLQJbbhE
    https://drive.google.com/open?id=1wPU72tiN0LbID2E1kVWhM-YohHxo8-8i
    https://drive.google.com/open?id=1yVjQLv5dXLajAikWcNnf2ACHmxhoZb7r
    https://drive.google.com/open?id=1ON8hWwBpJDpb9idwvBkuL5Mb5J5eidAP

    ------------------------------------------------------
    Removendo a tampa, tem-se acesso ao interior, com um teclado imbutido (keybed do Roland A37), um monitor touchscren de 14 polegadas preso a um suporte articulado e um teclado de até 4 oitavas na parte superior, nesse caso, um Ultranova da Novation (bloco azul).
    O teclado superior ficará fixado por tiras de velcro, esquema muito usado em padalboards. O teclado de baixo será parafusado diretamente na chapa de madeira inferior.
    https://drive.google.com/open?id=1ec8MgoNpspF4QDxFcj1o2W-EUJhW6A_r
    https://drive.google.com/open?id=1GeKYLBy7xcZtmjimsSjfT_CFwxieGGYC
    https://drive.google.com/open?id=1lLAVDe7waTfNiVUCJbO-YAYqXBxmiK6L

    ------------------------------------------------------
    O painel superior terá travas que permitirão destacá-lo para ter acesso a parte interior, onde ficarão as motherboards do A37, uma CPU e uma fonte colmeia, que alimentará todo o sistema.
    A CPU interna conta com um processador i5 6500, 16gb de RAM de 2400mHz, um SSD de 500gb + um M.2 de 250gb, sendo alimentadas por uma fonte de 200W com PFC ativo. Tudo montado num gabinete de 30x20x8 cm, da K-Mex.
    https://drive.google.com/open?id=1IR_0lAUezcMt-UdYBwkllNLsXIr3UiW_

    ------------------------------------------------------
    Na lateral, dois pares de saídas principais (XRL e TRS) + duas saídas TRS auxiliares / dois pares de entradas para pedais (sustain e expressão) / conector para cabo de força / botões de start e reset do PC.
    Farei cabos extensores dentro da carcaça para concentrar todas as conexões no painel lateral.
    https://drive.google.com/open?id=1amj2K49AEBB6r6bXcL0IJKsBp1Xu_GZT

    Quanto à interface de audio, o próprio Ultranova já possui uma e é boa o suficiente para atender a grande maioria dos trabalhos. Mas, no caso de precisar de algo a mais, tenho um 404HD da Behringer que pode facilmente ser incorporada no sistema e utilizar os mesmos conectores do painel lateral.

    apaixonados por teclado
    Veterano
    # out/20
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    freitas_silva

    Posta novamente os resultados, fiquei anos sem acessar o FCC e as fotos não estão mais disponíveis.
    Fique curioso rsrs

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