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Mensagem |
marcelorsc
Veterano |
# fev/12
Oi,
Sobre o Electone Stagea
Desde que vi pela primeira vez a demonstração do Yamaha Electone Stagea fiquei impressionado - um aparelho reproduzia uma orquestra inteira. Star wars, diversas trilhas sonoras, reproduzidas como o original, e por uma pessoa só (até crianças!). Para quem não conhece vale uma pesquisa no YouTube...
O segredo está no sistema de registros, onde as diversas vozes são pré-programadas (múltiplos instrumentos) e vão mudando sozinhas, conforme se avança nos compassos da música (é preciso saber tocar no tempo) nos dois teclados e nos pedais (permitindo a execução de 3 de uma vez). Há no aparelho botões luminosos bem junto aos 2 teclados (entre elas) onde pode-se alterar os registros manualmente - mas em geral são usados no automático e vê-se as luzes mudando automaticamente enquanto se executa.
Pode-se pré-programar manualmente cada registro e sua sequência, ou comprar cartuchos com músicas pré-programadas - por exemplo pode-se comprar um cartucho que já tem as sequências de registros exatas para a trilha sonora de Indiana Jones, e então claro pode-se estudar a música e tocar no tempo para que o efeito ocorra!
Mas por alguma razão me parece que esse aparelho só é vendido no Japão - nem nos EUA tem venda regular (tanto lá quanto aqui só algumas importações pontuais, e obviamente caríssimas). Apesar da sofisticação, me parece que o público alvo desse aparelho no Japão é o pessoal, não o profissional.
A dúvida
O que queria perguntar é se existe alguma opção ao Stagea - se há outros equipamentos disponíveis no Brasil que ofereçam esse tipo de recurso - os registros programáveis (vários instrumentos), e com a mudança automática seguindo os compassos da música, ou mesmo com a opção de se comprar registros previamente preparados para trilhas sonoras mais elaboradas (lazer).
Vi que há modelos onde pode-se programar alguns bancos com vozes, para troca manual e limitado a poucas vozes, mas não vi nada que parecesse o que o Stagea faz. Não seria necessário ter dois teclados e pedais como um órgão (o que limitaria um pouco talvez), mas seria muito legal esse recurso de tocar trilhas sonoras e orquestras inteiras sozinho... ;-) Existe algo parecido?
Obrigado desde já!
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Edson Caetano
Veterano
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# fev/12
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marcelorsc
Vale lembrar que os Electones custam fortunas hehe
Mas o que está querendo, toda esta automatização é possível com os Sequencer tops de linhas, presentes em Motifs, Fantoms, Kronos, entre outros
É possível tambem utilizar programs de notação como o Notion, Finale, Sibelius e compor tudo e automatizar diversas linhas
E a fonte de registros são arquivos midis que podem ser manipulados a vontade do fregues, vai ficar louco com esse mundo hehe
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camiloaquino
Veterano |
# fev/12 · Editado por: camiloaquino
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marcelorsc
Minha formação foi toda em órgão de pedaleira....sempre fui apaixonado com os Electones da vida e hj posso te falar que são os instrumentos mais completos que já vi. Tenho um El-90 e recentemente comprei um D-DECK. Vc perguntou se tem algum semelhante ao Stagea (ELS-01 ou ELS-01C) e a resposta é o D-DECK (ou DDK-7 como é conhecido em outros países). Consegui trazer o D-DECK do Japão por um preço de R$ 28.700,00....muito mais barato que os mais de R$36.000,00 que estavam querendo me cobrar. Um ELS-01C por exemplo (top de linha) sai por mais de RS45.000,00....muita grana né!!!! Se vc não se importar com modelos mais antigos, mas de grande qualidade, parta para um EL-90 (igual ao que eu tenho) ou um EL-900 (geração mais nova do EL-90). Vc encontra com preços variando entre 9 a 15 mil. Realmente aqueles botões de registro são uma mão na roda para trocar os sons. Vc programa TODAS AS CARACTERÍSTICAS DO ÓRGÃO por estes botões (tipos de timbres, qual bateria e repique, tempo, arpejos, sustain, reverb, chorus, filtros, volume......) A cada botão vc tem todo um registro diferente e consegue mudar estes registros no pé ou no sequencer (que faz as mudanças automaticamente). A qualidade do som do D-DECK e Stagea são do Tyros 2 (AWM 2) e vc consegue editar vozes, criar seus próprios rítmos (com até 4 variações+3 intro+3ending+4 fill in+1 break)....posso te dizer que é fantástico e NÃO HÁ CLICKS DE SOM quando vc muda os registros E A BATERIA NÃO CORTA TB. Digo que é mais poderoso que o modo LIST do Kronos (caro que não tem 1 milésimo do poder de edição do Kronos, mas essa não é a proposta de um Electone). O D-DECK como o Stagea tem 274 tipos de acompanhamentos e arpejadores com 5 instrumentos, com acompanhamento e timbres configuráveis (mas claro que não chegam aos pés dos arpejadores do Motif e muito menos da função KARMA do Kronos). Vc possui tb até 4 sequenciadores que lembram a função Pattern do Motif (isso mesmo...apenas lembram. A função Pattern é muito superior). Com estes sequenciadores vc grava MIDI, reproduz melodias, troca de registros automaticamente, tudo bem simples e fácil de operar. São mais de 400 sons diferentes (tanto p o Stagea quanto para o D-DECK) e vc ainda pode criar seus sons e salvar tudo isso em pen-drive. Show de bola...desconheço sintetizadores ou workstation com estas praticidades. Inclusive acho que a Roland tentou colocar um pouco destas funções no Jupiter 80 com aqueles botões abaixo do teclado (que vieram da linha de órgãos Atelier da Roland). São 8 osciladores independentes e totalmente configuráveis....realmente uma coisa fantástica. Infelizmente estes produtos não são vendidos aqui nas américas e vc tem mesmo que trazer do Japão (tocar órgão no Japão é culturalmente normal e existem inúmeros festivais e competições. Se não me engano é ensinado nas escolas). A Yamaha é na minha opinião a empresa mais avançada na fabricação de Electones. Pra quem gosta, vale o investimento. Espero ter ajudado. Abraço.
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marcelorsc
Veterano |
# fev/12
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Oi,
Obrigado pelas respostas. Realmente, é uma fortuna mesmo! Vou dar uma olhada no que os sintetizadores e sequencers podem fazer, conforme eu for aprendendo no mundo dos teclados...
Camilo, que legal o que você escreveu - só me deixou babando mais ainda... ;-)
Todos os que você citou (El-90 ou D-Deck) possuem a possibilidade de se usar cartuchos com programações de trilhas sonoras? Ah, e ele vem com os textos no aparelho em japonês ou inglês?
Realmente eu queria esse recurso do sequenciador automático de registros, os botões de registro e a possibilidade de comprar os cartuchos com as programações prontas, pois meu objetivo é mesmo brincar, como vejo os japoneses fazendo nos vídeos caseiros no Youtube... Não seria necessário poder criar pessoalmente essas programações de todos os parâmetros que você falou.
O preço dele aqui é superior a de muitos equipamentos profissionais - mas pelo que me parece no Japão o uso é doméstico, para lazer - então suponho que lá seja muuuuuito mais barato. Tem ideia quanto sai localmente para um japonês um Electone Stagea ou D-Deck básico?
O que podemos é torcer para a Yamaha um dia perceber esse mercado, de amadores, nos EUA e também no Brasil, sem pretenção de palco (talvez exceto competições, mas não shows profissionais) que queiram se divertir tocando trilhas sonoras complexas por um custo acessível. Poderia haver uma versão mais simples, com um teclado apenas (sem pedaleira), mais compacto e portátil, mas com esses recursos para se tocar composições complexas de forma fácil* e divertida. Acho que teria que custar até R$ 5k no máximo para isso...
*Não disse que não tem que estudar a música para sair um bom resultado. No mínimo para usar o sequenciador tem que saber tocar no tempo e sem pular nenhum compasso...
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camiloaquino
Veterano |
# fev/12 · Editado por: camiloaquino
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marcelorsc
Os textos do El-90 são em ingles mesmo, pois estes órgãos foram produzidos numa época em que eram comercializados aqui nas américas (anos 90). Ja no D-DECK vc pode escolher entre ingles e japones. Na verdade vc não compra cartuchos com programações....o El-90 por exemplo tem um flop disk para disquetes 1.44" (aqueles que não usamos mais porque deram lugar para o CD e pen-drive). Já o D-DECK que é mais novo, vc tem entradas USB. O que vc compra são as programações e os sequenciamentos já prontos. Vc compra junto com as partituras. O D-DECK é a proposta da Yamaha para um Electone portátil (pesa menos de 18 KG) e é vendido só o teclado - na verdade "os teclados" sup. e inf. (a pedaleira, banqueta e estante são vendidas separadamente). Detalhe, o D-DECK não tem sistema de som....vc teria que ter seus próprios amplificadores. O preço de um D-DECK no japão (só o teclado) gira em torno de uns 5 a 6 mil dólares. Não é um instrumento muito barato nem para eles lá no Japão. O El-90 na época em que foi lançado chegava nos EUA por uma bagatela de US$ 13 mil dólares. Se vc for parar para pensar, hj se tem mais tecnologia por um preço mais barato. Agora o ELS-01C sai por uns 15mil dólares nos EUA......bem salgado. Mas comparando com um piano de cauda da Yamaha que pode chegar a custar mais de US$ 150 mil dólares, tá até barato (rsrsrs).
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marcelorsc
Veterano |
# fev/12
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Oi,
Fui dar uma olhada no D-Deck e é nessa direção mesmo que eu imaginava! Mais leve, portátil e mais parecido com um teclado do que um órgão. Muito bom o que ele pode fazer! E você disse que é o modelo de entrada dos Stageas... Fantástico!
Sim, por cartucho estava pensando no disquete. Vi que tem até comunidades onde falam sobre essas programações... Claro que o USB faz mais sentido atualmente! Mas o interessante é se poder comprar as programações prontas dos registros para temas complexos e populares (ex: trilhas sonoras).
Uma pergunta: a mudança dos registros que vemos nas performances é realmente automática, baseada no tempo da música (exigindo boa precisão do tecladista), ou é provocada por algum pedal ou ainda pela música sendo tocada?
Ah, e é fácil ou difícil conseguir no Brasil as partituras e os registros para o D-DECK? São compatíveis com os outros Electones?
Mas ainda acho que um teclado da classe dos mais simples, com um teclado só, um dia podia ganhar aqueles botões de registro e o recurso de importar programações... ;-)
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camiloaquino
Veterano |
# fev/12
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Na verdade a mudança dos registros pode ser automática ou manual (no pedal) e vc consegue configurar isso. Quando se usa sequencer, aí a mudança é automática mesmo...tudo fica automático (pré-programado) como mudanças de registros, paradas da bateria, fill in, mudanças de arpejos, vozes, efeitos. Se vc errar, aperta o pause ou o stop no sequencer volta a tocar novamente. Mas claro que exige muito treino.
Ainda não comprei nenhuma partitura ou registro para o D-DECK e até gostaria de te pedir se vc sabe de algum lugar ou comunidade sobre isso.
Uma coisa interessante é que estes registros servem na maioria para a linha EL e ELS (são compatíveis)
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camiloaquino
Veterano |
# fev/12 · Editado por: camiloaquino
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Tem um rapaz que toca num D-DECK chamado Marco Cerbella. Ele é Italiano se não me engano. Mas o cara toca mmmuuuiiittoooo. Alguns dos registros dele foram comprados e outros ele mesmo fez. Ele explora bem as possibilidades do órgão. Fantástico. Dá uma olhada depois no Youtube.
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Edson Caetano
Veterano
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# fev/12
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Olha aí um colega nosso no Electone dele
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camiloaquino
Veterano |
# fev/12 · Editado por: camiloaquino
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....Se não me engano o modelo dele é um HX-1. Modelo considerado top de linha na época (década de 90 ou 80, não sei ao certo). Basta ver que são 5 oitavas em cada teclado e mais 2 oitavas de pedaleira (modelo profissional) e de quebra um Kronos 88 ali do lado.....muito bom.
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marcelorsc
Veterano |
# fev/12
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Vi os vídeos do Marco Cerbella ao procurar pelo D-DECK no YouTube - ele virou quase um garoto propaganda informal do aparelho... Ótimas músicas mesmo...
Sobre as programações, há um bom tempo atrás, quando descobri os Electones, lembro de ter caído em um fórum onde os integrantes chegavam a trocar registros ou indicar onde se podia fazer download deles, mas foi meio por acaso, googlando... Falavam por exemplo em coletâneas de filmes (ex: Disney)...
É uma pena e estranho que a Yamaha não comercialize isso nas Américas - nem mesmo nos EUA (e há muito tempo). É alguma estratégia besta deles - talvez queiram preservar o mercado de outras categorias mais lucrativas...Se tivesse nos EUA seria mais fácil trazer pro Brasil (mesmo sendo caro - vi num site que o preço é de 399.000 yens que dá 5000 dólares, como o Camilo já havia adiantado). Tem na Malasya, na Tailândia, na Índia... Por que será essa restrição?
Bem, sou iniciante - depois de mais de uma década sem tocar piano resolvi voltar ao teclado para puro lazer, e se houvesse algo parecido com o Electone com o recurso dos registros para se tocar músicas orquestrais (como trilhas sonoras) por diversão, seria o que eu iria buscar. Aparelho muito sofisticado nos recursos de edição de som (mais técnicos), perfeição nos timbres ou voltados ao músico profissional não são o que eu procurava - o conceito do Stagea de se comprar a parte técnica pronta e sair tocando trilhas sonoras complexas por diversão era o que eu imaginava. Por isso vim aqui para ver se havia alguma opção!
Mas isso fica para o futuro, como um sonho de consumo (quem sabe esse conceito o D-DECK não se estende ao mundo e o preço cai com aparelhos mais simples?). No momento as dicas do fórum me mostraram que um teclado básico e de boa qualidade, como o PSR-E423, será uma boa opção para reaprender... Terei que tocar muuuuuuito num desses nos próximos anos para justificar o investimento em um D-DECK... :-)
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fernando tecladista
Veterano |
# fev/12
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troca de timbres eu sempre fiz nos meus rolands e korgs desde os mais antigos
é só deixar o canal do upper no mesmo canal de um track
nesse canal se grava todos os timbres no decorrer da música
fazia isso também com outros teclados o sequenciador dava para trocar os timbres de outros teclados ligados em midi
só ter uma trilha com os prog change e eu também gravava o cc7 para ter o volume no ponto certo
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camiloaquino
Veterano |
# fev/12
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fernando tecladista
Taí uma duvida que sempre tive....com esse sistema vc conseguia trocar os timbres sem cortes do som?
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fernando tecladista
Veterano |
# fev/12
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camiloaquino
com esse sistema vc conseguia trocar os timbres sem cortes do som?
acho que em qualquer teclado vai ser igual
se ele corta tocando "ao vivo" vai cortar no sequenciador
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