Apresentação ao vivo

    Autor Mensagem
    _KOG
    Veterano
    # set/08


    Pessoal, estou com dúvida quanto a apresentações ao vivo.

    Sempre toquei em igreja, toco há mais de 10 anos... e sempre acompanhado de no máximo 1 ou 2 violões. Não tenho experiência de palco, nem mesmo experiência para tocar com bandas.

    Fui convidado para fazer uma gravação de um CD para uma banda de Pop/Rock. No CD deles eles estavam precisando gravar também o teclado, e então fui convidado.

    Viajei para SP e já fiz estas gravações. Uma experiência muito bacana e interessante. Deu tudo certo, tudo bacana, tudo ok!

    Porém fiquei com dúvida de como seriam tocadas estas músicas em um Show sendo que na mesma música eu fiz 3 ou 4 tracks diferentes, em cada uma delas fazendo diferentes solos com diferentes timbres. Algumas ao mesmo tempo, outras mudando entre as estrofes e refrões.

    Na minha cabeça a banda precisaria de 2 ou 3 tecladistas pra executar a música exatamente do jeito que foi gravada. Obviamente sei que nao funciona assim sendo que raramente as bandas tem mais de 1 tecladistas, e quando tem....

    Como é isso é feito ao vivo? Através de notebooks? gravações? MDs?

    Sinceramente antes eu nunca me preocupei em saber como isso era feito. hehehe. Depois dessa experiência é que me veio essa dúvida.

    Não faço parte da banda, mas quem sabe eles não me chamam ne? Queria saber como eu poderia fazer isso.

    E mesmo se eu nao fizer.. como eles não tem tecladista (ainda), como será que eles vão fazer o que eu fiz no CD, nos shows?

    Valeu!!


    Obs: tenho um Juno G.

    Artref
    Veterano
    # set/08 · Editado por: Artref
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    Resposta simples e direta pra você: modo COMBI da Korg (Tr, X-50, Tritons, M3, etc) e um conhecimento razoável de programação por parte do tecladista. ;)

    Você vai precisar fazer splits e layers no seu teclado e os da Korg são, de longe, os melhores para isso. E você vai precisar programar cada música. Prepare-se para ter um trabalhão pra programar tudo. Mas depois que você começar, vai se apaixonar! (E vai se apaixonar pelo modo Combi da Korg também)

    EDIT: Acho que dá pra fazer no Juno, mas não tão bem quanto num bom Korg. É só você fazer splits, layers e as programações necessárias. Quanto mais recurso o teclado tiver, mais coisas você pode fazer simultaneamente. Boa sorte!

    _KOG
    Veterano
    # set/08
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    Artref

    Acho que o Comb do Korg e o Perform da Roland são soluções bem simplistas pra isso. Já que fiz melodias diferentes com diferentes timbres. Juntar os timbres que usei acho que nao resolveria.
    E fazendo split eu acho que nao conseguiria fazer duas coisas ao mesmo tempo, cada um com uma mão, além de difícil também nao ficaria a mesma coisa.

    Sei também que as apresentações ao vivo raramente ficam exatamente as gravações de CD. E também tem efeitos que nem penso em usar. Detalhes demais que ao vivo não faria a menor diferença.. mas tem coisa que já faria falta..

    Mas o que vc quis dizer com programar as músicas? fazer exatamente isso? configurar os splits, layers, etc?

    valeu

    _KOG
    Veterano
    # set/08
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    Artref

    Acho que o Comb do Korg e o Perform da Roland são soluções bem simplistas pra isso. Já que fiz melodias diferentes com diferentes timbres. Juntar os timbres que usei acho que nao resolveria.
    E fazendo split eu acho que nao conseguiria fazer duas coisas ao mesmo tempo, cada um com uma mão, além de difícil também nao ficaria a mesma coisa.

    Sei também que as apresentações ao vivo raramente ficam exatamente as gravações de CD. E também tem efeitos que nem penso em usar. Detalhes demais que ao vivo não faria a menor diferença.. mas tem coisa que já faria falta..

    Mas o que vc quis dizer com programar as músicas? fazer exatamente isso? configurar os splits, layers, etc?

    valeu

    Marcos Bruxo
    Veterano
    # set/08
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    _KOG
    usei o use o sequenser do seu Juno

    grave pista por pista
    faz tipo um resumo de tudo isso
    então só toka as frases de + distaque

    brunoamaral
    Veterano
    # set/08
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    use o sequenser do seu Juno (2)

    E coloca a banda pra tocar no click (metrônomo), senão sai tudo e vira uma zona... rsrs. Mas é isso mesmo que o Marcos Bruxo falou: se vc tem um Juno-G, usa o sequencer dele (dá até pra usar elementos de outros instrumentos, já que ele grava áudio: assim, por exemplo, se a banda só tem um guitarrista e em determinada parte de uma música ele gravou 2 guitarras, vc também pode gravar a segunda guitarra dele no seu sequencer). Tem banda que usa MD, Gravadores Digitais em HD, notebooks... Como vc tem o Juno-G, usa ele! Ah, e não se esqueça: o baterista, pelo menos (o ideal seria todos os músicos), deverá tocar com um fone ouvindo o click do metrônomo, e a banda deve estar bem ensaiada, porque qualquer erro de execução (em especial na métrica da música) pode fazer tudo desencontrar, e aí vira uma zona... boa sorte!

    Artref
    Veterano
    # set/08
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    _KOG, pra quem não quer usar o sequencer, fazer as combis (ou performances) é a melhor opção. Você precisa fazer algumas adaptações - por exemplo: se na gravação você fez um pad, fazendo acordes com a mão direita e baixo com a mão esquerda, ao vivo você poderia fazer os acordes com a mão esquerda, ignorando o baixo (afinal, vai ter um baixista) e liberando a mão direita para tocar outro som. Assim por diante. Você vai precisar ter uma certa habilidade e independência nas mãos, pois dependendo da música fica bem complicado assoviar e chupar cana ao mesmo tempo. Mas cara, é um excelente treino!

    Particularmente acho fascinante a "arte" de programar teclados, adoro fazer minhas combis e fico muito feliz quando consigo fazer vários sons. Com um bom teclado, uma boa programação e um pouco de treino, é possível fazer o trabalho de 2 tecladistas. Dependendo da complexidade dá pra fazer o trabalho de 3.

    Se você preferir usar o sequencer, vá em frente! Só tenha em mente que usar sequencer traz vários problemas, dentre eles:

    -Trabalhão pra sequenciar e fazer tudo soar bem;
    -Aguentar a cara de m**** do baterista, pois ele passa a tocar em função de você. Muitos não curtem;
    -Correr o risco de dizerem que o seu teclado está tocando sozinho ou que sua banda "usa disquete" ou "banda que toca no MD";
    -Você acaba prendendo todos os outros músicos...o cantor não pode mais deixar pra galera e fazer mais 1 refrão, o baterista não pode parar para dar um showzinho, você toca mais preso e preocupado, enfim...

    Computador eu não recomendo, pois é uma trabalheira pra deixar o negócio funcionando, trabalheira pra ligar uma pancada de coisa e ainda corre o risco de travar tudo. Sem falar em outros problemas...

    MD também não gosto...se for pra usar MD, melhor usar o teclado, onde tá tudo na mão e não tem mais coisa pra carregar.

    Detalhes demais que ao vivo não faria a menor diferença..

    Só nessa parte que penso um pouco diferente...pra mim os detalhes é que fazem a diferença ;)

    brunoamaral
    Veterano
    # set/08
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    Artref

    Concordo com vc que usar sequencer (ou MD, ou pc...) pra tocar ao vivo é uma m****! Pessoalmente, nunca usei, nem pretendo usar. Tem todos os inconvenientes que vc citou, e se bobear outros mais. O problema é que, pelo que ele falou, não seria viável fazer os diversos teclados que ele gravou ao mesmo tempo. Por mais independência que tenhamos, realizar dois solos distintos simultaneamente não é fácil não... Se bem que com treino, se vc seguir sempre as mesmas frases (quer dizer, sem solar, mas apenas executando conforme a gravação original), pode ser possível sim. Mas 3 ao mesmo tempo já vai complicando... Então, a sugestão é: se não der pra executar ao mesmo tempo, e vc não quiser deixar o "buraco", usa o sequencer do Juno-G, pois vc já tem ele, é o mais sensato a se fazer. Mas realmente vai ter que convencer o batera...

    fernando tecladista
    Veterano
    # set/08
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    -Aguentar a cara de m**** do baterista

    haha


    eu estou em uma fase de "menos é mais"
    estou doido pra montar uma banda no estilo power trio e fazer a música na raça

    mas pra ficar no tópico
    segue o que comentaram
    toca as partes principais, ve qual detalhe que chama atenção inverte algumas coisas, usa um timbre em cada mão, faz uma performance (combi) especifica pra cada música

    eu estou com um enrosco aqui de uma música que tem piano e orgão e os dois trabalham em toda a música
    vou ter que fazer um combi onde eu deixo só piano pro lado esquerdo e da metade pra direita algo do tipo onde eu toque leve soa o orgão e quando eu tocar pesado soa somente as frases de piano ainda vou ver o que vira

    se a tua parte na gravação foi triplicada a do guitarrista deve ter sido quadruplicada senão vai soar "synth pop"
    também dúvido que não tenha algo que possa ficar pra tras, não deve ter muitos duelos tecladisticos senão não é pop/rock vira progressivo
    e dúvido que o guitarrista está preocupado com a segunda e terceira guitarra que ele gravou, na hora do solo ele vai parar a base e solar e que se fo** o resto

    danielcatolico
    Veterano
    # set/08
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    Particularmente, gosto das duas opções. Em minha banda tocamos com as duas opções.
    Tudo ao vivo, e certo que é mais cheio de liberdade para banda, isso não dá pra negar.
    Mas algumas músicas em sequencer "disciplinam" (coisa que ninguém gosta e alguns fazem cara de m***) a música e algumas execuções mais "cheias" como strings, acordion, loops e sampler ficam mais quentes. Quanto aos improvisos, dá pra fazer também, mas exige habilidade e memóra do tecladista. Conhecendo a fundo a música e o sequencer, eu coloco a música no compasso exato onde eu quero ir e voltar ou ficar. É só a banda ficar ligada no momento e no compasso.
    Enfim, tem espaço pra todos.

    A. Cordeiro
    Veterano
    # set/08
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    _KOG

    Os conselhos dos amigos daqui do fórum em sequênciador e em peformance (que é o modo "combi" da Roland) são de grande valia, mas vc terá bastante trabalho, seja no peformance, em programar divisões, sobreposições dos canais e ainda uma bela indepedência e coordenação motora das mãos pra executar varias frases ao mesmo tempo, seja pelo sequênciador, que como já falaram, uma ou duas músicas ainda vai, mas além disso enche o saco da banda (em especial do baterista) que pra um estilo pop rock (que é tb o que eu toco) a galera é de ser muito "ao vivo", sem ter que se prender a nada.
    Quer um conselho de quem grava e toca ao vivo em banda??! Não é preciso fazer tudo não...mesmo que vc tenha gravado em alguns momentos em 3 a 4 tracks, vc fará aquele que se destaca mas naquele momento, mesmo pq:
    1° se for uma banda de pop rock como o de muitos, a galera não vai nem notar; e se notar, é só fazer o que eles ouvem o teclado na parte do CD de cara;
    2° se considerar pelo estilo, exige-se mais um tecladista que segure parado em acordes, pois em 90% dos casos o destaque e peso fica por conta do guitarrista (mesmo pq nós tecladistas nunca ficamos parados né, queremos aparecer tb...rsrs!!)...
    Se mesmo assim ainda lhe chamarem atenção por faltar algum arranjo que queriam ouvir ( caso raro!) e vc já fazendo outro na hora, então vc divide mesmo no teclado os timbres... mas ainda acho melhor vc procurar algum teclado MIDI pra controlar seu Juno num canal específico ( até qq PSR serviria), e tocando junto com seu Juno seu trabalho se reduziria a no mínimo uns 50% (claro que o trabalho se transferiria pra o leva e traz de dois teclados e mais periféricos...hehe!!)...
    Boa Sorte...té mais.

    Marcos Martini
    Veterano
    # mai/11
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    UP !!!!
    Tecladistas vejam este tópico: Qual é a sua opinião sobre o uso de Sequencer e seus assemelhados em apresentações ao vivo?

    Gostaria de saber opinião de vc's em especial.

    pomtwo
    Veterano
    # mai/11
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    ou entao vc pode fazer menas coisas ,.... isso sempre acontece com bandas famosas ... no cd eh de um jeito e na hora eh de outro ... varios teclados seria tambem uma opçao .. mas acho que nao eh tao viavel...

    talvez uma roupagem diferente da musica ajudaria tambem .. tudo eh valido na hora de fazer musica ..

    Marcos Martini
    Veterano
    # mai/11
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    pomtwo
    ...ou entao vc pode fazer menas coisas...

    É o que sempre faço!
    escolho um dos "teclados" e sigo depois estudo os arranjos em maior destaque.

    R Palma
    Veterano
    # mai/11
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    Bom, todas as hipóteses aqui sugeridas são válidas. Tudo vai depender de como é a música, ous eja, como foi criada e gravada. Tem coisas que dá prá fazer nos modos COMBI e PERFORMANCE (Korg e Roland, respectivamente), tem coisas q vai ter q ser no sequencer.

    Já usei notebook no palco rolando um midi no Sonar. Separava os canais e ia um pro PA e outro pro batera (click). O batera nem reclamava, aliás, ele mesmo sugeriu isso, mas neguinho vivia dizendo que quem tocava era o notebook. Na boa: só músico invejoso que dizia isso, pq o público tava nem aí.

    A solução mais "versátil", leve e pequena q eu encontrei foi gravar as trilhas num MP3 de uns 8cm de altura por 4cm de largura e 1cm de espessura. Ficava ali no teclado grudado com velcro dupla face, e eu disparava quando necessário. Funcionou muitíssimo bem. O interessante era ver os "músicos" das outras bandas procurando de onde saia os sons diferentes. Quanto ao público, que é o que interessa, a galera vibrava......

    Mais comentários vou fazer no tópico que criaram aí em cima.

    Abs!

    Marcos Martini
    Veterano
    # mai/11
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    R Palma
    gravar as trilhas num MP3 de uns 8cm de altura por 4cm de largura e 1cm de espessura. Ficava ali no teclado grudado com velcro dupla face, e eu disparava quando necessário

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Ótima idéia!
    Vou fazer isso tbm!

    Os Juno Di e Stage já de fabrica assim.

    R Palma
    Veterano
    # mai/11
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    Marcos Martini

    No Stage eu sei q dá prá fazer direto do pendrive, ou então espetar um MP3 player na entrada específica prá isso.

    No meu caso, o XP50 não tem nada disso, daí eu uso uma mesinha de 5 canais e controlo tudo por ali. (MP3, teclado, e agora o note com os VSTIs)

    Abs!

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