Técnicas de Jazz

    Autor Mensagem
    alex_almeida
    Veterano
    # nov/06


    Tópico para discutir técnicas de jazz, escalas, teoria, partituras. Tudo que possa ajudar a aprofundar os estudos sobre o jazz.

    alex_almeida
    Veterano
    # nov/06 · Editado por: alex_almeida
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    Teoria Básica



    Intervalos

    Há 12 notas diferentes na música tradicional: Dó, Dó Sustenido/Ré Bemol, Ré, Ré Sustenido/Mi Bemol, Mi, Fá, Fá Sustenido/Sol Bemol, Sol, Sol Sustenido/Lá Bemol, Lá, Lá Sustenido/Si Bemol e Si. Depois do Si vem o Dó uma oitava acima do primeiro Dó, e este ciclo continua. Essa seqüência é chamada de escala cromática. Cada etapa nessa escala é chamada de um meio tom ou semitom. O intervalo entre duas notas é definido pelo número de semitons entre elas. Duas notas distantes um semitom, como Dó e Dó Sustenido, definem uma segunda menor. As notas que estão dois semitons distantes, como Dó e Ré, definem uma segunda maior. Isso também é chamado um tom inteiro. De semitom em semitom, os demais intervalos são a terça menor, terça maior, quarta justa, trítono, quinta justa, sexta menor, sexta maior, sétima menor, sétima maior e, por fim, a oitava.

    A maioria desses intervalos também tem outros nomes. Por exemplo, um trítono é às vezes chamado de quarta aumentada se a notação das notas do intervalo parecer descrever uma quarta. Por exemplo, o intervalo trítono de Dó a Fá Sustenido é chamado de quarta aumentada, porque o intervalo de Dó para Fá é uma quarta justa. Por outro lado, se as notas do intervalo parecerem descrever uma quinta, aí o trítono é às vezes chamado de quinta diminuta. Por exemplo, o intervalo trítono do Dó ao Sol Bemol, que é na verdade o mesmo que o intervalo de Dó a Fá Sustenido, é chamado uma quinta diminuta, porque o intervalo de Dó a Sol é uma quinta justa. Em geral, se qualquer intervalo maior ou perfeito é aumentado em um semitom pela inclusão de um acidente (a indicação de bemol ou sustenido numa nota), o intervalo resultante é chamado aumentado, e se algum intervalo menor ou perfeito é reduzido em um semitom pela adição de um acidente, o intervalo resultante é chamado diminuto.


    Escalas Maiores e Menores

    Todas as escalas são simplesmente subconjuntos da escala cromática. A maioria das escalas tem 7 notas diferentes, mas algumas têm 5, 6 ou 8. A escala mais simples, que será usada como um exemplo para a discussão de acordes, é a escala Dó Maior, que tem "Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si". Uma escala maior é definida pelos intervalos entre essas notas: "T T s T T T (s)", onde "T" indica um tom inteiro e "s", um semitom. Assim, uma escala Sol Maior tem "Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá Sustenido", com um semitom levando ao sol que iniciaria a próxima oitava.

    A escala que consiste das mesmas notas da escala de Dó Maior, mas começa no Lá ("Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol") é uma escala de Lá Menor. Ela é chamada de escala relativa menor de Dó Maior, já que é uma escala menor construída com as mesmas notas. A relativa menor de qualquer escala maior é formada quando se toca as mesmas notas a começar pela sexta nota da escala maior. Assim, a relativa menor da escala de Sol Maior é Mi Menor.

    Uma peça que é baseada numa escala específica é considerada como da tonalidade dessa escala. Por exemplo, uma peça baseada nas notas Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si é considerada como sendo ou da escala de Dó Maior, ou da de Lá Menor. A progressão de acordes da peça pode distinguir os dois. Do mesmo modo, uma peça baseada nas notas Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi e Fá Sustenido está ou em Sol Maior ou Mi Menor. Quando a palavra "maior" ou "menor" é omitida, presume-se "maior". O conjunto de notas bemóis e sustenidas numa escala define a armadura de tom da tonalidade em questão. Assim, a armadura de tom de Sol Maior contém um Fá Sustenido.

    Você deve tentar tocar várias escalas maiores e menores. Talvez seja bom escrever as notas de cada escala, ou comprar um livro como Scales For Jazz Improvisation, de Dan Haerle, que contém muitas escalas já soletradas para você. As escalas mais complexas descritas abaixo devem ser soletradas e praticadas. Os ouvintes de jazz devem tentar o bastante de cada escala para se tornar familiar com seu som. Em muitos casos, somente uma tonalidade será suficiente. Os músicos devem praticar cada escala em todas as doze tonalidades por sobre toda a gama de seus instrumentos até que tenham completa maestria sobre todas elas. Entretanto, não se deixe afogar pelas várias escalas a ponto de ficar frustrado e nunca avançar para as próximas seções sobre como aplicar a teoria. Você deve começar a aplicar a teoria quando tiver algum comando dos modos dórico, mixolídio, lídio e lócrio descritos abaixo.
    Acordes

    Um acorde é um conjunto de notas, geralmente tocadas ao mesmo tempo, que formam um relacionamento harmônico específico entre si. O acorde mais básico é a tríade. Uma tríade, como o nome dá a entender, é composta por três notas, separadas por intervalos de uma terça. Por exemplo, as notas Dó, Mi e Sol tocadas juntas formam a tríade Dó Maior (C). Ela é chamada assim porque as três notas vêm do começo da escala de Dó Maior. O intervalo de Dó a Mi é uma terça maior, e de Mi a Sol, uma terça menor. Essa ordem de intervalos define uma tríade maior. Uma tríade de Sol Maior (G) é composta por Sol, Si e Ré; outras tríades maiores são construídas de maneira similar.

    As notas Lá, Dó e Mi formam a tríade Lá Menor, assim chamada porque as notas do vêm do começo da escala Lá Menor. O intervalo de Lá a Dó é uma terça menor, e de Dó a Mi, uma terça maior. Essa ordem de intervalos define uma tríade menor. Uma tríade Mi Menor é composta de Mi, Sol e Si; outras tríades menores são construídas de maneira similar.

    Os outros dois tipos de tríades são a tríade diminuta e a tríade aumentada. Uma tríade diminuta é como uma tríade menor, mas a terça maior no topo é reduzida a uma terça menor. Assim, uma tríade Lá Diminuta seria formada trocando o Mi da tríade Lá Menor por um Mi Bemol. Uma tríade aumentada é como uma tríade maior, mas a terça menor no topo é aumentada para uma terça maior. Assim, uma tríade Dó Aumentada seria formada pela troca do Sol numa tríade de Dó Maior pelo Sol Sustenido. Observe que uma tríade diminuta pode ser formada com três notas da escala maior; por exemplo, Si, Ré e Fá na escala Dó Maior. Entretanto, não existem tríades aumentadas ocorrendo naturalmente nas escalas maiores e menores.

    Uma tríade pode ser estendida adicionando-se mais terças no seu topo. Por exemplo, se você pega a tríade de Dó Maior ("Dó, Mi, Sol "), e acrescenta Si, você tem um acorde de Dó com Sétima Maior (Cmaj7 ou CM7), assim chamado porque as notas vêm da escala de Dó Maior. De modo similar, se você pegar a tríade de Lá Menor ("Lá, Dó, Mi "), e adiciona o Sol, você tem um acorde de Lá com Sétima Menor (Am7 ou A-7), assim chamado porque as notas vêm da escala de Lá Menor. O tipo mais comum de acorde de sétima na harmonia clássica, entretanto, é a sétima da dominante, que é obtido adicionando-se uma sétima menor à tríade maior construída a partir da quinta nota da escala maior, que também é chamada de dominante. Por exemplo, no tom Dó Maior, a quinta nota é o Sol, por isso uma tríade de Sol Maior ("Sol, Si, Ré") com uma sétima acrescentada (Fá) é um acorde de Sol com Sétima da Dominante (G7).

    Esses três tipos de acordes de sétima têm um relacionamento muito importante entre si. Em qualquer tom maior, por exemplo, Dó, o acorde construído sobre o segundo grau da escala é um acorde de sétima menor; o acorde feito sobre o quinto grau da escala é chamado um acorde de sétima da dominante; e um acorde com sétima feito sobre a tônica da escala é um acorde de sétima maior. Geralmente se usam algarismos romanos para indicar os graus da escala, com maiúsculas indicando tríades maiores e suas sétimas, e minúsculas indicando tríades menores e suas sétimas. A seqüência Dm7 - G7 - Cmaj7 no tom de Dó pode assim ser representada como ii-V-I. Essa é uma progressão de acordes muito comum no jazz, e ela é discutida em muito detalhe mais adiante. O movimento da fundamental nessa progressão é de quartas justas para cima, ou de quintas justas para baixo. Essa é também uma das resoluções mais fortes da harmonia clássica.

    As sétimas também podem ser adicionadas a tríades diminutas ou tríades aumentadas. No caso de uma tríade diminuta, a terça adicionada pode ser uma terça menor, o que cria uma sétima diminuta (por exemplo, "Lá, Dó, Mi Bemol, Sol Bemol", ou Adim) ou uma terça maior, que cria uma sétima meio diminuta (por exemplo, "Si, Ré, Fá, Lá" ou Bm7b5). Uma terça menor pode ser adicionada a uma tríade aumentada, embora esse seja um acorde usado tão raramente que nem tem um nome padrão na teoria clássica. Adicionar uma terça maior a uma tríade aumentada criaria um acorde de sétima só no nome, já que a nota acrescentada é uma repetição, uma oitava acima, da fundamental (a nota mais grave) do acorde. Por exemplo, "Dó, Mi, Sol Sustenido, Dó". Tecnicamente, a sétima é um Si Sustenido em vez de um Dó, mas nos sistemas modernos de afinação elas são a mesma nota. Duas notas que têm nomes diferentes mas a mesma altura, como Si Sustenido e Dó, ou Fá Sustenido e Sol Bemol, são chamadas enarmônicas. A teoria clássica é geralmente muito exigente quanto à grafia enarmônica correta de um acorde, mas no jazz, a grafia mais conveniente é geralmente usada.

    Outras extensões para todos os tipos de acordes de sétima podem ser criadas pela adição de mais terças. Por exemplo, o acorde de Dó com Sétima Maior ("Dó, Mi, Sol, Si") pode ser estendido para um acorde de Dó com Nona Maior, pelo acréscimo do Ré. Essas extensões posteriores e alterações formadas abaixando-se ou elevando-se a nota em meio tom, são as marcas registradas da harmonia do jazz, e são discutidas nas seções abaixo. Embora haja uma variedade quase infinita de possibilidades de acordes, a maioria dos acordes usados com freqüência no jazz pode ser classificada como acordes maiores, acordes menores, acordes da dominante, ou acordes meio diminutos. Acordes totalmente diminutos e acordes aumentados também são usados, mas, como será visto, eles geralmente são usados como substitutos para um dos quatro tipos básicos de acorde.



    O Ciclo das Quintas

    O intervalo de uma quinta justa é significativo de várias maneiras na teoria da música. Muitas pessoas usam um diagrama chamado Ciclo das Quintas (ou Círculo das Quintas) para ilustrar esse significado. Desenhe um círculo em que a circunferência seja dividida em doze partes iguais, como num relógio. Coloque a letra C (Dó) no topo do ciclo, e aí nomeie os outros pontos no sentido horário com G, D, A, E, B, F#/Gb, C#/Db, G#/Ab, D#/Eb, A#/Bb, e F. O intervalo entre quaisquer duas notas adjacentes é uma quinta justa. Observe que cada nota da escala cromática está incluída exatamente uma vez no ciclo.


    Círculo das Quintas

    Uma utilidade do ciclo das quintas está em determinar as armaduras de tom. O tom de Dó Maior (C) não tem bemóis nem sustenidos. À medida que você caminha no sentido horário pelo círculo, cada nova armadura de tom adiciona um sustenido. Por exemplo, Sol Maior tem um sustenido (F#); Ré Maior tem dois (F# e C#); Lá Maior tem três (F#, C# e G#); Mi Maior tem quatro (F#, C#, G# e D#); e assim por diante. Observe também que os próprios sustenidos adicionados em cada passo seguem o círculo das quintas, a começar pelo F# (adicionado no Sol Maior), depois o C# (em Ré), daí o G# (em Lá), depois o D# (em Mi), e assim por diante. No caminho oposto, se você seguir o círculo das quintas no sentido anti-horário, as armaduras de tom adicionam bemóis. Por exemplo, Fá Maior tem um bemol (Bb); Si Bemol Maior tem dois (Bb e Eb); Mi Bemol Maior tem três (Bb, Eb, e Ab); e assim por diante. Os bemóis adicionados em cada passo também seguem o ciclo das quintas, começando com o Bb (acrescentado no Fá Maior), depois o Eb (em Si Bemol), daí o Ab (no Mi Bemol), e assim por diante.

    O ciclo das quintas também define escalas. Qualquer conjunto de sete notas consecutivas pode ser combinado para formar uma escala maior. Qualquer conjunto de cinco notas consecutivas pode ser combinado para formar uma escala pentatônica, que será abordada mais tarde.

    Se as notas no ciclo das quintas forem consideradas como nomes de acordes, elas mostram o movimento descendente da fundamental em quintas justas quando lidas no sentido anti-horário. Já se observou que esse movimento da fundamental é uma das resoluções mais fortes que existem, especialmente no contexto de uma progressão de acordes ii-V-I. Por exemplo, uma progressão ii-V-I em Fá tem Gm7 - C7 - F, e os nomes desses três acordes podem ser lidos a partir do círculo das quintas. Pode-se sempre encontrar a nota a um intervalo de um trítono de uma dada nota simplesmente olhando-se na direção diametralmente oposta no círculo. Por exemplo, um intervalo de um trítono a partir de G é Db, e essas notas estão diretamente opostas entre si no círculo.

    *fonte: http://www.jazzbossa.com/sabatella/05.01.basictheory.html

    Ricardo_Adorador
    Veterano
    # nov/06 · Editado por: Ricardo_Adorador
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    alex_almeida

    Cara legal sua iniciativa. Parabéns!

    Faz tempo que não aparece um tópico legal por aqui para discutir. Ultimamente tem um sujeito que vive criando tópicos inúteis e depois fechando....

    keys_all
    Veterano
    # nov/06
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    Puts.. muito bom isso hein!!!... lgl mesmo...

    é isso ai Ricardo_Adorador

    Mitilico
    Veterano
    # nov/06
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    bom tópico....vou aprender com isso!!!!

    alex_almeida
    Veterano
    # nov/06
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    Harmonia da Escala Maior

    Uma grande parte da harmonia do jazz é baseada na escala maior. Como dissemos antes, cada escala maior tem uma relativa menor que é formada quando se toca a mesma seqüência de notas, mas a partir do sexto grau da escala maior. Aliás, outras escalas podem ser formadas usando-se a seqüência de notas de uma escala maior, a partir de qualquer um de seus graus. Essas escalas são chamados modos da escala. A escala maior natural é chamada o modo jônio (ou jônico ou iônico). A escala formada a partir da sexta nota, a relativa menor, é chamada de modo eólio. Os nomes desses modos, bem como outros discutidos abaixo, vêm da Grécia Antiga, embora se diga que esses nomes foram misturados em traduções muito tempo atrás. Embora os modos gregos tenham interesse somente histórico na teoria clássica, eles são fundamentais para o jazz.

    * Escala Maior
    * Modo Dórico
    * Modo Frígio
    * Modo Lídio
    * Modo Mixolídio
    * Escala Menor
    * Modo Lócrio


    Escala Maior

    A escala maior, ou modo jônio, deve lhe ser bem familiar a esta altura. Ela é associada com acordes de sétima maior. No tom de Dó, por exemplo, o acorde Dó com Sétima Maior, notado Cmaj7 (ou C7+), tem as notas "Dó, Mi, Sol, Si", e essas notas delineiam a escala Dó Maior. Se um compasso numa peça de música é harmonizado com um acorde Cmaj7, a escala Dó Maior é então uma escala adequada para se usar na improvisação. A única nota dessa escala que soa ruim quando tocada contra um acorde Cmaj7 é a quarta nota, o Fá. Você pode convencer a si mesmo disso indo ao piano e tocando o acorde Cmaj7 com a mão esquerda enquanto toca várias notas da escala Dó Maior com a direita. A quarta de uma escala maior é geralmente chamada de nota evitada (avoid note) sobre um acorde de sétima maior. Isso não significa que você não possa nunca tocar um Fá sobre um Cmaj7, é claro, mas deve estar ciente do efeito dissonante que isso produz.

    O acorde obtido acrescentando-se uma terça no topo do acorde ("Dó, Mi, Sol, Si, Ré") seria chamada de Cmaj9, e ele implica a mesma escala. Adicionar uma outra terça resultaria em "Dó, Mi, Sol, Si, Ré, Fá", e esse acorde seria chamado um Cmaj11. Por causa da natureza dissonante do Fá nesse contexto, entretanto, nem esse acorde, nem o acorde Cmaj13, obtido pelo acréscimo de uma terça adicional (Lá), são muito usados.


    Modo Dórico

    O modo dórico é construído no segundo grau da escala maior, usando-se as mesmas notas dessa escala. Por exemplo, a escala dórica de Ré é montada com as notas da escala Dó Maior, a partir do Ré, e consiste de "Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó". O modo dórico é muito parecido com uma escala menor, mas o sexto grau é elevado em meio tom. Ou seja, a escala Ré Menor teria um Si Bemol, enquanto o modo dórico tem um Si. Como ele parece tanto com a escala menor, é natural tocar esse modo sobre um acorde de sétima menor. Aliás, ele é usado com mais freqüência do que a própria escala menor. Se você for ao piano e tocar um acorde Dm7 ("Ré, Fá, Lá, Dó") com a mão esquerda, e tocar as notas do modo dórico de Ré e da escala menor de Ré na mão direita, vai provavelmente concluir que o modo dórico soa melhor, porque o Si é menos dissonante contra um acorde Dm7 do que o Si Bemol. Se você usar o modo dórico sobre um acorde de sétima menor, não há notas evitadas.

    Do mesmo modo que com o acorde de sétima maior, você pode acrescentar terças ao acorde de sétima menor para fazer Dm9, Dm11 e Dm13. Esses acordes ainda implicam o uso da mesmo modo dórico. Se você usar a escala menor natural, o acorde de décima-terceira contém a nota Si Bemol, que é um tanto dissonante nesse contexto. Esse acorde é raramente usado, mas quando ele é pedido, é geralmente notado Dm7b6, e é uma das poucas exceções à regra de que a maioria dos acordes são grafados em termos das extensões com números ímpares acima da sétima. Essa regra vem do fato de que os acordes são tradicionalmente feitos pela sobreposição de terças. A notação Dm6 é às vezes um sinônimo de Dm13 quando o Si natural é explicitamente pedido.


    Modo Frígio

    O terceiro modo da escala maior é chamado de modo frígio. Na tonalidade de Dó, uma escala frígia é construída sobre o Mi, e consiste de "Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré". Essa escala, como o modo dórico, também é similar à escala menor, exceto que o segundo grau no modo frígio é rebaixado em meio tom. Ou seja, uma escala Mi Menor teria um Fá Sustenido, enquanto o modo frígio tem um Fá. Se você tentar tocar a escala frígia sobre um acorde de sétima menor, vai provavelmente achá-lo mais dissonante do que a escala menor, por causa da segunda rebaixada. O modo frígio é usado ocasionalmente sobre um acorde de sétima menor, embora geralmente o acorde seja notado como m7b9 como uma dica ao improvisador de que o modo frígio deve ser usado. Há outras situações específicas em que a escala frígia soa bem. Uma delas é sobre um acorde de sétima da dominante com uma quarta suspensa (veja modo mixolídio, abaixo) e uma nona rebaixada, notada susb9. Outra é sobre um acorde específico que eu vou simplesmente chamar de um acorde frígio. Um acorde frígio sobre Mi seria "Mi, Fá, Lá, Si, Ré". Quando o modo frígio é tocado sobre esse tipo de acorde, o resultado é um som um tanto espanhol, particularmente se você acrescentar um Sol Sustenido à escala, resultando naquilo que é às vezes chamado de escala frígia espanhola. Várias músicas de Chick Corea, entre elas "La Fiesta", e boa parte da música do disco Sketches Of Spain, de Miles Davis, usam essa sonoridade extensivamente.


    Modo Lídio

    O quarto modo da escala maior é o modo lídio. Na tonalidade de Dó, uma escala lídia é construída sobre o Fá, e consiste de "Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi". Essa escala é como a escala maior, exceto que ela contém um quarto grau aumentado. Ou seja, uma escala de Fá Maior conteria um Si Bemol, enquanto a escala lídia contém um Si natural. Como o quarto grau da escala maior é uma nota evitada sobre um acorde de sétima maior, essa escala dá ao improvisador uma alternativa. Embora o som da quarta elevada possa soar um pouco incomum no começo, você vai ver que ela é em geral preferível à quarta natural da escala maior. Quando o símbolo Cmaj7 aparece, você tem a escolha entre as escalas maior e lídia. Geralmente, se o modo lídio é especificamente desejado, vai aparecer o símbolo Cmaj7#11. Lembre-se que um acorde Cmaj11 contém um Fá como a décima primeira; o Cmaj7#11 denota que essa nota deve ser elevada em meio tom.


    Modo Mixolídio

    O quinto modo da escala maior é o modo mixolídio. Na tonalidade de Dó, uma escala mixolídia é construída sobre o Sol, e consiste das notas "Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá". Essa escala é como a escala maior, exceto que o sétimo grau é rebaixado em meio tom. Ou seja, uma escala maior de Sol conteria um Fá Sustenido enquanto a mixolídia contém um Fá. Como o acorde de sétima construído sobre o quinto grau da escala maior é uma sétima da dominante, é natural que se toquem linhas baseadas no modo mixolídio sobre um acorde de sétima da dominante. Por exemplo, a escala mixolídia de Sol pode ser usada sobre um acorde G7.

    Do mesmo modo que com a escala maior sobre um acorde de sétima maior, o quarto grau da escala (Dó no caso do Sol Mixolídio) é uma nota um tanto evitada sobre um acorde de sétima da dominante. Entretanto, existe um acorde chamado de acorde suspenso, notado Gsus, Gsus4, G7sus, G7sus4, F/G, Dm7/G, ou G11 sobre o qual não há notas a evitar no modo mixolídio de Sol. A notação F/G indica uma tríade de Fá Maior sobre a nota Sol no baixo. O termo "suspensão" vem da harmonia clássica e se refere ao retardo temporário da terça num acorde da dominante ao se tocar primeiro a quarta, antes de resolvê-la na terça. No jazz, entretanto, a quarta geralmente não é nunca resolvida. O acorde suspenso consiste da fundamental, quarta, quinta, e geralmente também a sétima. A música "Maiden Voyage", de Herbie Hancock, consiste somente de acordes suspensos não resolvidos.


    Escala Menor

    O modo eólio, ou escala menor, já foi discutido. Ele pode ser tocado sobre um acorde menor com sétima, embora os modos dórico ou frígio sejam usados com mais freqüência. Ele é geralmente mais usado sobre um acorde m7b6.
    Modo Lócrio

    O sétimo e último modo da escala maior é o modo lócrio. Na tonalidade de Dó, uma escala lócria é construída sobre o Si, e consiste das notas "Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá". O acorde de sétima construído sobre essa escala ("Si, Ré, Fá, Lá") é um acorde de sétima meio diminuto, Bm7b5. Esse símbolo vem do fato de que esse acorde é similar a um Bm7, exceto que a quinta é rebaixada em meio tom. O símbolo clássico para esse acorde é um círculo cortado por um "/" no meio. A escala lócria pode ser usada sobre um acorde de sétima meio diminuto (também chamado de sétima menor com quinta bemol), mas o segundo grau é um tanto dissonante e é às vezes considerado uma nota evitada.

    alex_almeida
    Veterano
    # nov/06
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    Obrigado Mitilico, keys_all e Ricardo_Adorador! ! ! ! Vamos manter esse tópico e criar outros, sempre com pessoas que realmente estão afim de aprender e trocar experiências! ! !

    *Obs: Sei que já existem tópicos com esse assunto, mas vamos colocar aki tb o setup de cada um...!!! o que acham..?

    Ricardo_Adorador
    Veterano
    # nov/06
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    Sou a favor de pinar o tópico... tem mais alguém aí que ta afim?

    Mitilico
    Veterano
    # nov/06
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    Sou a favor de pinar o tópico

    seria por em "stick"??

    necessita de um moderador achar que vale a pena... eu acho legal a idéia

    alex_almeida
    Veterano
    # nov/06
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    Olha só galera... alguns vídeos legais de lessons de [b]piano blues...![b/]
    Entrem no Youtube e pesquisem "lesson Piano", vão ser listados alguns vídeos, que apesar de n terem legenda, são legais para aprender...!

    Outra dica é o site :http://www.keyboardblues.com , neste site tem alguns vídeos free e alguns para download!!!

    Mauro Lacerda
    Veterano
    # nov/06
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    alex_almeida

    Muito boa essa sua iniciativa, espero que a galera compartilhe também seus conhecimentos. Enquanto eu penso em algo que possa enriquecer o tópico, vou descrever meu Setup:

    SP 76
    Casio CZ 5000 (tou esperando as pedradas hahaha)
    ZOOM 505 II

    Básico, mas muito eficiente.
    Abraço.

    PHILLIPE_SENNA
    Veterano
    # nov/06
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    alex_almeida
    valeuuuuu.........


    setup:

    -Kuzweil SP76 (meu pianão...kkk)
    -Roland E-28 (o quebra galho)
    -Casio CTK-531 (hehehehehe, o bixim da igreja....hauhauhau)

    flw!!!

    alex_almeida
    Veterano
    # nov/06
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    Setup:


    - Alesis Qs 8 (na minha opinião, um ótimo teclado!!!)
    - Triton TR 61 (ótimo teclado, muito versátil!!)

    É isso aí...

    mauriciogama
    Veterano
    # nov/06
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    iai kra, achei manero a sua atitude, me passa ai um exercicio de jazz, com uma sequencia de notas

    alex_almeida
    Veterano
    # nov/06
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    Valew mauriciogama!!! Olha só. me passa um e-mail, derrepente eu posso te ajudar com alguma coisa, ou vc me ajude com alguma coisa...!

    AUTOBOT
    Veterano
    # nov/06 · Editado por: AUTOBOT
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    alex_almeida

    Ô, véio, fala um pouco desse teu TR aí!

    Eu tive um LE e to pensando em comprar esse TR. Que tal o piano acústico dele?

    Tu tem msn pro cara conversar?

    alex_almeida
    Veterano
    # nov/06
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    AUTOBOT

    Cara, ele tem alguns recursos novos, mas no geral ele é bem parecido com o Le... me adiciona aí... alexg_almeida@hotmail.com

    mauriciogama
    Veterano
    # nov/06
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    iai alex meu e-mail é mauriciotavio15@yahoo.com.br, kra me aconcelha ai um livro bom de arranjo, improvisaçao, tecnicas, em fim um livro completo, pois eu botei em minha cabeça que eu ano que vem eu vou tirar no minimo do minimo 2 horas por dia só pra estudar e me aperfeiçoar e me atualizar, e principalmente em jazz , q meu amigos gostam muito de tocar..

    kzartdf
    Veterano
    # nov/06
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    alex_almeida
    pô velho ótima iniciativa!
    tem mesmo muitos videos bons no youtube... to baixando um monte!!!

    Aqui no fórum já postaram tbm video aulas de blues,
    http://forum.cifraclub.com.br/forum/8/136879/

    valeu mesmo pela dica!

    AndersonBisio
    Veterano
    # mar/08
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    Meu Setup:

    Kurzweil sp 76
    Korg I5S
    Korg N364

    AndersonBisio
    Veterano
    # mar/08
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    Meu Setup:

    Kurzweil sp 76
    Korg I5S
    Korg N364

    [i]Meu Setup:

    Estou querendo comprar um modulo agora.. talvez um tr rack... o que acham ?:

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