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Daunpah Membro Novato |
# 30/jun/25 09:36
Olá, poderiam sanar uma dúvida sobre "esquentar" o timbre com equipamentos Valvulados? Seria mais viável, por exemplo: Marshall JH1/Boss MT2<Orange Tiny Terror < return Marshall MG100dfx; ou é mais proveitoso usar o clean do cabeçote<pedais<return do Marshall? Outra dúvida, um pedal Preamp valvulado teria mesmo efeito do cabeçote? Por exemplo: Pedal preamp valvulado<pedal analógico<returno do amplificador; ou como no primeiro exemplo é melhor; pedal analógico<pedal preamp valvulado<return do amp?. Pra simplificar, eu perco o "quente" das válvulas colocando em seguida algo analógico ou digital? Nunca tive equipamentos valvulados, por isso a confusão...
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# 30/jun/25 18:39
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Daunpah Cara... sua dúvida é difícil de responder, pois cada coisa é cada coisa, e, tirar um bom som é mais determinado pela pesquisa que vc faz em seu equipamento do que outra coisa... Abç
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ejames Membro Novato |
# 30/jun/25 23:54
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Se suas dúvidas giram em torno dessa questão de "calor" das válvulas, tem que saber o que exatamente você procura.
Tem muito mito sobre o que realmente contribui no som nessa questão de valvulado vs transistor, acho que você tá se guiando mais pelo o que ouviu falar do que realmente está ouvindo do seu equipamento.
usar o clean do cabeçote
Seria o Tiny Terror? Esse ampli não tem como foco o clean, a filosofia dele é ser um ampli onde você vai ter a distorção das válvulas num volume confortável.
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Daunpah Membro Novato |
# 01/jul/25 02:36
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Entendi... Os pedais analógicos eu tenho, mas não saberia como eles se comportaria com um preamp valvulado, antes ou depois deles... já li aqui no fórum, que é sim possível usar um cabeçote valvulado em um Power de um amplificador transistorizado, desde que a potência seja menor, por exemplo, até 50w num retorno de amplificador 100w, sendo a mesma resistência de 4ohms, no meu caso. Minha dúvida seria, por exemplo, o "poder" das válvulas tende ser a última na cadeia de sinais, somente antes do Power do amplificador, pra que não perca aquele som característico?
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HortaRates Membro |
# 01/jul/25 04:03
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Daunpah
Você tá fazendo confusão com os termos e pode acabar queimando seu equipamento se ligar coisa errada.
já li aqui no fórum, que é sim possível usar um cabeçote valvulado em um Power de um amplificador transistorizado, desde que a potência seja menor, por exemplo, até 50w num retorno de amplificador 100w, sendo a mesma resistência de 4ohms, no meu caso.
Geralmente quando se fala em cabeçote, é um amplificador inteiro com pré-amp e power-amp (pré e potênica) somente sem a caixa com alto falantes. O que se faz é ligar o cabeçote em um gabinete com alto falantes. O recomendado é que a impeância de entrada (Ohms) do gabinete seja exatamente igual à impedância de saída do cabeçote para amplificadores valvulados. Pra transistorisados não tem muito problema, geralmente eles pedem uma impedância mínima e qualquer coisa igual acima vai funcionar mesmo que haja perda de potência.
É possível ligar o pre-amp do Tiny Terror no power-amp (potência) do Marshall MG-100: você ligaria um cabo do "send" to Tiny Terror até o "return" do marshall. Nesse caso, o Tiny Terror funcionaria como um pedal valvulado, e só as válvulas do pré estariam funcionando. Eu particularmente não vejo isso como o uso mais vantajoso do equipamento, uma vez que grande parte da "graça" do Tiny Terror está em usá-lo com as válvulas de power fritando.
O que você pode tentar também é ligar a saída do power-amp (potência) do Tiny Terror nos alto falantes do Marshall MG-100. Não sei se isso é possível, depende de como os alto falantes dele estão conectados. Você teria que saber a impedância dos alto falantes para garantir que está ligando na saída correta do Tiny Terror.
Um aviso importante: nunca ligue seu amplificador valvulado sem conectá-lo em um gabinete. Se fizer isso é provável que ele vá ser danificado.
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ejames Membro Novato |
# 01/jul/25 13:05
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HortaRates
Só um detalhe importante: o Tiny Terror não tem loop.
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HortaRates Membro |
# 02/jul/25 05:02
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ejames poxa, realmente, bem observado! Eu tenho um Dark Terror aqui que tem loop, achei que o Tiny tinha também.
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Daunpah Membro Novato |
# 03/jul/25 05:53
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Agradeço as respostas... É mais jogo mesmo um pedal pré-amp... Mas se usar: Wah-wah < Drive Boost < Pedal pré-amp Valvulado < Pedaleira digital (fx, Chorus, delay, compressor, Reverb, etc...) < Retorno do amplificador. A pedaleira digital vai tirar as características do pré-amp valvulado? Outra dúvida, usar o pedal pré-amp valvulado para dar boost em pedal analógico, por exemplo, um Doctor Drive dando boost em um Metal Zone, irá prevalecer as características do boost ou da distorção?
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HortaRates Membro |
# 04/jul/25 08:26
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A pedaleira digital vai tirar as características do pré-amp valvulado?
Se for usada apenas delay, reverb e modulações não deve afetar o timbre saindo do pedal. Compressor obviamente vai afetar a dinâmica.
usar o pedal pré-amp valvulado para dar boost em pedal analógico
Via de regra, quando você liga pedais de ganho um no outro, o que está por último é o que determina a maior parte do som. Então qualquer coisa valvulada ou não ligada em um Metal Zone vai acabar tendo som de Metal Zone.
características do pré-amp valvulado Você parece estar em busca dessa entidade mística, o "som de válvula", mas sem ter muita ideia do que exatamente isso é. O que está faltando no seu som que você acha que um equipamento valvulado vai te proporcionar?
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Schelb Veterano |
# 04/jul/25 10:27 · Editado por: Schelb
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Realmente acho que a questão aqui esta na compreensão sobre essa mítica do som valvulado, ou do som quente. To dizendo isso, mas no fundo, acho que essas definições variam muito de pessoa pra pessoa e as vezes acho até meio contraditório coisas que pessoas diferentes dizem sobre isso. Mas assim, vou tentar falar o que eu entendo e de repente você vê se é o que você está procurando. Pra mim, no fundo, eu diria que estas são características de compressão/dinâmica, saturação e equalização. As válvulas comprimem, saturam e equalizam um pouco o timbre. Som quente, na maioria das vezes, parece ser um adjetivo pra um som com agudos atenuados e maior presença de médios, sendo que no caso da guitarra também ta relacionado a um pouco de saturação e compressão. Mas você pode ter um som quente e limpo, ou um som quente e mais saturado e eles serem bem diferentes. Por outro lado, geralmente sons muito limpos e fidedignos são considerados sons frios, principalmente se tiverem agudos mais claros e proeminentes. Mas são todas definições subjetivas.
Tendo dito tudo isso e estando ciente que muita gente pode discordar do que eu disse, pra mim, você consegue esquentar seu som com bons pedais de overdrive, eu mesmo gosto muito de usar um morning glory pra esse fim. Pra eu esquentar meu som usando as válvulas do meu amp, eu preciso tocar ele em volumes que nem sempre são possíveis, por isso o pedal costuma funcionar melhor pra mim, com um resultado muito semelhante. Fora que, pra tocar em volumes baixos, simulações digitais também reproduzem bem essas características.
Agora, sobre esquentar o som usando um pré valvulado, isso não vai dar o mesmo resultado do que tocar em um amp usando pre e power valvulado, porque o power também traz características pro som. Mas .... se você usar um pré valvulado você pode ter sim características de som quente e elas não seriam perdidas nem mesmo se você passasse o sinal por dentro de um equipamento digital depois. O problema, como disseram acima, seria você usar uma saturação depois desse equipamento valvulado, porque aí essa última saturação vai colorir o som, trazer sua própria compressão, dinâmica e tonalidade, e pode acabar mascarando as características "de válvula" que vieram antes. Já efeitos de ambiência, desde não usados em exagero, não vão mudar o timbre base, então não influenciam muito se colocados depois. Outra coisa também é que nem sempre prés valvulados aceitam bem distorções na frente, as vezes fica bem ruim inclusive. Pro pessoal que usa distorções muito pesadas, muitas vezes ligar um pedal de distorção direto em uma potência transistorizada pode ficar melhor do que ligar esse mesmo pedal em um pré valvulado. Lógico que isso é diferente também de usar um amp valvulado hi gain, que vai trazer outras nuances. Mas isso varia com cada equipamento e com o gosto de cada um.
Edit.: Um outro exemplo que talvez ajude a clarear: eu tenho um Pedrone Super Clean, é um amp totalmente valvulado, de som bem limpo baseado em fender. Eu gosto de usar um pedal estilo Angry Charlie, que é um marshal in a box, hi gain, na frente dele. Dá um puta timbre. Mas não vejo que meu amp esquente o som do pedal só por ser full valvulado, o timbre que eu consigo não muda muito em um bom amplificador transistorizado, como eu ja tive antes. Nesse caso específico, acho que nem faz muito sentido falar de "som de válvula", apesar de que eu descreveria como "som quente", mas o importante mesmo é que o resultado é muito foda e ta tudo ótimo.
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Daunpah Membro Novato |
# 04/jul/25 18:55
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Entendi, achou a definição que eu queria ter falado, dinâmica e compressão, que faz parecer aquele som mais cremoso, tipo fazer legato com pouco ganho, sabe? Tô vendo um Tubestation, pra usar no clean com uma distorção antes e um boost na frente, ou até mesmo usar a distorção do preamp valvulado com algo dando boost, o jh1, mt2, ou o Orange juice que tenho a disposição... Venho de um v-amp2 que vou aposentar... Agradeço pelo feedback e as respostas.
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LeandroP Moderador |
# 07/jul/25 19:34
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Daunpah
Depende muito do que você procura, aliado às possibilidades do seu amplificador. Se por exemplo, ele possuir um loop de efeitos (send / return), você tem a opção de utilizar um pedal na entrada (antes do pré do ampli), no send (depois do pré do ampli), ou mesmo anular o pré do ampli. A vantagem é que hoje em dia existem inúmeras opções de marcas e modelos, variações do mesmo modelo, o que torna praticamente impossível indicar algo qie seja tão específico e tão certeiro. Aconselho você a pesquisar por modelos básicos de pedais que se tornaram referências pros modelos posteriores. Clássicos como o Ibanez Tube Screamer ou o Overdrive Boss podem te dar um bom norte neste sentido. Eu costumo combinar pedais pra conseguir um timbre hi-gain, somando um drive e um distortion.... Tudo vai depender do seu ouvido e como aquele pedal ou combinação vai soar com a sua pegada e com a sua intenção. Eu já toquei em pedais considerados antológicos e não me identifiquei. E já toquei com modelos feitos por amadores e entusiastas que combinaram muito bem com aquilo que eu buscava. A minha dica é pegar emprestado de algum amigo um ou outro pedal sempre que puder, e experimentar. Atualmente eu voltei a tocar com pedaleiras porque os meus pedais estão pedindo uma manutenção, e a pedaleira veio pra me salvar neste momento. No entanto, eu fiquei tão entusiasmado que acabei deixando de lado a manutenção dos meus brinquedinhos.
Eu gosto muito de usar um Tube Screamer e um DOD Overdrive, e também gosto de combinar os dois. Evito ter muitos drives no meu board porque pra mim mais complica do que ajuda. Mas, via de regra o meu drive se baseia nisso, até agora...
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