Sobre fucionamento de fontes chaveadas e lineares

    Autor Mensagem
    Ismah
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: Ismah


    Acho que entre os milhares de "póticos" sobre o tema, nenhum foi esclarecedor. Trago um texto sobre, escrito pelo Newton C. Braga, um dos pioneiros em desmistificar a eletrônica no braZil.

    Como Funcionam as Fontes Chaveadas (ART1448)

    Pelo seu rendimento, não necessidade de transformadores volumosos e pesados, são as preferidas para os equipamentos de consumo.

    De fato, o uso de transformadores com núcleos de ferrite, operação em freqüência fixa e não isolamento da rede de parte de seu circuito, limita seu uso a este tipo de aplicação.

    Nas bancadas dos laboratórios de desenvolvimento, para o montador amador ou que está desenvolvendo um projeto, as fontes lineares ainda são as preferidas.

    Neste artigo de nosso livro Fontes de Alimentação, vamos tratar dessas fontes, mostrando quais são suas vantagens e onde são utilizadas. Também teremos alguns projetos práticos.

    Para que o leitor entenda melhor seu funcionamento, iniciaremos com uma breve revisão do funcionamento das fontes lineares para que elas possam ser comparadas com as fontes digitais.

    FONTES LINEARES

    Os aparelhos mais antigos como televisores e outros utilizavam fontes do tipo linear.

    Nestas fontes, cujo circuito básico é mostrado na figura 1 temos uma etapa retificadora, de filtragem e um circuito regulador linear que se comporta como um resistor variável ou reostato.

    Neste circuito o transistor Q1 controla a corrente na saída.

    Figura 1 – Fonte linear ou analógica típica

    De acordo com as variações da tensão de saída, um circuito sensor "diz" ao regulador como sua resistência deve variar, aumentando ou diminuindo de modo a agir sobre o circuito de carga compensando as variações de tensão.

    Desta forma, a tensão no circuito de carga pode ser mantida com boa precisão.

    Se bem que este tipo de circuito funcione bem e ainda seja usado em muitas aplicações práticas, ele possui algumas limitações importantes.

    Um deles é que a tensão do circuito é dividida entre o elemento regulador, normalmente um transistor de potência e a carga.

    Isso significa que o transistor regulador estará sempre sendo percorrido por uma corrente intensa e submetido a uma tensão que varia, dissipando assim muita potência na forma de calor.

    O rendimento deste tipo de regulador é portanto baixo, com perdas que podem se tornar grandes em circuitos que exigem altas correntes.

    O segundo problema está no próprio custo do circuito que exige a utilização de transistores de potência com altas capacidades de dissipação e ainda utilizando grandes dissipadores de calor.

    O próprio uso de grandes dissipadores de calor traz ainda outro problema adicional: o circuito deve ocupar muito espaço e ser bem ventilado.

    Para superar estes problemas, os equipamentos de consumo que exigem potências elevadas passaram a utilizar um outro tipo de fonte de alimentação que se mostra muito mais eficiente.

    CHAVEADAS OU COMUTADAS

    As fontes chaveadas, comutadas ou do inglês SMPS (Switched Mode Power Supply) são fontes que controlam a tensão numa carga abrindo e fechando um circuito comutador de modo a manter pelo tempo de abertura e fechamento deste circuito a tensão desejada.

    Para entender como isso é possível partimos do diagrama de blocos da figura 2.

    Figura 2 – Fonte chaveada ou comutada em blocos

    Nele temos um transistor que funciona como uma chave controlando a tensão aplicada no circuito de carga.

    Este circuito é ligado a um oscilador que gera um sinal retangular mas cuja largura do pulso pode ser controlada por um circuito sensor.

    Se o tempo de condução do transistor for igual ao tempo em que ele permanece desligado, ou seja, se ele operar com um ciclo ativo de 50%, na média a tensão aplicada na carga será de 50% da tensão dos pulsos conforme mostra a figura 3.

    Figura 3 – A tensão média depende do ciclo ativo

    Se a tensão na carga cair, por um aumento de consumo, por exemplo, isso é percebido pelo circuito sensor que atuando sobre o oscilador faz com que seu ciclo ativo aumente.

    Nestas condições, a tensão aplicada aumenta para compensar a queda.

    Podemos, portanto, controlar a tensão carga variando a largura do pulso que comanda o transistor comutador.

    Este processo de controle é denominado PWM (Pulse Width Modulation) ou Modulação Por Largura de pulso e tem várias vantagens quando o usamos numa fonte deste tipo.

    A mais importante é que o transistor que controla a corrente na carga funciona como uma chave e portando ou está desligado (corrente nula) ou está ligado (corrente máxima).

    Ocorre que, quando o transistor está desligado a corrente sendo nula não há dissipação de calor e quando ele está ligado sua resistência é mínima, quase zero, e da mesma forma, não há dissipação de calor.

    Se o transistor fosse um comutador ideal apresentando resistência nula quando ligado, e infinita quando aberto, e ainda comutasse instantaneamente, a dissipação de calor nele seria nula, ou seja, não haveria nenhuma perda de energia ou geração de calor na fonte.

    No entanto, isso não ocorre na prática: além de não ter uma resistência nula ao conduzir, o transistor demora certo tempo para comutar com um comportamento que é dado pela forma de onda da figura 4.

    Figura 4 – Momentos em que a dissipação de calor é maior

    Temos então que durante o tempo em que a corrente demora para ir de zero até o máximo e vice-versa, o transistor passa por um estado "intermediário" em que energia é transformada em calor.

    Isso significa que mesmo as fontes comutadas geram calor, mas ele é muitas vezes menor que as fontes comuns lineares.

    Nos equipamentos de consumo como televisores, monitores de vídeo, etc., as fontes comutadas podem usar tanto transistores bipolares de potência como Power FETs e até mesmo SCRs.

    Estas fontes se caracterizam pelo seu alto rendimento, não necessitando de grandes dissipadores de calor e podendo fornecer toda energia que os circuitos de um monitor precisam para o funcionamento normal.



    Como Funcionam

    Para que o leitor entenda seu princípio de funcionamento, vamos analisar um circuito prático, inicialmente dado em blocos na figura 5.

    Figura 5 – Diagrama de blocos para análise do funcionamento

    Esses blocos correspondem a uma fonte comum, com os mínimos elementos. Fontes mais sofisticadas com blocos adicionais podem ser encontradas na prática.

    O bloco de entrada, ligado à rede de energia possui um retificador e um filtro contra EMI.

    O filtro, normalmente é formado por um par de bobinas e capacitores numa configuração típica como a mostrada na figura 6.

    Figura 6 – Filtro de entrada

    O filtro é importante porque uma fonte chaveada ou comutada, como também é camada, produz variações de corrente muito grandes quando em funcionamento.

    O chaveamento corresponde praticamente a uma carga que drena um sinal quadrado da rede de energia, gerando assim uma enorme quantidade de harmônicas que podem causar interferências em aparelhos próximos.

    Essas interferências, que consistem em componentes de freqüências que vão desde a própria freqüência da rede até vários megahertz devem ser evitadas.

    As bobinas, na configuração indicada, mais os capacitores funcionam como um filtro passa-baixas que só deixa passar a freqüência da rede, bloqueando tudo que estiver acima, em qualquer sentido.

    Na maioria das fontes, a retificação é feita por diodos comuns de silício que podem estar ou não ligados em ponte, em configurações típicas como a mostrada na figura 7.

    Figura 7 – O retificador de entrada

    Mesmo as fontes que devem fornecer baixas tensões de saída, como as usadas em computadores, videocassetes, monitores, etc., não usam transformadores, retificando diretamente os 110 V ou 220 V da rede de energia.

    Esse é um ponto importante a ser considerado, pois este setor dessas fontes apresenta perigo potencial de choque se for tocado.

    Os fusíveis de proteção são colocados nesta etapa.

    Temos a seguir o bloco oscilador que produz o chaveamento da fonte, normalmente sendo formado por circuitos integrados especificamente projetados para esta função.

    Esse bloco é alimentado diretamente a partir da tensão retificada e filtrada do bloco anterior, normalmente passando por um circuito redutor, formado por resistores, um diodo zener e capacitor de filtro.

    Na figura 8 temos uma configuração típica de circuito usado com esta finalidade.

    Figura 8 – Configuração básica de fonte

    Observe que, como o ciclo ativo do sinal que esse circuito produz deve variar em função da tensão de saída, mantendo-a constante, existe uma entrada para sensoriamento, que veremos mais adiante como funciona.

    O sinal obtido neste circuito oscilador serve para chavear uma etapa de potência que funciona normalmente com transistores de alta potência, tanto bipolares como de efeito de campo, conforme mostra a figura 9.

    Figura 9 – Chaveamento da etapa de potência

    Os transistores possuem como carga o enrolamento primário de um transformador com núcleo de ferrite.

    Como este circuito de chaveamento funciona diretamente com a tensão retificada e filtrada da rede de energia são usados transistores de alta potência, capazes de manusear altas correntes sob tensões que podem ultrapassar os 400 V de pico.

    O transistor chaveador é o componente mais crítico dessas fontes poois, trabalhando em condições limites facilmente queima.

    Existem variações para esta configuração como fontes encontradas em monitores de vídeo e televisores que, em lugar do circuito oscilador com um CI e um transistor de potência empregam unicamente um SCR como oscilador de relaxação.

    Esse SCR, ligado numa configuração conforme mostra a figura 10, chaveia a tensão contínua de um capacitor que se carrega, numa velocidade que pode ser alterada por um sinal de sensoriamento.

    Figura 10 – Etapa de chaveamento com SCR

    Assim, controlando o ponto de chaveamento pode-se regular a tensão de saída da fonte.

    O bloco seguinte da nossa fonte é o circuito secundário do transformador com núcleo de ferrite.

    Esse transformador pode ter um ou mais secundário, conforme o número de tensões necessárias a alimentação do aparelho.

    Normalmente os secundários podem ser elaborados com fios muito grossos, fornecendo correntes de dezenas de ampères, como no caso das fontes de computadores.

    Na figura 11 temos uma configuração típica para os secundários de uma fonte chaveada de duas tensões.

    Figura 11 – Secundários de baixa tensão de uma fonte chaveada

    Nesses secundários normalmente a retificação é simples como uma excelente filtragem garantida por um capacitor eletrolítico de valor muito elevado.

    Reguladores de tensão comuns, como os de 3 terminais raramente são usados neste ponto, pois a regulagem da tensão é feita a partir do chaveamento do próprio transistor no primário do transformador.

    Essa regulagem é feita por um bloco sensor que pode ter as mais diversas configurações.

    O modo mais simples de se fazer a regulagem consiste em se derivar essa tensão para o circuito oscilador diretamente, usando para essa finalidade um transistor, conforme mostra a figura 12.

    Figura 12 – Circuito regulador de tensão direto

    As variações da tensão de saída são “sentidas” pelo CI que as corrige mudando o ciclo ativo do sinal gerado.

    No entanto, existem casos em que o isolamento da saída deve ser total, caso em que não deve haver uma conexão entre o circuito sensor dessa saída e o oscilador, diretamente ligado à rede de energia.

    Para essa finalidade, a solução mais adotada é a que faz uso de um acoplador óptico, conforme mostra a figura 13.

    Figura 13 – Controle de tensão usando acoplador óptico

    O brilho do LED emissor do acoplador depende da tensão de saída, e esse brilho é sensoriado pelo foto-transistor do acoplador.

    Alterações desse brilho e, portanto, da tensão de saída, alteram a condução do transistor sensor, modificando assim o ciclo ativo do circuito integrado oscilador.

    Variações em torno desta configuração existem, mas como regra geral, os blocos funcionais são os mesmos.

    macaco veio
    Veterano
    # abr/15
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    O Newton C Braga e' um eletronico das antigas (veio mesmo, muito mais do que eu), eu ja li muitos artigos dele, o problema que eu acho dele e' sempre o mesmo, e' que ele nao sabe explicar. Vou explicar de um jeito aqui que talvez ajude os mais leigos a entender melhor.
    Na fonte analogica da figura 1, quem faz o trabalho todo e' o diodo zener, como a frequencia e' baixa (60 herts de rede) o capacitor de filtro se descarrega um pouquinho a cada mudanca do ciclo da frequencia, assim a tensao nao sai completamente retilinia, ela sai ondulada. O zenner sendo de menor valor que essa tensao ele vai jogar pra terra o excesso acima do valor dele. E' como se ele fosse uma lima que raspasse as arestas da ondulacao fazendo ela ficar reta. O transistor Q1 e' so para o zenner nao aquecer (o transistor aquece no lugar dele). O Q2 recebe um pouquinho do sinal da saida em sua base, e se esse sinal variar vai variar a resistencia interna do transistor ajudando ali o zenner (pois o zenner e' fixo). Na maioria das fonte nao tem esse Q2, nao precisa.
    A fonte chaveada na realidade e' a mesma fonte linear nao estabilizada (o termo certo e' estabilizada e nao regulada como dizem). Na fonte linear se aplica uma frequencia de 60 hertz, na chaveada uma frequencia alguns milhares de vezes maior que 60 hertz. No calculo de um transformador quando aumenta frequencia o tamanho do transformador diminui, para um transformador nao importa se essa frequencia tem onda senoidal, quadrada, retangular, qualquer forma de onda. o transistor chaveador abrindo e fechando ele produz uma onda quadrada que e' injetada no trafo com alta frequencia (ao invez da onda da rede). Como esta' em alta frequencia nao da ruido Hummm da rede e o ciclo e' rapidissimo que quase nem precisa de capacitor de filtro (quase nem da tempo dele se descarregar). Para estabilizar da se um jeito de variar a frequencia que abre e fecha o transistor (a partir da variacao de tensao na saida), pois variando esta frequencia de abertura e fechamento (feito pelo oscilador), varia a frequencia injetada no trafo e consequentemente a tensao de saida. O treco fica um circulo fechado, se um variar varia o outro pra compensar.
    Sempre que puder para amperagens ate 1 e meio ampere use fontes estabilizadas linear (se queimar tudo, queima tudo menos sua pedaleira). Se a amperagem for maior, ai o jeito e' usar chaveada porque a linear vai ter um trafo muito pesado, se ela for xing-ling e queimar, sua pedaleira corre o risco de ir pro saco (e e' melhor nao estar segurando nas cordas da guitarra nesse momente funebre).

    Fernando de almeida
    Veterano
    # abr/15
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    Ismah
    macaco veio

    Ótimo tópico e ótimo posts caras ...

    Também sou eletrônico e as vezes o pessoal me pergunta sobre tipos de fontes e ruídos devido as fontes ...

    Se der pra postar um projeto de chaveada uns 2A pro pessoal seria legal ... Eu uso fontes lineares de 1A cada - as tensões são diferentes (9v, 12v e 18V).

    macaco veio
    Você já viu uma fonte chaveada com essas três tensões nas saídas??? (de uns 3 ou 4A)

    Ismah
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: Ismah
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    macaco veio
    Se a amperagem for maior, ai o jeito e' usar chaveada porque a linear vai ter um trafo muito pesado

    Cara sinceridade... Não troco segurança por nada... Mas a pergunta que me faço hoje... Não ouço relatos de 60Hz causar algum problema para os aparelhos alimentados...

    O que quero ver se encontro é um dos esquemas das Chokolate e semelhantes

    OFF o que vc sabe dos "pedais" Batery Kill??? Aparentemente é um pot que regula a saída de x a 9V (ou outra tensão de entrada)... Vi muitos desses fabricados pela PalatinaPedals (gringa).

    Fernando de almeida

    9VDC é padrão, 18VDC vc consegue ligando duas saídas 9VDC em série, paralelo vc somaria a corrente máxima fornecida. Os 12VDC vc conseguiria com essa ligação e aparentemente um Batery Kill que me refiro acima. Mas esse só em fontes com múltiplas saídas, não vou com a cara das Fire...

    Fernando de almeida
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: Fernando de almeida
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    Ismah
    9VDC é padrão
    Sim ... padrão Boss que popularizou entre os fabricantes.


    18VDC vc consegue ligando duas saídas 9VDC em paralelo
    Errado ... Para ter 18V vc deve ligar as baterias em série ... Mas eu prefiro uma fonte com essa saída direto.


    Não ouço relatos de 60Hz causar algum problema para os aparelhos alimentados...
    Comparativo entre fonte landscape e fonte jam pedal - uma com o ruído e outra sem (usado no pedal metal muff ...)



    Ismah
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: Ismah
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    Fernando de almeida
    Para ter 18V vc deve ligar as baterias em série ...

    Erro meu... Pensei uma coisa falei outra. Corrigido acima também.

    Comparativo entre fonte landscape e fonte jam pedal

    Ali tem N fatores... Talvez trocar a chave de lift para ground ou vice-versa resolveria já. Pode ser conflito com outro pedal, ou mesmo poluição da rede... Aqui em terra guarani, não tenho reclamação. Além de que o teste pode ser forjado, não creio muito nessas cousas de internet.

    macaco veio
    Veterano
    # abr/15
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    Fernando de almeida
    Você já viu uma fonte chaveada com essas três tensões nas saídas??? (de uns 3 ou 4A), Resp: nao, e acho que talvez fique dificil de fazer assim pois a mesma tensao e' injetada de volta pra estabilizar, se tiver varias tensoes vai complicar, mas voce ve que fonte de computador tem varias tensoes, mas olha um esquema de uma e veja como e' complicado. Porem usando estabilizadores tipo LM78xx voce pode pegar uma fonte chaveada de 18 e usar varios LMs pra descer a tensao tendo um pra cada saida,
    Ismah
    OFF o que vc sabe dos "pedais" Batery Kill??? Aparentemente é um pot que regula a saída de x a 9V (ou outra tensão de entrada)... Vi muitos desses fabricados pela PalatinaPedals (gringa).
    nunca ouvi falar, porem numa fonte regulada e estabilizada, com um pot voce controla a tensao que voce quer.
    9v e' padrao por causa de 6 pilhas em serie (dao 9v), as fontes se chamavam eliminadores de pilhas e esse padrao surgiu nos anos 60 bem antes da boss. quando surgiu as baterias de 9v (era duro achar pra comprar na epoca) os pedais comecaram a usar (mais ou menos uns 15 anos antes da boss).
    Esse Hummm alto ai no video alto desse jeito e' mais problema do pedal mal projetado do que propriamente da fonte se a fonte for uma fonte linear estabilizada (bem feita), eu ja consertei alguns big muff no passado trocando valor de resistor de coletor que vazavam Hummm porque eles foram projetados pra usar bateria e mais tarde passaram a usar fontes. Porem e' claro, se usar uma chaveada nao da Hummm (e' impossivel), se der nao e' a fonte.

    Ismah
    Veterano
    # abr/15
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    macaco veio
    numa fonte regulada e estabilizada, com um pot voce controla a tensao que voce quer

    E numa linear não?

    macaco veio
    Veterano
    # abr/15
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    e' so uma confusao de nomes, o que chamam de fonte linear e' uma fonte DC estabilizada porque usa zenner ou os LM78xx que nao sao reguladores como chamam eles, sao estabilizadores, ele nao regulam nada, eles estabilizam. quem regula sao outras partes do circuito (alguns transistores e outras pecas) que se ajusta a voltagem com a ajuda de um potenciometro. Ou seja atraves do potenciometro esta se regulando a voltagem que se quer. Parou naquela voltagem os estabilizadores (zenner e 78xx) estabilizam o valor escolhido nao deixando variar, pois eles tem seus valores de ajuste fixo (se sao fixo como podem ser reguladores?). Mas chamam eles de reguladores, fazer o que, querem chamar errado que chamem, quando eu aprendi chamavam de estabilizador DC. Porque tem o estabilizador AC que sao estabilizadores de AC feito de outra maneira. Os nomes vao mudando, hoje voltagem se chama tensao (voltagem e' um nome muito mais adequado), calha de reverb agora se chama tank (porem parece muito mais uma calha do que um tank) e por ai vai. Essa e' a nossa lingua portuguesa. Mais umas duas geracoes e ai muda tudo outra vez.

    Ismah
    Veterano
    # abr/15
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    Ok, com essa confusão de nomes eu que me perdi rsrs

    Vamos deixar por fonte chaveada (usa um clock de HF) e estabilizada (usa o clock de 50~60Hz, da tomada).

    uma fonte regulada e estabilizada, com um pot voce controla a tensao que voce quer

    Nessa fonte, eu teria um trafo, ponte de diodos (supondo retificação de fase completa), um LM38XY estabilizando a saída em XY VDC, e um pot criando um divisor de tensão. Correto?

    Sobre o batery kill é o que tinha pensado mesmo. Aqui (Link do Facebook) o cara da Patina Pedals fala sobre o muffestein, onde entre outras coisas, "have added a voltage knob to emulate the dying battery effect and a voltage LED read out screen".


    Segue uma imagem e o texto completo...

    It is a standard USA Big Muff that i have been tearing apart and modifying for a while. I have added 2 switches for the diode sets (3 way switch for 3 different voicings) and another 3 way switch to either flatten, scoop, or boost the mids. I have also added a voltage knob to emulate the dying battery effect and a voltage LED read out screen. I alwyas hated how big these pedals are so i cut and re-formed it to a much smaller size. I also changed the 9v input to fit the typical boss style plug. The LED is now blue. It is a fun pedal that you can tweak and mod the Big Muff sound.

    Falando especificamente do projeto Dying Battery Simulator 1

    This is a dying battery simulator that regulates the voltage going into any guitar pedal. It allows you to create your own "dying battery" by turning the knob which has a really cool effect on distortion and fuzz pedals. It has a 9v input input and output. This is definitely the smallest pedal i have made to date.

    macaco veio
    Veterano
    # abr/15
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    Correto, o melhor integrado pra fazer isso e' o LM317, ja enfia um pot sozinho num dos pinos dele e ele faz o servico, mas da pra fazer com transistores.
    batery kill esse cara fez uma coisa mas ele nao sabe muito bem o que que ele ta fazendo, isso nao da certo em todos os pedais nao, Depende do tipo de amplificacao do primeiro estagio. No big muff quando diminui a voltagem o transistor amplifica menos, O sinal nao tera volume suficiente pra pra clipar os diodos la na frente, transistor vai comecar a entrar em corte (ate deixar de amplificar) e vai dando um som rachado com pouco volume (meio ala fuzz face). Vai ter que por uns resistores em serie com o pot e com valor menor de pot fazer ele atuar apenas numa parte da resistencia em que realmente modifique a sonoridade. "to emulate the dying battery effect" ou em outras palavras simplesmente reduzir a voltagem, isso e' que e' marketing de falar bonito. kkkk

    Ismah
    Veterano
    # abr/15
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    Achei legal o efeito gerado. Pedais mais sensíveis começaram a senti as mudanças rsrs

    Fernando de almeida
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: Fernando de almeida
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    macaco veio
    LM78xx

    Cogitei isso ... mas esses reguladores tem o limite de corrente na saída, não??? (1A???)


    Na verdade cogitei pegar uma fonte que nem é específica para pedais (e mais em conta em relação ao que é fornecido) - o pessoal deve pensar que fontes para pedais tem algo específico para pedais ... sei lá ... não justifica o preço ...

    Veja só essa: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-639361262-fonte-chaveada-24v-5a -60w-p-cftv-fita-led-som-automotivo-_JM
    São 24V e 5A (pretendo adaptá-la com os LM78xx) - 120W (no anuncio está errado pois marca 60W) por R$30,00 - dá pra ligar uns 100 pedais ou um amplificador com essa fonte - se fosse comprar uma fonte "de pedal" dava pra pegar no máximo uma fonte para 1 ou 2 pedais com esse preço ... Cada LM78xx é no máximo R$1,00 (acho que vou usar 4 ou 5 deles) ...

    Fernando de almeida
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: Fernando de almeida
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    Ismah
    Sobre o batery kill é o que tinha pensado mesmo.
    Cara, essa parada tem que saber usar ... não é em qq pedal e em qq circuito que isso funciona ... dependendo de como regular, o som pode ficar falho ou até ficar sem som ...

    Na boa, a não ser que vc saiba o que está fazendo e o tipo de som que vc trabalha pedir algo assim, eu acho dispensável esse recurso ...

    Já faziam isso com amplis valvulados ... Diminuiam a tensão de alimentação para o circuito e as válvulas se comportarem de modo diferente e isso proporcionava timbres interessantes ... Se não estou enganado (alguém me corrija se eu estiver) o Van Halen usava o timbre "marrom" com esse recurso (assim que era chamado o timbre quando se diminuía a tensão)

    Ismah
    Veterano
    # abr/15
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    Fernando de almeida

    Mas e qual a tensão correta de alimentar um circuito? O Old Monkey já disse lá atrás que o padrão 9VDC vem das 6 pilhas em série...

    Ismah
    Veterano
    # abr/15
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    Fernando de almeida
    esses reguladores tem o limite de corrente na saída, não???

    Consulte o datasheet do CI


    cogitei pegar uma fonte que nem é específica para pedais

    Compre uma de notebook.

    o pessoal deve pensar que fontes para pedais tem algo específico para pedais ... sei lá ... não justifica o preço ...

    Tem algo muito específico: clientes muitas vezes ignorantes e quase sempre supersticiosos...

    Cara, essa parada tem que saber usar ... não é em qq pedal e em qq circuito que isso funciona ... dependendo de como regular, o som pode ficar falho ou até ficar sem som ...


    Creio que os obsoletos, e 100% analógicos todos vão funcionar... Os digitais não sei prever como funcionariam.

    Amplificadores (aqui entram as distorções e boosters também) tendem a diminuir seu headroom. Modulações não sei dizer o que aconteceria, já que cada uma tem um princípio ativo diferente.

    Fernando de almeida
    Veterano
    # abr/15
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    Ismah
    Mas e qual a tensão correta de alimentar um circuito? O Old Monkey já disse lá atrás que o padrão 9VDC vem das 6 pilhas em série...
    Padronizou-se 9V (6 pilhas de 1,5V em série dá 9V)...
    Mas muitos circuitos poderiam trabalhar com mais (não lembro qual vídeo do youtube que o cara colocou 24V num pedal que não sei a marca e funcionou, inclusive proporcionou timbres interessantes)...

    rafael_cpu
    Veterano
    # abr/15
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    Tópico interessantíssimo!
    Pena eu não entender nada de eletrônica para aproveitar bem a discussão.
    Mas sigo acompanhando e aprendendo com os feras aí...

    T+

    Ismah
    Veterano
    # abr/15
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    Fernando de almeida

    Sim, é isso que me referi acima. A maioria dos 100% analógicos trabalha com até 20~25VDC. Mais tensão = mais headroom.... Quando são transistores que alimentam diodos, a coisa fica interessantíssima...

    rafael_cpu

    Bicho, ninguém nasce sabendo... Então é um ótimo princípio.

    Ismah
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: Ismah
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    Fernando de almeida
    Padronizou-se 9V (6 pilhas de 1,5V em série dá 9V)...
    Mas muitos circuitos poderiam trabalhar com mais (não lembro qual vídeo do youtube que o cara colocou 24V num pedal que não sei a marca e funcionou, inclusive proporcionou timbres interessantes)...


    Espero que tenha "alFace buquê"... Olha esse teste realizado pelo Pedrone... Nos comentários tem algo que possa te interessar... sa te interessar...

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