Diferença entre acordes diminuta

    Autor Mensagem
    marquinos
    Veterano
    # ago/08


    Eu encontrei duas posições de acordes diminuta um deles contia por exemplo no acorde de C : C - D# - F# e o outro C - D# - F# - A.
    Existi uma diferença de nome entre esses does acordes? eles vinham
    Cdim e o outro C°.

    thomasmoura
    Veterano
    # ago/08
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    Ambos podem ser considerados diminutos.... Um e triade o outro tetrade.

    Mas a nomenclatura correta do 2o. e `acorde diminuto c/ setima`.

    Pardal
    Veterano
    # ago/08
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    marquinos

    Como o thomasmoura falou, existem duas formas de formar acordes: tríades e tétrades.

    Você pode ler aqui ou procurar essa informação no FCC mesmo, na parte que fala de teoria musical. Enfim.

    Tríades são acordes em que três notas são usadas. As tétrades usam quatro notas. Formamaos acordes com base em uma escala, formando o campo harmônico. Basicamente, você parte de uma escala, que é uma relação formatada entre sons.

    Classificamos os acordes, sejam tríades, tétrades, ou seja lá o que mais (sim, tem bem mais, mas não é importante agora), de acordo com os intervalos presentes nele. Intervalo é a diferença entre uma nota e outra. Analisamos os intervalos à partir da nota fundamental do acorde, e não é à toa que a chamamos de fundamental: é à partir dela que escolhemos as outras notas do acorde, isso é que o construímos.

    Em geral: existem numa tríade dois intervalos com a fundamental, pois além da fundamental temos outras duas notas. Uma delas é a terça, e outra a quinta. Agora vamos bem devagar, ok? Mesmo que você já saiba isso, tenho de levar em conta que outros além de você correm o risco de ler isso, e corre o risco de alguém não saber.

    A terça pode ser maior ou menor. Ela também pode ser diminuta e aumentada, mas isso realmente não importa e complicaria muuuuuuuuuuuito o entendimento nosso por agora. Então vamos fingir que as terças podem ser só maiores ou menores.

    A terça é maior quando a sua diferença em relação à fundamental é de 2 tons. dois tons é a distância entre a terceira corda do violão e a segunda, isto é, entre o sol e o si. Outra terça maior é o mi, quando a fundamental é dó, pois entre dó e mi existe uma distância de dois tons.

    Note que essa relação é recíproca: se si é a terça maior de sol, sol é a terça maior de si, pois a distância é a mesma. MAS estamos analisando a terça ascendente, isto é, pressupondo que a fundamental será mais grave que a terça e que a quinta. Assim, por enquanto, diremos que si é terça maior (ascendente) de sol, mas sol não é terça maior (ascendente) de si.

    Quando a terça de um acorde de tríade é maior, isto é, dista 2 tons da fundamental, o acorde pode ser de dois tipos: maior ou aumentado. Pode ser de outros tipos também, mas seria muuuuuuito complicado explicar isso agora (como dá pra ver, tem muuuita coisa que o Pardal não pode [consegue?] explicar agora...). Para definirmos se o acorde é maior ou aumentado, não basta olhar sua terça, temos de olhar a sua quinta.

    A quinta de uma tríade, em relação com a fundamental, pode ser classificada de três formas: justa, aumentada ou diminuta. Note: não existe quinta menor. NÃO EXISTE!!! É apenas uma forma acadêmica de analisar a questão, e convencionou-se que não existe quinta menor, ok? Nem quinta maior, só quinta justa.

    Uma quinta justa dista 3,5 tons da fundamental. Um exemplo de quinta justa é a distância entre o dó (fundamental) e o sol (quinta justa!). Outro é entre o lá (fundamental) e o mi (lembre que são intervalos ascendentes). Caso, em uma tríade, a terça seja maior e a quinta seja justa, o acorde formado é um acorde maior. Exemplo: temos dó como fundamental. a terça maior de dó é mi, e a quinta justa é sol. Um acorde em que toquemos dó, mi e sol é um acorde perfeito maior. Acordes maiores São encontrados em praticamente todas as escalas, exceto nas escalas diminuta, hexatônica e outras que eu não conheço (e deveria?)

    Uma quinta aumentada dista 4 tons da fundamental. assim, entre o dó e o sol sustenido temos uma quinta aumentada. Acordes de quinta aumentada são raramente usados na música popular pois dão uma profunda sensação de tensão que, ao mesmo tempo, não admite fácil resolução. Tríades aumentadas tem a terça maior mas a quinta aumentada. Se temos dó como fundamental, a terça como mi e a quinta como sol sustenido, temos um acorde de quinta aumentada ou simplesmente maior aumentado. Os acordes aumentados podem ser encontrados quando se forma o campo harmônico de um tom menor com base em sua escala harmônica. tente tocar, por exemplo, um dó maior aumentado e depois um lá menor. Funciona?

    A quinta diminuta dista 3 tons da fundamental. Ela não é usada para formar tríades maiores pois não formaria um acorde perfeito, pois a distância entre a terça e a quinta seria menor do que de uma terça menor (há? boiei professor Pardal). Calma. Isso porque, se você olhar bem, na verdade um acorde é uma sobreposição de terças. Em dó, por exemplo, temos o mi e o sol, correto? Mi é terça de dó e sol é quinta de dó. Mas sol também é terça de mi (é uma terça menor, pois sua distância é menor: 1,5 tons, enquanto que a terça maior dista 2 tons). No caso, se tivéssemos dó, mi e sol bemol (acorde maior com quinta diminuta), o sol bemol soaria como fá sustenido (modulação recorrente em tom de dó maior) e fá sustenido não soa como terça de mi, mas como segunda. Por isso, não pode-se formar um acorde maior com quinta diminuta, pois ele simplesmente não soa como acorde maior.

    Recapitulando, temos até agora dois acordes (só isso?????) maiores: tríade perfeita maior e tríade aumentada. Vamos agora aos acordes menor e diminuto, ok?

    Como já disse, a terça menor dista 1,5 tons da fundamental. Um acorde é classificado como maior ou menor de acordo com a distância entre a terça e a fundamental. Por exemplo, um acorde é maior quando a terça é maior, e menor quando a terça é menor. Acordes perfeitos menores tem uma distância entre a terça e a fundamental de 1,5 tons e entre a quinta e a fundamental de 3,5 tons, isto é, uma quinta justa. A diferença entre um acorde perfeito maior e um perfeito menor está justamente na terça. O resto é igual. Por exemplo, dó maior: dó, mi, sol. Dó menor: dó mi bemol, sol.

    Acordes menores não podem ser formados com quinta aumentada, pois a distância entre a terça e a quinta seria maior do que uma terça, o que provocaria a sensação de um acorde maior invertido. Por exemplo, dó, mi bemol e sol sustenido. A impressão que daria seria a de um sol sustenido maior: sol sustenido, si sustenido (que soa como dó) e ré sustenido. Pode-se chamar também de lá bemol maior, com lá bemol, dó e mi bemol.

    Acordes diminutos são acordes formados por superposição de terças menores. Pode-se dizer que possuem uma terça menor e uma quinta diminuta. Por exemplo, dó diminuto (como tríade): dó, mi bemol (e não ré sustenido), sol bemol (e não fá sustenido).

    ____________________________________________________


    Agora vamos às tétrades. Bebeu um pouco de água? Tem certeza que foi água? Pois aqui vamos nós...

    Já sabemos que um acorde é formado de diversas formas, em geral encontráveis dentro de campos harmônicos de certas escalas. Tétrades são acordes formados com quatro notas, ou uma sucessão de três terças.

    Uma tétrade, analisada da fundamental, tem três intervalos: terça, quinta e sétima. Vamos apenas adicionar a sétima sobre as tríades que já analisamos, isto é, excetuando-se a tríade aumentada.

    A tétrade maior tem todas as notas da tríade maior, mas pode possuir uma sétima dentre duas: maior ou menor. A sétima funciona como a terça da quinta, de tal forma que podemos analisar a sétima dessa forma. Por exemplo, em dó maior, temos: dó, mi e sol. A sétima, como terça de sol, será ou si ou si bemol. Si é a terça maior de sol. Caso tenhamos o acorde formado como sendo: dó, mi, sol e si, temos um acorde com sétima maior. Caso tenhamos si bemol, ele funciona como terça menor de sol, e o acorde resultante é um acorde com sétima menor: dó, mi, sol e si bemol.

    Experimente tocar isso no violão para verificar a diferença. Esta diferença dá uma função harmônica diferente para cada um destes dois acordes, baseados na escala em que podemos formá-los. Por exemplo, só existem duas escalas maiores que permitiriam formar-se um dó com sétima maior: Dó maior e Sol maior. Isso porque todas as outras escalas possuem alguma nota da tétrade de dó alterada, ou com sustenido ou com bemol. Discutiremos isso depois, ok?

    Temos até agora duas tétrades maiores: com sétima maior ou com sétima menor. Vamos prosseguir e ver como as cosas acontecem nas outras tétrades. Claro que existem mais possibilidades de tétrades maiores, mas não cabe discutir isso agora, ok?

    A seguir, temos a tétrade menor e a tétrade diminuta. A tétrade menor tem sempre uma sétima menor. Existem acordes menores com sétima maior? SIM, mas não veremos isso agora pois é muito complexo, pois em geral em tons maiores uma tétrade menor com sétima maior não ocorre. Sendo assim, uma tétrade menor pode ser assim: dó, mi bemol, sol, si bemol.

    A tétrade diminuta é formada pela sobreposição de terças menores, assim como a tríade diminuta. Ambos são acordes diminutos, mas a tétrade tem quatro notas e a tríade três. Na tríade, temos outro tipo de sétima, que não ocorre em outros tipos de acorde pois soaria como sexta maior e não como sétima (alma, muuuuuuuita calma!). Essa sétima é a sétima diminuta.

    Sétimas maiores distam 5,5 tons da fundamental, menores distam 5 tons e diminutas distam 4,5 tons. por isso, a sétima diminuta não pode ser analisada a partir da quinta, pois a quinta não é justa, como nas outras tétrades. Uma tétrade diminuta ficaria assim: uma tríade menor mais a sétima diminuta, ou uma terça menor sobre a quinta diminuta. Em dó: dó, mi bemol, sol bemol, si dobrado bemol. SIM!!! SI DOBRADO BEMOL, não lá! Isto porque á é a sexta maior e não a sétima diminuta de dó, como queremos. No caso do acorde diminuto, a sétima diminuta não soa como sexta pois a distancia entre ela e a quinta ainda é de uma terça.

    Enfim, nada disto aqui em cima adianta se você não pegar o violão e testar, inventar, brincar de fazer o que eu falei que não pode, não soa como ou etc... pois a apreensão só acontece quando podemos apalpar, sentir, praticar, e não somente ler.

    Espero ter contribuído... E parabéns por chegar até o final!

    Bolo de laranja
    Veterano
    # ago/08 · Editado por: Bolo de laranja
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    Na verdade,só existem 3 acordes diminutos...o resto é inversão ou desdobramento desses 3.....

    Bº,Cº e Dbº.

    Já ouviu falar em sobreposição/empilhamento de terças?toda terça menor origina um novo diminuto.

    Fora que o diminuto possui 2 trítonos em sua formação.

    1 - entre a T e a 5dim.

    2 - Entre a 3m e a 7dim.

    Trítono = distância entre dois sons realizada por um intervalo de quarta aumentada ou quinta diminuta.

    Lembre-se,para um acorde ser considerado diminuto ele tem de possuir a 5 e a 7 diminutas(se for tríade apenas a quinta)

    tríade diminuta = T b3 5dim

    Tétrade diminuta = T b3 5dim 7dim.

    Espero ter ajudado!

    Abraço

    EFGnaabe
    Veterano
    # mar/12
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    marquinos

    Pra entender legal o que foi falado por eles, você pricisa entender a classificação e a qualificação dos intervalos....
    ex.

    +dim dim m M aum +aum
    < >

    +dim dim J aum +aum

    Nvr
    Membro Novato
    # nov/15 · Editado por: Nvr
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