Diferenças de timbre relacionadas aos cabos (Undertone Audio Vari-Cap)

Autor Mensagem
MMI
Veterano
# mar/17


Tinha comentado com o Ismah a respeito e dito que eventualmente faria um tópico a respeito, então está aí... Até porque é um assunto questionado pela galera.

Li um artigo que o super-amado-mestre-ninja Slash estava numa sessão de gravação com Eric Valentine (produtor), quando levou seu Monster Cable Jazz. O Eric estava numa onda de "super-cabos" de baixíssima capacitância, para não perder altas frequências, som transparente, claro e o escambau. Quando o Slash plugou o super-cabo, o som foi uma droga, não veio. Só tinha um som legal com o Monster Jazz. O Eric foi lá medir e o tal cabo tinha uma capacitância enorme, até para ter o som fechadão do jazz. O que eles descobriram foi que um cabo desse não só atua como um low-pass, mas mexe com os médios e isso era meio que um requisito para o Marshall-Les Paul do cara. Não que seja um lance contra a maré que o bom é ter agora um cabo de alta capacitância, ele até exemplifica que Gotten eles gravaram com baixa capacitância.

A diferença não é sutil, é bastante notável. Nada a ver com "ouvidos treinados", "ouvido de ouro" e coisas que falam aqui. Na verdade eu estava mais é com preguiça de gravar, kkkkkkk. A Undertone Audio fez um cabo com um seletor de capacitâncias que vai de 180 pF a 1780 pF, mudando de 100 em 100. Achei algo bem útil, principalmente com singles, que ajuda em diferentes situações.

Vale ver o vídeo da Undertone Audio.

Neste vídeo o Eric Valentine mostra o cabo em 12:29 para quem não quiser ver tudo.



Basicamente era isso. Abç

Lelo Mig
Membro
# mar/17 · Editado por: Lelo Mig
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MMI

Cara, uma coisa que sempre insisto, é que estas "diferenças", são bastante, ou razoavelmente perceptíveis dentro de um ambiente de gravação, em studio, e de preferência os bons studios, em termos de capacidade de captação.

Nos ambientes "alive", nos palcos, bares, garagens da vida, e mesmo no quarto da molecada, são diferenças inexistentes e/ou insignificantes.

Fora isso, repito um texto que acabei de escrever no outro post sobre o tema, falando sobre o Efeito Placebo.

"Quando eu atiro merda no ventilador (sempre exagerando claro!), para gerar polêmica, e insisto nessa capacidade dos guitarristas atuais de achar pêlo em ovo, é justamente por isso.

Tenho um amigo (amigo mesmo, bastante próximo) que é químico, especialista na área de medicamentos e atua numa grande multinacional de medicamentos. Conversava com ele sobre placebos, outro dia, e ele me disse que o efeito placebo é muito, mas muito mais amplo do que podemos imaginar.

- Pessoas ficam embriagadas em testes com bebidas placebo (ingerem como se fossem alcoólicas sem saber que não possuem álcool).

- Que animais cobaias, depois de relacionarem a ingestão da medicação com sua doença, também passam a manifestar efeito placebo.

- Que, boa parte, dos pacientes que têm melhoras com placebo, continuam tendo melhoras mesmo depois de serem avisados que estão tomando placebo.

- Existe, ao contrário do Placebo, o Nocebo. Pessoas, por exemplo, que têm os efeitos colaterais da medicação, tomando placebo, apenas por sugestão.

- A cor, tamanho e dose diária do placebo, influi diretamente no efeito sugestivo dele.

- O placebo têm se tornado um "problema" para os químicos. A cada década o "efeito do placebo" aumenta. Existem medicamentos na praça que o teste com placebo foi "pau à pau". Segundo meu amigo, isso acontece, porque o ser humano tem uma tendência a acreditar em tudo que lhe é passado com certa "credibilidade científica" ou por "supostos experts".

Quando conversei com ele, por coincidência, não faz nem 15 dias, numa pizzaria, pensei na hora nos "placebos musicais".

Cara, se neguinho cura doença tomando uma pílula de farinha pintada de amarelo, não vai ouvir timbre diferente ao trocar de cabo ou a madeira de seu instrumento?"


Buja
Veterano
# mar/17 · Editado por: Buja
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MMI
A diferença no timbre pra mim é notavel. Até mesmo no youtube.

O que eu digo é a outra questão da historia:

Voce tem um cabo santo angelo, toca com ele e faz gravinas em casa, jams com amigos, e tal.
Um dia resolve comprar um equipo, e compra um cabo novo da fulltone que custou 5x a mais que o cabo que voce ja tocava com a promessa de que ele é mais limpo, mais brilhante e tal. O vendedor te disse isso. O mercado livre estava escrito isso. E na embalagem está la: testado pelos melhores do mundo e tudo. As vezes o negocio é até signature e ainda promete chegar naquele timbre.

Chegando em casa, poe o cabo no set e.....que maravilha....é tudo que sonhei. O timbre perdido que eu nao achava está aqui. Nao acredito que criei tantos presets na minha pedaleira. O EQ do meu amp não era o problema.
O problema era o cabo. Pronto. Atingi frequencias agudas que nao chegava antes.

Isso pra mim é o efeito placebo.

Quer dizer que cabo nao altera o timbre? Absolutamente nao! Altera sim, e no video, vi que altera e muito.
Todos os cabos que plugo no meu set muda o timbre.
Mas eu nao sei dizer se o timbre mudou so por causa do cabo, e nem sei dizer que agora ele tem mais agudos e que casou melhor com meu amp por causa disso.

O timbre muda com qualquer coisa. Como disse em outro topico, se eu tomo uma cervejinha, fico relax e bato um acorde de E na guita desplugada, acho que o timbre dela tava melhor do que antes.

O efeito placebo nao é dizer que o timbre mudou. Isso é perceptivel.
É dizer que aquele cabo mudou o timbre pra melhor, dum jeito que nao se conseguia antes, que o defeito do set era isso, e que agora o cabo resolveu o problema. Agora sei que cabo X é melhor eu Y.
É isso que defendo que nao acontece.

Ramsay
Veterano
# mar/17 · Editado por: Ramsay
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MMI
Tópico bem interessante!
Eu tenho aqui tanto cabos de marca, quanto cabos em que comprei o fio blindado e os plugs P10 numa loja de componentes eletrônicos e montei.

E comparando os cabos percebi que enquanto o som com os cabo de marca fica mais aberto, com mais brilho, o som com os cabos montados, fica mais fechado, tipo um low pass mesmo, o que, as vezes, dependendo de onde a guitarra é ligada (amps, pedais isolados ou pedaleiras) é mais conveniente usar os cabos montados ao invés dos de marca, pq dependendo da situação o som fica efetivamente melhor.

Usando um capacímetro digital, medi a capacitância e enquanto o cabo de marcava apenas 27 pF, o cabo montado marcava algo em torno de 200 pF.

Mas, essa diferença só existem em cabos de guitarra de 3 metros pra cima.
Em cabinhos de interconexão de pedais, devido ao curto comprimento, a capacitância é tão baixa que o capacímetro nem afere capacitância.

MMI
Veterano
# mar/17
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Lelo Mig

Não concordo. É mais ou menos a diferença de tocar de Les Paul e strat, por exemplo. Alguém pode falar que é a mesma coisa, mesmo ao vivo, mas não acho e nunca vou concordar. Se bem que ao vivo nem considero, já que em algumas situações uma guitarra e um ukulele serão a mesma coisa ao vivo, no momento que só atrapalha quem quer conversar e não quer saber de ouvir nada. Mas esse tipo de situação nem considero e nem vale a pena discutir aqui. Acho sim que um músico, dentro do possível, oferecer seu melhor som, mesmo se as condições não forem as melhores possíveis. Muito menos vou discutir aqui placebo... Vlw.

Buja

Quando você mata frequências na fonte (ou no cabo), não tem eq que traga de volta.

A questão, como é colocada e como exemplifiquei, é que em algumas situações é bom um cabo que mande muitos agudos e harmônicos (como na música do Slash - Gotten), em outras é melhor sem os agudos. Ou seja, o cabo "mais limpo e brilhante" pode ser melhor ou pior, dependendo da situação.

Eu tenho o referido cabo. O vídeo mostra bem o que ele faz, é só pelo cabo sim. Mas o que é melhor ou pior é outro papo, algumas situações são bem discutíveis, outras são bem claras.

Ramsay

Verdade.

makumbator
Moderador
# mar/17 · Editado por: makumbator
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MMI
Não concordo. É mais ou menos a diferença de tocar de Les Paul e strat, por exemplo.

Mas aí entra também o ato físico de tocar com instrumentos diferentes (anatomicamente falando), que pode provocar uma mudança de postura do músico que se reflete no som (ao menos em teoria). E mesmo tirando a questão anatômica, me parece que a mudança de um instrumento como um todo responderia (em tese) muito mais do que a troca do cabo.

Em situação de estúdio eu concordo contigo, já no ao vivo mequetrefe da vida eu vou mais na onda do Lelo (o que não quer dizer que seja ruim tocar com um super cabo ao vivo, mas apenas que ele se torna "menor" nessa situação).

Ou seja, o cabo "mais limpo e brilhante" pode ser melhor ou pior, dependendo da situação.

Concordo inteiramente. Aliás, vale o mesmo pra quase tudo.

Lelo Mig
Membro
# mar/17 · Editado por: Lelo Mig
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MMI

Cara a comparação entre "tocar" ato de executar uma Strato e uma Lespa, desculpe, mas é exagerada demais. São instrumentos diferentes, com anatomia diferente, peso diferente, escalas e ferragens diferentes, captação e elétrica diferente... que além de toda essa diferença por si só, acaba, por isso, mesmo alterando toda a forma do músico tocar.

Não dá para comparar com um cabo... é forçar demais.

Eu, sempre usei o melhor que pude ter, nunca fui defensor de porcaria, como disse em posts anteriores quanto melhor construído um cabo melhor a sonoridade porque "teoricamente" terá menor influência/interferência no fluxo do sinal.

No entanto, o que sempre defendo, é o preciosismo excessivo dos guitarristas atuais (e digo guitarristas porque não vejo o mesmo em outras categorias).

Neguinho discute madeira, verniz, captadores, cabos, trastes, picos de onda, características de sinais e etc, na influência do som e NUNCA entrou num studio de verdade, NUNCA subiu num palco, não têm bagagem nenhuma de músico... aprende pelo inverso. A maioria de nossos "ídolos" e seus grandes timbres só aprenderam essas coisas depois que já tocavam prá cacete e se aprofundaram em busca do melhor som.

Discutimos essas coisas aqui, é importante, mas é muita teoria, muito lero lero... aí vem neguinho e posta fórmulas físicas, equações matemáticas...ahhh pára com isso!

Quanto a não querer discutir "placebo musical" direito seu, afinal é algo tão subjetivo e sem comprovação científica... como a influência da madeira no timbre de instrumento elétrico....abç!

MMI
Veterano
# mar/17 · Editado por: MMI
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makumbator
Lelo Mig

Eu discuto som apenas, por isso disse que um ukulele pode ser igual a uma guitarra. Assim como podem ser iguais a um piano de cauda, um sax ou o contrabaixo do makumba, já vivi isso, sem forçar absolutamente nada. Apenas um cara enchendo o saco onde se quer conversar sossegadamente.

Buja
Veterano
# mar/17
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MMI
Quando você mata frequências na fonte (ou no cabo), não tem eq que traga de volta.


Verdade e..

Eu tenho o referido cabo. O vídeo mostra bem o que ele faz, é só pelo cabo sim. Mas o que é melhor ou pior é outro papo, algumas situações são bem discutíveis, outras são bem claras.

Verdade tambem.

Pra quem sabe o que quer, o que o cabo vai proporcionar e o resultado esperado, sim, o cabo faz e muita diferença.
Como eu disse em outro topico, voce é um apreciador de um bom vinho.

Triste é o moleke que compra um cabo de 200 reais na promessa de que isso vai melhorar, ou acrescentar timbre que de outra forma ele nao conseguiria.
Nao to falando de cabos pessimos que deixam o som opaco vs cabos de boutique como os seus.

Estou falando de alguem que tem santo angelo e é ludribriado com a promessa de que um fulltone fará melhor.
Quando o cara chega a tirar 200 reais do bolso dele (que pra ele é muito), e vai pra casa todo felizao com isso, e pluga o cabo no set, se sente como se estivesse tomando chapinha a vida toda e agora tomou um tanguero.
E sabemos que na pratica não é bem isso que de fato é.

Lelo Mig
Membro
# mar/17
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Buja

"Triste é o moleke que compra um cabo de 200 reais na promessa de que isso vai melhorar, ou acrescentar timbre..."

É justamente este ponto que estou "martelando"... no perigo do erro de conceito.

Cabo NÃO têm que tirar nem acrescentar nada! cabo não é pedal, não é simulador não é "aparelho".

A função de um cabo é única e exclusivamente servir como condutor.

Em teoria, um cabo com fator resistivo zero (que é utopia, possível só teoricamente), seria o ideal. Porque ele não promoveria nenhuma alteração no som que flui do instrumento; e se esse som for uma merda, é porque o som da guitarra, seus captadores, é ruim.

Como não existe fator resistivo zero na prática, o cabo irá modificar este sinal original. Fará isso filtrando frequências. Ele não pode incluir frequências, não pode acrescentar nada ao som original. Se filtra graves o sinal chegara mais agudo (com menos maciez) , se filtra agudos o sinal chegará mais grave (com menos brilho).

Na prática esta alteração é pequena, a não ser que se use cabo vagabundo demais. Um bom cabo, de comprimento aceitável, promoverá pouca alteração.

A alteração "perceptível" é uma somatória de fatores. Cabo, tamanho do ambiente, umidade do ar, características ambientais (madeira, tijolo, azulejo, tecido).... tudo isso somado provocam alterações bastante significativas.

No entanto, um músico razoavelmente experiente, que tem traquejo e experiência de tocar em diversos lugares e palcos, corrige isso com certa facilidade mexendo nos pots do instrumento, pedais e ampli.

No osciloscópio, nas equações essa diferença pode ser gigantesca. No ouvido, se um músico não é capaz de corrigir seu timbre com o equipamento que domina, sinceramente, algo esta muito errado.

renatocaster
Moderador
# mar/17
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MMI

A Undertone Audio fez um cabo com um seletor de capacitâncias que vai de 180 pF a 1780 pF, mudando de 100 em 100. Achei algo bem útil, principalmente com singles, que ajuda em diferentes situações.


Porra, interessantíssimo o esquema desse cabo. Realmente influencia consideravelmente no timbre final.

E como vc citou, no exemplo de guitarras com singles, que tem aquele característico "hum" dos captadores de bobina simples. Não sei se teria como de alguma forma "domar" esse hum com o auxílio desse seletor de capacitância. Sabe dizer se isso seria de alguma forma possível?

renatocaster
Moderador
# mar/17 · Editado por: renatocaster
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Lelo Mig

A função de um cabo é única e exclusivamente servir como condutor.


Ao meu ver essa é uma visão meio simplista. Numa industria que é conhecida também por promover inovações tecnológicas, jamais um cabo seria encarado como "apenas um condutor" para o resto da vida. Logicamente que iriam inovar alguma coisa também nesse sentido.

Se vc consegue regular o nível de capacitância do condutor (cabo), melhor ainda. E no caso específico desse cabo com o regulador de capacitância, ficou nítida a diferença no som que ele pode proporcionar.

Lelo Mig
Membro
# mar/17
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renatocaster

Amigo, em tempos virtuais, onde cada dia mais tem mais "gente tocando" e menos músicos profissionais, existe uma indústria crescendo muito e lucrando com o "desnecessário"... um Under Tone Vari Cap, lá na gringa, custa em torno de 100 dólares.

Com todo respeito a todos amigos do fórum, mas um sujeito, pagar 100 dólares num cabo, se não for músico profissional, ou profissional de studio/audio, ou é rico ou é um completo otário.

JJJ
Veterano
# mar/17 · Editado por: JJJ
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Só uma questiúncula, sem querer levantar polêmica, apenas para deixar clara uma coisa:

se o cabo em questão pode ter sua capacitância "chaveada", significa que esse cabo tem algum tipo de circuito embutido (não vejo outra forma de fazer o que faz, a menos que tivesse vários cabos internos, com materiais e bitolas diferentes, o que o levaria a ficar um trambolho...).

Logo, qualquer extrapolação dessa conversa para cabos "convencionais" (meros condutores passivos e sem componentes elétricos) há que se fazer com certas reservas.

Lelo Mig
Com todo respeito a todos amigos do fórum, mas um sujeito, pagar 100 dólares num cabo, se não for músico profissional, ou profissional de studio/audio, ou é rico ou é um completo otário.

Já disse isso aqui... Participo de outro fórum, mais voltado a aparelhos de som, multimídia e coisas assim, que inclui muitos audiófilos em geral (eu sou mais "curioso" do que participante efetivo). O fato é que os caras são MUITO mais cheios de bossa que nosso pobre fórum aqui. Você não imagina o que se discute em termos de cabos lá... Os caras (alguns, evidentemente) procuram pelo em ovo todo santo dia pra justificar o preço estratosférico de alguns acessórios... Isso aí é fichinha...

Eu acho o seguinte: tem grana pra comprar? vai te fazer feliz? não vai tirar do leitinho das crianças? então compra...

renatocaster
Moderador
# mar/17 · Editado por: renatocaster
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Com todo respeito a todos amigos do fórum, mas um sujeito, pagar 100 dólares num cabo, se não for músico profissional, ou profissional de studio/audio, ou é rico ou é um completo otário.

Sei lá cara, eu não procuro ficar cagando regras sobre como e com o quê as pessoas devem gastar e/ou investir o seu dinheiro. EU não pagaria esse valor nesse cabo, apesar de ter achado interessante. Mas há quem pague, independente das situações que vc colocou.

Realmente tem muita coisa nesse ramo que é exagero mesmo...impulsionadas pelo purismo, conservadorismo por coisas vintage (por isso que existe o mercado dos "reiusse", "relic", etc.), hype...e obviamente a industria explora esse lado mais emocional, romântico, dos consumidores.

Tem umas paradas aí que nego idolatra e que não altera nada no som, ou altera pouquíssima coisa. Acho que não é o caso desse cabo, pois pelo o que vi ele altera consideravelmente o timbre final. Agora, se ele é muito caro para o que se propõe, aí é uma relação que envolve custo x benefício. É outro papo.

Lelo Mig
Membro
# mar/17 · Editado por: Lelo Mig
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renatocaster

Não me entenda mal cara, eu não tô "cagando" regra... também acho que cada um gasta seu dinheiro como acha que deva.

Só não consigo entender um "cabo" com um circuíto para "agir como um equalizador", (sim porque o resultado auditivo é o que importa), e é isso que ele acaba fazendo.

Ainda mais, já existindo no mercado, há um tempo, um jack da Neutrik, que faz a mesma coisa e custa menos de 20 dólares.

Neutrik NP2RX

Estamos aqui, concordando e discordando, democraticamente, justamente para ampliar o debate e mostrar divergências sobre a leitura que se faz de alguns conceitos, independente da fonte de opinião.

Ismah
Veterano
# mar/17
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Lelo Mig
pagar 100 dólares num cabo (...), ou é rico ou é um completo otário

Bora tocar só 3 acordes numa Tonante, plugada numa multiuso, porque é "desnecessauro", importa tocar bem...
Qual é, sempre buscamos melhorar a qualidade em todos os âmbitos da vida. Um instrumento melhor, um amp melhor...

Realmente 100 doletas num cabo, é grana que nem todos podem pagar.
Dali para não se discutir, conhecer, entender e levar em conta a influência de cabeamento, é no mínimo assumir a ignorância.

Obviamente, o primordial (pensando ao vivo, studio é outro papo) de um cabo é não falhar, e entre os meros mortais, esse pré-requisito nem sempre é atendido.
Eu levo em conta fatores mais técnicos a muito tempo, e nessas minha stratocaster frankstein de 200 "Raúls", soa melhor (no meu conceito) do que a LP de 2mil... Tudo foi levado em conta, qualquer mudança tende a tirar ela do ponto de referência.

O que não pode acontecer é uma preocupação técnica, superar a prática e execução pessoal, nas discussões entre, e preocupações de, músicos. Coisa que vem acontecendo... Sem dúvida, a preocupação com a capacitância do cabo, é algo que deva existir quando todo o resto está bom, longe de nossa realidade. Mas isso não deve servir de impeditivo pro conhecimento.
Eu sou um exemplo de onde a preocupação. Por isso me apresento como roadie, técnico, Laila, e não como músico.

Não tenho grana para construir uma JBL Paragon, mas já dissequei ela diversas vezes. Com base nisso consegui melhorar a dispersão sonora no palco da banda, porque os conceitos são o que importa. Isso é conhecimento, e ele nunca é demais.

JJJ

Jojo, veja bem, mesmo entre entusiastas as discussões científicas existem. É verdade que a ciência é legal, o que (insira um palavrão com F) são os fãs.

Por convite, estou no meio automotivo a um meio ano, e o que mais vejo é gente com teorias malucas pra explicar coisas mais malucas ainda. Pessoas sem instrução, querendo debater coisas que de tão provadas já são leis...

Mas também tem caras sérios, com conhecimento nível engenheiro dos tempos áureos das grandes do passado (JBL, EAW, Electro-Voice), sabendo mais que muito construtor "profissionau" de hoje...

As discussões bestas, são mal necessário para as boas...

Ismah
Veterano
# mar/17
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renatocaster

Uma correção: não se muda a capacitância do cabo, mas do conjunto.

Vale ao Lelo

Então venho vos lembrar que o cabo TEM uma capacitância própria ainda, logo ele só é funcional no conjunto da obra... Qualquer mudança, caso do citado plug Neutrik, interfere na conta... Não que não existam outros cabos, mais em conta talvez até que o produto final, mas isso é o princípio econômico em atuação: lucrar!

E existem MUITAS coisas pro aí sendo vendidas como A NOVIDADE, quando na real é um conceito antigo sendo aplicado a um produto moderno Até pode ser novo pro cara que tá fazendo, por desconhecimento de causa da parte dele.

renatocaster
Moderador
# mar/17
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Ismah

não se muda a capacitância do cabo, mas do conjunto.

Como assim, que conjunto?

NeoRamza
Veterano
# mar/17
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Pessoal, na boa, com todo respeito a todos aqui, mas um papo que era pra ser técnico sobre diferenças entre cabos acabou por virar uma discussão filosófica sobre custo e benefício.

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# mar/17 · Editado por: Luiz_RibeiroSP
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JJJ

Pelo que vi nas fotos do cabo citado, talvez tenha um capacitor variável. pode variar a capacitancia pela distancias das placas ou area sobreposta entre elas. Mas é chute meu,vai saber se não inventaram outra coisa.

Cabo que eu testei na minha mão só vi diferença num cabo que montei, para ir tocar nas garagens por ai, e um que eu tinha, desses coloridos baratinhos que se vendia no centro de SP. Foi gritante! o volume e o brilho aumentaram muito!

Por falar em cabo, se precisar de um que tenha muita resistência mecânica para aguentar palcos com bêbados, punks, desordeiros, black blocs, etc... recomendo montar com cabo cristal, geralmente usado em câmeras de segurança de elevadores. Tenho os meus ja a mais de 10 anos e só quebrou os plugs até hoje. Ja gravei com ele e funcionaram bem.

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# mar/17 · Editado por: Luiz_RibeiroSP
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Só pra acrescentar um pouco de teoria, este é o modelo eletrico de um cabo coaxial. A capacitância que estamos falando é formada pelo condutor interno(alma) e a malha externa. qualquer cabo tem capacitância, paralelo, coaxial, ou apenas um único fio com a terra. Eu acredito que a capacitância variável, no cabo da Undertone esta em paralelo com o condutor central e a malha.
Quando se trata de altas frequências, na faixa de MHz ou GHz isso é um problemão, no áudio implica menos.
Profissionalmente não sei até onde implica, leio sobre bandas e vejo que um monte de disco foi gravado em estúdios caseiros.

artigo que achei interessante, quem tiver paciência aproveite.
http://mwrf.com/components/analyze-coax-cable-digital-pulse-distortion

Ismah
Veterano
# mar/17
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renatocaster

Conjunto cabo de baixíssima capacitância, capacitor variável e plugs... Como o Luiz_RibeiroSP disse acima...

Luiz_RibeiroSP

Poderia me mostrar qual este cabo?

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# mar/17 · Editado por: Luiz_RibeiroSP
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Ismah

Vende-se por metro em lojas. Os meus tem no máximo 3m, como sempre uso pedal ficam 6m. hoje devem ter menos por causa das trocas de plug, mas não cheguei a tirar mais de 30cm. A desvantagem dele é que são menos flexíveis dos que os usuais, mas são bem resistentes.

http://www.cftvshop.com/produto/cabo-coaxial-cristal-flexivel-95-de-ma lha-fio-de-cobre-para-elevadores-rolo-100-metros-telecam/164231

Lelo Mig
Membro
# mar/17 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah

"Bora tocar só 3 acordes numa Tonante, plugada numa multiuso, porque é "desnecessauro", importa tocar bem..."

Não é isso que estou falando ou defendendo....

Mas, não vou ficar discutindo o porque guitarristas atuais vem usar um "discurso" de física quântica, e justificar um monte de blá blá blá... prá conseguir o som ideal......que, paradoxalmente, é o de um ídolo dos anos 60/70!

Desisto!

Ismah
Veterano
# mar/17
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Lelo Mig

Tua colocação é simples "use qualquer cabo que leve sinal, porque é isso que importa"... Eu to dizendo "use qualquer guitarra e amp de que saia som, porque é isso que importa"...

Dali para discutir o som do fulano, ídolo de 60/70 é porque pode ser que ele não sabia a razão, mas havia alguma para usar AQUELE tipo de cabo... Por exemplo Hendrix com o Vox helicoidais, e Angus sem, usando transmissor Schaeffer-Vega...

Lelo Mig
Membro
# mar/17 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah

"Tua colocação é simples "use qualquer cabo que leve sinal, porque é isso que importa"

Cara, por favor, não distorça minhas palavras. Tu sabe muito bem interpretar um texto.

Eu disse que a função de um cabo é dar vazão ao sinal e quanto melhor o cabo (em termo de qualidade) melhor esse fluxo. E que, em minha opinião, a função de um cabo não é ser um "equalizador", nem mesmo um filtro de sinal interno (bloqueio externo sim).

Vou encerrar por aqui... de boa, fica difícil emitir uma opinião, quando tentam distorcer o que você opina para legitimar uma ideia contrária.

Não concordar com a forma que vejo é absolutamente aceitável.........dizer que estou "dizendo" o que não estou.....é outra coisa.

Ismah
Veterano
# mar/17
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Na boa Lelo, concordo com quase tudo que tu diz, mas ninguém aqui está usando como equalizador o cabo... Está se manipulando características do cabo em prol do que se idealiza como timbre... É tipo usar LP ou Strato, uma escolha, que depende dos objetivos.

O caso do é uma opção, para quem quer demonstrar as diferenças que a capacitância do cabo tem sobre o sinal...

Del-Rei
Veterano
# mar/17 · Editado por: Del-Rei
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Opa!
Legal, vou assistir a esse vídeo depois, em casa. Aqui não abre! :)

O que eu acho sobre o papo placebo vs real, é que tanto o Lelo Mig quanto o MMI estão com razão em seus pontos, mas acho que o universo de um é diferente do outro.

Pelo que acompanho dois dois colegas acima, percebo que, no geral, o Lelo Mig fala sobre a garotada em casa e nos palcos. O MMI fala de estúdios profissionais, em que se gastam fortunas e onde o buraco é mais embaixo, e as nuances podem fazer diferença no produto final.

Concordo quando o Lelo Mig fala sobre o exagero da galera sobre detalhes que na prática são imperceptíveis num palco com a pancadaria sonora comendo. Eu mesmo já desisti de buscar detalhes no som por conta disso.

E concordo com o MMI quando ele fala sobre opiniões profissionais, onde o universo é bem mais restrito, composto por uma galera que entende o que fala, dispõe de equipamentos que valem facilmente mais que minha casa. Âmbito de estúdio, que é outra proposta do palco.

Um aceno de longe!!!

rsf
Veterano
# mar/17 · Editado por: rsf
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Leo Mig,
Tenho vários cabos, todos top de linha. de Evidence Áudio a Monster Cable studio pro 2000. Sim, todos cabos diferentes, e bem diferentes. Atualmente estou utilizando o Monster Cable. Faz diferença se eu fosse tocar ao vivo? isso nem é o importante, o importante é que para quem toca isso faz diferença. E acho que essas diferenças sutis (ou não) são importantes para quem acha diferenças sutis (ou não) importantes. Você não acha importante. Eu acho importante e, por isso invisto no meu hobby que é a guitarra.
Minha busca é a excelência do meu timbre. Não sou e nem pretendo ser um exímio guitarrista. Entretanto, além do prazer de tocar, a qualidade dos equipamentos também desperta minha atenção. Já adquiri coisas que de fato não fizeram diferença, mas, outras, puts, da água para o vinho. A diferença de valor é proporcional a diferença obtida? Para mim, sim. Por menor que seja a diferença, se melhorou, valeu a pena.
Divirto-me investindo no meu equipamento com o que há de melhor para os meu ouvidos, independentemente da minha qualidade como guitarrista.

"..ou é rico ou é otário"

Sou um hobbysta e o meu hobby é a guitarra e tudo que envolve o tema. Como eu disse, embora eu não seja rico ou um profissional da musica, gosto de buscar o melhor timbre. E, nesse contexto, tenho a pretensão de não ser um otário, embora sua sentença estabeleça que eu seja.

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