Minha opinião sobre algumas trocas de captadores que fiz

    Autor Mensagem
    Fábio Santiago
    Veterano
    # ago/16


    Todo mundo que compra uma guitarra que não seja top de linha pensa assim: Vou comprar uma guitarra e trocar os captadores originais por melhores

    Mas antes de tudo, e preciso levar em consideração muita coisa, madeira, tipo de construção, braço colado, parafusado, ponte, tipo de timbre que deseja alcançar que os originais não estão ajudando.


    Cheguei nesse dilema quando comprei uma Jackson Jdr 94 e não gostei dos captadores, estou acostumado com minhas Gibson, ao os captadores da Jackson soavam horríveis pra mim, so que se vc estiver acostumado com guitarras de menos de 1000 reais, os captadores originais podem ate ser melhor coisa que vc já ouviu,

    Voltando, ai vc se depara com uma infinita opção no mercado tanto Seymour Dunan, Dimarzio, Emg, até a própria Gibson, e ai o que e melhor?
    Bom eu sabia o timbre que eu queria que os captadores originais não estavam dando, mais sustain, agudos mais presentes, e mais ganho, soava abafada e com pouco ganho.


    Levando em consideração experiências do passado de vários tipos de captadores que já tive em outras guitarras vou contar a vocês, algumas que deu certo a maioria deu errado:


    Uma vez tive o mesmo problema com uma Ltd ex50, não sei porque mas essa linha tem pouco sustain e pouco grave, não sei se é pelo fato do braço ser parafusado, ou não ou pelo corpo ser de agathis, essa guitarra não soa como uma explorer deve soar, ter sustain e médios grave bem presentes e nervosos.


    Comprei o Seymour Duncan Alnico 2 slash ponte, o que aconteceu? O captador é bom, so que tão fraco, e a guitarra ficou com mais impressão de perda de sustain do que antes, ficou médio aguda, mais do que com os captadores Esp que eram mais fortes e mais abafados nos agudos
    Conclusão Alnico 2 so fica bom em Les paul mesmo que não tem problemas com Sustain e graves.


    Uma outra vez tive
    Uma Ibanez rg, não lembro qual, mas não era nenhuma top de linha, e não eram os inf da ibanez, Troquei o da ponte por Seymour Duncan sh4, eu queria mais graves e sustain , por alguma razão ela era aguda pra caramba igual a Ltd ex50, ficou estridente a guitarra, os sh4 tem muita saída, mas não era o que eu queria no timbre.


    Então uma vez numa Les Paul Epiphone, que os captadores são super abafados sem agudos, resolvi por o sh4 pra ver se equilibrava bingo, ficou perfeito.


    Outra ocasião, numa flying v de luthier que peguei nem sei porque o timbre era horrível, braço parafusado, corpo de caxeta, e braço tauari, esse braço era tão leve que em todo o tempo que tive ela ele trincou em 2 locais diferentes na direção dos veios da madeira, acredito estar seca de mais, que estava tendo falta de resistência mecânica,

    bom voltando ela era médio aguda, sem grave e sem sustain, decidi por o Fred Dimario, e paf pro no braço, não deu o timbre que esperava, ficou a mesma coisa so quem com mais qualidade, então resolvi por o paf pro na ponte, bingo, perfeito, abafou um pouco os agudos chatos e evidenciou os graves, então decidi por Emg HZ4, ficou igual o timbre do Fred mesmas características da guitarra.


    Nessa eu fiz mais experiências, coloquei um Gibson 498t, perfeito, melhor ainda do que com o Paf pro, emg 81 perfeito nem parecia mais a mesma guitarra aguda sem grave e sustain.


    Um dia em uma SG g400 Epiphone não estava curtindo o som com pouco ganho e pouco agudo, resolvi testar Malagoli intruder que hoje mudou de nome, ficou com um ganho fora do comum, so que com tanto médio grave, que os agudos que não tinham desapareceram por completo dessa guitarra,

    Então testei eles num Strato Shelter que era muito estridente e sem grave e sustain, casou perfeitamente, equilibrou o timbre dessa guitarra


    Conclusão em meus ouvidos procuro sempre um timbre equilibrado, sem faltar frequências , guitarras de modelo Gibson de marcas baratas tentem a ter captadores com problemas de agudos, pois a maioria soava abafado, e Stratos de marcas mais baratas ou que tenham braço parafusado ou ponte flutuante tentem a ter o som estridente médio agudo, com falta de graves e sustain, ok

    E na Jackson recém adquirida o que fazer?
    Ao invés de tentar fazer experiências já fui de cara com Emg 81 85, pronto, corrigiu tudo o que eu não gostava no timbre dela, ficou perfeita claro que tem muitas opções de passivos que poderiam equilibrar o timbre e dar mais saída, so que eu estava meio sem paciência de tentar fazer novas experiências, Emg pra mim é tipo o captador de emergência, todas as guitarras que eu não sabia o que por nelas sempre resolveram o problema

    Comentem suas experiencias com troca de captadores.

    acabaramosnicks
    Membro Novato
    # ago/16
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    Cara, tenho duas guitarras, e nunca tive outras.
    Uma é Ibanez, os captadores originais eram simplesmente um lixo. Coloquei Malagoli Traditional HB Hot na ponte, e Traditional HB Pro no braço. Ficou coisa linda de deus. E olha que nem é guitarra top! Corpo em Basswood, escala em rosewood, braço maple, enfim, "normal".

    A outra é uma LP Condor das linhas mais top. Os captadores são bons pra proposta de som dela, mas não pra o que eu toco (metal). Nessa guitarra é metal com afinação baixa, piorou mais ainda. Tipo, até quebra um galho, mas não tem muita definição, e saída é meio baixa.

    Amago
    Membro Novato
    # ago/16
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    Já troquei duas vezes

    krixzy
    Veterano
    # ago/16 · Editado por: krixzy
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    Fábio Santiago

    Cara, pelo que vc diz, não conhece os captadores que compra, nem pesquisa a respeito.

    Troquei o da ponte por Seymour Duncan sh4, eu queria mais graves e sustain , por alguma razão ela era aguda pra caramba igual a Ltd ex50

    Se pesquisasse no próprio site do fabricante antes de comprar, teria visto que o SH4 = JB, é um cap agudo, e obviamente não ia te dar um som mais grave.


    Um dia em uma SG g400 Epiphone não estava curtindo o som com pouco ganho e pouco agudo, resolvi testar Malagoli intruder que hoje mudou de nome, ficou com um ganho fora do comum, so que com tanto médio grave, que os agudos que não tinham desapareceram por completo dessa guitarra,

    Mesmo caso do primeiro, o intruder é um cap bem médio grave, com pouco agudo, lógico que não ia conseguir um timbre com mais agudos com ele.


    Antes de comprar um captador novo, pesquise a respeito, verifique a equalização dele, os fabricantes sempre disponibilizam essas informações, geralmente com uma nota de 0 a 10 pra grave, médio e agudo, assim não tem erro na hora da compra.

    Calime
    Veterano
    # ago/16
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    Muito interessante. Marcando pra dps voltar.

    Ramsay
    Veterano
    # ago/16
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    Fábio Santiago
    Achei o seu tópico muito interessante e oportuno!!
    Antigamente, eu comprava, primeiro o captador e depois uma guitarra para botá-lo.
    Fiz isso comprando um captador Fred da Dimarzio e após comprei uma guitarra Condor FST-400FM. Botei o captador na ponte da Condor e o som ficou uma merda de ruím.
    Então, comprei um captador Seymour Duncan SH-8 (Invader) botei no braço da Condor e o som ficou muito bom com graves acentuados, mas, nada que se compare ao som de uma guitarra de marca.

    Por isso eu penso que:
    1) Nunca um captador de ponta vai dar um som bom em uma guitarra mal construída com madeiras e ferragens de baixa qualidade.
    2) Um captador pode soar lindamente numa guitarra e horrivelmente em outra, sendo tudo uma questão de sorte.

    JJJ
    Veterano
    # ago/16
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    Interessante.

    Já fiz trocentas e meia trocas de captadores. E, realmente, "casar" o captador com a guitarra - em que pese o comentário sobre a sonoridade "pessoal" de cada linha que o krixzy fez e eu concordo - não é lá uma ciência muito exata... São tantas pequenas variáveis envolvidas, que você só vai ter certeza da sonoridade depois que instalar e tocar!

    Ramsay
    Antigamente, eu comprava, primeiro o captador e depois uma guitarra para botá-lo.

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Pior que é! Cara, isso pra mim tem uma explicação óbvia: custo Brasil.

    Quando aparece um set de captadores com um preço razoável, seja numa viagem, ou num anúncio de ebay ou mesmo aqui do ML, a tendência é o impulso de aproveitar, só porque o preço está - comparativamente - excelente, em relação ao preço "normal" tupiniquim. Pelo menos comigo, sempre que aconteceu isso de comprar captador sem saber a guitarra onde por, foi por conta disso...

    Calime
    Veterano
    # ago/16
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    Ramsay
    JJJ

    Concordo que não se trata de um ciência exata, mas temos "aproximações". Existem combinações de madeira com caps de determinadas características que GERALMENTE costumam combinar mais.

    Tbm já fui do tipo pickupmaniaco, tive vários modelos(ainda tenho mtos aqui). Hoje sigo a linha de primeiro usar bastante a guitarra e procurar pensar e analisar se não me satisfaz, e o que está faltando/sobrando. Daí qdo geralmente faço a "geral"(limpeza, blindagem, troca de alguns componentes elétricos, nut, ajustes no braço e troca de cordas), faço tbm a troca de caps.

    Fábio Santiago
    Veterano
    # ago/16
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    krixzy
    Cara essas experiencias foram nos ano 90 até 2003 aonde nem internet tinha pra saber sobre timbre e etc, a unica coisa que sabíamos na época era o artista que usava os mesmos, ou alguma coisa que saia na cover guitarra, Sempre comprava os captadores antes do que a guitarra pq?

    Um cara instalou não gostou e vendia na loja, eu sempre comprava esses que surgiam pela metade do preço do que os novos, pq com o salario minimo de R$150 em 1998 não era fácil comprar um captador, imagina ter uma guitarra de mais de 1000 reais era luxo naquela época.

    Hoje em dia ta cheio de informações, e com certeza a molecada não cometerá os mesmos erros que eu fiz, antes de me julgar ou qualquer coisa, tenta se informar as condições primeiros. abraços

    Fábio Santiago
    Veterano
    # ago/16
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    Ramsay
    Eu tb, so comprava usado na loja, ou que o próprio luthier me revendia pq as vezes um cliente não gostou, acho que nunca comprei um captador novo de fabrica lacrado

    Fábio Santiago
    Veterano
    # ago/16
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    Sobre a ciência exata, hoje em dia estou mais velho e sei bem o que busco num timbre diferente de quando eu tinha 15 20 anos, que sabia que o timbre não era bom, mas não tinha uma referencia de timbre, o que é bom e ruim, são gostos variáveis, como eu disse minha opinião

    Ja tive colega que tinha uma fender ultra aguda, e colocou um captador de ponte tão agudo quanto a guitarra não existia grave no timbre, e ele adorava, pra mim estava estridente mas pra ele não, e gosto, o que é bom pra um não é bom pra outro

    krixzy
    Veterano
    # ago/16 · Editado por: krixzy
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    Fábio Santiago
    Hoje em dia ta cheio de informações, e com certeza a molecada não cometerá os mesmos erros que eu fiz, antes de me julgar ou qualquer coisa, tenta se informar as condições primeiros. abraços


    Mas não juguei, eu orientei, e foi totalmente coerente com que o que vc postou la em cima.

    Ismah
    Veterano
    # ago/16
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    Ramsay
    sendo tudo uma questão de sorte

    Tá...

    Fábio Santiago
    essas experiencias foram nos ano 90 até 2003 aonde nem internet tinha pra saber sobre timbre e etc, a unica coisa que sabíamos na época era o artista que usava os mesmos, ou alguma coisa que saia na cover guitarra

    Esse detalhe a gente não sabia :P

    Fábio Santiago
    Veterano
    # ago/16
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    Ismah
    Fábio Santiago
    essas experiencias foram nos ano 90 até 2003 aonde nem internet tinha pra saber sobre timbre e etc, a unica coisa que sabíamos na época era o artista que usava os mesmos, ou alguma coisa que saia na cover guitarra

    Esse detalhe a gente não sabia :P


    É me esqueço que nem todos são dessa época, não tinha youtube pra ver o som dos captadores informação na area da musica era bem precaria, o forum ja tinha mas ninguem na época sabia muita coisa, eu lembro quando saiu o livro do Edmar Luighi sobre captadores, tenho até hoje, ajudou muito na época pra ter uma noção de como era a saída deles o tipo de timbre

    Ismah
    Veterano
    # ago/16
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    Mas isso instigava a pessoa a se adaptar com o que tinha... To num grupo onde um cara comprou um Helix e disse que não consegue timbrar um drive com ela... Oi? kkk

    Calime
    Veterano
    # ago/16 · Editado por: Calime
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    Ismah

    Esse é um insight que me fez evoluir bastante como músico. Qdo se trata de instrumentos mais populares(bateria, violão popular, guitarra, baixo, etc) a deficiência está no músico, e não no gear. Pense em qtos músicos do passado (digo passado mesmo...Hendrix, Page, Beatles, Queen) conseguiram fazer coisas extraordinárias com equipos ínfimos se comparado a hoje. Hoje "qualquer um" tem uma guitarra decente (acima de uns mil reais), um interface e um pc, além do acesso a zilhões de informações sobre tudo: desde equipo, programas, vst's, patches, passando sobre técnica, teoria musical, como compor, etc. As vezes penso que o excesso é ruim e acaba por reduzir a capacidade de criação e originalidade. Ademais, o questionamento é deveras útil; é mto bom pensar sobre o tema. Foi a partir dessas reflexões que reduzi drasticamente a chamada G.A.S. que eu estava começando a ter.

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