Debate sobre o timbre de guitarra do álbum Visions da banda de prog. Aether

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    sebber
    Veterano
    # mai/16 · Editado por: sebber


    O assunto em questão é o timbre de guitarra neste trabalho da banda carioca Aether, que eu gosto bastante:



    Uma amostra aos 4:52

    Minha opinião: para o meu gosto, acho que um álbum com intenções musicais ótimas foi prejudicado pelo timbre excessivamente eletrônico e repetitivo em todo o disco. Soa datado, menos "profissional", e isso interfere na minha na experiência de audição.

    Fatos: o trabalho é de 1999, então não posso atribuir o resultado a limitações tecnológicas da época. Foi gravado no SoftStudio, onde o equipamento é 100% digital. Já ouvi timbres parecidos em músicas de outros artistas, tanto do mesmo meio como da MPB, por exemplo.

    Hipótese: O guitarrista Vinícius Brazil, pelo pouco que li a respeito, parece ser um cara experiente na produção musical, ou seja, se soa assim é porque assim ele quis.

    Minhas dúvidas: claro que sei que gosto é relativo, para cada ocasião um timbre, bla bla bla... A questão é:
    - Qual é a opinião de vocês?

    - Isto é normal no estilo? (O progressivo que conheço é predominantemente mainstream).

    - Existe uma galera que curte esses timbres e isso é um nicho?

    - Era moda em alguma época? (Lelo, elucida aí pra gente, por favor! :D )

    Discussão: ver comentários abaixo.

    Lelo Mig
    Membro
    # mai/16 · Editado por: Lelo Mig
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    sebber

    "Era moda em alguma época? (Lelo, elucida aí pra gente, por favor! :D )"

    Sim... timbre típico dos anos 90.

    Se você tomar como grande influências "tímbristicas" dos 90, o Steve Rothery do Marillion, no Progressivo, e o Satriani, no geral, você perceberá que, dada as devidas proporções, este timbre não foge muito a esta intenção.

    Na época essa "distorção limpa e com sustain gigante", soava o que havia de mais moderno.

    Lembre-se que até os membros do Iron Maiden, em Somewhere in Time, usaram baixo e guitarras sintetizadas.

    O uso abusivo da eletrônica, racks de efeito em geral foi grande nessa época, muito pela enxurrada de novidades no mercado entre 85 e 95.

    Eu, por ter ouvidos "curtidos" nos timbres dos 60 e 70, não gostava. Achava muito "plastificado".

    "Isto é normal no estilo?"

    Não.....se você der uma ouvida nos Prog 70, mesmo que fique só no mainstream, perceberá que é bem diferente.

    O Prog, no geral, não costuma ter "UM" timbre. Se você ouvir David Gilmour e Steve Howe, por exemplo, as guitarras nada têm em comum.

    Um grande guitarrista Prog (Franco Mussida) sub estimado prá caray.... ouça seu timbre, quase jazzy.



    sebber
    Veterano
    # mai/16
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    Lelo Mig

    Valeu parceiro, obrigado pelo seu comentário.

    Eu, por ter ouvidos "curtidos" nos timbres dos 60 e 70, não gostava. Achava muito "plastificado".

    Meus timbres de referência são dos anos 70 e 90. Os 80's também soam para mim meio plastificados. No caso do disco, fico com a tristeza de saber que não tenho como ouvir ele com a sonoridade ajustada para o meu gosto.

    Não.....se você der uma ouvida nos Prog 70, mesmo que fique só no mainstream, perceberá que é bem diferente.

    Sim, verdade. Tanta sonoridade bacana para tomar como referência e o cara insiste bastante nesse som de guitarra de seresteiro (me perdoem os seresteiros rsrs).

    Gostei do som do Franco Mussida. É drive? É clean? Sim e não para os dois, depende dos ajustes dos pots e ataque. A propósito, que feeling duka.

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