ES-335: inacessibilidade do hardware

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Fidel Castro
Veterano
# jan/16 · Editado por: Fidel Castro


Alguém com uma ES ou similar tem alguma dica para como mexer nos eletrônicos dela? No 'manual' porquíssimo da Gibson não fala nada a não ser um monte de babação de ovo.

Porra, meu jack tá meio solto, mas não tem uma abertura nem nada para eu segurar e apertar, a guitarra é toda fechada. Só os F-holes, que são minúsculos.

Não queria ter que levar a um Luthier só para apertar um jack.

Li umas sugestões na interwebs mas elas me soam meio porcas, como enfiar uma chave de fenda e fazer força para segurar, ou tentar passar um mini alicate (!)

The Man Who Sold The World
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
cara, até onde eu sei, toda manutenção e/ou troca na parte eletrica das semi acusticas devem ser feitas pelos f - holes
é um erro de construção, que por conta do apelo visual e "vintage" dos puristas, não foi modificado, enfim, acho que se não tem como girar a porca do jack por fora, vai ter que ser feito por dentro da guitarra mesmo

Fidel Castro
Veterano
# jan/16 · Editado por: Fidel Castro
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The Man Who Sold The World

uma bela de uma merda isso...

tá encostada faz uns dias, fica dando mal contato no jack...

Não sei se tem porca interna, na Telecaster, por falha de design também, o jack vai soltando aos poucos com a vibração acho, então sempre to apertando, e nela é fácil. Não tem porca interna, é só segurar a lâmina de contato para ela não girar enquanto aperto a porca externa, pois se ela gira, primeiro que não dá aperto, segundo que torce os fios e força a solda.

Mas na moral, porque não fazem uma tampa atrás? que seja de madeira também, não é como se fosse difícil ou fosse fazer a guitarra soar como uma danelectro de plástico e compensado

Filippo14
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
Eu tenho uma ES e uma vez o jack entrou e sumiu la dentro. Consegui resolver isso de um jeito idiota, mas demorei muito pra fazer isso. Pega aqueles "amarradores" de saco plastico, nao sei o nome daquilo. Em qualquer presente, embrulho que vc tiver em casa vai ter um desses. Faz um gancho com elee puxa o jack. E sim, a parte eletrica das semis sao arrumadas pelos f-holes e pelo buraco dos captadores, é impossivel de arrumar.

Fidel Castro
Veterano
# jan/16
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Filippo14

E para apertar depois, pós pescaria?

Apertou sem dó? Sem segurar a lâmina (deve ter um nome técnico pra isso) para ela não girar lá dentro em falso?

The Man Who Sold The World
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
Mas na moral, porque não fazem uma tampa atrás?
a questão é ressonancia né? seria melhor fazer um escudo que fique por cima do corpo da guita (como um segundo tampo) apenas pra proteger e esconder a parte eletrica, pq cara, a guitarra é linda, mas que gambiarra do c* que tem que fazer pra poder resolver outro erro de construção (esse lance do jack) se fosse igual de les paul, era mais tranquilo

Filippo14
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
eu puxei o jack, encaixei a porca, rosqueei e tava feito

Ismah
Veterano
# jan/16
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Uma ideia é colocar uma contra porca e cola de cano (azul) que dificulta a soltura (ou grude com gaffer como eu fiz na minha strato :P).

nichendrix
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
Tem duas formas de vc fazer manutenção de ES bem facinho. No caso do Jack vc pode segurar ele com um alicate de bico fino ao mesmo tempo que usa a outra chave pra apertar a porca. Ou você faz como todo mundo que faz manutenção com esse tipo de guitarra, que vai usar tubos plásticos ou preenchimento de madeira para mexer na parte elétrica, como nesse vídeo do TV Jones:



Na boa, se vacilar tem isso tudo pronto pra vender na Stew Mac.

Hitman
Veterano
# jan/16
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Esse topico matou minha vontade de ter uma ES!

Fidel Castro
Veterano
# jan/16 · Editado por: Fidel Castro
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nichendrix

é impressionante minha falta de inventividade para soluções diy

os tubos são geniais!

valeu mesmo cara!

Fidel Castro
Veterano
# jan/16 · Editado por: Fidel Castro
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Hitman

Sempre vá de Tele, ES é guitarra de estúdio/quarto

Telecaster é a guitarra mais confiável, resistente prática que existe. Strat chega perto, mas a ponte caga. E o som é lindo.

Filippo14
Veterano
# jan/16
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Hitman
O som compensa cara hahaha, nãoo me arrependo nem um pouco de ter pego uma dessas.

Hitman
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
Po cara... Nunca me dei bem com Tele.. Alias, nenhum modelo da Fender.
Simplesmente nao sei tocar essas guitarras! haha

Filippo14
ahh nao sei nao cara! Acho que me contento com a LP. haha
Voce tem ua LP tambem, nao? Muda muuuito uma pra outra? Nao imagino que seja um mundo de diferencas.

Filippo14
Veterano
# jan/16
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Hitman
Tenho sim! Lespa é foda também, mas o som realmente é diferente, pelo menos as duas que eu tenho acabam soando diferentes.

A ES tem menos graves que a LP, soa mais limpa e tem um "estalado" meio de violão de aço, acaba sendo bem diferente no fim das contas.

Abração

The Man Who Sold The World
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
Telecaster é a guitarra mais confiável, resistente prática que existe. Strat chega perto, mas a ponte caga. E o som é lindo.
tive alguns problemas com a ponte da minha strato (fender MIA), as cordas arrebentavam nos carrinhos, mas sei la com o tempo parou, pra mim é a melhor guitarra que existe, pau pra toda obra

Fidel Castro
Veterano
# jan/16 · Editado por: Fidel Castro
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The Man Who Sold The World

Meu problema com a ponte da minha Strat (MIA também) é que eu nem uso e só tá ali para dificultar troca de afinação pra mim (a ponte funciona meio que como um contra-pressão parece, pra jogar para D aberto, tenho que descer as afinações umas 4~5 vezes por corda, fica subindo sozinho, não sei o porque técnico-físico disto)

The Man Who Sold The World
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
to ligado, como eu tenho mais de uma guitarra, costumo não mudar a afinação delas, a solução pra esse problema é travar a ponte com um pedaço de madeira entre o bloco e o corpo, se usar ela apenas com as molas e flutuando, ela vai sempre ficar mais alta ou mais baixa ao mudar a afinação

esse lance de ficar voltando o tom nas cordas é o seguinte:
como a ponte levanta e abaixa (de acordo com a pressão exercida pelas cordas, quanto vc aperta uma corda, a ponte vai pra frente, então as outras cordas afrouxam, sacou?

nichendrix
Veterano
# jan/16
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Hitman
Fidel Castro

Pois pra mim as ES são as guitarras que mais confio pra tocar ao vivo, uso desde os 16 anos de idade, quando peguei a primeira, uma ES-135 que tenho até hoje e adoro a minha ES-335 também. Nunca me deiram probemas, nunca me deixaram na mão, não importa se eu estiver tocando metal, punk, jazz, blues ou qualquer loucura, ao vivo são as duas guitarras que sei que sempre posso confiar, já as outras, vez por outra me deixam na mão.

Soultunes
Membro
# jan/16
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Fidel Castro

Boa sorte, é meio desesperador para alguém igual a mim, sem controle algum com uma chave de fenda ou alicate em mãos heheh

https://m.youtube.com/watch?v=g5PClhQIe8k



Delson
Veterano
# jan/16
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Pegue um plug P10 usado (mas inteiro) e amarre algo nele.
Plugue essa ferramenta de tecnologia avançada no Jack.
Pegue a chave correta e aperte lentamente a porca, fazendo uma LEVE pressão no plug para o lado, pra tentar travar o movimento giratório do Jack.
Vai chegar uma hora que não será mais necessário fazer essa pressão, pois a porca ja está começando a pressionar a madeira, indicando que está tudo indo conforme o esperado.
Quando der o torque desejado, tá pronto.

Se precisar desmontar tudo, não se esqueça de amarrar um barbante nos potenciômetros, na chave seletora e no Jack, para que sejam guiados pelo barbante na hora de montar. Mais ou menos o processo dos tubos.

Fidel Castro
Veterano
# jan/16
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Update:

Tudo OK, doravante, me sinto mais seguro a mexer nela inclusive!

Hahaha obrigado!

nichendrix

Confio nela bastante, mas não gosto de sujeitá-la ao público, é meu xodó. Teleca é pra isso, dá até pra usar como defesa pessoal em emergência

Iversonfr
Veterano
# jan/16
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Hitman

Esse topico matou minha vontade de ter uma ES! (2)

Será que as Gretschs também são essa desgraça?

Soultunes
Membro
# jan/16
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Iversonfr
Hitman

Esse topico matou minha vontade de ter uma ES! (2)

Será que as Gretschs também são essa desgraça?


Tem uns 60 anos que estas guitarras são assim, vocês só sacaram agora por conta deste topico ? Curioso, no minimo. rs...

Iversonfr
Veterano
# jan/16 · Editado por: Iversonfr
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Soultunes
Tem uns 60 anos que estas guitarras são assim, vocês só sacaram agora por conta deste topico ? Curioso, no minimo. rs..

Só dou manutenção nas minhas stratos e teles. Já tive lespa e mexi em lespa de um colega mas nunca curti.

Já toquei mas nunca tive que dar manutenção em uma Gretsch ou ES, e nunca tive a curiosidade de ver como era abrir uma rs.

nichendrix
Veterano
# jan/16
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Fidel Castro
Confio nela bastante, mas não gosto de sujeitá-la ao público, é meu xodó. Teleca é pra isso, dá até pra usar como defesa pessoal em emergência

Cara, ES, quanto mais você usar melhor fica o som delas, então eu perderia a pena de tocar em público ou morria deixando ela nos ToneRite da vida. Eu acho a minha 135 mais gostosa do que a 335 justamente porque ela já está bem macia e mansinha pelos anos que eu tenho sentado a mão nela.

Hitman
Veterano
# jan/16
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nichendrix
já as outras, vez por outra me deixam na mão.
Poderia se aprofundar? Eu entendo o "deixar na mao" numa situacao onde tem uma bela ponte flutuante mas fora isso nao consigo imaginar o que possa dar errado que eh especifico de modelo para modelo..?

Fidel Castro
Confio nela bastante, mas não gosto de sujeitá-la ao público, é meu xodó. Teleca é pra isso, dá até pra usar como defesa pessoal em emergência

Nessa parte eu te entendo e concordo! Mete a teleca na testa do peao que tudo se resolve!

Iversonfr
Será que as Gretschs também são essa desgraça?
Olhando o video ali vendo a guitarra cheia de tubos.. Porra, so quero trocar um potenciometro e nao realizar uma cirurgia!

Soultunes
Tem uns 60 anos que estas guitarras são assim, vocês só sacaram agora por conta deste topico ? Curioso, no minimo. rs...
Nunca pensei tanto em como seria TER uma ES e imaginar o que faria, como faria. Nunca me liguei que nao tinha acesso algum para manutencao! Melhor assim do que comprar, querer trocar um pot e olhar pra guitarra e pensar "PORRA! Serio que nao tem uma abertura nesse negocio?????" hahaha
Foi com esse topico que rolou aquele momento "Puts! Eh verdade! Como nao pensei nisso antes??"

nichendrix
Veterano
# jan/16 · Editado por: nichendrix
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Hitman
Poderia se aprofundar? Eu entendo o "deixar na mao" numa situacao onde tem uma bela ponte flutuante mas fora isso nao consigo imaginar o que possa dar errado que eh especifico de modelo para modelo..?

Cara é bem simples, as ES são guitarras absurdamente estáveis, além do som delas responderem de forma mais uniforme em todos os amps que tenho, e diria até em todos os amps que tive a oportunidade de testar com elas.

Basicamente, ela não vai desafinar ou quebrar corda e nem o braço vai responder tanto a uma mudança de temperatura ou umidade porque alguém mané decidiu mexer no ar depois do setup antes do show ou ligar um umidificador porque o clima está muito seco.

Parece frescura isso em São Paulo ou no Rio ou em Belo Horizonte, onde o problema com essas coisa é menor, mas na minha terra natal faz 40 graus ou mais por 7 meses do ano e mesmo a noite a temperatura não fica abaixo dos 30 pelo mesmo período e a umidade nessa época não em geral fica de 20% pra baixo, então todo lugar vai ter microaspersor de água pra melhorar a umidade e ar-condicionado pra aguentar o calor.

Então tu pega dá um tapa no tensor antes do show, regula tudinho pra ficar a tocabilidade ideal em 22 graus, ai vem um égua qualquer e desce pra 17 e tua regulagem vai pro brejo. Eu tenho a mão bem pesada, então nessa hora além das cordas ficarem trastejando onde não deviam, elas quebram mais facilmente e desafinam mais facilmente. Tenho Stratos, Teles, Les Pauls, SGs, Super Stratos, ESs e Lap Steel, as únicas que não importam a situação nunca me dão muito problema, são a Lap Steel (essa porque não tem braço), e duas ES, porque elas tem uma estabilidade que nenhuma outra guitarra que tive (e já foram 22 guitarras entre as que ainda tenho e já tive).

Como disse uma coisa que me agrada nelas é que elas por conta de vários fatores tem o som mais regular de amplificador pra amplificador. Tenho vários amps de marcas como Fender, Marshall, Vox e JetCity, além de ter acesso fácil a outras marcas tão dispares como Soldano, Friedman, Matchless, Victoria, Evans, Yamaha, Pedrone e afins, e embora o som delas mudem de um amp pro outro, eles também mudam menos que as outras guitarras. Essa mesma regularidade também se aplica a maioria dos pedais.

Nem dá pra dizer que é captador, já que eu tenho outras guitarras com os mesmos P90 e os mesmos Humbukers que uso nelas, já tenho os mesmos modelos de P90s (Lindy Fralin) e Humbucker (Gibson Custom Buckers) tanto nas Les Paul, quanto nas SG. Logo não é algo que seja inerente ao captador, mas ao tipo de construção.

Um outro fator que me encanta nelas é a versatilidade, as duas vão vão desde o clean bem estelada, quase entrando na praia das Fender até pauladas de alto ganho pra tocar Punk, Hard Rock e até algumas brincadeiras com algumas coisas menos extremas do Metallica e do Iron (embora nessas situações elas comecem a ficar mais arredias)

Como eu não sou músico profissional e quando toco na rua com banda em geral é coisa eventual, se eu não tiver firmeza com o lugar e o gear que eu vou tocar, as ES são a escolha obvia, porque sei que com elas eu me entendo de qualquer jeito.

Nunca pensei tanto em como seria TER uma ES e imaginar o que faria, como faria. Nunca me liguei que nao tinha acesso algum para manutencao! Melhor assim do que comprar, querer trocar um pot e olhar pra guitarra e pensar "PORRA! Serio que nao tem uma abertura nesse negocio?????" hahaha
Foi com esse topico que rolou aquele momento "Puts! Eh verdade! Como nao pensei nisso antes??"


Cara, tirando a regulagem padrão de escala e ponte sempre que necessário, a única vez tive que mexer nas minhas duas ES (135 e 335) foi uma vez que uma tarraxa d a135 quebrou, por pura imbecilidade minha, tava indo de Ribeirão Preto pra São Paulo e já que me ia levar a guitarra em cima, no bagageiro pra bagagem de mão pensei "pra que levar case?" e decidi levei num Bag e me ferrei. Aproveitei que ia ter que trocar a tarraxa e mandei escalopar bem de levinho a escala da guitarra inteira (ficou ainda mais macia de tocar).

Na 335 nunca tive que mexer em 3 anos e meio com ela, nunca tive que apertar um parafuso sequer. Esse problema de rosca de jack, eu devo ter tido umas 3x na 135 e em agosto faz 20 anos que tenho a guitarra. Ela as vezes tem um problema com o escudo dela, ele não é simples como o da 335 e nele tem uma rosca que se eu tocar sentado fica roçando na coxa, e se tocar muito uma hora eu tenho que dar uma apertada nela, mas é com a mão e cura 5s pra fazer se muito.

MMI
Veterano
# jan/16
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Hitman

Nessa parte eu te entendo e concordo! Mete a teleca na testa do peao que tudo se resolve!

Minha strato tem a marca dos dentes de um infeliz que o antigo dono abateu. Não é só teleca não... hahahahaha

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# jan/16
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Como luthier eu afirmo que as teles são as guitarras "básicas" para todas as ocasiões. A Strato é um desenvolvimento dela...
Guitarras "Gibson", mormente as semi-acústicas e as semi-sólidas, são instrumentos mais sofisticados, que exigem mais cuidados e manutenção mais acurada...
Abçs

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