História das guitarras elétricas - corpos sólido

    Autor Mensagem
    Ismah
    Veterano
    # set/15 · Editado por: Ismah


    Bom, como sabem eu estou escrevendo sobre a história dos amplificadores, mas é difícil falar deles sem trombar com a história das guitarras... E então vamos ao registro...

    Ramsay (in esse post)

    Particularmente falando eu nunca gostei das Telecasters que acho muito feias e nem do som delas e pra mim todas são um pau com cordas.

    E não passam de um pau com cordas. Pode ver que o acabamento delas é nulo, parece que foi feito a facão, porque possivelmente foi isso. Acredito que quando o K&F (Kauffman & Fender) lançaram seus amps em 49, viram uma oportunidade de negócio, fabricando também o instrumento.

    Como o country-hawaiano (meio complicado definir, melhor escutar) era popular na época, Leo fez o óbvio: foi para os "bar" (lembremos que PUB's, não existem nos EUA, é coisa de inglês) perguntou para músicos, o que precisavam.

    E talvez numa dessas noites ele deu de cara com uma "frigideira hawaiana" (frying pan/hawaian guitar), elétrica, e sólida (hoje conhecidos por lapsteel e o pedalsteel) que o Adolf Rickenbacker, junto com o George Beauchamp, já produzia a bons 10~20 anos.

    Como o bandolim, banjo e violão, eram muito comum por terras confederadas (sul dos EUA), é possível que o Leo tenha também encontrado uma "Rickenbacker Spanish Electric Guitar", que era uns 5 anos mais nova, o nome era pra diferenciar da "Hawaian guitar".

    Não tenho certeza, mas acho que eram de baquelite (plástico!!!), com metal. Alguns afirmam que o material original no Hawaii, era madeira, outros que era fibra de vidro das pranchas de surf. Mas considerando que já na época existia a corrida tecnológica, faz sentido o Rickenbacker usar baquelite.

    Como nem Leo, nem o Doc manjavam de luthieria, é a razão que acredito de que saiu esse pau com cordas que chamamos de Tele. Um objetivo era diminuir os preços, que já na época eram muito caros. É um dos motivos que ela se popularizou: acessibilidade.

    Dá para dizer que para a época, Fender foi para a Gibson (essa tem sorte, porque mérito próprio é pouco, sempre foram apegados ao tradicionalismo, tanto que insistiram por anos em fabricar semi-acústicas), Epiphone, a própria Rickenbacker, o que os Behringer, Joyo, Arcanos etc, são para o mercado atual: fazem versões "marromeno", de equipamentos renomados.

    Uns links pra escutar...

    Um dos ícones do "country-hawaiano" da década de 30.



    Se interessar tem essa playlist, perceba que o jeito de tocar é visto na surf music que deu origem ao rock psicodélico.

    Uma 1932 Rickenbacker A-22 "fryingpan"



    Outro exemplo, de um modelo de 37.



    Uma das primeiras Rickenbacker "spanish eletric guitar".



    JJJ
    Veterano
    # set/15
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    Ismah
    Dá para dizer que para a época, Fender foi para a Gibson (essa tem sorte, porque mérito próprio é pouco, sempre foram apegados ao tradicionalismo, tanto que insistiram por anos em fabricar semi-acústicas), Epiphone, a própria Rickenbacker, o que os Behringer, Joyo, Arcanos etc, são para o mercado atual: fazem versões "marromeno", de equipamentos renomados.

    Rapaz, o tópico tá bacana, mas esse parágrafo aí de cima acho que vai te dar dor de cabeça, de ambos os lados "fanboyzeiros"... kkkkkkkkkkkkkkk

    MMI
    Veterano
    # set/15
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    JJJ

    esse parágrafo aí de cima acho que vai te dar dor de cabeça, de ambos os lados "fanboyzeiros"... kkkkkkkkkkkkkkk

    Eu li isto e desisti. hahahahahahaha

    Ismah
    Veterano
    # set/15
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    JJJ
    MMI

    Eu mesmo sou fã de Fender. Aos haters, deixo um beijo no ombro.
    Não dá pra negar que a Fender não foi pensada em produzir instrumentos - lembremos que Leo era técnico em eletrônica, não Luthier. Fabricar instrumentos, foi uma oportunidade que apareceu, e resolveram aproveitar.

    E ainda por cima de forma atravessada, tanto que foram remando contra a maré dos peixes grandes (Jazz, big bands etc), e não produziram semi-acústicas, e sim guitarras para country/hawaian.

    Ouso dizer que por falta de capacidade, aliada a falta de mercado. Afinal quem com grana, compraria um instrumento, feito meio que as cegas? (Considere que jazz não era música popular, e sim música da alta sociedade).

    Alekine
    Membro Novato
    # set/15
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    Muito interessante!

    Abraço

    The Man Who Sold The World
    Veterano
    # set/15
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    Ismah
    Veterano
    # set/15
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    The Man Who Sold The World

    É, sabia desse vídeo, mas não achei nada neutro. É "Grobo", fazer o que...
    Apenas falam do Leo Fender, mas ninguém sabe que ele foi o idealizador dos amps, mas não se lembram do Doc Kaufmann - que possívelmente sem ele, não teríamos guitarras Fender.

    pianoid
    Veterano
    # set/15
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    realmente a música guitarrística havaiana teve um impacto tremendo no rock inicial, não? Hawai era surf, morenas rebolando com flores, Elvis Presley e iê-iê-iê rs

    Ismah
    Veterano
    # set/15
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    Não amigo... Isso é bem antes do Elvis... Enquanto New York tinha o Jazz, Lousiana tinha o Blues, a Califórnia tinha o Folk, e Hawaí tinha a Hula (acho que é esse o nome) que veio a se juntar ao Folk e fundar o country, o surf music...

    Hey de concordar contigo que a conotação sexual, é influência dos negros, e já existia no blues. Leia sobre Elvis e Jerry Lee, são dois ótimos exemplos do nível do conservadorismo da época.

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