PF apreende equipamentos musicais em SP

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Led Zé
Veterano
# mai/14
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subgrave
A questão de piratear músicas na Internet é complexa, mas vai da consciência de cada um. Eu não baixo músicas pela Internet. Compro CDs originais. Não me importo em pagar caro.
Gosto de ir na loja namorar os CDs, gosto de chegar em casa e rasgar o plástico, pegar o encarte cheirando a novo e ler. Para mim isso é um ritual.
Quando a grana tá curta, deixo pra comprar no outro mês e assim vou levando. Não são 40 ou 50 contos por mês que vão me deixar mais rico ou mais pobre. Pago com prazer.
Prazer que me falta em ter um Pen Drive com 1000 músicas baixadas. Abomino!!! Não vejo a menor graça.


CD já era. Daqui um dia nem existe mais. Poucos aparelhos de reprodução de música modernos usam CD. Nenhum som de carro desses mais novos e modernos vem com CD. É só bluetooth e pen drive. Loja de CD faliram quase todas. Negócio agora é baixar a música digitalmente( mesmo que pagando) ou ir para os vinis que estão em alta novamente. Loja de CD é um negócio falido. A tecnologia engoliu. Ele não é moderno o suficiente para os dias atuais nem vintage e nostálgico o suficiente para que gosta de coisa velha.

Foi só um adendo, galera. Voltem a discutir hehehe

MMI
Veterano
# mai/14
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rhoadsvsvai

Tem contavenções que tão comuns as pessoas acham que chamar de criminoso quem pratica é ofensivo. O jogo do bicho é um exemplo clássico. Mas vai longe isso, o dono do puteiro, o site de divulgação delas, o uso de programas piratas inclusive MP3...

Se é que você cadastrou sua idade correta, você já nasceu na época do CD e desde sempre baixou músicas na internet. E isso de tão comum, habitual, não vê como crime. Ok, colocar quem faz isso no mesmo patamar de um assassino estuprador é exagero. Mas falar que direito autoral é algo corporativista e político é um tanto estranho... Você já deve ter notado que nos CDs vem escrito "All rights reserverd. Unauthorized reproduction, hiring, lending, public performance and broadcasting of this recording prohibited". É discutível até onde isso vai, mas tem uma razão de ser bastante justa e nem tanto por corporativismo. Te explico...

Já participei de gravações de gente estabelecida na música. Um lançamento de um CD realmente profissional, top, é mais ou menos assim... Paga-se músicos, se não for uma banda onde todos são "sócios", mas paga-se bem. Isso varia muito nos valores, mas nesse nível paga-se bem. A composição, se não for própria, custa bem também, se for um cover ou rearranjo de um artista famoso envolve direitos autorais e geralmente uma agência vai cuidar disso, cobrando. Várias horas de ensaio, que também custa. No estúdio, que não é chinfrim, vai consumir ao menos 40-50 horas no mínimo imaginável, podendo dizer que beira o impossível neste tempo. Um bom produtor musical conta muito. Depois de gravado, se pensa se a só a masterização vai ser feita fora ou já vai tudo, com a mixagem também. Paga-se a arte, fotos etc. Daí vem o custo de prensagem, produção comercial e distribuição. A gravadora entra com uma pequena fração disso aí (principalmente na divulgação, distribuição, vendas e radiodifusão), sendo que no contrato final acaba sobrando algo como 2 a 4 reais por CD vendido para o artista. Posso dizer que o custo para o artista, lá por 2002, foi ao redor de 1 milhão de reais. Tudo isso é justo ser por mera divulgação, para ser baixado de graça sem licença? Eu acho que não, isso que eu não gosto do pessoal de gravadora e produção comercial, pelo menos dos que eu conheço.

krixzy
Veterano
# mai/14 · Editado por: krixzy
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RenatoSchoen
Mas minha raiva é quando compro arroz, feijão, carne, encho o tanque do carro, compro um remédio.... e ainda todo ano chegam lá em casa os carnês de IPTU, de IPVA... e tenho mais raiva quando pego meu holerite e sei que lá tá deduzido 27,5% do meu salário.

Agora, quando compramos artigos "supérfluos", que é um consumo não essencial, vamos piratear, clonar, contrabandear, crakear, etc... para não pagar imposto???

Não dar direito de cometer um crime, mas da direito a todos questionar, protestar, e se vc não concorda com algo, vc não é obrigado a aceitar, se o governo diz que baixar musicas na internet é crime, basta acontecer um grande protesto e todos pararem de comprar CDs por conta do alto preço, rapidamente baixar músicas deixa de ser um crime, ou os CDs ficam baratinhos, mas um só correndo atrás do direito de todos, não resolve, baixar músicas pela internet pode ser crime pra vc que pensa assim, mas pros que são como eu, é mais como uma forma de se negar a aceitar o absurdo que pra mim é inaceitável.

Ninguém aqui falou piratear nem contrabandear, e sim em baixar musicas, que pra mim é compartilhar, e importar sem ser taxado com valor abaixo de $100,00 que é a Lei, e a Receita fica taxando todo mundo com a ação administrativa dela de $50,00, vc pode aceitar pagar imposto quando importa algo no valor de $50,00, mas eu não, não aceito um absurdo desse, entro com uma ação e sou restituído, e se eu pudesse importar mais de $100,00 sem ser taxado, importaria também, se pudesse comprar tudo sem pagar imposto, tbm compraria até ver que o governo realmente tá fazendo algo significativo.

O problema é que o povo brasileiro pensa que vive aqui de favor, só que na verdade o país é nosso, vivemos como queremos, o governo está ai apenas pra organizar, administrar e não deixar virar uma bagunça, só que o nosso governo já é a bagunça.

Um exemplo foi os protestos do ano passado, aconteceram algumas mudanças, o governo se mexeu pelo menos um pouco, agora se ninguém tivesse ido pra rua vc acha que o governo ia notar algo? Se todos aceitam calados nada muda, é preciso questionar, correr atrás, e não ficar de braços cruzados só pq é uma Lei e vc é obrigado a concordar.

RobsonCosta
Veterano
# mai/14
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krixzy
asta acontecer um grande protesto e todos pararem de comprar CDs por conta do alto preço

Esse é o ponto, depende da gente, o meu post foi justamente essa revolta, que nosso amigo me chamou de infeliz, sei o que é certo e errado e odeio políticos, mas enquanto algo não acontecer, vai ter sempre alguém "burlando" a tal lei que eles colocam.

Um exemplo do que vc disse é time de futebol, o que fazem quando o time vai mal? quebram tudo, não seria mais facil não ir mais aos estádios?

Mas alguém já disse isso, tudo isso é fruto de nossa ignorância de não fazermos nada, enquanto o povo gostar de faustão ele vai estar na TV todo domingo a tarde tocando e mostrando toda aquela cultura.

Led Zé
Veterano
# mai/14
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Já falei isso mil vezes...Não comprem nada aqui. Vão pra fora e comprem lá. Se pagar imposto e ficar um pouco mais caro que aqui, pelo menos fez uma viagem e essas memórias você carrega pra vida . Ou então larga mão dessa cabeça de pobre "rolezinho" de querer ter tudo de marca pra ostentar, nem que seja falsificado, e faça uma puta guitarra num luthier.

Lelo Mig
Membro
# mai/14 · Editado por: Lelo Mig
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rhoadsvsvai

Concordamos em partes.......não sou à favor do abolicionismo penal e, em contrapartida, também sou anti-garantismo.

Contudo, não concordo com: " brasil, aqui tem que reprender o máximo possível mesmo". porque creio que um Estado que não fornece ao seu cidadão condições minímas ao direito de oportunidades, onde existe prisão especial, e o legislativo é imune ao código penal, é um Estado ilegitimo e não representativo.

Diferente da galera, não sou partidário do "povo têm o governo que merece" ou "representantes do povo".......não acho que um País onde os tempos e verbas de campanhas não são iguais a todos os partidos, onde o mercado corporativista investe em candidatos, onde a mídia direciona os eleitores e, principalmente, onde o voto é OBRIGATÓRIO........não é uma democracia.

Em minha filosofia, o Brasil é uma ditadura, e das mais sujas, porque nem um vilão para mostrar a cara possui.

Mas isso é discussão que não cabe, nem vale a pena aqui.

Minha pergunta foi só por curiosidade mesmo.

MauricioBahia
Moderador
# mai/14 · Editado por: MauricioBahia
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Só pra finalizar minha participação neste ótimo debate que acabou desvirtuando um pouco.

Alguém pode me explicar qual o motivo do governo taxar O FRETE em 60% + outros impostos, em compras internacionais. O frete é tratado com se fosse parte do produto, "uma peça", mas não é!!!!

Alguém me explica? Pra mim, isso é mais um jeito de arrancarem grana da gente e nos individar. É imposto de renda, imposto daqui, juros altíssimos dali... tudo isso pra te manter na linha e escravo do sistema. E, se não pagar, ou mesmo contestar, tá ferrado. Não vai compensar (pois os honorários advocatícios são altos) e/ou seu nome ficará sujo.

Adivinha quem sempre ganha?

Abs

Lelo Mig
Membro
# mai/14
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MauricioBahia

"Alguém me explica?"

Teoricamente o chamado frete, neste tipo de compra, anexa os custos portuários e alfandegários.

Se você pedisse para um esquimó buscar na Africa com seu caiaque, sairia mais rápido e mais barato, que o eficiente sistema portuário/alfandegário brasileiro.

Ou seja, ineficiência total neste setor... então faça uma conta simples:

Ineficiência do Setor + Burocracia Absurda + Funcionários Inaptos + Caixinha do Fiscal + Propina do Despachante + Caixinha do Sindicato + Seguro de Greve + Caixinha do Partido + Acertos com Prefeitura local +...

1 Real vira 100 Reais em segundos!

ogner
Veterano
# mai/14 · Editado por: ogner
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Ineficiência do Setor + Burocracia Absurda + Funcionários Inaptos + Caixinha do Fiscal + Propina do Despachante + Caixinha do Sindicato + Seguro de Greve + Caixinha do Partido + Acertos com Prefeitura local +...

Huaheuhauhue!! Ótimo!! E isso acontece também em alguns muitos outros setores do nosso Pais!! hehehe!!

Ja comprei granadas e minha metralhadora!!! \o/

#vaidarmerda

Edit:
Vcs não sabem o inferno que esta sendo viver no Rio de Janeiro...

rafael_cpu
Veterano
# mai/14
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krixzy

Importante sua colocação quanto ao limite de isenção do imposto de importação!

Acompanho a questão há algum tempo. Já existem várias decisões no sentido da ilegalidade da portaria MF 156 e da instrução normativa 96 da SRF, inclusive entre US$50 e US$100, por conta do Decreto-Lei 1804/80.

O que limita o volume de decisões é o desconhecimento da questão. Além disso, aqueles que a conhecem, na grande maioria das vezes, prefere recolher o imposto a questionar em juízo a cobrança - e isso é perfeitamente compreensível na medida em que os valores geralmente são baixos.

T+

MauricioBahia
Moderador
# mai/14
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Lelo Mig

Kkkkk! É isso.

:)

clguitar
Membro
# mai/14
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MMI
no contrato final acaba sobrando algo como 2 a 4 reais por CD vendido para o artista.
Sem querer discordar, mas já discordando: acho que é bem menos que isso. Me lembro, no longínquo 1999, quando participei como "artista" de um CD, que a banda ganharia cerca de 4 centavos por cópia vendida, além de diárias de 100 reais por cada dia de gravação. Tá certo que não éramos profissionais nem de alto nível, mas um dos membros é um cara famoso e tinha empresário que, suponho, conhecia a prática da indústria. O papo que rolava naquela época é que o único artista que ganhava com CD no Brasil era o Roberto Carlos, que supostamente levava 20 centavos por disco vendido.

demais colegas
Sobre pirataria de música: não julgo quem faz ou deixa de fazer. Tenho para mim que, apesar de ilegal, isso é inevitável, já que a tecnologia permite a reprodução infinita e gratuita dos conteúdos. Tenho grande dificuldade de pagar para fazer downloads quando sei onde encontrá-los gratuitamente. Sou da época da fita cassete, do vinil e do CD, então, se compro música, tem que ir pra minha estante, não pra um pen drive. Muitas vezes, baixo o disco, gosto, e acabo comprando mais tarde, para tê-lo na "coleção".
Ultimamente, aliás, tenho achado que fazer download será cada vez mais obsoleto: quando quero ouvir algo, procuro no youtube e sempre acho.

sobrevivente
Veterano
# mai/14
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Led Zé
Ou então larga mão dessa cabeça de pobre "rolezinho" de querer ter tudo de marca pra ostentar, nem que seja falsificado, e faça uma puta guitarra num luthier.

Falou bonito.

MMI
Veterano
# mai/14
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clguitar

Depende do contrato que se assina, da gravadora, do músico. Eu já vi até 4 reais, quando participei de um CD onde a artista era a dona da gravadora, mas foi absoluta exceção. Já de 2 reais fiz alguns, onde a artista era a "esposa" da dona da gravadora. A maioria fiz por preço fechado, independente das vendas, já tomei chapéu (pois é, ficou de graça um trabalho enorme de arranjo, composição e gravação), mas se bater um 1 real se dê por feliz. A verdade é que os músicos, produtores e bandas em geral são muito amadores na questão gerencial, "business", são muito mais para o lado "sou artista", alguns se acham muito malandros, mas na hora de sentar numa reunião profissionais e grandes gerenciadores, são engolidos - sobram centavos mesmo, quando sobram.

Tem um CD que fiz em casa quase tudo, tem uns 10 anos que está em catálogo na gravadora. Eu dou risada até hoje para não chorar... O meu parceiro na época que assinou, o contrato descrevia tudo que seria feito, o que seria necessário, um pagamento bacana por CD etc. Ele não percebeu quando assinou, mas o penúltimo item dizia que o CD tinha previsão para vender 5 milhões de cópias com a distribuição no Brasil todo e Portugal, mas o pagamento só seria efetuado depois que vendesse umas 3 milhões de cópias. Isso numa linguagem bem complicada de "juridiquês". O cara assinou, até hoje tem vendas disso, mas nunca vai vender esse número e não temos nenhum controle sobre este número. Sabe quando vou receber alguma coisa?

Quanto à pirataria... Não precisa muito para saber como baixar de graça. O Youtube de fato tem tudo, mas a qualidade não é lá essas coisas. Dá para ouvir muita coisa por streaming também, tranquilamente. Eu prefiro pagar 99 cents por uma música legal de uma banda que eu curto, mesmo por download. Se a banda é legal, teve todo o trabalho e custos de gravar, eu vou curtir e ouvir várias vezes, nada como agradecer a banda e retribuir o esforço com a "fortuna" de 1 dólar por música. Muitos CDs inclusive são muito difíceis de se achar para botar na coleção, que ocupa espaço (não tenho mais lugar na prateleira), mas ainda compro mesmo assim.

Lelo Mig
Membro
# mai/14
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clguitar
MMI

Apenas como curiosidade...

Eu conheci UM músico que ganhou dinheiro com CD. Não me sinto à vontade em citar seu nome.

Mas é um tecladista de New Age, Brasileiro, que resolveu produzir e bancar seu trabalho de forma independente.

Ele iniciou colocando seus álbuns em lojas de produtos exotéricos e de meditação, foi ganhando nome entre o povo que curte esses lance de meditação, cristais, incensos e etc, e começou a ter procura nas lojas de CD. Ele, através de um representante comercial, colocava direto nas lojas, de forma consignada.

Seu trabalho, dentro deste segmento, era bom e de qualidade, com bom preço, e o negócio ficou bom para ele e para os lojistas.

Sem exagero, nos 10 anos que tive loja de CDs, cheguei a vender mais álbuns dele do que de nomes internacionais consagrados no gênero.

Nunca vi ele na TV, nem nas rádios, mas nos anos 90 ele era o artista independente mais vendido no país. Afirmo, sem medo de errar, que juntando todos os seus títulos, ele vendeu mais de 300 mil CDs.

Se ganhou 5 reais em cada (chutando baixo), façam as contas.......Alguém aqui ganha mais de Um milhão de reais em 10 anos?

MMI
Veterano
# mai/14
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Lelo Mig

Seu trabalho, dentro deste segmento, era bom e de qualidade, com bom preço, e o negócio ficou bom para ele e para os lojistas.

Nos anos 90, muito provavelmente ele gravava em estúdios, em analógico, era coisa cara de se fazer. A rapaziada não conheceu a época, mas de lá para trás a grande dificuldade era gravar, era bem caro e difícil. Hoje gravar, qualquer um grava, todo mundo tem um CD, todo mundo desse fórum consegue gravar em casa mesmo quantas vezes forem necessárias. O difícil é distribuir e vender, aí que fica o gargalo atualmente. Na época o gargalo era gravar, o mercado consumia muito, mesmo porque não existia música de graça, baixada da internet (sim, começou na década de 90, timidamente). Se o cara tinha algo bom e de qualidade, mesmo independente, foi porque gastou bem...

Alguém aqui ganha mais de Um milhão de reais em 10 anos?

Que indiscrição, Lelo... Com música neste fórum não sei se alguém ganhou isso em 10 anos. Fora da música tem muuuuuita gente que tirou disso para mais, conheço alguns.

Lelo Mig
Membro
# mai/14 · Editado por: Lelo Mig
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MMI

Sim, sim...você colocou bem. O mercado não é o mesmo. A relação produção/venda se inverteu...eu só citei como exemplo, até porque, mesmo naquela época ele foi uma exceção, porque a distribuição sempre foi um problema; ele mirou e acertou o alvo de um nicho específico que se tornou fiel.

"Que indiscrição, Lelo... "

Foi relativo a ganho específico com música, só isso. E irônico, no sentido de que não espero que ninguém diga aqui o quanto ganha, porque nem de minha conta é... Desculpe se pareci indiscreto.

MMI
Veterano
# mai/14 · Editado por: MMI
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Lelo Mig

Entendi...

Acho que antes era mais fácil, pelo menos quem tinha qualidade (ou não...) conseguia um contrato com gravadoras e produtoras que de certa forma tinham os meios para distribuição. Hoje está bem mais complicado, mesmo porque quase não existem mais lojas de CDs, então a distribuição é menor, vai para algumas grandes redes (Americanas, Fnac, Livraria Cultura, Saraiva...) mas mesmo assim é muito mais voltado para artistas consagrados. Como falaram acima, o CD morreu... O download matou, junto com ele matou grande parte do mercado musical.

Li há um tempo que nesses remotos tempos, grande parte dos contratos das grandes bandas eram exatamente na questão das vendas de discos. As turnês eram secundárias, não ganhavam tanto. Mas quem reclama de CD caro hoje não viveu a década de 70-80, onde realmente os LPs eram caros, não era qualquer vintão que comprava um LP, boa parte eu acho é barato. Mas é caro comparado à pirataria, 2 reais numa música é caríssimo comparado a baixar de graça. Hoje as grandes bandas pouco se interessam pelas vendas de CDs, as turnês que tem que ser lucrativas, os artistas ganham muito mais se apresentando. Paul McCartney é um dos recordistas com as últimas turnês, entretanto as turnês dos Beatles e Wings não chegam nem perto (mas vai comparar as vendas de discos...). O resultado disso é que quem é famoso, fica mais famoso e rico. Quem quer se lançar não vende CD, portanto não é conhecido, não faz turnê grande, não ganha grana - sobra youtube e uma divulgação bem mais segmentada (e gratuita), difícil de atingir o sucesso dos velhos de guerra.

clguitar
Membro
# mai/14
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Hoje as grandes bandas pouco se interessam pelas vendas de CDs, as turnês que tem que ser lucrativas
MMI
Exatamente. Me lembro, nos anos 90, que as bandas faziam turnê para divulgarem seu último álbum. O ciclo era novo álbum, novo show para alavancar as vendas. Hoje, muitos artistas consagrados já nem se incomodam em gravar coisas novas e tocam as músicas consagradas, que é o que a platéia quer mesmo. As duas últimas turnês do Metallica foram do álbum preto (tocaram inteiro) e da "escolha do público". Soundgarden está em turnê dos 20 anos do Superunknown, e por aí vai... Por um lado, isso mostra a falência da indústria do CD, mas, por outro, força as bandas a fazerem bons e frequentes shows, inclusive no Brasil.

sobrevivente
Veterano
# mai/14
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undefined

makumbator
Moderador
# mai/14 · Editado por: makumbator
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clguitar

Acho que ao menos no caso do Metallica esse fato não se deve tanto à questões de pirataria ou mudança do paradigma do que o álbum representava no passado e o que se tornou. Acho que é muito pelo fato dos últimos álbuns (a partir do Load) não terem a mesma qualidade musical e aceitação do público tradicional da banda, que acaba sempre preferindo os clássicos (ou seja, do primeiro álbum até o disco preto).

Como o Metallica não é bobo nem nada, eles dão o que o povo quer, que são as músicas clássicas misturadas com faixas novas aqui e ali. Sinceramente, acho que mesmo que o paradigma do álbum não tivesse mudado eles fariam a mesma coisa (por simples falta de material novo realmente marcante para seu público base).

Outro ponto a se considerar é que quando uma banda chega a um certo número de anos de estrada uma parte importante de seu público parece "cristalizar" nos clássicos, e passa a querer praticamente só ouvir mais do mesmo. De certa forma esse fenômeno atinge várias bandas antigas em atividade, com variações de grau (Rolling Stones, Iron, AC/DC, Black Sabbath, Deep Purple, etc...)

Mas reconheço que o cenário é bem diferente do passado.

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