Sobre marcas, grifes, logos, política e custo-brasil

Autor Mensagem
vintagentleman
Veterano
# nov/13
· votar


FBlues_rock

"O que é isso companheiro?"

Você não defendeu fechamento de jornais, mas os tachou de "mídia golpista" e se você pesquisar, na Argentina e Venezuela isso serviu de argumento para cerceamento de liberdade de imprensa.

No mais gostei do seu último post. Tenho uma retórica provocativa porque sou dado a excesso de sinceridade (coisa não muito boa no convívio social) e curto uma boa polêmica...

Drinho

Prometo que não vou avacalhar o tópico!
E quem fizer vai estar sendo bem feio!

Abraços

FBlues_rock
Veterano
# nov/13 · Editado por: FBlues_rock
· votar


JJJ
Mas a discussão sobre marcas, grifes, logos, política e custo-brasil referente a guitarras e outros equips (amps, por ex.) é pertinente e considero necessária, tem ótimos posts sobre isso nesse tópico, inclusive tratando sobre importação, produção nacional, distribuidor exclusivo, etc.
Se isso for parar no OT, esquece, ninguém mais olha. Fora que ao cair lá, o que chamou de discussão de alto nível vai despencar rapidinho. rs
abs

Natanael_DM
Veterano
# nov/13
· votar


FBlues_rock, não quero parecer chato, mas esses países que tu citou se fundamentam num "intervencionismo que não intervém", certo? Ou seja: o Estado só intervém se o indivíduo não consegue acessar o máximo.

Estamos falando de Estado de Bem Estar Social, que, no fim das contas, poderia ser interpretado como um "socialismo do máximo", no meu ponto de vista.
o/

FBlues_rock
Veterano
# nov/13 · Editado por: FBlues_rock
· votar


vintagentleman
A mídia golpista (sim, o termo é apropriado) faz muito bem em escancarar as mazelas do governo atual. Mas demonstra que "é crítica de um lado só" e que manipula a opinião pública com finalidade específica ao acobertar, por exemplo um tema hodierno, que um "homem de confiança" do Serra, nomeado a pedido desse pelo Kassab, desviou na prefeitura de SP um valor 5 vezes superior a de todo o mensalão. Se viu na Veja, FSP ou Globo alguém pedindo a aplicação do "domínio do fato" contra o Serra e o Kassab, posta aqui, agradeço! hehe

Ah, a propósito, só para fugir do "repetimos a informação que soube pela revista ou jornal", me diz qual jornal foi fechado pelo governo argentino.

Mais uma coisa: assim como a Argentina, a Inglaterra também aprovou a regulação da mídia, que nada tem a ver com fechamento de emissora ou grupo midiático, ao contrário do que a mídia golpista do Brasil dizem para proteger seus interesses. Ou não, talvez a rainha seja comunista ou do MST e nunca soubemos... ;)

Natanael_DM
O termo "estado de bem estar social" é bem mais apropriado, boa correção. Mas só para esclarecer, cito a Noruega (sei mais sobre esse país para comentar) provém serviços que em outros países e no discurso "estado mínimo" devem ser providos pela iniciativa privada.


Mal, não me contive (a conversa é boa), vou tentar não desvirtuar mais... :)

JJJ
Veterano
# nov/13
· votar


FBlues_rock
Se isso for parar no OT, esquece, ninguém mais olha. Fora que ao cair lá, o que chamou de discussão de alto nível vai despencar rapidinho. rs

Isso é verdade...

clguitar
Membro
# nov/13
· votar


FBlues_rock
Ainda supondo que você esteja certo na questão de intervencionismo vs. liberalismo, há alguns pontos que, creio, qualquer pessoa de boa fé no Brasil deve ter em conta:

- a qualidade da nossa intervenção na economia é péssima, para não dizer corrupta. Uma coisa é você fortalecer setores de produtividade crescente e onde há vantagens comparativas; outra coisa é você fazer, como no Brasil, reservas de mercado para setores que "canibalizam" o consumidor nacional, como o setor automotivo. A nossa experiência com informática e medicamentos, nos anos 80, é um retumbante fracasso. Um artigo do Schwartzman na FSP, há alguns meses, fala em "governo pró-mercado" ou "governo pró-empresa". No Brasil, infelizmente, é o segundo modelo que prevalece, com empresas escolhidas a dedo ganhando benesses públicas (e contribuindo com campanhas, é claro). O caso do Eike Batista é o mais escandaloso, e é inaceitável que, com tanto dinheiro do BNDES empatado nas trapalhadas desse sujeito, ainda não tenha ninguém preso.

- nos países que você citou, ainda que exista regulação e intervenção, o ambiente de negócios é infinitamente melhor que no Brasil. Sistemas tributários menos complicados, facilidades para abrir e fechar empresas, justiça que garante o cumprimento dos contratos, proteção da livre concorrência etc.

- há diversos países onde a regulação e a intervenção mal feitas estão levando a economia para o buraco. A França me vem à mente, assim como os países latino-americanos de tendência "bolivariana". O Reino Unido, ao contrário, com a Thatcher, conseguiu sair do abismo ao retirar incentivos de setores amplamente ineficientes (mineração, principalmente) e ao enfraquecer lobbies (principalmente os sindicais). Isso sem desmontar serviços públicos de alta qualidade, principalmente a saúde. Nos EUA, as reformas liberalizantes feitas pelo Reagan também possibilitaram uma guinada rumo ao crescimento, levando à vitória na Guerra Fria.

- ainda sobre a qualidade da intervenção: há formas de intervir que respeitam os pressupostos básicos da economia de mercado e a credibilidade das instituições. Outras, porém, usam "contabilidade criativa", geram distorções e mercados negros, com ganhos para poucos e custos para muitos. O caso do câmbio na Venezuela é emblemático, assim como a maquiagem dos índices de inflação na Argentina. No Brasil, se não fosse a opinião pública e o mercado gritarem, já estaríamos mais próximos desses dois casos.

Conclusão: um Estado menor e não intervencionista certamente impede esse tipo de barbeiragem. Ao mesmo tempo, intervenções bem pensadas e honestas, que se baseiem em aumento de produtividade no longo prazo, podem ser muito interessantes. Nosso problema é que esse tipo de política é muito rara no Brasil. E a conta sempre chega.

Enfim, desculpe escrever demais! Abraço!

Drinho
Veterano
# nov/13 · Editado por: Drinho
· votar


voltando pras guitarras....
vou responder com mais calma ao amigo Natanael_DM, que tinha muita informação e assuntos correndo anteriormente...

Quando o sujeito segura uma Tagima Juninho Afram na mão e acha razoável pagar 5K por ela, está mandando pro espaço todas a regras de senso crítico ou simplesmente valorando algo que pra ele é importante?

É um pergunta muito boa e difícil de responder sem que chova canivetes na minha cabeça..
Deixando claro que cada um faz o que bem entender com seu dinheiro, mas vou expor o que eu acho para lhe responder.
De forma simples, sincera e direta, na minha opinião um cara que paga 5k numa Juninho Afram é um maluco, não é investidor nem colecionador porque Tagima não tem valor para este pessoal (pelo menos por enquanto não tem), não é um guitarrista de senso crítico apurado e não é um sujeito honesto com o seu bolso. Ele é apenas um fanático pelo Juninho Afram, não consigo encontrar outra explicação para isso, se existir por favor, compartilhem comigo.
Ou seja quando você vai comprar um instrumento sem valor comercial você está enxergando apenas o benefício do instrumento para uso e nesta faixa de preço temos luthierias que produzem instrumentos de alto nível sem valor comercial. O cara com esse investimento pode fazer uma guitarra na medida para ele, com o melhor madeiramento, captadores refinadíssimos diferentemente de seymour duncan convencional, dimensões do instrumento, acabamento, acessórios, enfim, o cara não precisa se submeter a copiar o Juninho Afram, se faz é porque ele quer ser o Juninho Afram. Visto que nem falei de instrumentos importados com melhor valor de mercado que podem ser encontrados usados por aí.... A guitarra do Juninho Afram é legal sim, isso é uma coisa, outra coisa é dar 5k nela.
Não é questão de condenar á forca, eu nunca condeno a forca pela pessoa comprar instrumento x, cada um compra o que quiser, mas as pessoas só pensam no que estão comprando, elas não pensam que este hábito infeliz de compra gera um hábito de mercado ignorante que premia a mediocridade, o que é bem comum atualmente, se existisse um senso crítico mais apurado as coisas sem duvida nenhuma seriam mais bacanas e mais baratas porque as empresas iam ter que se virar pra se manter no mercado. Esta é a minha opinião, ninguém é obrigado a concordar comigo obviamente.

Não há inteligência no planeta que suplante a percepção pessoal sobre o valor de determinada coisa.
Sem dúvida valor é algo completamente subjetivo, mas eu ainda procuro olhar pelo lado do bom senso, conhecimento e pesquisa e insisto fortemente no pensamento de que tem muita coisa cara sendo vendida aí que não deveria nem estar no mercado, acho que a gente tá achando bom qualquer coisa e isso é algo completamente possível de ser mudado, não da noite pro dia claro.

Vai dizer que tu nunca pagou caro por algo que, em tese, não valia tanto?
Claro que já! Eu tenho até hoje um Marshall AVT que eu comprei em 2004/2005, nao me lembro ao certo, não que seja um amplificador tosco, ele funciona e não fala mal de ninguém, é um aparelho no mundo do iniciante/intermediário, mas hoje eu vejo que foi uma das maiores besteiras que fiz na vida, pois com aquele valor de investimento, ou pouca coisa á mais eu teria achado uma solução infinitamente mais interessante, só que o meu nível de informação e senso crítico era infinitamente menor do que hoje, além de uma vontade ridícula e descontrolada de ter um marshall, então isso me ensinou, errar uma vez é humano, viver errando é triste né!

FBlues_rock
Veterano
# nov/13 · Editado por: FBlues_rock
· votar


Drinho
Não é questão de condenar á forca, eu nunca condeno a forca pela pessoa comprar instrumento x, cada um compra o que quiser, mas as pessoas só pensam no que estão comprando, elas não pensam que este hábito infeliz de compra gera um hábito de mercado ignorante que premia a mediocridade, o que é bem comum atualmente, se existisse um senso crítico mais apurado as coisas sem duvida nenhuma seriam mais bacanas e mais baratas porque as empresas iam ter que se virar pra se manter no mercado. Esta é a minha opinião, ninguém é obrigado a concordar comigo obviamente.

Caramba, tava inspirado! hehe
Eu concordo! :)

Sobre pagar caro em algo que não valia tanto, sou um bom exemplo no caso de pedais. Não arrependo do meu set, mas hoje tenho plena ciência que podia ter um set muito bom gastando metade (ou menos) do que gastei.

Drinho
Veterano
# nov/13
· votar


Não arrependo do meu set, mas hoje tenho plena ciência que podia ter um set muito bom gastando metade (ou menos) do que gastei.

Então, só essa ciência que você tem já vale ouro!

rcorts
Veterano
# nov/13
· votar


vintagentleman
Já montei duas frankenstrats que falam bem legal... e sai bem mais barato do que comprar uma equivalente de marca. Mas aqui cabe uma ressalva: precisa conhecer o básico de hardware, estudar, planejar e pesquisar. Além de ter paciência. Para quem quer fazer isso, é sempre bom montar strato, porque é um projeto funcional e simples.

Teles são mais fáceis ainda de montar dessa forma, e tem luthier que chega a cobrar 7mil pra fazer uma tele com corpo de cedro e dois captadores single coil.

clguitar

Eu não entendo muito de economia, mas concordo com cada aspecto dos seus argumentos no post acima. Quer dizer, não entendo mas procuro entender. E suas colocações foram muito ponderadas e refletem bem a diferença entre a realidade econômica de Brasil e EUA por exemplo.

Se o problema do Brasil fosse puramente econômico tava até razoável. Mas ainda temos que largar de engatinhar em praticamente tudo que fazemos. Nossas Leis são "pra inglês ver", nossa educação atende nossas próprias conveniências (ex.: xingar dentro de uma sala de aula de universidade é deselegante, mas mostrar o dedo no trânsito é super normal), nossos valores culturais são individualistas (lei do mais esperto, furar fila, roubar goiaba no quintal do vizinho, furar sinal vermelho), nossas dívidas serão pagas "se chover" e etc... etc... etc....

Assim fica difícil, mas enfim, pra não desvirtuar o tópico mais ainda...

JJJ
Veterano
# nov/13 · Editado por: JJJ
· votar


FBlues_rock
Sobre pagar caro em algo que não valia tanto, sou um bom exemplo no caso de pedais. Não arrependo do meu set, mas hoje tenho plena ciência que podia ter um set muito bom gastando metade (ou menos) do que gastei.

Taí outro sério candidato a estourar orçamento, se não tomar cuidado. Mas o raciocínio é o mesmo que no caso das guitarras (e, provavelmente, outros instrumentos idem): você paga grife, paga marca. E, se comprar em lojas físicas daqui, muitas vezes paga impostos e lucros exorbitantes.

Mas estou sendo repetitivo e chovendo no molhado.

Aqueles que olham este tópico de fora querem soluções, alternativas, esperança... Já notaram a quantidade de visitas de "não-cadastrados"? Neste momento que escrevo, é quase 8 (OITO!) vezes mais do que os membros...

Algumas ideias práticas (todo mundo sabe, ok... mas não custa enumerá-las, para os neófitos de plantão):

Comprar lá fora. Vai viajar? Aproveite, pesquise as lojas de instrumentos! Para muitos lugares do mundo aonde você for, vai achar coisas mais baratas do que aqui. É possível ainda ter desconto de impostos locais (se informe sobre tax-free e coisas assim). Só não esqueça uma coisa: a viagem é mais importante que as compras! Viajar só pra comprar, geralmente, sai caro (embora em alguns casos - como o famigerado PS4 - pode sair mais barato ir, comprar e voltar...). Legalmente, a cota é de 500 dólares para viagens internacionais aéreas por pessoa, sem acumulação e 300, por via terrestre.

Importar. Ebay, Amazon, lojas na web como StringsByMail, GuitarFetish, sites de lojas físicas, como a GuitarCenter. São inúmeras opções, com preços atraentes. Os cuidados básicos que se deve ter incluem: atenção aos detalhes do produto, atenção à reputação do vendedor e contar com o produto ser taxado (para evitar surpresas desagradáveis... são em geral 60% de imposto e mais o ICMS, que varia de acordo com o estado). O tempo de entrega pode chegar a 2 meses ou mais e pode haver extravio. A boa notícia é que o modelo mais simples de correio dos EUA agora tem um rastreio básico.

Procurar pechinchas no ML e lojas nacionais, na web ou físicas. Sim, as vezes, alguns "milagres" acontecem... O site da Malagoli, por exemplo, tem alguns produtos interessantes a preços razoáveis (não todos! cuidado...).

Procurar produtores independentes. Eventualmente, algum luthier ou produtor local consegue criar peças ou instrumentos inteiros de boa qualidade a preços interessantes. Um dos moderas daqui (o LeandroP), por exemplo, deve começar a produzir blocos de ponte dentro em breve! hehehe... brincadeira (se bem que é uma possibilidade...).

Faça Você Mesmo! É isso aí. Do It Yourself! Compre as peças e monte seus pedais, suas guitarras, seus amplis. Tem que ter um pouco de talento pra coisa, sem dúvida. Mas é perfeitamente possível. Outra hipótese é você comprar as peças, caçando aqui e ali, na medida do possível, e depois entregar tudo a um luthier, para que ele monte. Se as peças forem boas, pode nascer um bom instrumento!

Mais alguma ideia? Ajuda aí!!! o/

Aos mais "antenados", minhas sinceras desculpas. Esse foi um post para neófitos pararem de gastar a graninha curta (deles ou dos pais, em muitos casos) em coisa ruim ou cara demais (ou ruim e cara demais... rs)!

rcorts
Veterano
# nov/13
· votar


Drinho
Sem dúvida valor é algo completamente subjetivo, mas eu ainda procuro olhar pelo lado do bom senso, conhecimento e pesquisa e insisto fortemente no pensamento de que tem muita coisa cara sendo vendida aí que não deveria nem estar no mercado, acho que a gente tá achando bom qualquer coisa e isso é algo completamente possível de ser mudado, não da noite pro dia claro.

Exprimiu exatamente minha forma de pensar. Sou daquela perspectiva de que tem critérios objetivistas de análise que poderiam muito bem ser utilizados na pré-avaliação da compra de um instrumento. Estou dizendo que aspectos subjetivos devem ser descartados? não. Eu por exemplo acho de grande valor o desenho do headstock em LPs ser no mínimo parecido com o das Gibson Tradicionais. Mas entre esse aspecto ser "um dos" itens de julgamento e ser um condicionante de compra, há um abismo gigantesco.

rcorts
Veterano
# nov/13
· votar


JJJ
Mais alguma ideia? Ajuda aí!!! o/

Dá para pegar instrumentos bons bem mais em conta, no mercado de usados. Isso vale para carros também, he he. Por exemplo, um Peugeot 307 com pouco mais de 2 anos sai bem mais em conta do que na concessionária (cerca de 25% mais barato), e tem vários itens de série que o tornam um grande carro. Mas não é o interesse do tópico.

JJJ
Veterano
# nov/13
· votar


rcorts

Boa, cara! Pensei nisso, mas acabei esquecendo. Só que pra comprar usado, o cara tem que entender... Eu prefiro comprar carro zero, nem tanto pelo fato de ser zero, mas porque não entendo picas de carro! uhauhauhauha

Adler3x3
Veterano
# nov/13 · Editado por: Adler3x3
· votar


Sobre marcas, grifes, logos, política e custo-brasil

Bem não vou comentar sobre tudo, só sobre a política e o custo Brasil.

Política
Acima de todas as reformas temos que fazer a reforma política.
Mas não a reforma que o partido da situação quer fazer.
O maior problema é a falta de lideranças , isto é de pessoas que saibam o que tem que ser feito, como, quando e de que forma.
O que temos hoje são falsas lideranças.
Não consigo visualizar uma luz no fim do túnel.
Não existem pessoas qualificadas para fazer as reformas que o Brasil precisa.

Principais reformas:
- Política
- Tributária;
- Trabalhista CLT;
- Funcionalismo Público;
- Previdenciária;
- Burocrática (para diminuir o excesso de normas em vigor);
- Da Justiça;
- Segurança Pública
- Federativa (uma revisão do conceito do pacto federativo dos Estados);
- Municipal (para que tantos municípios, que poderiam ser transformados em bairros);
- e muitas outras (o tema é muito amplo);

Os atuais partidos com seus políticos não conseguem fazer as reformas que o Brasil necessita.
Sempre tem interesses ocultos em não fazer mudanças.
A Constituição de 1988 muito embora avançada em certos pontos foi muito mal feita, ficaram um longo tempo discutindo detalhes que deveriam ser tratados em leis complementares ou simples leis, e depois no final com a pressão da sociedade civil para um resultado, acabando votando tudo por votos de lideranças de forma precipitada e ficou do jeito que ficou, uma relação de promessas, que atendesse a todos.
Mas para colocar em prática esbarramos em sérios impedimentos.
O excesso de regulamentação é tão nocivo como a falta de leis.
Um exemplo de excesso de regulamentação é o cadastro dos idosos.
Oras bolas para que fazer uma nova carteirinha de idoso, se ele já tem a carteira de identidade, onde já consta a data de nascimento.
E para um fiscal, ou qualquer outra pessoa identificar um idoso basta olhar para ele, nem precisa checar os documentos.
E fazem leis e leis regulamentos complicando tudo.
Qualquer dia vão instalar um medidor de urina e de peso na sua privada, e aí vão calcular um imposto sobre o que você dejeta.
E do jeito que ta: só falta:
E a turma para economizar vai fazer as necessidades na rua.

Já perdemos tempos demais para fazermos as reformas.
Décadas perdidas. (80, 90, 10)
E a década atual já esta se perdendo.

Assim a única forma de mudar tudo isto via democrática é saber em quem você esta votando, se o candidato tem perfil e tem conhecimento de causa.
Se você não encontra um político seriamente compromissado com as reformas, não vote em ninguém.

Custo Brasil

Desde o meu tempo de faculdade na década de 70 já se falava do Custo Brasil.
Um professor já alertava sobre o fenômeno da inflação de custos na cadeia produtiva.
E como participei e participo da cadeia produtiva posso dizer que o custo Brasil só aumentou, e infelizmente a perspectiva é que aumente ainda mais.
A cada ano aumenta a carga tributária, e o ano que vem não vai ser diferente.
Assim como o excesso de leis mal feitas.
Fazer uma relação dos componentes do custo Brasil levaria a montar uma extensa papelada, que não cabe comentar aqui.
Mas passa pelas reformas já citadas e principalmente pelo esgotamento da nossa infraestrutura, que queiram ou não foi feita pelos militares.
Ainda estamos vivendo do bom que foi feito entre 1.964 e 1.985.
Depois da dita "democratização", com a tomada do poder pelos políticos tradicionais o Brasil se afundou num mar de lama.
E o nível de investimento e novas obras caiu muito.
E hoje a nossa falta de estrutura em todos os setores salta aos olhos.
E se hoje ainda temos uma certa qualidade de vida e de infraestrutura deficiente, isto é devido o que foi feito lá atrás.

Concluindo:
Saiba votar, só vote em políticos sérios com compromissos de mudança.
Não reeleja ninguém, se não conhece nenhum político que atenda os requisitos acima vote nulo ou em branco.
E use também o seu poder de comunicação e tente lançar uma luz para as outras pessoas, como formador de opinião, de forma legítima sem impor nada , para o que é certo e melhor para o nosso Brasil.
E levar a vida adiante, e os jovens de hoje serão os velhos de amanhã, e la na frente num outro fórum (em até uma nova mídia) , vão discutir a mesma coisa, e verão que nada do que precisava ser feito hoje foi feito
E para isto acontecer só com a conscientização do eleitor.
Quantas décadas ainda vamos perder?

clguitar
Membro
# nov/13
· votar


JJJ
você paga grife, paga marca

Vou ser muito sincero com você: em casa, prefiro tocar minha Tonante. Mas, pra tocar pro público, tem que ter as melhores guitarras das melhoras marcas, que são: Giiiiibson, Fêeeender, Peérriéééééssssiii. É uma questão de statssss.

Se você vê o cara no palco tocando com uma Squier ou uma Gianinni, ele é só mais um. Agora, se você aparece com uma Gibson historic reissue, ou uma PRS Modern Eagle, aí não tem jeito, você acaba ficando em evidência.

E com certeza, agrega a tudo: agrega ao amplificador hand-wired, aos pedais de boutique, às palhetas personalizadas, ao rack cheio de luzinhas. Não adianta nada ter um ampli todo valvulado americano, sem uma guitarra dessas. É como ter um camarote na balada cheio de homem.

Ah, o preço você já sabe, né? Pode ir de 5 mil dólares até o infinito.

Posso falar uma coisa? É meio pesado... Eu já toquei a minha Strato 1957 no banheiro. E não foi a única coisa que eu toquei...

Tem gente que vai reclamar, dizer que um SX tunada no meteoro fica igual, que eu tenho GAS demais... Mas, sinceramente, isso para mim é inveja. Quem não quer tocar com um ampli bom, com pedais bacanas, com a guitarra do Islééééchi?

Drinho
Veterano
# nov/13
· votar


clguitar

é, e isso é patético, porque tem muita coisa animal mundo a fora sem valor de grife....

Metal_Owns
Membro Novato
# nov/13
· votar


clguitar
Quem não quer tocar com um ampli bom, com pedais bacanas, com a guitarra do Islééééchi

Eu..

Acho que todo músico deveria estar pouco se fudendo para status, para marca, mimimi de timbre. E não digo isso por inveja, acontece que tanto faz.

Vale mais a pena usar esses meteoros, giannini's, tagimas da vida e ter o que comer, do que ter o headstock de marca e morrer de fome. (minha opinião)

Mas quem tiver dinheiro e for otário, o dinheiro é do cara..

AllanGouveia
Membro
# nov/13
· votar


Mas quem tiver dinheiro e for otário, o dinheiro é do cara..
Cara, concordo que cada um deve viver de acordo com sua realidade... mas dizer que quem tem condições de compra algo que oferece um timbre melhor, uma tocabilidade, uma durabilidade melhor n é ser otário... Na verdade, ser otário é não querer estudar para melhorar de vida (não estou dizendo que é seu caso; não me entenda mal)... mas se o cara estudou e se esforçou para ter uma vida boa, pq não ter do bom e do melhor? Não to falando de GAS, mas se o cara pode ter, não acho que isso é ser otário...

porque tocar com um amp transistor de 15w e um falante de 8w se ele pode ter um valvulado com falante de 12?

acho que a tendencia da vida é a evolução...

abç

Adler3x3
Veterano
# nov/13 · Editado por: Adler3x3
· votar


Grifes
Eu vejo as grifes como algo ligado intimamente a moda.
Não necessariamente representa um bom produto.

Um exemplo são algumas modelos, que tempos depois lançam perfumes.
Existe toda uma infraestrutura por traz (indústria, comércio, serviços) , com gastos imensos em marketing e propaganda.
E assim o custo fica alto.
E se tem coisa mais ilusionista nos dias de hoje é a propaganda, e auto propaganda daqueles que se dizem os melhores (quando "best" você já viu por aí, principalmente na música).
Mas s você for analisar o produto nos mínimos detalhes vai perceber que gastou demais, e que a essência do perfume logo se evapora e aquela sensação/satisfação do desejo satisfeito dura muito pouco.
Obviamente existem marcas que são marcas e representam sempre bons produtos, mas hoje em dia até isto esta passando por um processo de banalização.
Assim tem que saber separar o joio do trigo na questão das marcas e grifes.
E hoje em dia os produtos tem muitas variações: normal, super, pro, plus e até plus+ e outras denominações inventadas pela criatividade humana.
E você testa um pro da vida é percebe que é uma porcaria, imagine então o normal.

vintagentleman
Veterano
# nov/13
· votar


rcorts

Teles são mais fáceis ainda de montar dessa forma, e tem luthier que chega a cobrar 7mil pra fazer uma tele com corpo de cedro e dois captadores single coil.



Estava esperando um comentário desses e já estava estranhando a demora. O seu raciocínio é perfeito e a lógica é matemática. A Tele é a guitarra mais simples em termos construtivos e, portanto, a mais fácil de replicar "montando" em casa, certo?

Certo, se você morar nos Estados Unidos...

Isso porque teles perdem feio em popularidade no Brasil para as Stratos que portanto, têm uma disponibilidade muito maior de peças genéricas, similares originais ou simplesmente "que servem".

Vá procurar pecinhas de tele avulsas no Brasil para ver se acha fácil... Até acha. Mas o sortimento e variedade de suprimentos para strato é muitas vezes maior, pode conferir.

Então é por isso que eu recomendo a montagem de stratos, pelo menos por aqui.


MMI

Quando eu penso numa guitarra de 400 ou 450 reais boa para iniciante (discussão lá atrás - o tópico voou) penso em algo como uma Yamaha Pacifica 012.

Claro que é um cobertor curto, mas tem boa madeira e bom acabamento, embora a captação e ferragens sejam medíocres. Agora imagine que o menino compra a guitarra e vai aprendendo, dali a pouco incrementa com um Malagoli da vida ou um Cabrera, depois coloca umas tarraxas Wilkinson...

Gastando dinheirinho de mesada o moleque logo estará com uma guitarra nível Fender MIM, tranquilo...

Claro que se formos falar de investimento inicial vai ficar pesada a conta, porque não é só a guita honesta, como você bem lembrou, o cara vai ter que gastar uns 700 reais num SS razoável, cabo decente etc.


FBlues_rock


Pelamordedeus cara! Todas essas sucessões de governos brasileiros estiveram impregnadas de corrupção em todos os níveis, independentemente do partido, do presidente etc.

É como uma avalanche de merda sem fim, na qual cada governo dá sua contribuição. São todos vagabundos cara... os ex, os atuais, tudo escória, todos lixos, todos podres, o PSDBosta, o PTralha, ninguém tem salvação não... Não sobra um.

São todos a mesma pústula cancerosa. Cambada de marginais... Só quem gosta desse amontoado de merda que se chama classe política é parente, apadrinhado, ASPONE, colaborador, membro da quadrilha ("partido"), militante e ocupante de cargo comissionado... Ou seja, quem também está na teta. Bando de parasitas sanguessugas...

FBlues_rock
Veterano
# nov/13
· votar


clguitar
Não vou aprofundar para evitar delongas, só dizer que sua análise é muito boa.
Concordo (e muito) com quase tudo que disse, exceto o § que começa com "- há diversos países...", há outros fatores históricos que desconsiderou, assim como a própria melhora significativa de diversos daqueles que chamou "tendência bolivariana".
Mas como já disse, ótima análise.

vintagentleman
Tergiversou... ;)

vintagentleman
Veterano
# nov/13
· votar


FBlues_rock

Escamoteou... ;)

Drinho
Veterano
# nov/13
· votar


Pelamordedeus cara! Todas essas sucessões de governos brasileiros estiveram impregnadas de corrupção em todos os níveis, independentemente do partido, do presidente etc.

É como uma avalanche de merda sem fim, na qual cada governo dá sua contribuição. São todos vagabundos cara... os ex, os atuais, tudo escória, todos lixos, todos podres, o PSDBosta, o PTralha, ninguém tem salvação não... Não sobra um.

São todos a mesma pústula cancerosa. Cambada de marginais... Só quem gosta desse amontoado de merda que se chama classe política é parente, apadrinhado, ASPONE, colaborador, membro da quadrilha ("partido"), militante e ocupante de cargo comissionado... Ou seja, quem também está na teta. Bando de parasitas sanguessugas...


perfeito

rcorts
Veterano
# nov/13
· votar


vintagentleman

Concordo com sua perspectiva. A tele realmente não é tão popular aqui entre os brazuca. Hoje mesmo estava trocando uma ideia com um ex-aluno meu, (que hoje inclusive está bem mais maduro nesse meio guitarrístico) e ele tocou justamente nesse ponto, que acha a tele um modelo muito restrito, muito simples e voltado mais pra country. Mas ele tem uns 4 anos de guitarra e acho que a hora da "revelação" ainda não chegou pra ele, he he he! (até pareci um religioso falando agora)

Mas a Tele é tipo aquela menina meio sem sal pra quem ninguém olha na festa, mas que quando um cara decide conversar, só de bobeira, descobre que é justamente com essa menina que ele vai querer casar e almoçar junto todo domingo. Como o Roy Buchanan falou uma vez em uma entrevista na Guitar Player: quando ele pegou a tele nas mãos e tocou os dois primeiros acordes sabia que nunca mais iria desgrudar daquela guitarra.

Considerações à parte, mesmo que a disponibilidade de peças de tele seja menor do que de strato aqui no Brasil (e peça de strato tem tanta coisa que chega perde a graça) ainda dá pra montar uma comprando peças do eBay selecionadas a dedo, gastando relativamente pouco e conseguindo um resultado bem satisfatório.

Falta pouco pra eu terminar de montar a minha. Tenho os knobs e os potenciômetros, agora só falta a guitarra. K kk kkk.

vintagentleman
Veterano
# nov/13
· votar


rcorts


Tele por aqui é um animal exótico rsrsrs

rcorts
Veterano
# nov/13
· votar


vintagentleman
rcorts

Tele por aqui é um animal exótico rsrsrs


Rs rsrs, é mesmo. Acho que faltava um cara mais estrelinha pra popularizar o modelo por aqui, he he. Les Paul e Strato são modelos consagrados no imaginário dos guitarristas novatos aqui no Brasil porque vários ídolos do Rock (mas também em vários outros estilos) usavam LP e outros tantos usavam Strat. SG também acabou se popularizando bastante por causa do Angus Young.

Depois dos shreddrers as super-strat se popularizaram bastante também. Basta ver a quantidade de linhas desse modelo que são comercializadas por um sem número de marcas aqui no Brasil: Ibanez, Cort, Condor, Tagima, Jackson, LTD etc...

Agora, no caso das tele, os grandes nomes representativos desse modelo são do country, do blues, ou do jazz: Albert lee, Albert Collins, Roy Buchanan, Mike Stern, Richie Kotzen. E aí é que mora a grande sacada: estes estilos normalmente não são tão influentes no show-business, e exige uma apreciação musical menos descomprometida e mais livre de modismos. Por isso que eu gosto de falar que quando o cara abre as "portas da percepção" para a telecaster (pelo menos aqui no Brasil) é quase uma revelação!

JJJ
Veterano
# nov/13 · Editado por: JJJ
· votar


vintagentleman
Cara, eu concordo 101% com o que falou no seu post maior aí em cima.

Antes mesmo de ler, já estava pensando na possibilidade de fomentar uma discussão sobre uma montagem "coletiva" de uma puta guitarra, baseado na expertise de vários membros. Seria o modelo FCC Standard! rs

Daí o óbvio seria pensar numa Tele, claro, por ser mais simples, só 2 singles, ponte fixa, braço parafusado, enfim... é muito mais fácil fazer uma baita TELECASTER do que uma baita Les Paul, por exemplo. Mas já tinha chegado à mesma conclusão que você: aqui, só tem coisa pra Strato... Apesar de mais complexa, ficaria mais fácil criar A STRATOCASTER do que uma boa Tele.

A gente já monta guitarras (vários de nós), mas nesse caso seria tipo montar um esquema "receita de bolo" para quem quisesse ter acesso a uma excelente guitarra ao menor preço possível, só com peças de respeito. Se o cara não tivesse muita grana, ainda assim poderia comprar tudo aos poucos, a prazo, e tal. No fim, teria uma guitarra profissional. Tem o lance da montagem, claro... mas sempre é possível - se a pessoa não tiver jeito pra coisa - pedir a um luthier para finalizar. Vai encarecer, lógico... Mas acho que ainda assim pode ficar mais em conta.

Em vez de só nos lamuriarmos, esta seria uma ação perfeitamente factível e legal (nos dois sentidos).

MMI
Veterano
# nov/13
· votar


vintagentleman

A Tele é a guitarra mais simples em termos construtivos e, portanto, a mais fácil de replicar "montando" em casa, certo?

Tele é praticamente um pau com cordas, ou o que mais se aproxima disso. Considerando o modelo tradicional, 2 singles sendo o do braço aquele que parece um lipstick, pode ser o modelo mais fácil de se montar. O problema que é modelo mais difícil de tocar, ela pede muita pegada para domar, é o tipo de guitarra que se tira som "na mão".

Mas é um modelo de guitarra que eu mesmo passo longe... Um dia vou ter uma tele Nash, foi uma das poucas que me convenceram até hoje.

Drinho
Veterano
# nov/13
· votar


Eu gosto de tele, o que me incomoda é a cara delas ... mas hoje tem algumas com umas tampas com bordos que ficam mais do meu agrado....

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a Sobre marcas, grifes, logos, política e custo-brasil