O que define um captador ruim?

Autor Mensagem
JJJ
Veterano
# set/13 · Editado por: JJJ


É super comum aqui no fórum aparecer dúvida quanto a trocar os captadores de uma guitarra ou baixo.

Talvez seja a "operação" mais recorrente que realizamos, em termos de upgrade nos nossos instrumentos.

Ninguém duvida que um captador top Seymour ou DiMarzio seja melhor do que o xing-ling que veio naquele pau com corda que você comprou na feira anteontem.

Mas... Por quê? O quê é melhor, exatamente? Como diferenciar? Em que se deve prestar atenção, comparativamente?

Intuitivamente, talvez, os mais experientes tenhamos uma ideia. O feeling da coisa. Mas seria bom deixar isso mais claro.

Não é volume, não é ganho. Há bons captadores tanto com alta saída quanto com baixa saída.

Não é equalização. Não existe "melhor" equalização. Os agudos estalados da Telecaster clássica são "melhores" que os graves encorpados da Les Paul clássica? Não, cada guitarra tem seu jeito, assim como cada captador tem sua "curva" de frequência.

Então... O que é? O que diferencia um captador EXCELENTE de um "mais ou menos" (desde que funcione, claro)?

Edson Caetano
Veterano
# set/13
· votar


JJJ
Tem um nacional a venda??? Hehe

Sou um cara das teclas, mas vou fazer uma analogia, captadores baratos teoricamente são produtos que tem limitações técnicas, qualidade de componentes, mesmo que seja só uma bobina

Então, um captador ruim tem péssima capacidade de captar, claro, isso no final vai gerar ruídos terríveis já que vamos ter que colocar volume e gain há mais para chegar no que queremos

Correto?

Nos teclados nossa infinita busca é por peso no pa, e acredito que mesmo nao sendo a mesma coisa, captadores influenciam este resultado intimamente

salton
Veterano
# set/13
· votar


JJJ
Aí vai o meu relato da troca de captadores que fiz na minha LP, dos xing-ling cerâmicos para um jogo de PAF (Alnico 5).

A principal diferença que notei foi uma clareza um pouco maior no som (evidenciada quando se toca duas notas próximas com distorção).
O som da captação nova tinha um "ataque" mais definido, talvez pelos agudos extras - acho que é a principal diferença, aquela "mordida" inicial quando se toca a nota. Em termos de graves, sustain, acho que nada mudou.

strinbergshredder
Veterano
# set/13 · Editado por: strinbergshredder
· votar


JJJ
Fatores que eu considero importantes:
-Ausência de ruído (ou pelo menos o mínimo possível)
-Boa "blindagem" do pup com parafina (seria "parafinagem" o nome?... rs), de forma a evitar microfonia com alto ganho
-E principalmente, Clareza e definição das notas, um bom ataque...

Pra mim, essas características que formam um bom captador... Qualquer coisa além disso, vai mais do tipo e objetivo do instrumento, e gosto pessoal, especialmente em se tratando de equalização, na minha humilde opinião...

MMI
Veterano
# set/13
· votar


JJJ

Em última análise, poderia dar uma resposta grosseira e simplista dizendo que gosto e bund@ cada um tem o seu, então um captador de som bonito para mim pode não ser para você e ninguém tem nada com isso. E nisso aparece alguém falando que o que importa é quem toca, o guitarrista está acima do equipamento e blá blá blá. Bom, isso aí não interessa e acho que ninguém está lendo para achar isso, então sejamos cavalheiros e tentemos conversar sob alguns parâmetros...

O que é bonito e o que feio é difícil definir, principalmente com captadores. Normalmente se usa referências, por isso que vemos todos os dias por aqui um garoto entrar e escrever "tenho 100 contos aqui, quero comprar guitarra, amplificador e pedais para tirar um som igual do Isléchi". Então deixando o veneno à parte... rs

Um excelente construtor de captadores (nível custom) costuma se deparar com alguns desafios: geralmente a pessoa quer um captador com especificações vintage ou quer um captador que agrade a seus ouvidos, desenvolver um produto que se adeque a uma determinada guitarra para chegar a determinado som. Para começar pelo fio, vou tomar a liberdade de copiar e colar algo que escrevi em outro tópico (preguiça rulez!!!)

O fio você vai encontrar várias referências, basicamente o 42 AWG e o 43 AWG, depende da saída pretendida também. Ambos foram usados pela Fender em seus captadores, depende da posição (ponte/braço) e do resultado esperado. Você vai achar nestas medidas o plain enamel e formvar e dentro do plain e formvar vai achar o light e heavy. Tudo isso se relaciona com a espessura do isolante (a medida interna, do condutor, é 42 ou 43). Se não estou errado, o formvar tem o som um pouco mais aberto e agudo, o plain fecha um pouco mais o som. Mas ainda tem o heavy e o light, que também muda o som do captador.

Apesar do captador parecer algo bastante simples na construção, é tudo uma questão de campo magnético, capacitância, resistência. O problema é que além de AWG 42 ou 43, o isolante poder ser plain ou formvar, dentro de cada ainda poder ser light ou heavy, dentro destas especificações tem diferenças dentro de diferentes fabricantes, gerando sonoridade diferente. Por isso que o Paul Reed Smith, por exemplo, foi atrás de produzir o fio com as especificações e máquinas da década de 50. A Fender usou formvar até 63 mais ou menos, depois passou a usar o plain enamel. A Gibson é mais bagunçado, de acordo Seth Lover, eles usavam o que tinha disponível, principalmente de imãs, o fio era basicamente formvar.

Quanto aos imãs... O alnico 2, 5, cerâmicos, também tem questões de qualidade (óbvio). Magnetizar essas barras é bastante delicado. Envolve expor a um campo magnético no mínimo 5 vezes maior e claro, ter controle sobre isso para que a barra tenha a força magnética necessária e desejada. A forma como é feita a magnetização altera como o campo magnético da peça vai se distribuir na barra. Outro problema: ao se reproduzir um vintage, o imã de alnico perde força com o passar dos anos, mas o campo magnético está uniforme na barra, algo difícil de se reproduzir (tem uns segredos de construção para isso, meio complicados e caros que não vou entrar em detalhes).

Outro detalhe é a questão do overwound e underwound, além de baseplate. A questão vai longe...

Por isso que há muita diferença entre captadores, existem os melhores e piores. É a interação de tudo isso que vai levar a um som mais equilibrado dentro da especificação do captador, maior clareza, mais parecido com fulano ou ciclano etc. E isso faz um captador melhor ou pior dependendo da razão de ser dele.

Abç

De Ros
Veterano
# set/13
· votar


Eu acho que é puramente gosto pessoal mesmo. Captadores de saida baixa, que causam ruidos, são super bem cotados por guitarristas de timbres vintage, então...

Pra quem se interessa pelo assunto, esse videos são bem informativos.

Deixo o link do primeiro, se quiserem ver as outras partes, tem os links no video:



SkyHawk
Membro
# set/13
· votar


Muito bom o tópico.... Mas não estou satisfeito ! Vou ser bem direto: tenho uma Golden GSH 570, caps Wilkinson, e tenho uma Fender custom shop, uma Gibson LP standard e uma strato com caps custom shop texas special.

O fato é que gosto muito da Golden.... Louco eu ??? Sei lá ??? Essa é minha dúvida.... Sou eu que não entendo nada de timbre ??? Como medir físicamente a perfeormance de um captador ??? Tem algum analisador de spectro que possa atestar uma performance superior ??? Como medir isso ??? Que software e ferramenta usar ???

De Ros
Veterano
# set/13
· votar


SkyHawk

Se isso existisse, teriamos os parametros para definir qual o melhor e as fábricas produziriam o melhor, para vender mais!

E todos teriam o mesmo som. E não teriamos gostos diferentes!
E seriamos todos robôs...

SkyHawk
Membro
# set/13
· votar


De Ros
Então voltamos ao tópico... O que faz um captador bom ou ruim ? Porque, em tese, um Wilkinson da Golden é inferior a um humbucker Gibson ?

O que é um captador realmente exepcional ? E o que é um sofrível ?

Essa ciência não me parece sofisticada assim não, tecnicamente falando um captador de guitarra é algo muito SIMPLES !!!! Não dá nem para comparar com a tecnologia eletrônica que temos em qualquer celular por exemplo.

Shafik
Membro
# set/13
· votar


Então voltamos ao tópico... O que faz um captador bom ou ruim ? Porque, em tese, um Wilkinson da Golden é inferior a um humbucker Gibson ?

Cara isso é muito relativo... inferior aos ouvidos de quem!?..saca?.. você não pode gostar de timbre do captador em questão, mas o amiguinho do lado acha lindo, inclusive éra o timbre que ele tava procurando.. e assim vai cara. Eu creio que esse tipo de argumento baseado em "teses", não passa de puro "conssumidorismo", questionar-se o pq um captador "qualquer" te agrada mais que um de nome...enfim, eu creio que o timbre é igual tempero de salada de alface, tem gente que gosta com mais vinagre, tem gente que gosta com pimenta do reino (eu) e tem gente que gosta com azeite... então é muito relativo. O que você as vezes julga ruim aos seus ouvidos, pode me agradar muito e vice e versa! ^^
Saco?

BrotherCrow
Membro Novato
# set/13
· votar


Acho que na maioria das vezes rola um "toma lá, dá cá". São poucas as vezes que vc vai ter um caso que nem o do Salton ali em cima, em que vc compara dois captadores e eles são parecidos, mas o mais caro tem mais clareza e definição no ataque. Nesse caso, é fácil dizer qual é o melhor. Na maioria dos casos, cada captador tem sua característica e vai ter seu "momento", sua aplicação ideal.

Por exemplo, muita gente diz que captador ativo EMG tem um som estéril que só serve pra tocar sujo. Por outro lado, tu pega um captador estilo jazzmaster, ele vai soar lindo limpo, mas está longe de ser ideal pra som pesado. Um é melhor que o outro? A princípio não, cada um serve pra uma coisa.

E tem as combinações. Já vi captadores que não me impressionaram, aí de repente liguei eles num amp específico, ou com um efeito específico, e magicamente saiu um som incrível que eu não conseguia com nenhuma outra combinação! A parada é testar muitas guitarras e muitos rigs, pra achar o que vc gosta. De repente tu esbarra num som animal que via virar a tua marca registrada, em vez de tentar conseguir o som do Slash com aquela combinação manjadaça de Gibson e Marshall.

E desde muito tempo atrás existem guitarras relativamente baratas que fazem sucesso com os profissionais. Veja as Danelectro/ Silvertone por exemplo. Eram feitas de um material meia-boca (poplar) com captadores montados com peças que estavam sobrando, e o som delas é inimitável.

Acho que muito da nossa percepção do que é um som de guitarra bom ou ruim vem dos astros do rock que a gente escuta. Se um cara faz um disco animal usando um tipo de som que até então ninguém curtia, isso vai criar uma demanda por aquele tipo de som. Tipo quando "descobriram" que Les Paul com humbucker era ótimo pra rock. Ou pra dar um exemplo mais recente, o som "lo-fi" do Jack White.

E Skyhawk, curta tua Golden, cara! Eu também tenho uns equipamentos aqui em casa que todo mundo acha que é tralha, mas eu adoro. E tenho coisas mais caras que nem curto tanto. Acho que nesses casos, o alegria de tocar que o instrumento te traz á às vezes mais importante que o som.

De Ros
Veterano
# set/13 · Editado por: De Ros
· votar


SkyHawk

Como falei antes, é questão de gosto pessoal. Simples assim.

JJJ
Veterano
# set/13 · Editado por: JJJ
· votar


Muito boas opiniões e de gente que sabe o que fala.

Edson Caetano
Tem um nacional a venda??? Hehe
Não, tem uns xing-lings que sobraram de upgrades... Tá a fim? kkkkkkk

O MMI, além de uma "aula" de construção de captadores com seu vasto conhecimento, deu a entender, como vários outros colegas, que o bom é relativo.

Verdade. O bom é muito relativo. Eu poderia ter uma Gibson Les Paul 59 com os captadores originais dos sonhos de muitos blueseiros, jazzistas e rockeiros clássicos, mas... se eu quisesse tocar Death Metal, essa combinação certamente não seria boa pra mim.

Vou confessar que seria interessante que houvesse uma definição puramente "matemática", tal como o SkyHawk sugeriu. Mas duvido muito que isso seja possível. Porque, como bem observou o grande De Ros,
"se isso existisse [...] todos teriam o mesmo som".

Curioso. Lembrei de uma crítica que li recentemente sobre vinhos e que falava algo parecido com isso. De como se chegou a um "acordo" sobre o que seria um bom vinho. Um "corpo" assim, um paladar assado, um tal nível etílico, um tal tempo de maturação, a melhor uva, etc. e tal. E, por conta disso, a crítica de que todos os vinhos estavam tendendo... para o mesmo gosto!

Como bom gaúcho, o De Ros talvez possa traçar um paralelo entre vinhos e captadores! hehehe

ALF is back
Veterano
# set/13
· votar


gosto é completamente pessoal sim, graves, medios, agudos, ataque, saida, etc...tudo isso é pessoal...mas e a definição? isso tbm é pessoal? eu acho q é sim!
tem gente q prefere SD invader a um EMG ativo por dizer q o invader é mais SUJO! sAUHahSUhauS
então até definição é algo subjetivo..dessa forma fico sem muitos argumentos...
mas um detalhe interessante:
gosto muito daqueles EMGs hz passivos que equipam algumas guitarras de baixo custo...gosto mais deles do q do meu seymour JB, por exemplo...
só q sei das limitações do captador...o JB é bem mais definido q o EMG hz da ponte...mas o EMG é muito mais balanceado, nao tem som ardido e enjoativo...
da pra sentir quando um cap tem pedigree, mas nem sempre o fato de ter pedigree o torna melhor, até pq isso é relativo!
eu gosto tanto de miojo cru

MauricioBahia
Moderador
# set/13 · Editado por: MauricioBahia
· votar


Se fosse só o captador... Mas é tudo! É resultado final, fruto de um sistema de som.

Até a percepção auditiva muda. Se ouvirmos um som muito agudo por algum tempo, por exemplo, ele não parecerá mais tão agudo assim. E isso varia pra cada pessoa hein e, dependendo da idade dessa mesma pessoa!!! Ferrou! haha

Enfim, ainda acho que durabilidade, (coisa difícil de detectar) versatilidade de uso e pós venda mais importante que a própria minúcia sonora, digamos.

É por isso que eu não gosto de dizer que isso é ruim ou bom, definitivamente. Bom, pra mim ou não. Mesmo assim, fico na dúvida se estou convicto! :)

Abs

ps. claro que não estou levando em conta aberrações como captadores apitando o tempo todo ou chiando. Aí já é defeito ou mesmo má fé do fabricante que vende produtos falsos.

MMI, mais uma vez, deu uma aula!

alfacorrea
Veterano
# set/13
· votar


Eu poderia citar alguns critérios com relação à qualidade da construção, tipo:

1) Se for um captador com nickel cover - se enferrujar muito rápido, eu diria que a qualidade não é lá essas coisas. Existem captadores que são originalmente "vintage" e desgastados, mas uma coisa é nickel cover sem brilho, outra coisa é enferrujada. Esse poderia ser um dos primeiros critérios para diferenciar um captador bom de um ruim.

2) Regulagem dos pólos do imã com parafusos - eu percebo que alguns captadores "não-top" esses pólos que são cabeças de parafuso rapidamente perdem a rosca e ficam girando em falso quando vc pretende regular a altura deles.

3) Resistência da fiação ao manuseio - concordo que o instalador tem que possuir mãos hábeis para fazer a instalação de um captador, mas os fios de conexão de um pick-up mais fraco são tão finos que a solda não aguenta um errinho sequer. Vc dá uma mexidinha mais forte e o fio se solta da solda. Isso acontece bastante quando se tenta "splitar" um humbucking de 2 fios e faz-se necessário "abrir" o captador.

4) Rosca de fixação - as bases dos captadores de pior qualidade perdem a rosca com mais facilidade. Saca os EMG's? O sistema do plástico com aquela porquinha injetada? Aquilo é que é firmeza! As marcas boas resistem mais às agressões dos ajustes.

5) Uma coisa que faz uma diferença "teórica" para mim. Considerando que o captador tem que ficar o mais fixo possível na guitarra, tenho como entendimento que a mola que pressiona o captador contra o pickguard deve ser bem robusta e deixar o captador bem pressionado no pickguard. Os captadores mais simples costumam vir com uma mola sofrível, que cede nas primeiras pressões.

Esses seriam meus critérios "físicos" para diferenciar um captador bom de um ruim. Mas com relação a timbre... Sei lá...

rcorts
Veterano
# set/13
· votar


JJJ

O que define um captador ruim?

Aquele som de peido que sai meio esguiado por baixo da mesa do escritório bem na hora que todo mundo tá calado.

BrotherCrow
Membro Novato
# set/13
· votar


rcorts
Haha eu tenho uns caps tão sem-vergonha que além de peidar botam a culpa no fuzz.

rcorts
Veterano
# set/13
· votar


BrotherCrow
rcorts
Haha eu tenho uns caps tão sem-vergonha que além de peidar botam a culpa no fuzz.


Cara de pau eles! K kkkkkkkkk.

renatocaster
Moderador
# set/13
· votar


Estou com o De Ros e com o MMI. O bom e o ruim é relativo e esbarra no gosto pessoal. Eu por exemplo curto o JB, mas tem gente que abomina. Eu não gosto de singles comuns (prefiro stacks), e tem gente que venera. E assim por diante...

Sobre caps genéricos, eu sempre recomendo que a pessoa use a guitarra com os caps originais antes de sair trocando. Tem nego que compra a guitarra zero bala e já traz junto um set de captador pra trocar, sem saber o que está fazendo. Também rola muito furor por captadores, tem gente que troca por impulso.

A não ser que vc seja um seguidor assíduo de alguma marca/modelo específico, e que não consegue "viver" sem eles, então poxa, testa a guitarra com os caps originais. Toca um pouco, dá uma aquecida, às vezes eles até surpreendem (ou ao menos não decepcionam).

Por exemplo, eu vejo muita gente reclamar daqueles captadores "INF" que vem nas Ibanez RG mais baratas. Pô, o captador é legal, dá conta do recado sim. Aliás, caps humbuckers mesmo os genéricos costumam dar conta do recado (pelo menos durante um tempo, ou até em definitivo). Eu acho mais sofrível os singles, esses normalmente já dá vontade de trocar logo de cara.

SkyHawk
Membro
# set/13 · Editado por: SkyHawk
· votar


Tem a busca por um brilho mágico no timbre uma extrema definição que simplesmente é um conjunto tão complexo de fatores que não acredito que um captador sozinho seja capaz de entregar. Minha experiência prática aponta que hoje em dia com um monte de efeitos e processamento digital de áudio, as coisas estão com um som muito parecido.

A Golden e a Gibson, passando pelo setup de efeitos (wha-wha, compressor, booster, drive) e modulações (chorus, phazer, delay e reverb), e depois saindo para a mesa, para o DAW ou para um valvulado fica realmente tudo muito bom, independente do captador.

Eu tenho no DAW um analisador de espectro, vejo no detalhe cada frequência, ataque, amplitude, dinâmica, harmônicos secundários.... blá, blá, blá.... E pelo ouvido no amp gosto de tudo que sai !!! rsssssss

Aí levo minha guita para regular e o luthier confirma o que estou dizendo, e ainda tem gente que fala que o captador Wilkinson é pobre....

A provocação continua.... rsssss !!!! Claro que vão me falar, Ok, então porque eu tenho uma Gibson ??? É foda né mas sempre sonhei com uma, e tem alguma coisa ali que é realmente melhor, eu só não consigo explicar o que é, e a procura pela explicação vai me instigando a pesquisar mais.... kkkkkkkkk

JJJ
Veterano
# set/13
· votar


renatocaster
Aliás, caps humbuckers mesmo os genéricos costumam dar conta do recado (pelo menos durante um tempo, ou até em definitivo). Eu acho mais sofrível os singles, esses normalmente já dá vontade de trocar logo de cara.

Engraçado, nunca tinha parado pra pensar, mas fiz um esforço mental aqui, pensando em todos os "n" captadores que já passaram na minha mão e, pra minha surpresa, essa sua observação está corretíssima! Todos os humbuckers de genéricas pelo menos quebravam o galho, mas alguns singles de genéricas tinham um baita som de plástico... Mas, por quê será?!

MauricioBahia
Moderador
# set/13
· votar


JJJ: Todos os humbuckers de genéricas pelo menos quebravam o galho

Talvez a falta do "hum" faça uma diferença!

;)

SkyHawk
Membro
# set/13
· votar


E os humbuckers cerâmicos ? O que me dizem ? Li que os cerâmicos tem saída mais forte que os Alnico.....

ALF is back
Veterano
# set/13
· votar


tem hambucker ceramicos mto bons! geralmente tem mais saida sim, mas cai na mesma historia do gosto...nao tem jeito...tem gente q prefere ceramico!
até pra singles!

MauricioBahia
Moderador
# set/13 · Editado por: MauricioBahia
· votar


SkyHawk: O que me dizem ?

Olha, te digo que nem ligo. Nem faço questão de saber se é Alnico X, Y ou Z. Se é cerâmico ou feito de qualquer material. Isso tudo, pra mim, é uma tremenda perda de tempo a não ser que você seja um músico profissional e esteja a procura de uma tonalidade "x" pra certos casos. Claro que há amadores loucos por timbres, ok! O importante é ser feliz! :)

Sinceramente, esse "pra certos casos", já me diz que tudo pode mudar! É por isso que os "profissas", normalmente, tem "n" guitarras. O objetivo é sonorizar tal música ou tal álbum. O fim é a música e o meio, o instrumento.

Como mero "mortal", penso: "pra que essa minúcia toda?". Talvez eu seja tão tuim que nem saiba identificar um padrão! Tem isso, né?

Sobre saída mais forte ou fraca, vai depender do amp, da palhetada... Do que a música pede! É Metal, então mais saída pode fazer diferença. Mas isso não é regra!

Ufa... Complicado! :)

MMI
Veterano
# set/13
· votar


MauricioBahia
SkyHawk

Confesso que só muito recentemente aprendi a olhar um captador para saber se é alnico ou cerâmico. Só que nunca levantei a fita de um captador meu para ver do que é feito... De qualquer forma, teoricamente a força do imã é crescente do alnico 2 > alnico 5 > cerâmico. O problema é que, no vídeo do De Ros dá para ver bem, cada um pode ser magnetizado com uma força diferente. Mas cada um produz um campo magnético diferente, com uma "densidade magnética" própria.

O problema é que nem Seth Lover quando fazia os venerados PAF na década de 50 tinha ideia dessas nuances, nem mesmo a Abigail Ybarra na Fender na década de 60. O próprio Seth Lover disse, encomendavam uma barra de imã, que podia ser alnico 2 ou alnico 5, compravam um lote de um fio que fosse e enrolavam até que ficasse "bonitinho", ou seja, era visual, quando o captador parecia "cheio", paravam de enrolar. Dessa forma, totalmente sem padronização, cada um saía de um jeito.

O problema é que vieram Beatles e Stones com várias guitarras, Clapton com as Les Paul e o "woman tone", Hendrix com as stratos... Viraram referência, "aquele" som (deles e outros que vieram depois) virou o Santo Graal que justifica todas as cruzadas dos guitarristas para chegar lá. É até verdade, chegar no som dessas referências só com o captador certo, com imã certo, fio certo, na guitarra com a madeira certa e um blá blá blá enorme. O que gera distorções, porque aparece neguinho que acha mais importante o captador onde o fio tem o isolante da espessura certa, feito do material certo (que nem é possível ver a olho nu), do que o próprio som que consegue tirar do instrumento. E os instrumentos de referência, sejam os originais dos artistas ou mesmo os vintage, passaram a custar fortunas para ficarem trancados em redomas e item de investimento de corporações e milionários, deixaram de ser instrumentos musicais para produzir música.

Particularmente... Acho que existem captadores melhores e piores. Depende da aplicação que vai ser dar à eles, como captadores muito bons para som limpo e ruins para distorção, assim como bons para distorção e ruins para limpo. O duro é o tal "versátil". Principalmente nos mais baratinhos, o segredo é achar a aplicação deles, onde ele se sai melhor. E tenho convicção, uma guitarra baratinha com captador chinês quando se acha o "som dela" dá para impressionar bastante - a questão é geralmente ela não sai muito daquilo.

renatocaster
Moderador
# set/13
· votar


JJJ

Engraçado, nunca tinha parado pra pensar, mas fiz um esforço mental aqui, pensando em todos os "n" captadores que já passaram na minha mão e, pra minha surpresa, essa sua observação está corretíssima! Todos os humbuckers de genéricas pelo menos quebravam o galho, mas alguns singles de genéricas tinham um baita som de plástico... Mas, por quê será?!


Acho que deve ter algo a ver com a construção, sei lá...O humbucker mesmo sendo um genérico, tem uma estrutura mais "robusta" do que a de um single. E o lance de humbucker não ter "hum" também é um fator.

JJJ
Veterano
# set/13
· votar


MauricioBahia
Talvez a falta do "hum" faça uma diferença!
renatocaster
Acho que deve ter algo a ver com a construção, sei lá...O humbucker mesmo sendo um genérico, tem uma estrutura mais "robusta" do que a de um single. E o lance de humbucker não ter "hum" também é um fator.

O lance do "hum" é um fato, sem dúvida. Mas não é só isso. Uma vez eu comprei um escudo de strato branco que veio com a tralha toda (captadores inclusive), pra colocar numa strato que tinha tudo preto (ok, frescura, mas eu queria branco... rs).

Me disse o vendedor que aquilo era de uma Squier (se era mesmo, devia ser da linha mais simplória, porque foi muito barato). A verdade é que o som da guitarra, quando coloquei esses captadores ficou absurdamente ruim. Parecia uma guitarra de brinquedo, um som de plástico, sei lá. E olha que os originais que serviam de parâmetro de comparação nem eram assim uma brastemp...

Já tive guitarras com humbuckers bem genéricos (e humbuckers vagabas comprados à parte também), mas nunca nada soou tão podre assim.

Fazer um single é mais fácil. Qualquer fundo de pagode chinês consegue enrolar um fio num single com magneto de lata velha... Fazer um humbucker pede um tiquinho mais de tecnologia. Talvez aí esteja a resposta...

MMI

É muito engraçado isso. A empresa diz ter o clone perfeito do "PAF original", quando o tal PAF original nem tinha lá muito padrão, cada um era de um jeito! kkkkkkkkkkkk

renatocaster
Moderador
# set/13
· votar


JJJ

Fazer um single é mais fácil. Qualquer fundo de pagode chinês consegue enrolar um fio num single com magneto de lata velha... Fazer um humbucker pede um tiquinho mais de tecnologia. Talvez aí esteja a resposta...

Eu acho que é bem por aí mesmo. A tendência é de que o single tenha um som mais "xoxo" do que o humbucker, por ter uma estrutura mais simples. Aí nesse caso, para um single pra soar legal, tem que ter uma construção mais rebuscada.

Eu particularmente prefiro os singles de bobina dupla. Não sinto nenhuma limitação quanto ao timbre característico de singles, e ainda não geram ruído. E na hora da pancada, com drive cheio de ganho, não arregam. Strat com 3 singles eu normalmente logo troco os captadores para stacks. Para mim já é um troca básica, hehehe.

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a O que define um captador ruim?