Luthier que aplica logomarcas famosas em seus instrumentos: Réplicas ou falsificações?

Autor Mensagem
MarcosMalmsteen
Veterano
# abr/13
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Se eu fosse pedir pra escrever algo no headstock... eu mandaria por o meu nome! hauhauhau que nem o sanbora fez na ESP dele

polonês
Veterano
# abr/13
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MarcosMalmsteen

Verdade! Eu colocaria algum símbolo ou frase.. E na parte de trás do headstock o nome do Luthier..rsrs

Abraços!

HortaRates
Membro
# abr/13
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Você tem razão, mas veja... Fez uma guitarra, chamou de tele, strato ou Les Paul, é tão falsário quanto, independente do logo.

O cara faz uma Les Paul idêntica à Gibson, com as mesmas medidas, mesmos captadores, mesma madeira, ferragens Gibson e tal. Já é uma cópia, de qualquer forma!

Isso tá certo, é copia sim, mas depende do objetivo. Eu acho errado o cara anunciar a guitarra pra vender, por exemplo: Gibson Les Paul Standard. Aí só se você perguntar ou procurar saber mais a fundo que é cópia, réplica, sei lá.

Agora fazer uma guitarra e colocar Guitarra HortaRates modelo Les Paul, é diferente de ser uma LesPaul, o referência é pra facilitar a comunicação.

Em falar nesse assunto agora o ML aqui de Minas tem um vendedor que só vende essas falsificações, é uma porcaria porque flooda a pesquisa de forma terrível.

JJJ
Veterano
# abr/13
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HortaRates

Concordo. Mas isso não muda a ideia do que o MMI falou. Tendo ou não o LOGO, o cara tem que dizer que aquilo não é original. Senão é vender gato por lebre.

Guitar_L
Veterano
# abr/13
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MMI
Você tem razão, mas veja... Fez uma guitarra, chamou de tele, strato ou Les Paul, é tão falsário quanto, independente do logo.
As pessoas chamam prestobarba de Gilette, isso não é falsificação, é só costume, hábito. Não são falsárias por isso.
Agora colar ou desenhar um logo patenteado em uma guitarra similar é falsificação e crime. Quem pede pra um luthier fazer isso só pode ter duas intenções: ou fazer seu instrumento "impressionar" como se fosse original, ou enganar os próximos donos. As duas intenções são ilícitas.
Abraços

Forneria
Veterano
# abr/13
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Sem entrar no papo legalista...considero aceitável desde que a guitarra não seja colocada à venda e possua algo para avisar que se trata de uma réplica.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# abr/13
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A lei é clara: Se o fabricante de qualquer coisa apõe em umamercadoría marca registrada que não lhe pertence, o nome disso é FALSIFICAÇÃO.
artigos 129, 189,190 e 195, dentre outros da Lei nº 9.279/96.

Leomju
Veterano
# abr/13
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As chinas, os luthiers, seja quem for, usou marca indevida...

... é falsificação galera, vejo o pessoal experiente falando...

ALF is back
Veterano
# abr/13
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ta ali no que o GuitarristaDoNickEstranho postou!

I - reproduz, sem autorização do titular, no todo ou em parte, marca registrada, ou imita-a de modo que possa induzir confusão; ou

muito claro!

se fosse legal, surgiria aí um novo mercado super ultra digno:

eu compraria uma replica idêntica de PRS de um luthier "replicador", pagaria 4 mil e venderia no ML por 15 mil...com o lucro dela compraria a segunda e a terceira e a quarta...isso dá dinheiro hein???

krek71
Veterano
# abr/13
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Amigos essa é uma discursão que valeira muitas cervas no bar...
A falsificação se dá principalmente pelo fato do estelionatário querer por meio da utilização de uma marca consagrada, lhe vender um produto de qualidade inferior ao mesmo preço. É assim com produtos eletrônicos, roupa, calçado, etc. Agora com instrumentos musicais...
Existem alguns fatores a serem levados em consideração:
- Muitas vezes o custo de produção de um instrumento “falsificado” é maior que o do original;
Ex.: É meio que óbvio que uma fender americana que custa 500 dolares e chega a nós por 3500,00 reais, não vai ter a qualidade de a um instrumento feito em um bom luthier com os mesmos 3500,00 legais.
- Certa vez li essa verdade no aqui no fórum e lembro no meu comentário “O que é caro não é necessariamente bom mais o bom é caro”. Essa verdade já quebra a falsificação do instrumento musical, pois se é caro para produzir tem que ser caro para vender.
- Conforme o raciocínio anterior, nosso problema é que somos roubados por atravessadores impostos, etc. Uma guitarra que custa 2500,00 dolares via ter um custo de +ou- 5000,00 reais para ser produzida (é mais barata porque você não está sendo roubado e sim pagado o preço justo);
- Um artista (ou luthier no nosso caso) vai querer colocar a sua assinatura no instrumento que ele fez e o músico que tem um instrumento assim faz questão de divulgar o trabalho do artista além de não dá, não vender, passa fome mais o instrumento morre como o pobre;
- O que está escrito no headstock do instrumento só é notado por quem conhece instrumentos;
Ex.: Pergunta para minha mulher a diferença entre as minhas 350Dx / Diamont Sunset e a Gibson Les Standard do meu compadre e ela provavelmente vai dizer que a Gibson é mais bonita e não porque ela realmente ache isso, mais sim para encher o meu saco;
- Como disse um colega em um post anterior, o negócio é que mega valorizamos as marcas e esquecemos que o importante é a música (o pior comentário que existe é “caramba, fulano tem uma fender e não tocar porr@ nem uma!!);
Agora para concluir o meu raciocínio, o problema em qualquer falsificação é querer ludibriar alguém pela venda do produto usando uma marca que o mesmo não tem independente da qualidade. Para o músico o que interessa mesmo é o bom som e isso independe se o mesmo vem de luthier, Gibson ou Tonante(ai foi fod@ eu sei...).

elciosouza
Veterano
# abr/13 · Editado por: elciosouza
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Réplica, para mim, não é falsificação. pois a réplica, caso vc a venda, vc vende como tal e não como original. Para mim, passa a ser falsificação, quando vc copia algo com a intenção de enganar terceiros. Como já foi dito 500 vezes aqui...a "Gibson" do Slash... a maioria considera réplica, por que foi feita pelo Derrig e tals. então com o Zezinho, pode ser a mesma coisa, desde que ele não faça o serviço com a intenção de ludibriar. Nos USA o que mais tem é réplicas dos violões guitarras vintage...e são caros pra cacete!!

MMI
Veterano
# abr/13
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Mas pessoal... A questão não é só por um logotipo, claro que isso piora as coisas. Considerando:

I - reproduz, sem autorização do titular, no todo ou em parte, marca registrada, ou imita-a de modo que possa induzir confusão;
ou
A lei é clara: Se o fabricante de qualquer coisa apõe em umamercadoría marca registrada que não lhe pertence, o nome disso é FALSIFICAÇÃO.
artigos 129, 189,190 e 195, dentre outros da Lei nº 9.279/96.


Se o modelo stratocaster, telecaster e Les Paul são marcas registradas, logo qualquer modelo que imite esses formatos infrigem a marca registrada. Não é só questão de logotipo. Por isso que exemplifiquei os processos da Gibson x PRS e da Hoshino Gakki. Tanto a PRS como a Hoshino Gakki jamais (que eu saiba) produziram guitarras com logotipos de Gibson e Fender afim de "falsificar", os processos que perderam foi sobre formatos mesmo, ou seja, terminou com acordo, mas ficou como uma "falsificação" que se baseava na forma das guitarras. Como curiosidade, no Hammer of Gods que o Mike Portnoy fez em tributo ao Led Zeppelin, o Paul Gilbert fez inteiro usando Les Paul e double neck Ibanez pré-lawsuit, já que tem contrato com a marca.



alv2707
Veterano
# abr/13
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Eu por acaso sou proibido de esculpir, uma Stratocaster com logo Fender nela? Creio que não. Só que como me falta habilidade eu vou pagar alguém, e ai vai ser ilegal? Creio que não.
Se é algo sobre encomenda, posso até estar enganado, mas acho que não existe problema legal nenhum de inclusive incluir a marca do produto. Não vejo ninguém levando vantagem do marca ou do modelo, acho que isso caracterizaria uma réplica.

Porem...
Se o luthier oferta um produto de mesmas especificações que outro sem a marca original ele tá ilegal (se ele não tiver a patente, obviamente). O Design é tão ou mais importante que a marca.

É como se eu lançasse um jogo de um encanador baixinho, que veste macacão azul e vermelho, é italiano, tem um bigode, boina e chama João. "Não tem problema nenhum o meu chama João, eu só ia ser ilegal e aproveitador se eu colocasse o nome dele de Mario". Creio que não kkkkkkkkkkkkk

GuitarHouse
Veterano
# abr/13
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Réplica é uma falsificação que "se diz ser" idêntico ou muito parecido. Em teoria, o que é dito como "réplica" deveria ter a mesma qualidade e materiais. A diferença seria a feitura por terceiros e sem autorização.

Qualquer uso de marca por terceiros, sem autorização (ainda que para si), é falsificação. Talvez possa chamar de réplica se for igualzinho. Ainda que faça para si, é falsificação. Ainda que encomende, é falsificação. A questão de quando é crime, ou não, se precisa vender ou ter ideia de lucro, ou não, já são outros 500.

GuitarHouse
Veterano
# abr/13 · Editado por: GuitarHouse
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alv2707


Eu por acaso sou proibido de esculpir, uma Stratocaster com logo Fender nela? Creio que não. Só que como me falta habilidade eu vou pagar alguém, e ai vai ser ilegal? Creio que não.
Se é algo sobre encomenda, posso até estar enganado, mas acho que não existe problema legal nenhum de inclusive incluir a marca do produto. Não vejo ninguém levando vantagem do marca ou do modelo, acho que isso caracterizaria uma réplica.


O luthier não está levando vantagem? E você, não? Ambos estão.

Em qualquer caso, a detentora da marca está sendo prejudicada. Você quer uma Fender mas, para não gastar dinheiro, paga a alguém para fazer uma falsificação, para vc ter algo que quer mas sem querer pagar ao real detentor da marca. O luthier estará ganhando dinheiro copiando o que não é dele. Você está comprando um produto imitando outro, para não pagar ao dono da marca aquilo que tem por direito.

Agora, talvez se a própria pessoa faça e coloque a marca, para si, haja relatividade sobre o pretenso "crime".

No BR a pirataria está tão entranhada que a gente perde o senso da gravidade disso. Impunidade é a maior responsável.

guizimm
Veterano
# abr/13
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não vejo problema de por um logo fender em uma guitarra que não é da marca, afinal ele tem um desenho bonito e dá sim um vizu mais legal na guitarra(pra quem conhece, que é quem repara).
Já vender como se fosse original é enganação, e isso não é uma coisa muito legal para as outras pessoas, que saem prejudicadas.

MMI
Veterano
# abr/13
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GuitarHouse

Réplica é uma falsificação que "se diz ser" idêntico ou muito parecido. Em teoria, o que é dito como "réplica" deveria ter a mesma qualidade e materiais. A diferença seria a feitura por terceiros e sem autorização.

Olha... O Bill Nash faz guitarras relic modelo strato e tele com autorização da Fender (sim, precisa...), digo sem medo que geralmente são melhores que as Custom Shop. Tem um texto atribuído a ele sobre isso:

"It may be a bit of a strange concept, but open your mind and try and forget everything you know and feel about guitars. Now, here is a concept - Leo Fender left his company in 1964. You know most of this history, but now look at it from a MFG standpoint and what you consider a real Fender guitar. Those factories are all gone. Fender is dead, most of the people that put those guitars together are long gone. Virtually every facet of making a Fender guitar is different, completely different, than it was back in Leo's days. So what we have is something called a Fender Stratocaster that other than the shape of the body and headstock and some layout shares almost nothing with the "real" Fender Stratocaster as it was designed and made in the early days. Think of it this way - Ford motor Company makes a new Mustang that is a killer little car that does have an overall vibe from its namesake from the 60s, but it is in no way a 64 Mustang.

This brings me to my point. No one has made a real Fender guitar since 1964. FMIC, may hold copyrights and trademarks to some names and designs, but they certainly do not make real Fender guitars as Ford does not make a real Mustang any more. Now start thinking about all those crappy cars that share names with some really great cars and it becomes a real funny thing to think about. A 2006 Chevy Impala has as much to do with a 1960 Chevy Impala as does a Moped. Now, when someone buys a Made in Mexico Fender Telecaster, is it really a Fender Telecaster or is it as much a Fender Telecaster as a 2007 Ford Mustang is a FORD MUSTANG? Could you consider that FMIC is actually making Fender copies, and sometimes not very well? Some of the Fender reissues made by the Custom Shop are much more on target, however they are still hobbled by many factors, such as paint, pickups, hardware and other parts that are still made from more modern designs or elements.

So, for many people who buy our guitars, we put something in their hands something that is better to their liking - and may just do Leo a bit more justice. I hope so. Look at a thing for only what it is. Right here right now.

FYI, I own several post 64 Fenders myself so do not think I am trashing them. I do buy them with different expectations than I did years ago. I know they are copies and or replicas. My favorites are the MIJ reissues. Should I think just because FMIC holds the control of the name, that a guitar made in Japan, Mexico or China is actually a REAL Fender?

Now, so you do not think I am trashing Fender specifically, I feel that there are many makers that have put out guitars with their company name, model name and logos that share little with the "original" guitars. Gretsch comes to mind easily as they make a fantastic line of reissues, however except for the USA custom shop stuff, all of them are made in the orient. I think of these as copies commissioned for the holder of the trade name and though they may look and sound much like their vintage brothers, they are certainly a whole different instrument. Is a current Hamer Sunburst anywhere near the guitar that was the 1981 Hamer Sunburst? I think Rickenbacker is the only guitar maker from the old days that could actually claim that they are much the same as they once were, as they have not been bought, sold, moved, re-tooled, commissioned Asian factories and all the other things most makers have done. Gibson falls in a mid point as they certainly have been bought and sold many times and moved factories etc, but the end product in most cases has come full circle and in my opinion they make guitars as good if not better than they did in the 50s. This of course depends on model as there are certainly examples of questionable guitars in their line. My only complaint is that the guitars generally need a complete fret dressing and some other mods when they come out of the factory.

Bottom line is that there are many Fender inspired guitar builders who make guitars that are better than the ones either made or commissioned by FMIC. I may or not be one of them, but I can say that Callaham, Anderson, Suhr, Grosch and several others would certainly be in this category."


Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# abr/13
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MMI
Os modelos Fender e Gibson tradicionais, se não me falha a memória, já tiveram seus designs (mas não as marcas "FENDER" e "GIBSON") tornados de "domínio público".
Abç

GuitarHouse
Veterano
# abr/13
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MMI
Réplica com autorização, ok!

Lelo Mig
Membro
# abr/13
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Mauricio Luiz Bertola disse tudo......Design é uma coisa Marca é outra!

Não troquem as bolas por favor!!! (obs: sou designer gráfico de formação)

Um exemplo claro são os medicamentos: Você pode fabricar os medicamentos de patente "quebradas" com fórmula idêntica, mas não pode usar o nome comercial do laboratório desenvolvedor...

Ex:
Citrato de Sildenafila - Vários Laboratórios
Viagra (Citrato de Sildenafila) - Laboratório Pfizer (O nome Viagra é exclusividade da Pfizer)

Edson Caetano
Veterano
# abr/13
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Lelo Mig
O que não deixa de ser uma bela sacanagem, tudo bem, o mundo hoje é injusto, mas se eu invento algo revolucionário, vou querer morrer tendo direito a isso, seja no design , no hardware, tudo

Patentes essenciais hoje tem que ser compartilhadas correto? tipo o 3G, Wi-Fi, bla, bla, bla, mas imagina o cara que inventou algo muito poderoso poder ser copiado 'so porque fez 20 anos de idade e caiu no dominio publico

Complicado, mas as regras do jogo sao essas não?

ALF is back
Veterano
# abr/13
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aqui no camelo de campinas tem varias replicas de nike, adidas, etc...é igualzinho!

alv2707
Veterano
# abr/13
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GuitarHouse
Em qualquer caso, a detentora da marca está sendo prejudicada. Você quer uma Fender mas, para não gastar dinheiro, paga a alguém para fazer uma falsificação, para vc ter algo que quer mas sem querer pagar ao real detentor da marca. O luthier estará ganhando dinheiro copiando o que não é dele. Você está comprando um produto imitando outro, para não pagar ao dono da marca aquilo que tem por direito.

Se a Fender custar o preço similar a réplica, porque eu compraria uma réplica e não uma original?????? É igual fazer réplica de qualquer outra coisa, quem compra é porquê não tem condições de bancar a original.

No BR a pirataria está tão entranhada que a gente perde o senso da gravidade disso. Impunidade é a maior responsável.

A pirataria é forte no mundo inteiro, principalmente nos lugares onde a disparidade econômica e social é grande. Não é questão de impunidade, a lei não tá ai pra punir a sociedade, ela tá pra defender os interesses sociais. E a sociedade pende mais pro lado da pirataria. A lei tem que se adaptar a isso, ver que tipo de pirataria é nociva e a que não é. A lei não é absoluta, ela tem que ser questionável pra ser justa. E pirataria é uma das coisas que mais gera debate legais hoje em dia. Assumir posições extremistas tanto a favor quanto contra não é o caminho correto pra um acordo.



Mauricio Luiz Bertola
Os modelos Fender e Gibson tradicionais, se não me falha a memória, já tiveram seus designs (mas não as marcas "FENDER" e "GIBSON") tornados de "domínio público".
Abç


O design industrial cai em domínio publico quando ele não cria vinculo com a marca. Tipo o Fusca é um ícone da marca Volkswagen, então a FIAT não pode lançar um carro com desenho de fusca e chamar de outra coisa. No caso da guitarra, como os formatos ficaram vinculados não a marca mas sim a guitarra elétrica de modo geral, eles cairam em domínio público, porem a Fender vinculou o Headstock a marca, então copiar o Headstock não pode.

O que caiu em domínio publico é desenho de guitarra com um escudo no meio, 3 captadores, os knobs, jack e tal, com exceção do Headstock, no caso da Stratocaster. Não sei se a Fender faz isso, mas se alterar os raios, dimensões, ponte, tensor, etc. Você pode gerar uma patente pra esse modelo novo e usar as mesmas medidas seria ilegal. Por isso que muitos fabricantes de variados produtos lançam versões novas que mudam cabelesimos no produto, pra continuar tendo um design exclusivo.

Lelo Mig
Você tem que levar em consideração que as patentes são tratadas de maneira diferente de acordo com a área. Medicamentos é uma área muito sensível nesse quesito.

A quebra de patente não é aceitável na área industrial (Apple e Samsung que o digam). A patente pode ser suspensa por mau uso, inatividade, expirar, etc. Mas se alguém tem uma patente sobre o design de guitarra, carro, MP3, etc, não dá pra "quebrar" ela e só trocar o nome.

Lelo Mig
Membro
# abr/13 · Editado por: Lelo Mig
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alv2707

Concordo, com sua colocação....mas é bom salientar que as Fender e Gibsons e demais marcas "não possuem patentes" sobre os designs.

Isso, ocorre, porque historicamente, tanto uma Les Paul, quanto uma Stratocaster, já são "evoluções" de designs de guitarras anteriores. Você pode notar isso, vendo que mesmo nos anos 70, marcas devidamente registradas pelo mundo como Ibanez, Tokais e Gianninis, fabricavam guitarras nesses modelos.

Eu citei esse fato, porque é importante saber, que não há patente dos designs nesses casos. Até porque nos anos 60, as preocupações eram distintas das do mercado atual.

O que "autentica" uma Fender ou Gibson, não são seus modelos e designs mas sim suas características técnicas e principalmente sua MARCA registrada no produto.

Will Bejar
Veterano
# abr/13
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Lelo Mig
O que "autentica" uma Fender ou Gibson, não são seus modelos e designs mas sim suas características técnicas e principalmente sua MARCA registrada no produto.
woloco!!! +1

Alessandro Camargo
Membro
# abr/13
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Do que já li sobre o tema, não especificamente guitarras, o que torna algo uma réplica e não falsificação é a reprodução de todo o processo de algo já fora de série.
Por exemplo, o sujeito quer montar uma guitarra igual a XYZ de 1957. O Luthier não irá copiar apenas o design, mas sim todo o material utilizado e replica todo o processo. Isso acaba sendo considerado uma réplica. Isso vale para tudo, carros, motos, relógios, quadros e etc... Inclusive há relatos de relógios que acabam ficando com qualidade melhor do que os originais. Diante disso, colocar a marca é normal pois está se fazendo uma reprodução, mas é preciso de alguma maneira identificar como uma réplica, seja no numero de sério e etc.. e nunca, jamais, pode ser vendida como original.
Vejam bem, uma ferrari feito em casa com motor de santana não é uma réplica.
Réplicas não são para serem feitas em série e normalmente não se vende no varejo (são basicamente encomendas). Claro, conceitualmente. assim, por termos poucas réplicas (neste conceito de réplica) os fabricantes não perdem tempo com processos e acaba mais sendo uma homenagem a modelos consagrados. Mas quando se industrializa a produção de réplicas ou começa a usar a marca para vender, aí sim temos problema.

Pirataria é quando simplesmente a qualidade vai pro saco e cria-se algo "parecido" e com o intuito de enganar o comprador. Geralmente é produzido em série.

renatocaster
Moderador
# abr/13 · Editado por: renatocaster
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Alessandro Camargo

Mas quando se industrializa a produção de réplicas ou começa a usar a marca para vender, aí sim temos problema.

Esse daí que é o ponto. E quando o cara resolve fazer várias réplicas, comercializando-as fortemente, e ainda faz disso o "merchandising" para o seu negócio? Ele não estaria se aproveitando da fama das grandes marcas, cujos logotipos são colocados em suas guitarras?

Mas, não considero o luthier que faz isso como o "vilão" da história. A "culpa" (se é que ela existe) não é só dele. Ele faz isso porque tem procura, tem um monte de gente pedindo réplica de Les Paul Standard, mas desde que tenha o logotipo da Gibson lá. É como falaram alguns colegas, o brasileiro tem uma tara, um fetiche monstruoso por marcas.

Eu tenho plena conviccção de que se o luthier que faz essas réplicas anunciar que ele não irá mais colocar as logomarcas famosas nos seus instrumentos, o número de encomendas cairia drásticamente. Eu duvido bastante que as pessoas que procuram por essas guitarras colocam a qualidade em primeiro plano. Se colocassem, não fariam questão de colocar um logo Gibson numa guitarra que não é da Gibson.

renatocaster
Moderador
# abr/13
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E vou além no meu raciocínio, que pode estar equivocado. Mas eu tenho pra mim que se vc pedir para um luthier desse fazer uma réplica SEM a logomarca famosa no headstock, é dar trabalho pra ele. O cara deve até dar um pulo da cadeira quando se depara com um pedido desses.

Ele já deve ter milhares de braços e/ou headstocks prontos com as logos famosas. Aí vem um chato de plantão, purista, politicamente correto e pede pra ele um headstock de LP sem a logo da Gibson? O cara deve xingar até a quinta geração desse cliente "sem noção", hehehe.

alv2707
Veterano
# abr/13
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Lelo Mig
Isso, ocorre, porque historicamente, tanto uma Les Paul, quanto uma Stratocaster, já são "evoluções" de designs de guitarras anteriores. Você pode notar isso, vendo que mesmo nos anos 70, marcas devidamente registradas pelo mundo como Ibanez, Tokais e Gianninis, fabricavam guitarras nesses modelos.

Exato, e elas foram processadas. Por isso tiveram que se adaptar e produzir modelos originais.Os clones que elas fabricaram são chamadas de "pre-lawsuit", dá pra encontrar a venda na internet.

Se você pesquisar da pra encontrar também as patentes originais da Gibson e Fender, já que elas são de domínio publico agora. Não sei quanto a Gibson mas o Headstock da Fender ainda é patenteado.

Apesar do design ser aparentemente igual, eu nunca vi uma strato igual a minha. As curvas, os cortes, escala, proporções e dimensões são ligeiramente diferentes. Essas características não só fazem parte do design, mas também da tecnologia do produto já que elas alteram a tocabilidade e qualidade sonora do mesmo. Se a Fender alterar essas características ela pode gerar uma nova patente sobre esse design tecnológico ou não? É como o design aerodinâmico de um carro. Não é só estética.


Agora eu não sei se ela faz isso, nunca comparei um Fender moderna com uma vintage pra ver se uma é fidedigna a outra. kkkkkkkkkkk.
Isso sem falar que se a guitarra usar Hardware Fender já vão ser patentes distintas, outros casos a serem averiguados.

De todo modo, eu falei da Fender e Gibson porque a galera citou, mas eu não tinha elas em cabeças quando teci meu primeiro comentário. Pensei em um fabricante genérico que tem a patente de um produto.

MMI
Veterano
# abr/13
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renatocaster

Mas vai muito da seriedade do sujeito. Tem um luthier aqui em Sampa, honestamente acho que é o melhor luthier brasileiro que conheço, digo sem medo de errar. Ele faz de tudo, inclusive archtops, mas ele nem faz mais Les Paul baseada no modelo Gibson, nem adianta. Ele fez um modelo dele, mudando um pouquinho as curvas do corpo, com o tampo mais escavado, pegando características de Gibson e PRS e a sonoridade, garanto, é melhor que a maioria das Gibson R9. Por mais que tenha uma baita sonoridade, seja bonita visualmente por ele usar tampos figurados, é extremamente bem feita, neguinho olha e acha ruim, acha "feia", acha que o bom mesmo é uma de série e com qualidade inferior... Coisas da vida...

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