>>> Dicas para treino de Técnica! <<<

Autor Mensagem
Alan_Domingues
Veterano
# jul/11
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Pepe Le P

Você comentava sobre o item cinco.
Algo que parece meio "básico" que ajuda muito é você treinar o básico 1 - 2 - 3 - 4 normalmente, depois praticar com tudo no pm, logo apos mudar a contagem para 5/4 e praticar a dinâmica mais forte da cabeça do exercício. Após fazer a dinâmica com solta, pm, solta, pm. E dentre outros exemplos.

A ideia básica de se alcançar pegada e técnica ao mesmo tempo é sempre investir na palhetada. Ela tem que ser uma aliada do guitarrista, é com ela que você vai domar seu timbre, sua sonoridade, sua pegada. Este é o famoso X que falam que nenhum guitarrista soa igual no mesmo equipamento.

E o principal, ouvir diferentes tipos de guitarristas e saber tirar o proveito do ponto forte de todos.

Estudem galera.

FLW

renatocaster
Moderador
# jul/11
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Faltou apenas uma informação!

Utilize SEMPRE o metrônomo. E o melhor amigo de um músico na hora do estudo.


Gente, está aí uma dica importantíssima! Falo por experiencia própria, pois nunca dei muita importancia para o metronomo na hora de estudar. E agora estou sentindo na pela a falta que ele me fez, hehehe.

Todas as dicas dos colegas aí são muito legais, mas se forem praticá-las mesmo procurem realmente usar o metronomo, é uma coisa essencial.

Pepe Le P
Veterano
# jul/11
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lindoso
Alan_Domingues
Todo exercício que se faça na guitarra é legal você praticar tanto com as notas soando "normais" quanto em um light pm.

Taí ó, falou quem manja do assunto!

Pepe Le P
Veterano
# jul/11 · Editado por: Pepe Le P
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Galera as contribuições de vocês estão sendo muito importantes!

Em breve virá um novo tópico com as compilações sobre o que foi discutido aqui (com vídeos!)

Quem quiser gravar algum vídeo sobre algum destes aspectos em especial será muito bem vindo! Eu certamente tentarei gravar alguns!

renatocaster
Pode crer! Isso vai entrar com certeza na resumão!

Arimoxinga
Veterano
# jul/11
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Pepe Le P

vou deixar mais dois centavos meus aqui!

Olha acontece comigo vou falar mas, pode ser que não aconteça com vocês. Seguinte todos sabemos que a mão direita mesmo não tendo tanta exatidão consegue atacar as cordas bem mais rapidamente do que a mão esquerda. Então eu pensando nisso e como um bom observador do óbvio fiz o seguinte:

-Uso um abafador no inicio do braço só que ao invés de treinar tappings ou outra tecnica semelhante eu apenas treino a mão esquerda por um bom tempo usando ligados. a mão vai criando precisão e velocidade e logo consegue acopanhar a mão direita.
Enfim o que eu quiz passar foi, treine mais a mão esquerda do que a direita e lógicamente treinar as duas em seguida. também podendo reverter a ordem das mãos!

\o/ Two cents ;D

Peace!!

Pepe Le P
Veterano
# jul/11 · Editado por: Pepe Le P
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Galera, me dediquei nos últimos dias a compilar informações obtidas neste tópico e escrevi uma primeira versão que vou postar logo abaixo. Gostaria que vocês dessem uma lida e caso tenham alguma sugestão para adicionar/remover/modificar alguma parte por favor se manifestem.

Meu intuito é bolar um texto bem fundamentado que possa ser de utilidade para todos que pretendem qualificar seu estudo de técnica.

Segue a primeira versão:

Toco guitarra a mais de 10 anos e sempre procurei treinar o aspecto da técnica, porém eu tinha aquela sensação de que não saia muito do lugar, apesar das horas investidas nesse aspecto. No último ano (já sem muito tempo disponível pra praticar) caiu aquela famosa ficha de que o progresso é proporcional não somente ao tempo investido, mas principalmente a qualidade do tempo investido! É aquela velha história que agente vê tanto macaco velho da guitarra falando: "mais valem 30 minutos diários bem aproveitados (fazendo algo focado e com prazer) do que três horas cultivando "maus hábitos" na guitarra. O resultado é que atentando para alguns detalhes (por vezes bastante simples), venho conseguido progredir muito neste último ano, mesmo dispondo de um tempo muito mais escasso para praticar do que quando comecei.

Após pesquisar em material de gente bem conceituada no ensino de guitarra, testar algumas abordagens e buscar opiniões e sugestões com outros guitarristas (muitos dos quais aqui do FCC) decidi tentar uma compilação de algumas informações que julgo terem um imenso potencial para ajudar pessoas que, assim como eu, estejam trilhando a sua caminhada na guitarra. Obviamente são informações sujeitas a críticas e podem não funcionar para 100% das pessoas e dos casos, mas acredito que serão úteis para muitos.

Antes de começar quero ressaltar que o tópico é específico sobre hábitos e práticas que podem ajudar a qualificar especificamente seu treino de técnica e não enfoca outros aspectos igualmente importantes como teoria, percepção, desenvolvimento de musicalidade, etc. O texto será extenso, mas acredito que, para muitos, valha a pena dar uma lida, mesmo que você venha a ler muita coisa com aquele sentimento de "eu já sabia".


Mas afinal, o que é "técnica"?


Não é raro ver pessoas (principalmente iniciantes e "leigos" em música) associarem técnica a "tocar rápido" ou a fazer "pirotecnias" na guitarra. De fato muitos destes artifícios podem requerer um alto grau de desenvolvimento de determinados aspectos neuro-motores mas, na minha opinião, o termo "técnica" vai muito além disso, pois tocar "lento" ou "com feeling" pode igualmente exigir muito estudo e é a diferença que muitas vezes notamos entre um Bend afinado seguido de um vibrato expressivo de um "alguma coisa soou estranho ali".

Acabei chegando à conclusão de que o treino da técnica é o que permite com que alguém traduza fielmente suas ideias musicais em sons saindo da guitarra. Para mim ter "muita técnica" significa executar idéias musicas da maneira mais fidedigna ao que se pretendia inicialmente, sejam elas uma sequencia de arpejos mega ultra rápidos extremamente limpos, um bend de exatamente 1 tom e meio seguido de um vibrato exatamente com a freqüência desejada, uma troca de acorde extremamente precisa ou mesmo fazer a guitarra "grunir" numa série de ataques vicerais de palhetas com notas emboladas e por aí afora. Ou seja, eu posso me utilizar de um elevado grau de técnica tocar um som "feio" ou "sujo", pois essa era minha intenção inicial.

"Técnica é um procedimento que tem como objetivo a obtenção de um determinado resultado".

Alguns pensamentos introdutórios!

Antes de entrarmos em alguns pontos mais aplicados para o desenvolvimento da técnica gostaria de colocar alguns trechos (com algumas modificações e adições feitas por mim) de um texto excelente traduzido pelo colega Marc Snow ( sugiro a leitura do texto na integra! tópico: http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/226353/ ) que julgo serem muito importantes (se alguém souber me indicar a fonte exata agradeço):

Repetição é a essência da prática. Repetição está ligada a novos niveis e padrões do seu sistema nervoso/muscular, e constrói novas pontes ou caminhos nervosos, no seu cérebro. O correto uso da repetição pode ligar esses niveis mais rapidamente. Mas isso pode ser uma faca de dois gumes. Praticada de maneira errada, a repetição pode te chatear, acabar com sua criatividade e drenar sua motivação. Então vamos dar uma olhada em como usá-la e como não usá-la de forma incorreta.

Primeiro de tudo: reconheça que voce quer construir essa ligação nervosa correta. Não aquelas responsáveis por erros! Então, quando voce repetir coisas, repita-as corretamente. Praticar erros não vai ajudar. Na verdade, isto é provavelmente pior que perda de tempo. É como se fosse uma produzir ao contrário. Por outro lado, repetir as ações mais e mais vezes, fará com que tornem-se um hábito. E isso acontece todas as vezes que voce diz aos seus dedos o que fazer e não há dúvida na sua mente. Os erros evaporam. ENTÃO VÁ TÃO DEVAGAR QUANTO NECESSÁRIO PARA PRATICAR OS MOVIMENTOS CORRETOS. Essa dica vale para todos os demais pontos que serão abordados nesse texto!

Segundo: a concentração da atenção é uma ferramenta muito poderosa. Quando voce começa a repetir partes difíceis mais e mais vezes, primeiramente as coisas começam a evoluir. Mas depois de um certo ponto, na verdade voce começa a tocar pior, porque seus caminhos nervosos encontram-se cansados e estressados. Nesse ponto, a melhor coisa a fazer é descansar. Pare e toque outra coisa por algum tempo. E deixe para voltar ao que voce estava praticando mais terde. Existe um limite físico (que varia de pessoa para pessoa) de quão rápido voce pode chegar a um nivel ou padrão no seus sistema nervoso. Não tente combater isso e sim, trabalhe isso. E quando voce se cansar, dê um tempo.

Você talvez já tenha lido ou escutado a famosa frase: "para tocar rápido (e limpo) é preciso tocar lento". Quando você se dedica ao treino de técnica procure se focar no que está fazendo, esteja realmente ciente de cada movimento que seus dedos devem realizar (um dos motivos pelos quais a prática de iniciar lento ser tão importante) e procure ser crítico com o som que você está tirando. Por outro lado saiba reconhecer suas limitações (para num futuro poder superá-las) e também seu progresso (muita gente não se da conta da sua evolução até comprar gravações atuais com a de alguns meses atrás.

Não se desespere para obter velocidade ou para tocar um trecho musical qualquer que você ainda não tenha base neuro-motora para executar! Um dos nossos maiores inimigos no desenvolvimento de uma prática "correta" de técnica é justamente a ansiedade por atingir logo um resultado desejado (por exemplo tocar aquele solo ultra-veloz do Malmesteen ou dar aquele bend sinistro do Gilmour). O progresso vem com o tempo, e pode crer que ele virá mais rápido quanto menos você ficar ocupando sua mente com isso. Algumas pessoas possuem maior facilidade para certos aspectos do que outros, mas certamente se você souber aproveitar seu tempo de estudo a tendência é ir sempre melhorando, mesmo que a passos lentos...

Dicas de COMO praticar!!!

Feitas estas considerações vamos passar a listagem e descrição de mais alguns pontos específicos que podem vir a ser muito valiosos para construirmos uma prática "correta" de técnica e aproveitarmos melhor nosso tempo de estudo:

1- O metrônomo é seu amigo!!!

Por mais treinado que seja um músico, seu cérebro está sujeito a distrações e pequenas "falhas" de modo que confiar somente no seu cérebro para marcar uma determinada pulsação provavelmente não é um método confiável. Coloque o metrônomo do seu PC em uma determinada pulsação (pode ser bem lenta) comece a praticar um exercício repetitivo e depois peça para alguém "tirar o som do PC" de modo que você fique apenas com a referência mental do click. Depois de dois ou três minutos tentando manter a pulsação original (com o metrônomo ainda rodando) peça para aquela mesma pessoa aumentar novamente o volume . É bem provável que você não esteja mais tocando exatamente na velocidade original em sincronia com a pulsação!

Eu poderia continuar tentando dar exemplos, mas acho que o ponto é: se você quer desenvolver uma rítmica consistente é muito importante utilizar essa "bendita maquininha de click". E isso você provavelmente vai escutar de 90% daqueles guitarristas que você considera ter um bom nível técnico! Se você acha muito maçante praticar com aquele click tão "frio e estéril" tente utilizar "drum machines" (basicamente um metrônomo com som de bateria) ou mesmo praticar sobre backing tracks, o importante é ter uma referência precisa para marcação do tempo!

Isso não significa que sempre que você estiver com a guitarra em mãos deve estar rolando aquele "click" no fundo mas, de forma geral e especialmente no estudo de técnica/rítmica, é essencial estimular esta prática!

2- Evite tensões desnecessárias!

Primeiro de tudo procure encontrar uma posição adequada para tocar. Se depois de 30 minutos praticando você começa a sentir, por exemplo, uma dor no ombro é possível que você esteja exigindo mais da sua musculatura do que é realmente necessário para tocar (devido a esforço desnecessário ou má postura) ou que você não tenha alongado/aquecido de maneira satisfatória antes de começar aquela determinada prática.

O primeiro caso também é responsável por um fator que pode vir a nos limitar o desenvolvimento de alguns aspectos, como velocidade. Inicialmente temos a impressão de que para palhetar mais rápido (só para dar um exemplo) é necessário exigir um maior trabalho da musculatura, mas isso não é totalmente verdadeiro! Repare em como algumas das "palhetadas mais rápidas e precisas do mundo" são produzidas por um conjunto dedos, pulso, braço extremamente relaxados! Tensão extra inclusive pode ocasionar aquela tradicional "travada" na mão da palheta, fazendo com que percamos a fluência na execução de trechos rápidos. No começo pode até parecer que tocar com a musculatura relaxada faz com que nossa velocidade diminua, mas conforme formos desenvolvendo esse hábito, certamente veremos uma evolução e provavelmente seremos capazes de tocar tão ou mais rápido que antes com mais precisão e menos esforço (e menor risco de lesão)!

O mesmo raciocínio vale para a mão da escala: use somente a força necessária para fazer a nota soar perfeitamente, qualquer esforço acima disso só fará com que sua mão canse mais rápido, podendo atrapalhar sua execução. Obviamente em certos momentos vamos desejar descer a mão na guitarra, mas para efeitos de prática tente manter-se o mais relaxado possível.

3- Menos é mais? Economia de movimento...

Quanto menos você afastar seus dedos da escala ou a palheta de uma corda, menor será a distância que você deverá percorrer para atingir uma nova nota (ou corda), sendo assim à medida que você aumenta gradualmente a velocidade com que toca é natural que seus movimentos fiquem cada vez mais "curtos".

Isso geralmente resulta em um sacrifício da dinâmica e acentuação em prol do aumento da velocidade, mas temos alguns subterfúgios para driblar essa limitação: como atacar a nota com uma porção maior ou menor da palheta (apenas com a ponta ou aproximando-a mais em direção ao corpo da guitarra) e treinar sempre acentuando as notas pertinentes quando treinamos com metrônomo (mais sobre isso no item de variação de dinâmica).

4- Identifique e isole as dificuldades

Talvez este seja um dos pontos mais decisivos em determinar nosso progresso técnico na guitarra. Para que você seja capaz de corrigir algum aspecto técnico é necessário que você se de conta do que exatamente precisa ser melhorado! Digamos que você está tocando um trecho de um solo e nota que alguma nota está saindo suja ou mais fraca do que deveria. Tente identificar onde exatamente está o problema e qual a causa do mesmo.

Você pode chegar a conclusão que precisa treinar melhor a independência entre seus dedos 3 e 4 ou que o solo exige um padrão de palhetadas com o qual seu cérebro não está habituado enfim, as causas podem ser as mais diversas. Após identificado(s) o problema(s) você pode buscar exercícios específicos para suprir tal "deficiência" ou simplesmente focar sua atenção naquele trecho específico da execução (talvez até criando algumas variações).

5- Diminua o "tempo de transição"

Existe uma diferença de milisegundos entre a mão da escala pressionar uma nota e o ataque da palheta. Quanto menor for esta diferença, maior será a sincronia entre as suas duas mãos e melhor será a sua articulação ao tocar. Uma dica interessante para treinar este aspecto é tocar bem devagar (figuras rítmicas de alta duração) fazendo com que seus dedos da mão da escala só se movam "microinstantes" antes do ataque com a palheta. Evite "pré-posicionar" os dedos da escala antecipando o ataque. Essa prática tem me rendido bons resultados. Para melhor aproveitamento desta prática é importante você estar bem focado em cada movimento que deve realizar (ex: movimentar o dedo que deve atacar a nota e afastar da escala um outro dedo).

6- Pratica "explosiva"

Esse ponto tem se mostrado muito eficiente nos meus treinos, principalmente isolando/transformando pequenos trechos de frases em exercícios repetitivos. Consiste basicamente em acelerar abruptamente a velocidade de execução apenas por alguns instantes, retornando a velocidade original sem perder a fluência na execução.

Eu faço assim: digamos que eu esteja treinando 4 notas 5-7 (corda D) seguido de 5-7 (G), o que obviamente é um exemplo muito simples. Eu coloco o metrônomo digamos em 160bpm (a velocidade vai variar de acordo com o seu nível de desenvolvimento e o trecho a ser executado em questão) e começo a tocar uma nota por pulsação (uma nota a cada "click" do metrônomo). Depois que o cérebro se acostuma com o movimento aumento para duas notas por pulsação e mantenho uma execução constante. Porém, em determinados momentos, eu alterno a execução para quatro notas por tempo apenas por duas ou três pulsações e retorno as colcheias (duas por tempo), tentando nunca atrasar ou adiantar em relação ao metronomo.

Quando estamos trabalhando próximos ao nosso limite atual de velocidade não conseguimos sustentar a execução precisa em 4 notas por tempo por muitas pulsações, mas esta prática faz com que, aos poucos, nossos cérebros e mãos vão se acostumando a nova velocidade permitindo com que, aos poucos, consigamos aumentar a velocidade do trecho em questão, mantendo a precisão. Lentamente você vai perceber que o número de vezes seguidas que você consegue sustentar a velocidade de quatro notas por tempo vai aumentando até que, eventualmente você consiga manter tal velocidade "indefinidamente".

Dei como exemplo a utilização de uma, duas e quatro notas por pulsação, mas isso vale igualmente para outras divisões (três, seis, etc.).

7- Aumente seu controle sobre a guitarra!

Se você, assim como eu, já teve aquela sensação de não ter controle absoluto sobre seus movimentos enquanto toca é provável que algumas dicas desse item venham a ser de grande valia! Por "falta de controle" me refiro a, por exemplo, não conseguir parar uma sequencia rápida em uma nota especifíca (geralmente não usual) ou não conseguir variar a intensidade dos ataques enquanto executa um trecho de maior complexidade. São habilidades como essa que dão aquele "a mais" no som de um guitarrista, seja em expressividade ou mesmo em precisão.

Existem algumas práticas que podem auxiliar a aumentar esse tal "controle":

- Varie a dinâmica com que você toca determinados exercícios e trechos musicais. Experimente variar a intensidade dos ataques as notas enquanto mantém uma execução fluída em um determinado exercício. Passe de um "pianíssimo" (som de baixíssima intensiodade) e um muito forte, experimentando suas variações intermediárias. Vale lembrar que essa variação de intensidade nem sempre requer uma variação grande no esforço muscular realizado, sendo o posicionamento e ângulo de ataque da palheta também responsáveis por gerar estas variações (tente deslocar a palheta no sentido "para dentro" e "para fora" do corpo da guitarra enquanto toca). Treine exercícios com e sem a utilização de "palm mute" (abafar as notas com a mão da palheta).

- Não esqueça da acentuação! Ela é muito importante e deve ser praticada regularmente. Uma boa acentuação pode ser o diferencial entre um solo com rítmica interessante e uma "massaroca de notas". Escute Tumeni Notes do guitarrista Steve Morse e você escutará um bom exemplo do que digo. Tente também deslocar a acentuação (acentuar diferentes notas) em um mesmo exercício.

- Uma outra prática interessante é tentar "freiar" uma frase rápida no meio, em um lugar onde geralmente você não o faria. Observe se as suas duas mãos param em sincronia. É muito comum que a mão da palheta continue o movimento de palhetar mesmo após a mão da escala já ter repousado sobre a nota de interesse.

8- Evite "bloqueios mentais"

Já parou pra pensar quais os motivos que fazem com que o excesso de ansiedade (nervosismo) aumente a frequencia de erros e/ou possa fazer com que o som de um guitarrista soe "mecânico" ou "sem vida"?

Sem a pretensão de escrever um tratado neurofisiológico sobre o assunto (pois nem teria capacidade para tal) arrisco uma explicação sintética. Em situações de estresse ("nervosismo") você ocupa sua mente (processamento cerebral) com algo que não ajuda em nada a sua motricidade e ativação da memória musical, pelo contrário, acaba "tirando espaço delas"! Em outras palavras, você não consegue se focar direito naquilo que é realmente importante no momento.

Porém, algumas vezes conseguimos tocar sem maiores erros, mesmo numa pilha de nervos (geralmente quando cultivamos "bons hábitos" na prática da guitarra e temos bem ensaiado o que vamos tocar), mas notamos que a execução parece meio "travada", com vibratos meia-boca e uma que outra palhetada falhando. Isso pode se dever ao excesso de tensão (novamente gerado pelo nervosismo) nos músculos envolvidos no tocar, dificultando com que toquemos de maneira "relaxada" (veja item 2) ou, em alguns casos, a própria "tremedeira" que da nas mãos devido a liberação de alguns hormônios. Ficar ou não ansioso depende de diversos fatores entre eles: experiência do guitarrista (um cara habituado a subir em palcos dificilmente vai ficar excessivamente nervoso quando tiver de fazê-lo diferentemente de um iniciante); características da própria pessoa (alguns são mais nervosos que outros), etc.

Se por um lado é mais complicado controlar a ansiedade em algumas situações (apresentações importantes, exposição em público, etc.) na hora de treinar temos a possibilidade de "parar tudo". É bem comum quando mergulhamos de cabeça em algum exercícios ou trecho musical que nossa execução "trave". Como se começássemos a errar e, mesmo repetindo loucamente, continuamos fazendo os mesmos erros (ou as vezes parece que começamos a tocar pior). Nesse caso uma dica legal é tocar outra coisa, ou mesmo largar a guitarra por alguns instantes e, posteriormente (sejam alguns minutos ou dias depois), voltar para o trecho específico. Quando erramos temos uma tendência de nos pressionar para "fazer direito dessa vez" e isso geralmente só atrapalha mais. Melhor dar uma 'espraiada na mente" para imprimir no cérebro a prática correta.

Outra dica: não se pressione a estudar o mesmo exercício por tempo demasiado (leia o texto http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/226353/ para maiores informações).

PeedroArcuri
Veterano
# jul/11
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Gente, to pegando agora o Speed Mechanics for lead guitar, e logo no começo tem exercícios de hammer on e pull off.
Os hammer on eu faço tranquilo, mas o pull off é de meio tom, um dedo colado no outro e não sai muito bom o pull off, só sai legal na mizinha.
Eu eu tirar o dedo que ta colado no outro o pull off sai normal.
Eu to fazendo errado ou é normal sair bem baixo quando é de 1/2 tom?

Pepe Le P
Veterano
# jul/11
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PeedroArcuri
Os hammer on eu faço tranquilo, mas o pull off é de meio tom, um dedo colado no outro e não sai muito bom o pull off, só sai legal na mizinha.

Geralmente o pull-off é mais complicado de pegar do que os hammer-ons (ou talvez simplesmente menos praticado). É necessário que você de uma "puxadinha" na corda para baixo logo que retirar o dedo da escala para fazer com que a nota soe melhor.

Treine bem devagar e prestando bastante atenção em qual dos seus dedos deve estar funcionando como "ancora" para que o seguinte realize o pull-off. Va testando quanto de pressão cada um dos seus dedos precisa fazer para conseguir uma sonoridade fluente.

Eu to fazendo errado ou é normal sair bem baixo quando é de 1/2 tom?
O ideal é que saia tudo com intensidade similar! Treine também exercícios de independência e força para os dedos da mão da escala, pode ser que ajude.

PeedroArcuri
Veterano
# jul/11
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Valeu pela dica.
Vou continuar pegando pull off e hammer on.
Fiz um pouco, deu pra ver nos pull off de 1/2 tom, saindo do dedo 4 até chegar ao 1, aumenta a independência dos dedos, porque na hora de puxar a corda a tendência do outro dedo é levantar.
Valeu aí, abraço

Pepe Le P
Veterano
# jul/11
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Arimoxinga
Vou tentar isso pra ver se melhoram os meus ligados!

Eddie Van Hallen
Veterano
# jul/11
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Pepe Le P
Lembrei de outro ponto que considero importante, tocar de pé. Porque quando você treina técnica sentado, sente uma dificuldade quando tem que tocar de pé.

Pepe Le P
Veterano
# jul/11
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Eddie Van Hallen
Eu sentia dificuldade na época que eu quase nunca tocava em pé. Depois que começei a tocar com banda a coisa ficou mais tranquila nesse aspecto.

Acho que o cara tem que ir desenvolvendo o hábito de tocar em pé, mas não necessariamente praticar técnica em pé. Algumas pessoas poderiam até citar a "posição clássica" para estudo, que possibilita uma fluência melhor na execução, principalmente nas casas finais da escala, mas preferi nem entrar nesse mérito.

De qualquer maneira acho sua dica válida, principalmente pra quem está acostumado a nunca tocar de pé.

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