Solo ou improviso?

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mateusstarling
Veterano
# abr/11


Existem basicamente 2 tipos de instrumentistas aqueles que sabem improvisar e os que não sabem.

Em se tratando de guitarra é quase impossível encontrar um guitarrista que não tenha interesse em solar.

Concordando ou não com as premissas acima a questão que levanto hoje é. Onde você se encaixa nesse contexto? Você improvisa seus solos ou você precisa fabricá-los?

Bem, se você é um músico erudito o ponto forte da sua carreira certamente não será se tornar um improvisador, ha outras coisas mais importantes como interpretação e leitura, porém se você é guitarrista possivelmente seu interesse é a música popular, e nisso eu incluo tudo o que não seja erudito (rock, jazz, musica brasileira, country e etc.).

Então vamos a um ponto crucial. Se você não almeja uma carreira profissional, sinta-se a vontade para apenas fazer aquilo que lhe der na cabeça. Você trabalha o dia todo e quer chegar em casa e apenas tocar igualzinho aquele solo do Slash, nem que isso leve 6 meses para você, enfim, esse é um alvo realista para uma pessoa que trabalha e paralelamente se diverte com a guitarra.

Mas agora vamos à outra realidade, que é de ser um músico profissional ou almejar uma carreira. Saber improvisar é assim tão importante? Bem, a resposta é bem óbvia. Um músico profissional precisa ser dinâmico, ou seja, estar preparado para situações inusitadas e também para fazer aquele solinho naquela música em Ab, ou então numa musica com algumas modulações inusitadas. Não estou falando que improvisar é o que há de mais supremo na carreira, não me entendam mal, existem muitas coisas importantes que o musico precisa dominar para ser um profissional, mas para não sair do propósito temático aqui vamos nos conter também a esse importante tema que é a improvisação como necessidade musical.

O improviso veio da musica clássica, onde existia uma pequena abertura em raros trechos, mas o bixo começou a pegar mesmo no jazz. Isso nos anos 40 e os solos eram bem mais em volta da melodia o que rapidamente migrou para solos mais voltados para a harmonia e improvisos altamente desafiadores na era bebop, e então o negocio nunca mais parou.

O jazz que era a música popular dos anos 40, 50 e 60 perdeu espaço para o rock e ramificações. Mas no inicio do rock tudo era "a vera", a galera entrava no estúdio e tocava ao vivo e pronto. Os primeiros CDs do Black Sabbath, Led Zeppelin eram gravados dessa maneira.

Naquela época o musico tinha que estudar para poder se virar bem nas situações inusitadas, mas Logo veio o padrão perfeição da era overdub e que tomou muita força no fim dos anos 70 e que enfim virou febre. O rock instrumental acostumou mal uma nova geração e o youtube chutou o balde de vez.

A galera começou a gravar solos "perfeitos" super apurados tecnicamente, mas isso levou a uma necessidade de se estudar o próprio solo ao ponto de que hoje chegamos a um lugar onde a maioria dos solos no rock são pré fabricados, enfim, nasceu uma geração que só conhece isso como verdade, ou seja, os solos precisam ser exaustivamente praticados para serem gravador e nos shows os solos são exatamente iguais.

Vamos aos fatos. Não há crime algum nisso, cada um faz o que quer, mas como músico profissional você precisa investir o seu tempo em boas escolhas. O que vejo é que muitas pessoas passam anos pré fabricando seus solos e nunca aprendem verdadeiramente a improvisar.

A grande questão é que no Brasil, onde viver de música é algo complicado o cara precisa estar preparado para improvisar, seja na música ou na vida pessoal e social.

Portanto, se você se encaixa no padrão solos pré fabricados nunca é tarde para começar a estudar improvisação, essa arte infinda, apaixonante e essencial na carreira do músico profissional.

Grande abraço, Deus abençoe a todos.
Mateus Starling

Matheus Vengeance
Veterano
# abr/11
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acredito q improviso seja tipo vc tocar com a banda rola uma base e vc improvisa la... vai tocando oq vem na mente

mas o solo vc precisa trabalhar e tal pra ficar bom

acho q e isso

bom texto vlw

mateusstarling
Veterano
# abr/11
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Matheus Vengeance Trocando em miudos, num contexto de banda solo é aquele momento onde você dá um passo para frente e nesse momento o seu som se sobressai ao dos demais colegas de banda, eles suportam o seu solo e então deveria rolar uma intereção momentanea.
O solo pode ser um improviso ou não mas improviso é improviso.

Matheus Vengeance
Veterano
# abr/11
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Matheus Vengeance Trocando em miudos, num contexto de banda solo é aquele momento onde você dá um passo para frente e nesse momento o seu som se sobressai ao dos demais colegas de banda, eles suportam o seu solo e então deveria rolar uma intereção momentanea.
O solo pode ser um improviso ou não mas improviso é improviso.



isso mesmo UEIAHAEIUHE

cara alem de bom musico
vc faz muito bem dissertações :)

ja da pra trabalhar na onu como relator

IUSHSAUIH

JKPage
Veterano
# abr/11
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Ah, fuck! Eu ia fazer um texto com esse tema pro blog / fcc.

Posso pegar o seu, colocando os créditos?

PS: Ótimo texto.

mateusstarling
Veterano
# abr/11
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Matheus Vengeancehahahahaha, não para a ONU, mas eu escrevo para revistas especializadas. Apear de ser formado em música também sou em direito, entrei na faculdade com 17 anos então, me acostumei a ler e a escrever desde cedo.

JKPage Valeu amigo, fica a vontade ai para pegar o texto.

Obrigado por terem lido e contribuido.
abs e paz.

Anderson_Matos
Veterano
# abr/11
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mateusstarling
Cara que texto maravilhoso!!
Eu sou guitarrista iniciante e de uns dias pra cá eu ando me batendo se eu começo a pegar meu solos prediletos ou se eu estudo improvisação a fundo...O seu texto tirou toda duvida da minha cabeça!!
Abs..

sidguitar1
Veterano
# abr/11
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mateusstarling
parabens pelo texto, acho q a parte filozofica dao coisa, a reflexao de temas q vc passa e muito importante,continue com esse otimo trabalho.abraço brother e up

mateusstarling
Veterano
# abr/11
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Anderson_Matos Obrigado amigo, acho que a grande questão é: Você prefere resultados rapidos e ganhar aplausos de entusiastas e estudantes tipo soldado raso ou vc quer construir uma carreira com solidez e ter resultados a longo prazo?


sidguitar1 Obrigado amigo por estar sempre endorsando os meus textos.

Deus abençoe.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# abr/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Primeiramente não gostei da sua pré-definição arbitrária dos dois tipos de músicos existentes...

Improviso é uma coisa totalmente desnecessária para se ter uma música de qualidade, não é um fator primordial para se fazer boa música.

Se você tivesse dito que existem músicos que sabem compor e que não sabem, ai sim seria um fator primordial... ou: músicos com técnica ou sem técnica...

Enfim, sobre a proposta do tópico:

A princípio não gosto de improvisos.

Sempre ficam aquém do que seria um solo pré-produzido.

Num improviso você fica limitado em vários aspectos, como a interação com os demais instrumentos. Num solo composto você pode fazer um jogo de respostas entre os instrumentos, alterar os compassos na hora que quiser, fazer modulações, variações sobre temas.

Sim, é até possível fazer tudo isso num improviso, só que MUITO mais limitado. Se alguém da banda chega e do nada faz uma modulação, até os outros perceberem, vai ter um intervalo de tempo... se modificam a fórmula do compasso inesperadamente (afinal, tudo num improviso é inesperado, senão não é improviso), até perceberem isso, vão perder o tempo por alguns instantes...

Mas o ponto principal de um improviso que me faz não gostar da maioria dos improvisos que ouço é a sonoridade...
Vejo caras, profissionais inclusive, que ou despejam licks manjados do estilo que estão tocando, ou até têm idéias boas mas não as desenvolvem.

Num improviso de Jazz, por exemplo, quando ouço ativamente, percebo boas idéias, mas que poderiam ser muito melhor desenvolvidas se o cara tivesse sentado e composto tudo em torno daquela idéia. O ritmo, o acompanhamento, as dinâmicas, as variações em cima daquela idéia...

Enfim, tenho muita coisa pra fundamentar a minha opinião sobre improvisos, mas pra finalizar, eu vejo é que para a maioria que utiliza o improviso, é apenas uma maneira preguiçosa de tocar, na qual o cara estuda as regras de improviso e então não precisa mais ficar sentado pensando em todos os aspectos da composição, apenas da ineração entre as notas que ele toca e o que a base está tocando no momento.

O que vejo é que muitas pessoas passam anos pré fabricando seus solos e nunca aprendem verdadeiramente a improvisar.


Eu não vejo mal algum nisso. Contanto que o cara seja um bom compositor, ele não tem que saber improvisar (mas pra ser um bom instrumentista, deve conseguir executar os solos que ele venha a compor). Os solos dos shows podem ser iguais aos do CD, afinal, se eu gostei da música é pelo que ela é no CD, não iria gostar de ir num show e o cara improvisar, ao invés de tocar o solo que eu ouvi no CD e gostei.

jberbetz
Veterano
# abr/11
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Die Kunst der Fuge
Concordo com você em vários aspectos.

Eu gosto de ver o cara improvisar, mas, de maneira geral, como os improvisos quase nunca chegam perto de algo "pré-fabricado", gosto mais de um bom compositor do que de um bom "improvisador" =)

São coisas distintas -- improvisar e compor; improvisar bem é uma arte; assim como compor é uma arte; nenhuma delas é melhor que a outra. Cabe aos executantes/ouvintes decidirem.

Abraços!

mateusstarling
Veterano
# abr/11 · Editado por: mateusstarling
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Die Kunst der Fuge O meu ponto de vista é diferente do seu. Agora você dizer que o improviso é um coisa desnecessária isso para mim soa como precisar de um padre para se confessar diante de Deus. O improviso é libertador e a essência do jazz é o improviso e com certeza é um fator fundamental para todos aqueles que desejam tocar jazz, pode sim não ser um fator fundamental em muitos outros estilos de musica.
Existe musicos que sabem compor e sabem improvisar, existem pessoas com tecnica e que sabem improvisar. MAs se você é um instrumentista e não sabe improvisar vc é um cara limitada, a não ser que você seja um musico erudito.
No meu texto eu me referi a instrumentistas e não a toda classe de musicos, se o cara é um compositor obviamente ele não precisa ter nenhum compromisso com o improviso.

A princípio não gosto de improvisos. Sem problema.

Sempre ficam aquém do que seria um solo pré-produzido. Para mim é quase sempre o oposto.
Num improviso você fica limitado em vários aspectos, como a interação com os demais instrumentos. Rapaz, realmente você nunca ouvir jazz na sua vida. Volta 60 anos no tempo ouça Miles DAvis, Coltrane e vc vai ter uma aula do que é interação no improviso. No improviso acontecem coisas inusitadas que ficam naquele momento e que depois não tem mais sentido reproduzir, isso é magia do improviso.

Num improviso de Jazz, por exemplo, quando ouço ativamente, percebo boas idéias, mas que poderiam ser muito melhor desenvolvidas se o cara tivesse sentado e composto tudo em torno daquela idéia. O ritmo, o acompanhamento, as dinâmicas, as variações em cima daquela idéia...
Aqui vc realmente surtou e acho que ja respondi anteriormente.

Enfim, tenho muita coisa pra fundamentar a minha opinião sobre improvisos, mas pra finalizar, eu vejo é que é uma maneira preguiçosa de tocar, no qual o cara estuda as regras de improviso e então não precisa mais ficar sentado pensando em todos os aspectos da composição, apenas da ineração entre as notas que ele toca e o que a base está tocando no momento. Aqui vc surtou loucamente novamente.

Amigão, eu não sei que tipo de musica você ouve, mas respeito o seu gosto mas realmente discordo de 99% do que vc escveveu, mas como diz o ditado cada um no seu quadrado.

Deus te abençoe.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# abr/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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mateusstarling
Agora você dizer que o improviso é um coisa desnecessária isso para mim soa como precisar de um padre para se confessar diante de Deus.

O que eu quis dizer com isso é que sem improviso você faz uma música completa, mas só no improviso não.
Se você não determinar algo antes, não tem como tocar em conjunto.

O improviso é libertador e a essência do jazz é o improviso e com certeza é um fator fundamental para todos aqueles que desejam tocar jazz, pode sim não ser um fator fundamental em muitos outros estilos de musica.

Discordo sobre o "fundamental". Qualquer estilo pode ser tocado sem improvisos.

MAs se você é um instrumentista e não sabe improvisar vc é um cara limitada

Ok. Mas quem não é limitado? Todo mundo é limitado em algum aspecto. Julgar que o improviso seja mais importante do que qualquer outro conhecimento é meramente arbitrário, o improviso é apenas um aspecto como qualquer outro.
E arbitrário por arbitrário, eu acho muito mais importante o cara saber compor do que improvisar.

Para mim é quase sempre o oposto.

Poxa, então não sei o que você ouve de música sem improviso... (ps: estou falando de solos em geral, em qualquer instrumento).

Rapaz, realmente você nunca ouvir jazz na sua vida. Volta 60 anos no tempo ouça Miles DAvis, Coltrane e vc vai ter uma aula do que é interação no improviso. No improviso acontecem coisas inusitadas que ficam naquele momento e que depois não tem mais sentido reproduzir, isso é magia do improviso.

Como eu disse no meu post, eu sei que é possível sim ter interação num improviso, mas ela é limitada, se em comparação com uma composição, onde você pode pensar em cada aspecto de todos os instrumentos.

Uma só mente pensando em tudo você pode ter idéias que passem de um instrumento a outro, agora, duas pessoas pensando separadas, digamos que o guitarrista comece uma idéia que precisaria ser terminada (ou respondida) pelo contrabaixo, se ele não combinou com o contrabaixista, esta idéia jamais poderá ser completada. Entende o que eu quero dizer?

Por este exemplo aí temos um amplo espectro de idéias e interações que não podem ser realizadas em improviso, o que torna o improviso mais limitado, neste aspecto, do que a composição.

Aqui vc realmente surtou e acho que ja respondi anteriormente.

Eu não surtei, leia o que eu escrevi ai em cima, talvez esteja explicando melhor o que eu quis dizer.

Aqui vc surtou loucamente novamente.

Poxa, não sei por que, você poderia apontar os pontos que não fazem sentido, para eu tentar explicar melhor o que eu quis dizer? Quem sabe com mais alguns posts eu consiga expressar o que eu acho de maneira mais compreensível.

Amigão, eu não sei que tipo de musica você ouve

Meu nick não deu uma pista não?

Abraços!

mateusstarling
Veterano
# abr/11
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Die Kunst der Fuge Vamos lá, infelizmente eu vou tentar resumir aqui porque estou meio sem tempo, mas primeiramente eu respeito a sua opnião mas acho que vc subtraiu algumas coisas importante do meu texto.
Existem basicamente 2 tipos de instrumentistas Eu comecei falando sobre instrumentistas. Existe musicos instrumentistas mas existem musicos que são arranjadores ou que são compositores e que não tem interesse em improviso, estão envolvidos em outra esfera da música, por isso eu me restringi a "instrumentistas". Acho que no dia de hoje se você é um "instrumentista" e você não sabe improvisar você dificilmente vai conseguir viver de musica, a não ser que vc exploda com uma banda.
Vc vai para ume studio gravar e não sabe improvisar? Vai chegar pro produtor e dizer: "Espera meia horinha ai para eu fabricar um solo"? Ou então você vai ser sideman de um artista e na hora do ensaio vc vai chegar pro cara e dizer: "Deixa o espaço do solo em branco que semana que vem eu trago alguma coisa feita"?
Acho que vc esta confundido o papel do instrumentista no mercado de trabalho. VC pode ser sim um instrumentista e ser arranjador, compositor e etc, mas se quiser viver como instrumentista vai ter que saber se virar num improviso, não tem jeito, se não uma hora a mascara cai.
Discordo sobre o "fundamental". Qualquer estilo pode ser tocado sem improvisos Me cita um instrumentista de jazz que não sabe improvisar por favor.

Ok. Mas quem não é limitado? Todo mundo é limitado em algum aspecto. Julgar que o improviso seja mais importante do que qualquer outro conhecimento é meramente arbitrário, o improviso é apenas um aspecto como qualquer outro.
E arbitrário por arbitrário, eu acho muito mais importante o cara saber compor do que improvisar.

Eu ja respondo essa pergunta, acho que realmente vocÊ não esta conseguindo compreender a diferença entre o cara ser um instrumentista e um compositor. O instrumentista que não sabe improvisar é mais limitado que um instrumentista que sabe improvisar, esse é o ponto.
eu sei que é possível sim ter interação num improviso, mas ela é limitada, se em comparação com uma composição, onde você pode pensar em cada aspecto de todos os instrumentos.
Acho que vc esta confundido interação com arranjo. Arranjo é arranjo ta ali para ser reproduzido, outra coisa é vc conseguir improvisar e conseguir engajar a banda a tocar junto contigo, isso ai é outro nivel.
Uma só mente pensando em tudo você pode ter idéias que passem de um instrumento a outro, agora, duas pessoas pensando separadas, digamos que o guitarrista comece uma idéia que precisaria ser terminada (ou respondida) pelo contrabaixo, se ele não combinou com o contrabaixista, esta idéia jamais poderá ser completada. Entende o que eu quero dizer?

Sim, eu entendi, e por isso que eu estou dizendo que vc não conhece nada de jazz porque isso é a essencia do jazz, durante o improviso estar aberto a responder ao que o solista esta fazendo....
cara eu rpeciso sair,mas eu percebi que vc não tem referencia de improviso, principalmente no jazz para entender algumas coisas que eu estou dizendo, mas depois eu volto ai.
Abs e fica com Deus,
MAteus

Die Kunst der Fuge
Veterano
# abr/11
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mateusstarling

Acho que tá cada um falando uma língua diferente, porque pelas suas respostas você não entendeu o que eu quis dizer.

Óbvio que eu to levando em conta que estamos falando de instrumentistas.

Quando eu voltar vou reescrever novamente e tentarei ser mais claro.

Matheus Vengeance
Veterano
# abr/11
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q porra de discursão hein !? um monte de dissertações aqui!


nao lerei mais :/ pqp

jberbetz
Veterano
# abr/11
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No improviso acontecem coisas inusitadas que ficam naquele momento e que depois não tem mais sentido reproduzir, isso é magia do improviso.

Essa magia é o que há mesmo ;)

Loues
Veterano
# abr/11 · Editado por: Loues
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mateusstarling
Primeiro parabéns pelo texto, tu escreve bem, cara!

Segundo, acho que isso da importância do papel do improviso depende também do tipo de músico que a pessoa quer ser, em estilos como o jazz, o blues, e até o rock, por exemplo, o improviso é uma parte bem importante...

Mas como Die Kunst der Fuge bem falou ali, tem muitos aspectos na música, e qual é o mais ou menos importante pra estudar? Eu acho que cabe a cada um descobrir e decidir por si... Depende do que a pessoa quer fazer, onde ela quer chegar, sabe?

Quem gosta de um bom improviso, acho que curte pela espotaneidade, a famosa "magia do momento", por uma idéia inspirada que sai por acaso, pelo diálogo, pelo momento, é uma música dinâmica, flexível, diferente a cada execução(os bons improvisos eu gosto por isso)... Não por aqueles improvisos estilo exercício de padrões e escalas, ou aqueles improvisadores autistas que igonoram o público e a banda. Pra mim, esses não são improvisos de verdade.

Por outro lado, o aspecto da composição é muito legal também, o compositor investe tempo pra desenvolver as idéias e montar alguma coisa legal, o resultado acaba sendo algo mais trabalhado, fica uma coisa mais fina... As idéias são a matéria prima, e o compositor transforma a materia prima numa obra de arte. Compondo com mais tempo dá pra deixar a obra do jeito que a gente quer...



Eu acho que faz falta, principalmente pros amadores, entender o verdadeiro sentido de improvisar, pra quem quer improvisar (não ficar decorando padrão e soltar um atrás do outro).

Pra quem já vai pro lado erudito da força, e esta começando num instrumento, acho que o foco é bem forte na interpretação, e a composição é vista como um campo meio separado. Eu pessoalmente ainda tenho vontade de estudar alguma coisa de composição, de criar alguma coisa, que é algo que acho muito legal... será que é muito difícil, aprender as duas coisas, eu acho que vale a pena tentar... Acho que poderia haver mais gente na fronteira entre instrumentista/compositor

Finalmente, pra uns ainda existe é falta de maturidade musical mesmo, falo do tipo de cara que usa a música pra tocar um instrumento e não o instrumento pra fazer música.



PS.:Essas considerações que eu fiz é principalmente de quem é músico amador, baseado no que eu conheço sobre isso, que fique bem claro... O meio profissional eu já não conheço muito, então não vou falar...

PPS.:Quem é preguiçoso pode ler só os sublinhados/negritos

cordassi
Veterano
# abr/11
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Igual a gosto, é uma coisa muito pessoal, gostar que o artista improvise, ou não, gostar de ver um ao vivo igualzinho ao cd.

Por exemplo, eu gosto muito da Sultans of swing de estudio, mas aovivo acho muito mais interessante aquele solo final gigante e improvisado
Já meu pai, ao contrário, acha um crime improvisar ao vivo e gosta como tá no cd.

beu
Veterano
# abr/11 · Editado por: beu
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Matheus Vengeance
nao lerei mais

alguém pediu pra vc ler?




Die Kunst der Fuge

Vejo caras, profissionais inclusive, que ou despejam licks manjados do estilo que estão tocando, ou até têm idéias boas mas não as desenvolvem.

eu acho q vc se atém muito aos exemplos de improvisos q lhe convém. o fato é q vc nao gosta de improviso e isso está a um passo do preconceito e suas conclusoes convenientes

uma discussao entre um musico erudito e um jazzista. Infelizmente me parece q é vc q nao consegue enxergar as qualidades do outro lado da moeda. Vc falou bem das qualidades da musica erudita, pre-composta, mas o seu erro é justamente usa-la como parametro para discutir o jazz.

eu aprendi a apreciar a qualidade dos dois

beu
Veterano
# abr/11
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bach sabia improvisar como outros grandes compositores classicos

miles davis ia à biblioteca estudar partituras clássicas e nao entendia como outros jazzistas nao se interessavam nesse conhecimento

F.BankZ
Veterano
# abr/11
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Solos nascem de improvisos.

nada mais a declarar.

Velvete
Veterano
# abr/11
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Vamos aumentar a polemica e transcender a discussão...

Jack Kerouac não é literatura?
Apenas as metricas perfeitas são exemplos da arte escrita?
Fluxo de consciencia não serve para nada e Ulisses de James Joyce seria um lixo?

Amigos,

Se gostamos de esteticas diferentes isso não desvaloriza a arte como um todo.

O Erudito tem o seu valor indelevel na historia da musica e vai continuar existindo (tomara).

O jazz trouxe inovações musicais (e socias) importantissimas que transmitem energia, calor e sentimento - assim como a musica romantica de Wagner tambem tras suas sinestesias.

Se ha um duelo de gigantes aqui entre a Musica Classica e a Popular (jazz) creio que sera improduivo esse topico.

Agora, se vamos discutir estetica, a arte, musicalidade, a catarse, o sentimento das pessoas seja na elaboração como na manifestaçao irracional-passional ai sim valera muito a pena.

Por fim,

Me despeço sem querer parecer o Rock Progressivo com um pezinho no Chopin e outro no Coltrane.

Abraços

SmugShooter
Veterano
# abr/11
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Saber improvisar é importante sim, mas não vejo isso como uma "solução" ou algo superior...

Eu sinceramente odeio essas bandas que chegam numa musica que tem solo e o cara fica la improvisando por 30 segundos algo sem graça.

Voce ja conhece um solo incrivel do album e vai ao show querendo ouvir ele ao vivo, mas ai chega o bonzão e toca algo que voce não conhece e muitas vezes não passa de licks repetitivos que só impressionam os leigos.

esse termo "solo pre fabricado" soa extremamente como algo pejorativo, não existe NADA de errado o cara planejar um solo, principalmente quando esse planejamento envolve conhecimentos teoricos (ou "lapidar" o solo).

Isso ficou parecendo aqueles topicos onde o cara que toca lento e faz careta menospreza os fritadores.

mateusstarling
Veterano
# abr/11
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Beleza galera, obrigado pela participacao de todos.
Vamos voltar ao segundo grau e fazer uma interpretacao do texto.

Existem basicamente 2 tipos de instrumentistas
Me refiro a instrumentista, nao a compositor, arranjador. Vc pode ser todas as coisas mas o intuito do texto 'e falar sobre instrumentista.

Bem, se você é um músico erudito o ponto forte da sua carreira certamente não será se tornar um improvisador, ha outras coisas mais importantes como interpretação e leitura, porém se você é guitarrista possivelmente seu interesse é a música popular, e nisso eu incluo tudo o que não seja erudito (rock, jazz, musica brasileira, country e etc.).
Analisando o trecho acima deixei claro que existem instrumentistas que nao necessitam se tornar improvisadores.


Não estou falando que improvisar é o que há de mais supremo na carreira, não me entendam mal, existem muitas coisas importantes que o musico precisa dominar para ser um profissional, mas para não sair do propósito temático aqui vamos nos conter também a esse importante tema que é a improvisação como necessidade musical.
O trecho acima creio que que nao precise de nenhuma interpretacao, ou seja, existem sim coisas muito importante alem da improvisacao mas o texto foi feito para falar especificamente sobre improvisacao e a importancia desse tema.


Vamos aos fatos. Não há crime algum nisso, cada um faz o que quer, mas como músico profissional você precisa investir o seu tempo em boas escolhas. O que vejo é que muitas pessoas passam anos pré fabricando seus solos e nunca aprendem verdadeiramente a improvisar.

Mais uma vez o texto acima 'e auto explicativo, nao tem problema algum em fabricar os solos, porem a questao 'e a sobrevivencia no mercado como instrumentista, 'e possivel viver como um instrumentista sem saber improvisar?
Muito dificil...3 situacoes distintas. A primeira 'e chegar num estudio e ter que criar um solo para determinada musica, segundo ser sidman de um cantor e ter que criar um solo em um momento que nao era predeterminado, terceiro pegar uma gig instrumental onde as pessoas trazem musicas que vc nao conhece e vc precisa improvisar vendo a cifra pela primeira vez. Enfim, todas essas situacoes que citei sao comuns e eu ja passei por todas e passo constantemente.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# abr/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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mateusstarling
Vamos voltar ao segundo grau e fazer uma interpretacao do texto.

Dá licença, mas achei que nós estivéssemos conversando aqui de igual pra igual, no entanto esta sua colocação foi ofensiva, assim como umas duas nos posts dirigidos a mim, que eu no entanto relevei.

Eu recomendo, portanto, que o senhor retorne ao segundo grau e também aprenda a interpretar textos, pois parece que você também tem deficiência nisso, assim como na lógica.

Tendo em vista sua atitude ofensiva, não tenho mais motivos para explicar o meu ponto de vista, portanto considero encerrada a minha participação na conversa [ou pelo menos eu achava que era uma]. Uma pena, pois eu havia pensado em uma forma de mostrar meus argumentos inclusive com exemplos, e pretendia enriquecer o tópico.

mateusstarling
Veterano
# abr/11
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Die Kunst der Fuge Nao me referi a vc quando disse que iria fazer um intepretacao de texto, e acho que peguei pesado mesmo nao me referindo diretamente a sua pessoa, me desculpem a todos que possam ter se sentido ofendido com minha colocação, mas fiquei um pouco estupefato no sentido de que as pessoas estao escrevendo exatamente o oposto daquilo que eu escrevi, parece que estão escrevendo sem ler.
Enfim, acho que ja passou da hora de me manter fora de polemicas gratuitas e foi por isso que por muitos anos me mantive fora de foruns e de comunidades. Mais uma vez desculpa a todos que se sentiram ofendidos. O FCC esta de parabéns pelo bom nível.

Deus abencoe a todos.
Grande abraço
Mateus Starling

brunoepronto
Melhor participante de jam
Prêmio FCC violão 2008
# abr/11
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mateusstarling
Belo texto, me identifiquei bastante com ele, e n se preocupe com opiniões divergentes, quando vc coloca alguém pra pensar acaba gerando algumas confusões de interpretação por parte de pessoas com pouca maturidade musical, continue com seus textos, são bem inspiradores, grande abraço.

Rabbit
Veterano
# abr/11
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Die Kunst der Fuge

Eu concordo com você e com o Mateus.

Acho que vocês estão falando de duas coisas diferentes.

Você está focando o seu argumento na música. A intenção do tópico e do Mateus, eu acho, foi mais para a qualidade do músico e não a qualidade da música.

Não quer dizer que quem não sabe improvisar não seja um músico de qualidade. Só que como músico de uma certa forma essa pessoa estará presa a necessidade de raciocinar pra fazer música. Onde quem improvisa não sente essa mesma necessidade.

Composição também tem muitos licks batidos. E as vezes os que não são batidos soam pior do que os que são. Inovação nem sempre significa melhoria.

Acho que o motivo do tópico não foi pra fazer comparações entre improviso e composição e sim mostrar as vantagens, no que diz respeito ao músico conteporâneo, de unir boa composição com um bom improviso.

Abraços

renatocaster
Moderador
# abr/11
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Hahaha, filosofia pura aqui neste tópico...Vão com calma, galera...o que é improviso, para vcs? Como o proprio nome diz, é um improviso! Um simples acorde de Dó maior pode um improviso; um simples riff de power-chord pode ser um improviso; Uma pequena frase baseada em uma escala qualquer tbm é um improviso; Um BEND é um improviso!!!

Toda música tem sua estrutura básica, correto? Então tudo aquilo que vc toca numa determinada música que não faz parte da sua estrutura básica, é improviso!!!

Estão colocando improviso aqui como se fosse uma coisa extraordinária, e não é bem assim...A forma de como vc conduz o improviso, a sua musicalidade e criatividade, isso sim faz a diferença na hora de improvisar.

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