Condor JC16 x Ibanez Artcore AG-75

    Autor Mensagem
    nichendrix
    Veterano
    # mar/09


    Enfim, o tópico é bem auto explicativo, eu não sou musico profissional, toco só com uns amigos, alguns musicos, outros professores de musica, outros como eu, só amantes que se dedicam a tocar de tudo um pouco no tempo livre.

    Eu tenho uma Gibson ES-135 semi-hollow body, e tinha uma Epiphone Joe Pass Full-Hollow, que vendi porque estava sem banda pra tocar jazz fazia um tempão e pra banda de blues e na de fusion a ES resolve melhor as minhas exigências.

    Eu sinto falta da minha Epiphone Joe Pass, e estou com um quarteto pra bricar um pouco com jazz e bossa, quero uma semi-acustica full body pra tocar Jazz (Wess Montgomey, Herb Ellis, Barney Kessel, Charlie Christian, Buck e John Pizzarelli, Tal Farlow e outros da velha guarda, basicamente swing e bebop), e eventualmente um Rockabilly no estilo do Brian Setzer (só pra brincar no meu quarto mesmo).

    Ambas estão na casa dos 1600, tocando nas duas, achei a JC-16 com mais som que as Artcores, sabe aquele grave de Gibson, mas não conheço a marca, Ibanez eu já sei que é sinonimo de qualidade, mas achei que faltava corpo nela, tipo, não dá aquele som de semi-acustica Gibson, é mais brilhante, meio que como uma Gretsh semi-hollow.

    Independente de qual comprar vou trocar os captadores pelos Seth Lover ou os Gibson Classic '57 (possivelmente Seth Lover na Ponte e '57 Classic no braço).

    De qualquer forma, gostaria de saber os prós e os contras das duas, antes de me decidir, se pudesse compraria uma Gibson ES-175 ou uma L-5CES, mas enfim, não dá pra dar mais de 10mil numa guitarra, especialmente uma que vai ser usada mais pra estudo ou pra brincar de ser musico.

    DaNaDo
    Veterano
    # mar/09
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    Cara, eu dei muita sorte hehe! achei a AG-75 pelo preço antigo na cidade vizinha... trouxe pra casa no ato!

    Na outra loja já tinha uma Condor JC 16, por 100 reais a mais que a Artcore ( já era preço novo ).Eu nem testei, fiquei apaixonado pela Artcore; sem contar sei que não existe intenção de comprar um instrumento já pensando em vender ( alías, eu não gosto de me desfazer... kkk só de somar, só de somar! ) mais a Artcore tem mais saída, com menor perda de preço na revenda... eu tenho um baixo condor aqui ( que não é BX12 é uma série bem superior um Jazz Bass antigo ) e é hiper, difícil vender ele! só quase "dando" pra fazer negocio

    Cara testa outro exemplar da Artcore, eu gosto do timbre da minha ( pena as coitadas virem com 0.10 HERESIA!!! kkk ). A minha já tá devidamente com 0.13

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09 · Editado por: nichendrix
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    DaNaDo

    Eu testei 1 JC16 e 3 AG-75 e 1 AF-95, a JC tem o timbre mais jazzistico que as 3 AG-75 e empata com a AF-95, eu gostaria de poder testar com um dos meus amps pra ver se é só a guitarra ou se foi influência dos amps, pq as Artcores eu testei em um amp até bonzinho (um Line 6 Spider que tinha na loja), já a Condor testei num Staner e em um Onner SS, e mesmo nesses amps pequenos e ruinzinhos ela tinha um puta som. Todo aquele grave que eu gosto tanto, e o braço dela é bem mais confortável.

    Não vou comprar pra revender, atualmente eu tenho 5 guitarras, e as unicas que vendi foram uma Jackson Soloist, uma Ibanez JEM com captadores Seymour Duncan (sim eu troquei, mas adorava o braço e odiava os evolution) e uma Epiphone Joe Pass. Todas pq na época estava bem aperreado por grana (saí do emprego e fiquei uns meses sem arrumar outro), se não eu não teria vendido, como agora sou funcionário público (não vou perder o emprego porque a empresa fechou), não tenho a menor intenção de vender nenhuma das minhas Eletric Ladies.

    A verdade a unica maneira de eu não comprar essa Condor é se alguém tiver um review falando mal da construção/qualidade/durabilidade, porque pelo som, ela ta melhor que as AG-75, e não estaria mentindo em dizer que prefiro o som dela ao som da minha antiga Joe Pass.

    Não é que o som da AG-75 seja ruim, pelo contrário, é muito bom, mas é um som mais "moderno", digamos que está mais pra Pat Metheny do que pra Tal Farlow, Barney Kessel e Wes Montgomery, que são mais minha praia.

    Acho que das Artcores que testei a unica que tem som tão bomquanto a Condor, pro tipo de musica que gosto, foi a AF-95, mas ela é 550 reais mais caro que a Condor, e a que vi, apesar de ter o som tão lindo quanto da Condor, não era tão bela.

    Mas fica a pergunta tb pros luthiers e jazzman de plantão, em termos de construção, qualidade, durabilidade e capacidade pra upgrades, qual das 3 é melhor: JC16, AG-75 ou AF-95????

    DaNaDo
    Veterano
    # mar/09
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    Mas fica a pergunta tb pros luthiers e jazzman de plantão, em termos de construção, qualidade, durabilidade e capacidade pra upgrades, qual das 3 é melhor: JC16, AG-75 ou AF-95????

    O Bertola sempre diz que são "equivalentes", mais vamos esperar o mestre se pronunciar!

    Cara, eu testei umas Condors uma vez mais eram linhas inferiores; essas novas melhoraram ainda mais, tão muito boas mesmo!

    Se você gostou da JC16 manda bala cara; e viva o Jazz \o/

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09 · Editado por: nichendrix
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    DaNaDo

    Pra não dizer que não achei nenhum problema nelas (tanto as Condor quanto as Ibanez), eu achei que os botões de volume e tonalidade atuavam muito pouco quando baixados até 4, mas do 4 pro 0 baixam muito rápido. Não sei se é o costume de usar a Gibson em que vc sente a mudança de forma bem definida por todo o percurso dos controles. Mas é o unico ponto a favor da Joe Pass em relação as duas.

    Sem contar que a Condor é Vintage Sunburst, já a AG era de um Marrom estranho, que apesar de não ser feio, pra mim não valoriza o tigrado do tampo dela. É engraçado, eu tenho 3 guitarras que são Sumburst e uma natural, só 2 tem cor não transparente, sempre testo vários modelos iguais, e não sei pq os Sunburst e Natural tem sempre o som melhor, sei que é viagem minha, mas parece q como a madeira vai aparecer, o pessoal procura uma madeira melhor, apesar de eu achar q é só impressão.

    DaNaDo
    Veterano
    # mar/09
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    Pra não dizer que não achei nenhum problema nelas (tanto as Condor quanto as Ibanez), eu achei que os botões de volume e tonalidade atuavam muito pouco quando baixados até 4, mas do 4 pro 0 baixam muito rápido. Não sei se é o costume de usar a Gibson em que vc sente a mudança de forma bem definida por todo o percurso dos controles. Mas é o unico ponto a favor da Joe Pass em relação as duas.

    Sem contar que a Condor é Vintage Sunburst, já a AG era de um Marrom estranho, que apesar de não ser feio, pra mim não valoriza o tigrado do tampo dela. É engraçado, eu tenho 3 guitarras que são Sumburst e uma natural, só 2 tem cor não transparente, sempre testo vários modelos iguais, e não sei pq os Sunburst e Natural tem sempre o som melhor, sei que é viagem minha, mas parece q como a madeira vai aparecer, o pessoal procura uma madeira melhor, apesar de eu achar q é só impressão.


    A Minha é dessas Brown Sunburst, confesso que as "naturais" eu acho mais bonitas... gosto do estilo peculiar da minha, alías nunca levei mto em consideração a cor, pra mim sempre o som e o acabamento vieram antes... mais oque você diz é pertinente, as vezes parece que a madeira escolhida para os acabamentos "naturais" são mais figuradas, ou estão em melhor qualidade afinal elas vão aparecer; só que não é sempre que isso acontece!

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09
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    DaNaDo

    Justamente por isso que eu disse que é uma impressão minha, sem base técnica, já que esse lotes de madeira são meio mais ou menos no mesmo padrão. Agora que é uma coincidência, isso é, raramente eu me ligo na cor, eu acho q guitarra é pra ter som, e não ser bonita.

    Então a cor só entra como critério de desempate entre dois instrumentos onde todo o resto é igualmente bom. Uma das guitarras com o som mais bonitos que já vi foi uma Les Paul na cor Worn Brown, que minha irmã decidiu como marrom cor de coc*.

    Enfim, ninguém tem mais contribuições pra dar a respeito das guitarras em questão? Especialmente na construção, madeiras utilizadas, qualidade, durabilidade, possibilidades de upgrades, etc?

    Vamos lá Bertola, por favor dê as caras por aqui e resolva essa duvida


    Mauricio Luiz Bertola
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix
    Cara, o que conta aqui é o seu teste. Vejo que vc testou as guitarras e percebeu um som mais "jazzístico" na JC16.
    Do ponto-de-vista da arte da lutiería, eu sempre procuro privilegiar as guitarras com acabamento "natural", cujas madeiras, de fato, são escolhidas por sua beleza. Nop mais, o padrão de construção (salvo diferenças individuais) são semelhantes entre essas guitarras.
    Assim, recomendo a compra da JC16 ou JC16BG.
    Abç

    Bombastik
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix

    fala meu camarada. já toquei nessa Jc-16 e possuo uma JC-160. sendo direto, preferi muito mais essas Condor do que outra marca que pude testar, Epiphone, Ibanez. o timbre "natural" dela parece combinar mais com o conjunto da guitarra, nem sei como explicar.

    a minha é bem antiga já, deve ter uns 8 anos ou mais (comprei mais ou menos em 99, 2000) mas soa bem até hoje. tem uns defeitos no acabamento. nos últimos dois anos começou a dar um problema na parte elétrica (switch dos pickups) mas nada que não possa ser facilmente resolvido. como vc pretende trocar os caps, deve ficar show de bola.

    prefiro as Condor tb pelo visual, mais clássico que as Ibanez. algumas Epiphones parecem ter acabamento melhor mas pelo preço, prefiro Condor mesmo.

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09
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    Mauricio Luiz Bertola

    Muito obrigado pela sua opinião, eu realmente gostei muito do timbre da JC16, a questão nem é de a JC16 ter um timbre masi jazzistico, as duas tem esse timbre, mas de uma forma sutilmente diferente, a Ibanez tem um som mais proximo das Gretsch ou das GB-10 com Mini-Humbuckers, que tem um som um pouco mais brilhante do que as antigas. É bem aquele som no estilo do Pat Metheny, Jophn Scofield ou do George Benson tocando de Ibanez, um som mais modernoso sem perder o tradicional de vista.

    Eu prefiro o som das Gibson L5CES ou das ES-175 ou das Full Bodies da Epiphones da decada de 60, que tem um som um pouco mais grave. O som do Tal Farlow, do Barney Kessel e do Wes Montgomery.

    Infelizmente não tinha o modelo com Bigsby (eu me amarro nesse tipo de alavanca, já tive a oportunidade de ficar quase 2 anos com uma Les Paul com Bigsby de um professor meu que foi fazer mestrado nos USA e deixou todo o equipamento dele pra eu cuidar). Enfim tempos bons aqueles, pq ele tinha 12 guitarras tops, e por quase 2 anos fiquei com 10 delas aqui em casa, porque só dava certo ele levar 2 e ele levou a 175 e a 335.

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09 · Editado por: nichendrix
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    Bombastik

    Ô cara, valeu, uma das pechinchas dessa Condor é vender em 6x, já q vou trocar os parafusos da coluna de novo, quero ao menos pegar ela como prêmio de consolação, heheheheheh.

    Switch é só fazer limpeza pelo menos uma vez por ano, as Gibson tb dão muito esse problema, mas a minha nunca deu pq 2x por ano levo ao Luthier pra limpar e fazer a manutenção geral. as regulagens do dia a dia eu que faço.

    Tu tem uns samples de audio da tua, pelo que vi são virtualmente a mesma guitarra, a que quero comprar eu só testei em amp carniça. Nem deu pra sacar o verdadeiro timbre dela.

    PS: respondi tuas perguntas acerca da G-400 Custom e da ES-135 naquele outro tópico.

    Bombastik
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix

    já tinha lido as respostas cara, valeu. só nao respondi porque não quis "upar" o tópico novamente, tudo já estava bem esclarecido. de qualquer maneira, agradeço de novo pelas informações.

    a JC-160 é aquela tipo 335, sem corpo gordo e não é full-hollow, tem o bloco central.

    o problema é que eu troquei os caps originais porque soavam horríveis. como toco mais rock e sons pesados do que outra coisa, ela está com uns caps hi-gain. ou seja, não rola aquele timbre limpo maravilhoso que vc procura - pelo menos na minha. o som mais limpo que tiro é numa praia blues-rock usando fuzz com volume baixado, então já viu... não acredito que vá te ajudar na referência sonora por conta disso. mas se quiser, posso gravar algo sim.

    mas no geral é aquilo que vc falou, é baratinha, parcelada fica bem tentador. e tem o mesmo nível das outras marcas coreanas na minha opinião. as mais novas que vi em lojas, eram bem mais bonitas que a minha.

    boa sorte na troca de coluna. abraço.

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09
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    Bombastik

    Cara, grava aí, é sempre uma boa... trocou direto por hi-gain? Uns Duncan Alnico II no braço com um Pearly Gates na ponte, não resolviam não?

    Aí na ponte vc tinha um bom pra sons mais nervosos com o Pearly Gates e um até legal pra tirar uns sons mais timbrosos de blues e jazz no braço.

    Bombastik
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix

    fala meu amigo. troquei os caps logo que comprei pelos hi-gain mesmo. mas são de marca nacional, baratinhos. era o que pude comprar na época e me serve bem ainda hoje, pro estilo que toco. apesar disso, tenho certeza de que se fossem uns Seymour Duncan eu estaria mais feliz...

    curto vários tipos de som, jazz inclusive (que nem me atrevo a tocar) mas preferi optar pelo som que eu tocaria mais. curto um som mais pesado e pra isso, uns pickups mais fortes seriam essenciais. já precisei tocar com um som mais limpo em algumas bandas e minha experiência teve uns pontos negativos. pra som limpo fica meio ruim, falta brilho e definição. eu compenso isso com as distorções (pedais) mas também preciso usar uma pra cada frequência. costumo ter sempre 3 distortion/fuzzes no meu set, um agudo, um médio e um bem grave. claro que isso não funciona pra tudo, eu não conseguia "aquele" som.

    essa deficiência acabou virando parte do meu som, mas confesso que estou ficando velho e sinto falta de um pouco de brilho e ataque. às vezes é legal tocar com um som mais vintage, clássico como blues. limpar a distorção no pot também é bacana e esses caps hi-gain não fazem isso muito bem.

    recentemente peguei uma guita com 490R e 490T, assim posso trocar de guitarra e usar menos pedais dependendo da situação.

    fiz a gravação hoje e espero que não se decepcione pela falta de qualidade. moro em apartamento, não posso tocar com amp em altos volumes. assim, tive que gravar com meu Korg Pandora, digital. procurei a simulação mais limpa possível mas ficou bem "clipado" em algumas partes. tb achei que soou meio embolado mas não consegui melhorar. as simulaçoes distorcidas já vem com certo brilho, não rola pra mostrar as diferenças de posição dos captadores.

    não tá ótimo mas acredito que dá pra notar o som básico da guita. pra comparar, gravei tb com o 490R e 490T. veja se soa parecido com a sua.

    bridge

    neck

    490R

    490T

    abraço.

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09 · Editado por: nichendrix
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    Bombastik


    Cara eu conheço bem os 490 da Gibson, porque uso eles na minha SG, eles tem um som bem próximo dos PAF, mas com uma sonoridade um pouco mais moderna, com um ganho um tiquinho de nada acima dos Classic '57. Eu gosto muito desses captadores, apesar de preferrir os C'57.

    Realmente o timbre dos teus PUs tem uma saída bem forte. mas eu gostei do timbre, especialmente do captador do braço, mesmo com ganho alto ficou bem legal, o timbre bem pesado e fechado eme surpreendeu legal, o da ponte é interessante, mas é mais proximo do que eu esperava. No geral eu achei o som dos 490 mais interessante, mas eu sou suspeito pra falar deles.

    Como eu tenho que ter um timbre eclético eu prefiro os PU com sonoridade mais vintage, quando tenho que tocar pesado toco com a minha Strato que é HSS. Nela eu uso um Pearly Gates na ponte (o da Seymour Duncan), e os Alnico Staggered no braço e no meio, outro dia testei um HS-3 no braço, até gostei do som mais pesado dele, meio entre single e humbucker, mas ele não casou muito bem com o Alnico então tive que tirar.

    Eu também gosto de tocar sons pesados, em termos de bandas, ao longo da vida eu já tive um pouco de tudo, bandas de jazz, blues, bossa, mpb, rock and roll, hard rock, metal, até punk e hardcore, nenhuma delas foi muito pretenciosa, só uma desculpa pra ficar tocando, já que amo tocar e amo a musica mas sem pretenções de ser musico.

    Eu em geral toco de tudo um pouco, o Jazz é mais uma brincadeira que veio de quando eu tocava saxofone, por causa das minhas cirurgias na coluna, minha capacidade de expansão da caixa toraxica é mais limitada, então eu praticamente tive que deixar de tocar sax (ainda toco, mas o folego não dá pra muito tempo tocando, então é mais pra matar a saudades). Como no sax o jazz é o estilo que se estuda com mais frequência, quando troquei o sax pela guitarra, comecei tocando jazz e blues, que era familiar com esses estilos por conta do sax.

    Minha formação (até por influência da minha familia) é mais rock and roll e blues, mas não tem como comecei a tocar sax com 8 anos e toquei até os 17, não tem como deixar o jazz de lado. mas no geral eu termino ouvindo muito de tudo que é estilo, porque sou defensor da teoria do B.B. King, "musica não tem estilos, só existem dois tipos, a boa e a ruim" e isso existe em qualquer estilo e em qualquer lugar.

    Por isso além da minha banda de blues/blues-rock, eu também estou com dois projetos menores e menos pretenciosos pra brincar com jazz, bossa, e até uma pitada de fusion (sem enveredar pela vertente mais fritadora do fusion).

    Mauricio Luiz Bertola
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix
    Cara, vc citou a Gretsch, que é uma referência em semi-acústicas. Eu sou amigo do Dino Rangel (grande guitarrista aqui de Niterói), e ele tem uma Gretsch antiga verdadeiramente sensacional!
    Abç

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09 · Editado por: nichendrix
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    Mauricio Luiz Bertola


    Pois é, 10 anos atrás meu professor de guitarra na época, que é professor da FEderal daqui e amigo de infância do meu pai, foi pros USA fazer Mestrado em Composição (ele já tinha mestrado em educação orientada à musica), como ele tem um home studio, ele não poderia levar os equips dele todos, e como ele me conhecia desde criança, e eu já fazia a manutenção mais basica dos equips dele (limpar, trocar corda, regular oitava, as regulagens mais simples no braço, etc), ele deixou a chave da casa dele e do estúdio pra eu abrir pra diárista e pra eu fazer a manutenção nos equips dele. Quando ele foi ele só levou a ES-175 e a Es-335 dele e um Fender The Twin.

    Ele tem muito equipamento no home studio dele, Amps Fender, Marshall, Mesa Boogie, Vox, Rolland e um amp verde que era do mesmo modelo usado pelo Robert Cray. Eram 12 guitarras entre Gibson, Gretsch, Fender, Ibanez, Parker e Rickembacker... fora os pedais. Enfim eu fiquei cuidando de 35 anos de equipamentos dele por quase dois anos com acesso ilimitado a isso tudo e com autorização dele, trouxe muita coisa pra cá pra casa, durante uma época em que teve uma onda de assaltos no bairro dele enquanto ele estava fora.

    Entre as guitarras que eu gostava muito de tocar estava uma Gretsch 6120, o som dela é perfeito, é guitarra indo e vindo, e é legal que é muito boa tanto pra tocar jazz, como rock and roll dos anos 50. Simplesmente perfeita. Mas ainda preferia o som da ES-175 dele. Mas pirei mesmo foi quando ele voltou e trouxe uma L5 dos USA, aí sim é A GUITARRA pra tocar Jazz.

    EDIT:
    Achei o amp na net, é um Matchless Chieftain, que o dele veio com o Curvim verde.

    http://www.matchlessamplifiers.com/index.shtml

    Mauricio Luiz Bertola
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix
    Só coisa fina cara!!!
    Você realmente sabe das coisas!
    Abç

    DaNaDo
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix

    Cara se ficou com um arsenal durante 2 anos; agora a L5 é divina;

    Como diria aquele personagem: "Espera pra tú ver", um dia a gente chega lá! :D

    Bombastik
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix

    que bom que serviu de alguma coisa esses samples. a próxima vez eu vou tentar gravar de forma melhor, quem sabe com amp microfonado.

    agum dia vou tentar tocar jazz tb, fazer umas aulinhas né. gosto muito de John Scofield, Wes, DJango, Charlie Christian. mas não consigo tocar esse sons, acho foda. é uma linguagem que não domino.

    conheci um camarada que dá aulas justamente de guitarra jazz, esse ano sem falta eu acredito que começo. aí só preciso pegar de volta minha Schecter Jazz-6 e estudar.

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09 · Editado por: nichendrix
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    Mauricio Luiz Bertola

    Bertola, hoje surgiu uma nova dúvida, eu fui na loja que tem a JC-16, e lá tinha um RFL-710, eu achei o som dela bem legal também (é praticamente o mesmo da JC-16, mas enfim lá só tem amp carniça, logo não dá pra dizer com 100% de certeza), mas tem uma pequena diferença de preço entre elas.

    O que você pode me dizer dessas duas guitarras e qual das duas é mais vantajosa?

    Só coisa fina cara!!!
    Você realmente sabe das coisas!
    Abç


    Cara eu não diria que eu sei de muita coisa não, eu acho que eu pude experimentar bastante em coisas muito boas por conta dos professores que tive. Então boa parte do que eu sei nem é por conhecimento técnico, muitas vezes é algo totalmente empirico, mais sentido e experimentado do que realmente estudado de forma sistemática. Em uma analogia, eu diria que minha formação no instrumento é algo como uma colcha de retalhos, um monte de pedaços diferentes pregados uns nos outros, enquanto o cara que estuda direitinho de forma sistemática tem algo mais uniforme.

    Nunca fui pra escola de musica propriamente dita, mas meu pai era professor de Contabilidade da Federal, então terminou que muitos dos amigos dele que eram professores do curso de musica foram meus professores, porque eu enchia o saco deles pra me ensinarem alguma coisa. Mas eu nunca peguei aula com eles de forma sistematizada, via algum deles tocando algo que me despertava o interesse, ia atrás de tentar aprender, aquilo.

    Tanto que minha educação musica é toda maluca, comecei tocando jazz, depois metal, depois pop, depois rock, depois punk, depois rockabilly, voltei pro jazz e terminei tocando blues.

    Mas isso teve uma vantagem, eu não me prendi a um paradigma ou a um estilo, posso até não ser excepcional em nada, mas também dou conta de tocar sem medo qualquer estilo. Como diz um amigo meu (e que tem me dado umas aulas ultimamente): "Não importa se você é um iniciante ou um musico famoso, o que importa é ter segurança do que vc sabe e fazer seu som tranquilo."

    Nesse ponto eu sou bem seguro da minha mistura, as vezes exótica. Por isso sempre toco com os professores da Federal, nem tanto por ser bom (ao menos não da mesma maneira que eles que são profissionais), mas porque como aprendi um pouco de tudo e sou bem seguro, eles terminam me chamando pra tocar com eles.

    No fim, qualquer estudante sério de escola de musica sabe tudo que eu sei em 1/3 do tempo e provavelmente ainda usaria de uma forma mais interessante.

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09
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    DaNaDo

    Cara, nem fale, a L5 é A Guitarra pra Jazz, é a guitarra do Wes Montgomery, do Tal Farlow e do Herbie Ellis. Precisa dizer mais que isso? E com o tone do captador do braço no 0, plugada em um Bassman ou em um The Twin é simplesmente divina.

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09 · Editado por: nichendrix
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    Bombastik
    Cara, tu com uma Jazz-6 falando de Condor??????... hehehehehhehehe


    Bixo, eu sou pouco indicado pra falar, primeiro pq por ter começado muito cedo no sax, onde o jazz é o principal estilo e eu cmecei aos 8 anos de idade. Mas eu não acho jazz bixo de 7 cabeças não, até é se vc quiser virar um Scofield ou um Pat Metheny, com toda a técnica certinha, o conhecimento teórico e tudo mais.

    Um lance sobre o jazz é que o pessoal já quer começar com o Pat Metheny, o Charlie Parker, o Tal Farlow, o Wes, o Django. Isso é como começar a tocar rock tirando musica Steve Vai. Existe uma falta de informação sobre o estilo e sobre como progredir ele, tanto no ouvir quanto no tocar.

    Nesse ponto ter aprendido sax primeiro me ajudou, porque no sax vc pega jazz desde o começo, mas começa por standards mais simples, Coisas como Autum Leaves, Love is a many splendored thing, This can't be love, trilhas sonoras de filmes (que usaram muito o jazz), boa parte dessas musicas fazia parte do repertório de big bands e não são tão complexas pra o iniciante do estilo. No sax vc começa pelos mais simples em parte porque não existe pattern, então tocar rápido é muito mais uma questão de conhecer todas as notas e pensar rapido do que uma questão mecanica.

    De certa forma o que elas fazem é ir introduzindo a pessoa ao vocabulário básico do estilo, que até o Bebop era relativamente simples, sem grandes viagens e virtuosismos técnicos. Dessa forma, vc vai fazendo a progressão certinha, o passo a passo, pois a partir do Bebop o bicho começa a pegar e o salto em requesitos técnicos pra tocar sobe bastante.

    E o que você vai ver é que esses mesmos temas para iniciante, tiveram versões mais complexas depois, se tu ver a Caravan do Wes, tecnicamente é outro mundo comparado com o basico dela, e olha que ela, no original já é bem complexa (o original está mais pra Brian Setzer do que pra Wes). Autum leaves do Tal Farlow é completamente viajante, e isso só pra me manter nas versões guitarristicas, pq se for fuçar os outros instrumentos aí a viagem é total.

    Mas com 1 ano estudando direitinho, 1h por dia, vc consegue uns resultados bem legais, já dá pra tirar uma onda com os amigos.

    Eu recomendo uma série de livros da Ed. Alfred escritos pelo Jody Fisher que são bem legais e tem 4 livros, Iniciante, Intermediário e dois livros avançados, um pra improvisação e outro pra Chord-Melody (tocar a melodia, o ritmo, a harmonia e o baixo ao mesmo tempo).

    Formalmente, essa é toda minha educação de guitarra jazz, de resto é só tirar musica e tocar junto com quem sabe (os outros livros de jazz que corri atrás são sempre relacionados a repertório e não a teoria e técnica).

    Outra vantagem desses livros é que a proposta deles é ser simples, então nada de explicações teóricas cheias de confusão, ele é bem didático e parte do pressuposto que tu não sabe nada do estilo. A maioria dos professores professores acham ele é pratico demais e sempre reclamam que poderia ser mais denso de teoria, mas a proposta de ser um passo a passo, é bem interessante, ao menos pra mim, e até as lições são sequenciadas dessa forma.

    E dá pra cobrir os dois primeiros livros em 1 ano treinando 1h por dia, ao menos foi o que eu fiz, se treinar mais cobre até os 4. Dos avançados eu achei o livro de Chord-Melody o unico que me exigiu ir atrás de um professor mesmo, mas no fim apesar de achar um barato, eu nunca consegui ficar muito bom nisso, mas dá pra brincar sem passar vergonha.

    Aqui vão os livros no site da Freenote:
    Beginning Jazz Guitar
    Intermediate Jazz Guitar
    Mastering Jazz Guitar - Improvisation
    Mastering Jazz Guitar - Chord Melody

    A dica está dada, quem sabe um dia eu não aprendo a fazer as Jams por aqui e a gente toque alguma coisa.

    Mauricio Luiz Bertola
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix
    Cara, eu não conheço essa RFL-710.
    Abç

    Bombastik
    Veterano
    # mar/09
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    nichendrix

    opa. valeu pelas dicas irmão.

    eu meio que "doei" a Jazz-6 pra um amigo meu, depois me arrependi. tinha um som e pegada maravilhosos. eu usava pra tocar só blues mas preferi ficar com a Condor, mais roqueira e rebelde hehehe.

    ando meio mal de grana nos últimos anos, não tenho comprado nem cordas direito. "namorei" uns livros sobre guitarra jazz um bom tempo mas nunca pude compra-los, afinal são um bocado caros.

    eu entendo esse lance do jazz pra iniciantes, intermediários e avançados, é verdade mesmo. mas é que curto jazz bem por cima, não posso dizer que sou profundo conhecedor. gosto de uns guitarristas mas não todos. gosto de outros caras tb, Count Basie, Wynton Marsallis. o foda é que basicamente, acho tudo muito parecido ou seja, é tudo muito complicado pra fazer aquele esquema de tirar só de ouvido. eu tirava umas duas músicas do Wes mas o que eu queria mesmo era entender o lance, saber improvisar sobre mudanças complexas de acordes, acompanhamento, etc. como aprendi a tocar sozinho, tenho uns "vícios" que me fazem achar que tudo é mais fácil na orelha mas jazz é jazz...

    estou planejando poupar mais esse ano e quem sabe inicio meu aprendizado, com livros ou professor. é um pouco complicado pra quem não vive de música ficar investindo continuamente nessas coisas mas sem dúvida eu vou tentar quando a situação melhorar.

    nichendrix
    Veterano
    # mar/09
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    Bombastik

    Cara como eu disse, muito disso vem do fato de conhecer pouco o estilo, a medida que vc acostuma o ouvido as coisas vão melhorando.

    No caso os livros que indiquei estão relativamente baratos, o mais caro não chega a 100 reais.

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