Pequeno tutorial sobre os Modos Gregos (Teoria x Prática)

Autor Mensagem
STRONGHOLD
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista

Nossa véi 0o Tu não tem noção do quanto me ajudou ^^ MTOO obrigado msm! E é Bm e depois B, por isso da minha dificuldade(mas pelo menos o ritmo ta legal^^),. Eu tava querendo trocar alguns acordes para encaixar melhor no CH, mais não dão o mesmo efeito. . . Vlw !
O que eu não gostei foi o teu tópico não ter sticky ¬¬

Carina K
Veterano
# out/08
· votar


Realmente tem que por stick

El Musicista
Veterano
# out/08 · Editado por: El Musicista
· votar


STRONGHOLD
Carina K

Valeu gente pelo apoio...

Com relação ao sticky, o jeito é aguardar os "moderas".

Mas o mais importante, é que o tópico tenha sido útil p/ vocês.

Forte abraço!

Floyd N Roses
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista
Nossaa...explicação PERFEITA....agora eu intendi TUDINHO!!! 8D

Vlw mesmo...sua contribuição é muito grande!!! ;D

Abraço!!!o/

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Floyd N Roses

Valeu velhinho! Obrigadão mesmo!

Até a próxima!

Alex_Guitar
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista
Camarada...
A única coisa a se fazer é bater palmas mesmo.
CLAP, CLAP, CLAP, CLAP !!!
Putz, parabéns mesmo pelo tópico !!!

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Alex_Guitar

Valeu parceiro! Muito obrigado velhinho!

É muito gratificante ter o reconhecimento seu e da galera do FCC...
Espero poder contribuir muito ainda, mesmo com o pouco que eu sei sobre o assunto. Tenha certeza que o que eu puder compartilhar com vocês, certamente o farei.

Obrigadão mesmo! Até a próxima!

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista
Magoado? Pô cara, de maneira nenhuma. Talvez eu tenha me expressado mal. De fato, as escalas são as mesmas, porém, a intenção, emoção, o sentimento que cada modo passa é diferente. C jônico causa uma determinada emoção, sentimento em alguém, já o Dm dórico, apesar de ser a mesma escala que o C jônico, tende a causar uma emoção, um sentimento diferente.

Peço desculpas por ter me expressado mal, e pode ter certeza que jamais me passou pela cabeça esse sentimento de mágoa. Tudo em Paz!


Cara, não falei isso pra você e sim pro Dogs2.

Estávamos conversando sobre isso noutro tópico...

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


guilhermerizzo

Sorry man! Nem reparei.
=\
Heheheee!!!

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista

Parabéns aí pela explicação clara sobre o assunto. Eu voltei a fazer aulas e estou passando por uma revisão dos modos da escala maior, harmõnica e melódica.

Acho que muita gente aqui não sabe como aplicar os modos na hora de improvisar, apesar de docorarem as escalas etal...

O seu tópico ajuda bastante.

Uma coisa que pode ser colocada para ajudar ainda mais é a substituição modal:

1 - Substituir o jônio pelo Lídio
2 - O eólio pelo dórico

e etc...

Além do que aplicar sobre cada família de acordes do campo harmônico, tipo:

1 - Mixolídio só se aplica ao acorde dominante
2 - Dórico só se aplica ao acordes menores

fui...

El Musicista
Veterano
# out/08 · Editado por: El Musicista
· votar


guilhermerizzo

Muito obrigado pelos elogios com relação ao tópico man! Obrigadão mesmo!

Então velhinho, eu pedi para a moderação me deixar editar o tópico para acrescentar algo mais nesse material.

Estou no aguardo deles agora.

Obrigado pelas sugestões! Muito bem pensadas.

Com relação à substituição modal, você se refere àquela questão do tipo:

O modo lídio apresenta as mesmas notas do modo jônico, com exceção de apenas uma nota. No modo lídio, o intervalo do quarto grau é aumentado (quarta aumentada: 4+), enquanto no modo jônico o intervalo do quarto grau é justo (quarta justa: 4) por exemplo:

Escala de C jônico: C D E F G A B
Escala de C lídio: C D E F# G A B

Seria isso? Se não fôr, dê um exemplo para que eu possa melhor compreende-lo.

Obrigado pela contribuição! Até a próxima!

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Obrigado moderação! Valeu pelo sticky!
=)

Carina K
Veterano
# out/08
· votar


Aew esticou o topico ^^ parabéns!
continue aumentando o tutorial pra nois xD

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Carina K

Opa. Vou aumentar sim.

Estou elaborando mais algum material para a galera.

Logo logo já está no ar.

Valeu! Até a próxima!

Guitar_RdS
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista
Cara, realmente mto bom o tópico criado e mais congratulações ainda pela disposição em tirar as dúvidas da galera. Eu já manjava essas paradas de modos aí, mas é sempre bom dar uma olhada de novo né?
Mais uma vez membros novatos botando moral na casa!

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Guitar_RdS

Valeu parceiro pela força!

Já estou preparando um novo material.
Está "no forno"...
Coloco ele p/ a galera daqui há alguns dias...

Obrigadão mesmo! Até a próxima!

Guitar_RdS
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista
Vou esperar pra ver se essa eu vou me dedicar a estudar, hehehe
Mas de qualquer forma boa iniciativa!

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Guitar_RdS

Valeu companheiro.

Acredito que hoje à noite, ou amanhã de manhã, o novo material que estou elaborando fique pronto.

Trata-se da memorização dos modos gregos, mas não pelos shapes, e sim pelos intervalos, de modo a facilitar a fluência na improvisação.

Espero que seja útil para a galera.

Valeu cara! Até a próxima!

El Musicista
Veterano
# out/08 · Editado por: El Musicista
· votar


Bom dia galera.

Desculpem a demora. Montei mais um pequeno (pequeno?!) tópico, de modo a dar uma espécie de continuidade ao material contido no 1º post. Espero que possa ser útil.

Memorização dos modos

Para iniciarmos este post, é interessante que nós separemos os modos maiores, dos modos menores, com base nas funções (graus) que cada modo assume dentro do campo harmônico.

Modos maiores

Modo Jônico (I grau);
Modo Lídio (IV grau);
Modo Mixolídio (V grau)

Modos menores

Modo Dórico (II grau);
Modo Frígio (III grau);
Modo Eólio (VI grau);
Modo Lócrio (VII grau)

Para facilitar (ou ao menos tentar facilitar) o entendimento do assunto, será utilizada a escala de C jônico quando tratarmos sobre os modos maiores e Am Eólio, quando tratarmos sobre os modos menores:

Modos maiores

*Para melhor compreender o assunto daqui p/ frente, é interessante que se tenha ao menos um pequeno conhecimento sobre intervalos.

Vamos relembrar o que já fôra dito sobre os modos gregos:

A escala de C maior é composta das seguintes notas:

I II III IV V VI VII
C D E F G A B

Assim como essa escala possui 07 notas, é possível utilizar 07 maneiras diferentes de executá-la, ou seja, existem 07 modos diferentes possíveis de serem trabalhados.

O que determina o modo sobre o qual você ira trabalhar é a harmonia sobre a qual você irá improvisar e/ou a nota que você desejar "enfatizar" em seu solo.

Vejamos então quais são os modos possíveis de serem utilizados, de acordo com sua função dentro do Campo Harmônico (I IIm IIIm IV V VIm VIIm(5b)):

I: C (Jônico): C D E F G A B
II: Dm (Dórico): D E F G A B C
III: Em (Frígio): E F G A B C D
IV: F (Lídio): F G A B C D E
V: G (Mixolídio): G A B C D E F
VI: Am (Eólio): A B C D E F G
VII: Bm(5b) (Lócrio): B C D E F G A


Como inicialmente iremos trabalhar com os modos maiores, temos:

I: C (Jônico): C D E F G A B
IV: F (Lídio): F G A B C D E
V: G (Mixolídio): G A B C D E F

Transformando essas notas em intervalos, temos:

I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
IV: Modo Lídio: T 2 3 4+ 5 6 7M
V: Modo Mixolídio: T 2 3 4 5 6 7

Ao compararmos o modo jônico com o modo lídio, temos:

I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
IV: Modo Lídio: T 2 3 4+ 5 6 7M

Percebem a diferença? Uma única nota diferencia os dois modos.

Se no modo jônico, a quarta é justa (4), no modo lídio, a quarta é aumentada (4+).

Se transformarmos esses intervalos em notas, começando pela nota C, temos:

I: C Jônico: C D E F G A B
IV: C Lídio*: C D E F# G A B

*É interessante ressaltar que o C é o IV grau da escala de G jônico (G A B C D E F#). Por isso é chamado de C lídio.

A essa altura do campeonato, podemos chegar a uma conclusão interessante:

- O modo lídio é o modo jônico com a quarta aumentada (4+):

I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
IV: Modo Lídio: T 2 3 4+ 5 6 7M

I: C Jônico: C D E F G A B
IV: C Lídio: C D E F# G A B

Ao compararmos o modo jônico com o modo mixolídio, temos:

I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
V: Modo Mixolídio: T 2 3 4 5 6 7

Percebem a diferença? Uma única nota diferencia os dois modos.

Se no modo jônico, a sétima é maior (7M), no modo mixolídio, a sétima é menor (7).

Se transformarmos esses intervalos em notas, começando pela nota C, temos:

I: C Jônico: C D E F G A B
V: C Mixolídio*: C D E F G A Bb

É interessante ressaltar que o C é o V grau da escala de F jônico (F G A Bb C D E). Por isso é chamado de C mixolídio.

Dessa comparação, podemos chegar a outra conclusão interessante:

- O modo mixolídio é o modo jônico com a sétima menor (7):

I: Modo Jônico: T 2 3 4 5 6 7M
V: Modo Mixolídio: T 2 3 4 5 6 7

I: C Jônico: C D E F G A B
V: C Lídio: C D E F G A Bb

Modos menores

Vamos relembrar outra vez o que já fôra dito sobre os modos gregos:

A escala de C maior é composta das seguintes notas:

I II III IV V VI VII
C D E F G A B

Assim como essa escala possui 07 notas, é possível utilizar 07 maneiras diferentes de executá-la, ou seja, existem 07 modos diferentes possíveis de serem trabalhados.

O que determina o modo sobre o qual você ira trabalhar é a harmonia sobre a qual você irá improvisar e/ou a nota que você desejar "enfatizar" em seu solo.

Vejamos então quais são os modos possíveis de serem utilizados, de acordo com sua função dentro do Campo Harmônico (I IIm IIIm IV V VIm VIIm(5b)):

I: C (Jônico): C D E F G A B
II: Dm (Dórico): D E F G A B C
III: Em (Frígio): E F G A B C D
IV: F (Lídio): F G A B C D E
V: G (Mixolídio): G A B C D E F
VI: Am (Eólio): A B C D E F G
VII: Bm(5b) (Lócrio): B C D E F G A

Como trabalharemos agora com os modos menores, teremos:

VI: Am (Eólio): A B C D E F G
II: Dm (Dórico): D E F G A B C
III: Em (Frígio): E F G A B C D
VII: Bm(5b) (Lócrio): B C D E F G A


Transformando essas notas em intervalos, temos:

VI: Modo Eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
II: Modo Dórico: T 2 3m 4 5 6 7
III: Modo Frígio: T 2m 3m 4 5 6m 7
VII: Modo Lócrio: T 2m 3m 4 5b 6m 7

Ao compararmos o modo eólio com o modo dórico, temos:

VI: Modo Eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
II: Modo Dórico: T 2 3m 4 5 6 7

Percebem a diferença? Uma única nota diferencia os dois modos.

Se no modo eólio, a sexta é menor (6m), no modo dórico, a sexta é maior (6).

Se transformarmos esses intervalos em notas, começando pela nota A, temos:

VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Dórico*: A B C D E F# G

*É interessante ressaltar que o A é o II grau da escala de G jônico (G A B C D E F#). Por isso é chamado de Am dórico.

A essa altura do campeonato, podemos chegar a uma conclusão interessante:

- O modo dórico é o modo eólio com a sexta maior (6):

VI: Modo Eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
II: Modo Dórico: T 2 3m 4 5 6 7

VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Dórico*: A B C D E F# G

Ao compararmos o modo eólio com o modo frígio, temos:

VI: Modo Eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
II: Modo Dórico: T 2m 3m 4 5 6m 7

Percebem a diferença? Uma única nota diferencia os dois modos.

Se no modo eólio, a segunda é maior (2), no modo frígio, a segunda é menor (2m).

Se transformarmos esses intervalos em notas, começando pela nota A, temos:

VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Frígio*: A Bb C D E F G

*É interessante ressaltar que o A é o III grau da escala de [/b]F jônico[/b] (F G A Bb C D E). Por isso é chamado de Am frígio.

A essa altura do campeonato, podemos chegar a uma conclusão interessante:

- O modo frígio é o modo eólio com a segunda menor (2m):

VI: Modo Eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
III: Modo Frígio: T 2m 3m 4 5 6m 7

VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Frígio*: A Bb C D E F G

Ao compararmos o modo eólio com o modo lócrio, temos:

VI: Modo Eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
VII: Modo Lócrio: T 2m 3m 4 5b 6m 7

Percebem a diferença? Apenas duas notas diferenciam os dois modos.

Se no modo eólio, a segunda é [u]maior (2) e a quinta é maior (5), no modo lócrio, a segunda é menor (2m) e a quinta é diminuta (5b).

Se transformarmos esses intervalos em notas, começando pela nota A, temos:

VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Lócrio*: A Bb C D Eb F G

*É interessante ressaltar que o A é o VII grau da escala de Bb jônico (Bb C D Eb F G A). Por isso é chamado de Am lócrio.

A essa altura do campeonato, podemos chegar a uma conclusão interessante:

- O modo lócrio é o modo eólio com a segunda menor (2m) e quinta diminuta (5b):

VI: Modo Eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
VII: Modo Lócrio: T 2m 3m 4 5b 6m 7

VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Lócrio*: A Bb C D Eb F G

É interessante ter esses intervalos não apenas no papel ou na cabeça, mas no braço da guitarra ou violão. Se nos ajuda (e muito) sabermos que nota estamos tocando numa melodia, também ajuda (e muito) saber qual é o intervalo em relação à tônica.

Vejamos dois exemplos. Um, referente aos modos maiores; outro, referente aos modos menores:

Imaginemos a seguinte harmonia, sobre a qual você deverá solar:

(D A D G A | D Am D G Am) D

"Dissecando" os acordes da segunda parte da base, temos:

D: D F# A
A: A C# E
G: G B D

Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:

D E F# G A B C#

Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de D maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de D. Por essa razão, utiliza-se a escala de D jônico, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de D.

"Dissecando" os acordes da segunda parte da base:

D: D F# A
Am: A C E
G: G B D

Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:

D E F# G A B C

Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de G maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de D. Por essa razão, utiliza-se a escala de D mixolídio, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de G.

Relembrando a harmonia que nos serviu de exemplo:

(D A D G A | D Am D G Am) D

Comparando a escala de D jônico (primeiro trecho da harmonia) com a escala de D mixolídio (segundo trecho da harmonia), temos:

I: D Jônico: D E F# G A B C#
V: D Mixolídio: D E F# G A B C

É importante que tenhamos não apenas o nome das notas memorizados na escala da guitarra ou do violão, mas também os intervalos, pois, se você fôr improvisar sobre a harmonia que pegamos de exemplo, e você souber onde localiza-se a sétima maior da escala de D jônico, você não terá muitos problemas ao improvisar sobre a base de D mixolídio, uma vez que, ao invés de você digitar a sétima maior, você vai digitar a sétima menor (que é imediatamente um meio-tom abaixo).

Agora imaginemos a harmonia seguinte, sobre a qual você deverá solar:

(Am G Dm C G/B | Am G D C G/B) Am

"Dissecando" os acordes da segunda parte da base, temos:

Am: A C E
G: G B D
Dm: D F A
C: C E G
G/B: (B no baixo) D G B

Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:

A B C D E F G

Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de C maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de Am. Por essa razão, utiliza-se a escala de Am eólio, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de C.

"Dissecando" os acordes da segunda parte da base:

Am: A C E
G: G B D
D: D F# A
C: C E G
G/B: (B no baixo) D G B

Se a dispusermos em uma reta essas notas que foram "dissecadas", teremos a seguinte escala:

A B C D E F# G

Percebe-se que este trecho da harmonia gira sobre a tonalidade (campo harmônico) de G maior, e o repouso desses acordes tende a acontecer no acorde de Am. Por essa razão, utiliza-se a escala de Am dórico, pois todas as notas originadas da "dissecção" dos acordes da base, fazem parte do Campo Harmônico de G.

Relembrando a harmonia que nos serviu de exemplo:

(Am G Dm C G/B | Am G D C G/B) Am

Comparando a escala de Am eólio (primeiro trecho da harmonia) com a escala de Am dórico (segundo trecho da harmonia), temos:

VI: Am Eólio: A B C D E F G
II: Am Dórico*: A B C D E F# G

É importante que tenhamos não apenas o nome das notas memorizados na escala da guitarra ou do violão, mas também os intervalos, pois, se você fôr improvisar sobre a harmonia que pegamos de exemplo, e você souber onde localiza-se a sexta menor da escala de Am eólio, você não terá muitos problemas ao improvisar sobre a base de Am dórico, uma vez que, ao invés de você digitar a sexta menor, você vai digitar a sexta maior (que é imediatamente um meio-tom acima).

Bom galera, p/ fechar esse material, vai um pequeno resumo do que já fôra falado acima, com relação à memorização dos modos. A transposição para os outros tons, fica por conta de vocês OK?

Modos maiores

Modo jônico: –
Modo lídio: modo jônico com quarta aumentada (4+);
Modo mixolídio: modo jônico com sétima menor (7);

Modo jônico: T 2 3 4 5 6 7M;
Modo lídio: T 2 3 4+ 5 6 7M;
Modo mixolídio: T 2 3 4 5 6 7;

Modo jônico: C D E F G A B
Modo lídio: C D E F# G A B
Modo mixolídio: C D E F G A B

Modos menores

Modo eólio: –
Modo dórico: modo eólio com sexta maior (6);
Modo frígio: modo eólio com segunda menor (2m);
Modo lócrio: modo eólio com segunda menor (2m) e quinta diminuta (5b);

Modo eólio: T 2 3m 4 5 6m 7
Modo dórico: T 2 3m 4 5 6 7
Modo frígio: T 2m 3m 4 5 6m 7
Modo lócrio: A 2m 3m 4 5b 6m 7

Modo eólio: A B C D E F G
Modo dórico: A B C D E F# G
Modo frígio: A Bb C D E F G
Modo lócrio: A Bb C D Eb F G

Bom galera, é isso aí. Esses "esqueminhas" me ajudaram bastante a entender o pouco que sei sobre os "temidos" modos gregos. Espero que este material possa ser útil para vocês. Qualquer dúvida, postem aí. Faremos o possível para tentar solucioná-las e juntos crescermos musicalmente.

Forte abraço! Fiquem todos com DEUS! Até a próxima!

EDIT: peço a gentileza de que, caso haja alguma incoerência nesse tópico, postem por favor mostrando onde está errado, para que possamos corrigi-lo, e sempre contribuir para o crescimento musical da galera. Valeu!

Dogs2
Veterano
# out/08 · Editado por: Dogs2
· votar


El Musicista
1- Agora falando em harmonia modal, supondo que vc queira compor uma música em Dó Lídio, que acordes vc usaria que teriam a função dominante e subdominante?
2- Você tá usando como parâmetro pra determinar o conceito de escala as notas, não a ordem dos intervalos. Então quer dizer que a escala de Lá menor é a mesma de Dó maior? Que eu saiba a escala de Dó maior é a escala maior, a de Lá menor a menor. A mesma coisa com os modos, os modos são escalas também, não são apenas escalas maiores e menores começadas de um jeito "esquisito", ou num contexto harmônico "incomum". Digo isso por um motivo que vc mesmo citou: o repouso e o relaxamento (graus) das notas são diferentes, portanto um Ré dórico tem suas funções harmônicas de um jeito, o Dó maior de outro e o Lá menor de outro, embora tenham as mesmas notas. E isso remete à primeira pergunta que eu fiz.

El Musicista
Veterano
# out/08 · Editado por: El Musicista
· votar


Dogs2

Velho... Antes de responde-lo (ou ao menos tentar responde-lo) gostaria de lhe fazer uma pergunta:

Existe diferença de harmonia tonal para harmonia modal? (Acredito que sim, mas eu não sei diferencia-la)...

Se você pudesse explicar, eu ficaria agradecido mesmo, até porque nunca consegui achar uma explicação legal sobre o assunto.

1- Agora falando em harmonia modal, supondo que vc queira compor uma música em Dó Lídio, que acordes vc usaria que teriam a função dominante e subdominante?

Cara, não sei te responder... Tentarei te responder pela lógica, pelo que eu imagino que seja.

Escala de C lídio: C D E F# G A B

Empilhando as tétrades, temos:

I: C7M: C E G B
II: D7: D F# A C
III: Em7: E G B D
IV: F#m7(5b): F# A C E
V: G7M: G B D F
VI: Am7: A C E G
VII: Bm7: B D F# A

Cara. Este é o campo harmônico de G7M. Resumindo, não sei responder sua pergunta...
=\

2- Você tá usando como parâmetro pra determinar o conceito de escala as notas, não a ordem dos intervalos. Então quer dizer que a escala de Lá menor é a mesma de Dó maior? Que eu saiba a escala de Dó maior é a escala maior, a de Lá menor a menor. A mesma coisa com os modos, os modos são escalas também, não são apenas escalas maiores e menores começadas de um jeito "esquisito", ou num contexto harmônico "incomum". Digo isso por um motivo que vc mesmo citou: o repouso e o relaxamento (graus) das notas são diferentes, portanto um Ré dórico tem suas funções harmônicas de um jeito, o Dó maior de outro e o Lá menor de outro, embora tenham as mesmas notas. E isso remete à primeira pergunta que eu fiz.

Quando eu utilizei como exemplo a escala de C jônico para modos maiores e Am eólio para modos menores, foi pelo fato de que, eu acredito que facilitaria o entendimento do assunto, uma vez que essas escalas possuem as mesmas notas, o que não significa que tenham a mesma intenção, passem a mesma emoção, entende?

Eu concordo em gênero, número e grau quando você afirma que os modos são escalas também, não são apenas escalas maiores e menores começadas de um jeito "esquisito", ou num contexto harmônico "incomum". Os modos estão intrinsicamente ligados à harmonia da música, quebrando a idéia de que modo é você começar a escala de um jeito "esquisito", ou num contexto harmônico "incomum", como você bem ressaltou.

Talvez a forma como eu me expressei, tenha dado a entender que C jônico é a mesma coisa que Am eólico. De fato, eles possuem as mesmas notas, o que não significa que transmitam a mesma emoção, sentimento quando são executados. Que fique claro isso.

Bom. Espero ter esclarecido ao questionamento do seu tópico.

Aproveito a oportunidade para lhe pedir que explique a diferença de harmonia tonal para harmonia modal, e também responder à pergunta que eu não soube responder.

1- Agora falando em harmonia modal, supondo que vc queira compor uma música em Dó Lídio, que acordes vc usaria que teriam a função dominante e subdominante?

Muito obrigado pela contribuição!

Até a próxima!

Dogs2
Veterano
# out/08 · Editado por: Dogs2
· votar


El Musicista
Existe diferença de harmonia tonal para harmonia modal? (Acredito que sim, mas eu não sei diferencia-la)...

Sim.
Não vou explicar tão claro quando vc explicou os modos pro pessoal porque eu não tenho a mesma paciência nem eloquência que vc, mas vou tentar: A harmonia tonal gira toda no princípio de atração que tem na sensível (Sétimo grau maior, o Si da escala de Dó maior por exemplo).
Essa nota dentro do campo harmônico tem um poder de atração muito forte, por exemplo, o acorde de Si diminuto pede invariavelmente a resolução em Dó maior (por isso que é "impossível" fazer uma harmonia em Lócrio, porque o primeiro grau já é o próprio maldito hauhaua, e isso não faria soar lócrio pois nosso ouvido deslocaria a harmonia automaticamente pro segundo grau, que é o Dó maior, no caso de um Si Lócrio).
Baseada nessa nota (a sensível, que não tem esse nome à toa) que se constrói a função tonal dos outros graus: grau IV subdominante, grau V dominante, mediantes, etc.
Na HARMONIA MODAL se evita esse trítono, e por essa ausência dessa nota tão forte na atração harmônica, a música modal parece auditivamente ser mais... digamos, AÉREA do que a tonal. Tem músicas modais que parecem tão vagas pro nosso ouvido que elas podem ter dupla interpretação: podem ser interpretadas tanto como, por exemplo, Ré dórico ou Mi Frígio, mas isso em raros casos. E por isso também existe uma diferença do Lá Eólio pro Lá Menor, por exemplo, porque o modo menor é TONAL, então o acorde dominante (grau V, Mi) do Lá Menor vai ter essa notinha sensível, que no caso é um Sol#. No modo Eólio o dominante é menor, porque se evita o trítono, então a nota será Sol (acorde do grau V: Mi menor). Tudo isso numa cadência simples I-IV-V-I.

Mas agora, pegando por exemplo o Dó frígio:
C Db Eb F G Ab Bb C

O segundo grau tem a função dominante, o sétimo subdominante (isso é uma cadência básica do modo). Se vc quiser toca aí na sua casa: Dó menor como primeiro grau, Ré maior dominante e Si bemol menor subdominante (I VII II I). Essa cadência tem esse "sabor", "cheiro", "aroma" frígio (sei lá como o pessoal daqui chama hauihaiuha). Pra compor música modal não é só pegar qualquer nota e acorde da escala e sair debulhando, porque vc corre o risco de transformar ela em tonal, já que os modos gregos tem as mesmas notas dos modos menores e maiores (que tem o poder de atração mais forte). Alguns cuidados devem ser tomados como:
evitar a sensível, reforçar e repetir com firmeza os intervalos característicos do modo (Lídio a 4º aumentada, Frígio a 2º menor, etc), e assim vai

Enfim, é isso, acho que eu não consigo explicar mais fácil que isso ahuahuahua

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Dogs2

Obrigado pelos esclarecimentos!
=)

Agora vamos à parte das dúvidas (Heheheeeee)...

A harmonia tonal gira toda no princípio de atração que tem na sensível (Sétimo grau maior, o Si da escala de Dó maior por exemplo).
Essa nota dentro do campo harmônico tem um poder de atração muito forte, por exemplo, o acorde de Si diminuto pede invariavelmente a resolução em Dó maior (por isso que é "impossível" fazer uma harmonia em Lócrio, porque o primeiro grau já é o próprio maldito hauhaua, e isso não faria soar lócrio pois nosso ouvido deslocaria a harmonia automaticamente pro segundo grau, que é o Dó maior, no caso de um Si Lócrio).


Muito bom. Nenhuma dúvida até agora.

Baseada nessa nota (a sensível, que não tem esse nome à toa) que se constrói a função tonal dos outros graus: grau IV subdominante, grau V dominante, mediantes, etc

Essa parte eu não entendi. Por que é a partir da sensível que essa função tonal dos outros graus é construída?

Na HARMONIA MODAL se evita esse trítono

Qual trítono? Da sensível com a terça (nota B (7M) com nota E (3))?

E por isso também existe uma diferença do Lá Eólio pro Lá Menor, por exemplo, porque o modo menor é TONAL, então o acorde dominante (grau V, Mi) do Lá Menor vai ter essa notinha sensível, que no caso é um Sol#

Você quer dizer que a "verdadeira" escala de Am, de fato é a escala menor harmônica?

Mas agora, pegando por exemplo o Dó frígio:
C Db Eb F G Ab Bb C

O segundo grau tem a função dominante, o sétimo subdominante (isso é uma cadência básica do modo)


Porque no modo frígio, o segundo grau tem função dominante, e o sétimo tem função subdominante? No modo dórico, existe essa mesma relação, ou é diferente? Se for possível você explicar o porquê.

De qualquer forma, vou procurar algum material referente Harmonia Modal.
Se você puder indicar um(s) site(s) que dispõe(m) de um bom conteúdo
sobre o assunto e/ou livros.

Mais uma vez, obrigado pela contribuição! Até a próxima!

Dogs2
Veterano
# out/08 · Editado por: Dogs2
· votar


El Musicista
Por que é a partir da sensível que essa função tonal dos outros graus é construída?

Porque ela que tem o maior poder de atração. Na harmonia tonal, a dominante (grau V) só é dominante porque tem a sensível em seu acorde (Em Dó maior, o acorde dominante é o Sol maior: Sol Si Ré, o Si tá bem no meio do acorde), o que traz a forte atração pra a resolução no primeiro grau. Percebe?

Qual trítono? Da sensível com a terça (nota B (7M) com nota E (3))?

Na escala maior, entre o quarto grau e a sensível, por exemplo Fá Si.

Você quer dizer que a "verdadeira" escala de Am, de fato é a escala menor harmônica?

Quero dizer que o nome da escala menor harmônica não é HARMÔNICA à toa haiuhaiuha
Ela é a base da harmonia tonal menor.

Porque no modo frígio, o segundo grau tem função dominante, e o sétimo tem função subdominante? No modo dórico, existe essa mesma relação, ou é diferente? Se for possível você explicar o porquê.

No modo Dórico é diferente...
Cara, o porquê da função é uma dúvida excelente que eu mesmo tenho. No caso da harmonia tonal eu acabei de explicar porque o dominante é dominante, mas explicar as relações de dependência dos acordes em relação à tônica, e em cada modo ainda, é realmente algo muito complicado de se entender. Pior que nem nos livros de harmonia funcional eu vejo explicação suficiente pra isso, como o do Kroellreutter. Que um acorde é dominante ou subdominante isso qualquer um sente, mesmo quem não entende de música, MAS o porquê do acorde trazer tal estímulo é outra história, e creio que seja isso que vc queira saber e infelizmente eu não sou capacitado pra te responder isso. Deve ter explicação neurológica também, não só teórica.

Mas algo deve ser notado: o acorde dominante tem a nota característica do modo. No exemplo do Dó Frígio que eu te dei (hmmm meninão), o acorde dominante tem o Ré bemol, que é a nota característica pra definir o modo. No Dó Lídio, o dominante pode ser o segundo grau, que é Ré maior (Ré Fá # Lá).
No caso da harmonia tonal, o dominante tem a sensível.

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Dogs2

Que mancada véio!

De B p/ E é intervalo de quarta (4), e não de trítono. Nem havia reparado. Que burrada que eu escrevi. Valeu pela correção!

No mais eu compreendi o que você disse.
Vou correr atrás de um material e entender esse universo paralelo da harmonia modal.
Empolguei com o assunto!

Obrigado pela contribuição! Até a próxima!

Dogs2
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista
beleza, le lá meu post, eu editei hiuahaiuha
fico editando 124514 vezes

Obrigado pela contribuição! Até a próxima!

Nem agradece, só explico por raiva hauhua
falows

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


Dogs2

Mas algo deve ser notado: o acorde dominante tem a nota característica do modo. No exemplo do Dó Frígio que eu te dei (hmmm meninão), o acorde dominante tem o Ré bemol, que é a nota característica pra definir o modo. No Dó Lídio, o dominante pode ser o segundo grau, que é Ré maior (Ré Fá # Lá).
No caso da harmonia tonal, o dominante tem a sensível.


Coincidência ou não, nesses dois casos que você citou, existe relação com a terça do acorde (3 ou 3m).

Está certo esse raciocínio?

O acorde dominante da harmonia modal contém a nota característica do modo em sua 3 (que dependendo do modo, pode ser maior ou menor).

Dogs2
Veterano
# out/08
· votar


El Musicista
ah eu sei lá, quero é dormir haiuhaiuaha
malz aê, cansei disso, fiquei na faculdade o dia todo
depois eu raciocino, falows vou jogar bola

guilhermerizzo
Veterano
# out/08 · Editado por: guilhermerizzo
· votar


El Musicista
Com relação à substituição modal, você se refere àquela questão do tipo:

O modo lídio apresenta as mesmas notas do modo jônico, com exceção de apenas uma nota. No modo lídio, o intervalo do quarto grau é aumentado (quarta aumentada: 4+), enquanto no modo jônico o intervalo do quarto grau é justo (quarta justa: 4) por exemplo:

Escala de C jônico: C D E F G A B
Escala de C lídio: C D E F# G A B

Seria isso? Se não fôr, dê um exemplo para que eu possa melhor compreende-lo.

Obrigado pela contribuição! Até a próxima!



É mais ou menos isso. É que dos modos maiores, o que soa mais jazzy é o lídio, por causa justamente da tensão que a quarta aumentada gera. Muitos jazzistas usam o jônio também, como o Pat Metheny, por exemplo. Mas o mais comum é o lídio.

Para acorde menores o dórico soa mais jazzy que o eólio, por isso é mais comum de se escutar no jazz.

Eu tô fazendo uma imersão de estudo no trabalho do Robben Ford e já deu pra sentir que vou lidar bastante com a mistura de pentas maiores e menores e com o modo mixolídio, que ele usa muito.

El Musicista
Veterano
# out/08
· votar


guilhermerizzo

Você não se encarregaria de montar um material para nós disso que você compartilhou conosco?

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a Pequeno tutorial sobre os Modos Gregos (Teoria x Prática)