Quais os níveis ideais de volume para fazer uma boa mix?

    Autor Mensagem
    Adler3x3
    Veterano
    # nov/14 · Editado por: Adler3x3


    Pode até parecer que as perguntas são bobas, mas os níveis devem influenciar no resultado final.

    01- Qual o nível ideal de volume no sistema do Windows?
    durante o dia usamos inúmeros programas para ouvir som, alguns mudam as configurações de volume do windows.
    Assim quando se for começar uma sessão de home estúdio qual seria o melhor nível de volume neste mix de volume do sistema operacional?
    Eu deixo sempre por volta de 85%.
    Me parece que não existe uma regra absoluta aqui mas o nível ideal seria aquele que não causa distorção ao ouvir nos monitores em níveis diferentes, desde o muito baixo ao muito alto.

    02- Qual o nível ideal de volume a utilizar durante a mixagem nos monitores de áudio?
    Claro, isto pode variar conforme o modelo do monitor do ambiente da sala etc...
    Tem a haver com a fadiga auditiva.
    Entretanto devemos testar a música em níveis mais altos e fazer comparações.
    Ma o ideal me parece que é um meio termo, mais para um volume baixo.

    O mesmo para os fones de ouvido?

    03- Visualizadores - VU Meter
    Cada DAW reflete de forma diferente os níveis de VU.
    Eu uso mais de uma DAW e tenho reparado que muitas vezes numa DAW não aparece o clip.
    Mas quando importo o áudio em outra, e mantendo os mesmos níveis de volume, de repente aparece um clip, ou muitas vezes ficam soando mais baixo.
    Conclui que os VU- Meter das Daws não tem lá muita precisão.
    Que tipo de plugins de VU são fidedignos e recomendados?
    O mesmo ocorre com Editores de Áudio não tem precisão.

    03- Calibragem dos Monitores
    Já pesquisei sobre o assunto mas não consegui entender direito com realmente funciona este processo.
    Os exemplo que vi em tutoriais são muito superficiais (e apresentam modelos perfeitos) e não explicam nada direito.
    E a maioria é feita para DAWs mais sofisticadas tipo Pro-Tools e Logic Pro.
    Claro cada monitor tem as suas características e cada um deve ter um método de calibragem e nas Daws a mesma coisa.
    Como fazer um boa calibragem passo a passo, independente do modelo da DAW e da marca dos monitores?
    E se o monitor tiver controles de graves e agudos o que é recomendável.
    O meu par de monitores é um Roland MA-7A, e já percebi que quando mixo nele o som fica mais grave do que o necessário.
    Claro existem monitores e monitores uns bem melhores e outros nem tanto nem merecem assim ser chamados.
    Isto que eu digo é a nível de home estúdio (caseiro mesmo), com todas as suas limitações.
    E já cheguei numa média de 30% de graves a mais, e assim, antes de exportar para wav, reduzo nos plugins o nível dos graves e consigo chegar bem perto do ideal, e conforme o caso volto e refaço o processo até soar decentemente.
    No geral o comportamento dos médios e agudos não tenho tido tantos problemas, mas nos graves o bicho pega, e os monitores enganam os meus ouvidos.
    Percebi também que o uso de um razoável fone de ouvido ajuda a detectar o excesso de graves, mas não sei dizer se isto é verdadeiro ou falso.

    E esta questão de volumes por aí vai, é um tema muito amplo, pois temos também os níveis de volume de gravações (entradas e saídas), e acredito que aqui tem muito mais coisa para ser melhor discutida e aprofundada neste fórum.
    Claro num nível de usuário de home estúdio não no nível de engenheiro de som.
    Erros nesta questão de volume prejudicam a mix de forma irreparável.

    Acredito que todas as dicas podem ser uteis desde que focadas na realidade e nas limitações do estúdio caseiro.
    De nada adiantam dicas de grandes estúdios neste sentido.

    Ismah
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    Qual o nível ideal de volume no sistema do Windows?

    Eu uso a 70% para garantir que os capacitores vão me mandar sinal suficiente, diminuindo a compressão natural ao máximo...

    Qual o nível ideal de volume a utilizar durante a mixagem nos monitores de áudio?

    Depende de quanto surdo vc for rs
    De tempos pra cá, venho me preocupando com minha saúde auditiva, e ando diminuindo bem os volumes, principalmente pq mixo com fones. O resultado vem sendo melhor, mas há aquele problema de as frequências não se amplificarem linearmente, aí vai da qualidade do transdutor (fone/monitor) e do conversor D/A (mais precisamente do amplificador de saída)...

    VU Meter

    Já havia reparado nisso. Concluí que a saída da DAW no talo vai dar o 0dB sempre, então mixo por sub grupos, e um sub grupo master, deixando de lado o fader de master... Se não for assim a DAW está diminuindo volume, que em outras não ocorre... O Reaper é um que se salva desse mal, já o FLS é o vilão... De qualquer forma, mixo em estúdio como no live: com um limiter na saída @-0.5dB, mas deixo o volume baixo.

    Calibragem dos Monitores

    Aí o buraco é mais embaixo... BEM mais embaixo rs

    Envolve calibragem de sala, conversores e tudo mais.

    Basicamente vc usa algum analisador de spectro (como nosso tema é software, não periféricos físicos, recomendo o EAW Smart Live), um "mic plano", como ECM8000 e equivalentes.

    Primeiro vc calibra o software com o mic. Tem presets para download, que ficam 96%, creio que basta para nós meros mortais. Isso serve para ele ler os -4dB@20Hz como 0dB@20Hz, e os +5dB@10KHz como 0dB@10KHz...

    Feito isso, usamos o ruído rosa nos monitores, e colocamos o mic na posição do ouvinte e corigimos a curva, mas como fazer isso depende de cada sistema. Eu geralmente faço num VST de 31 band stereo eq, e já deixo salvo o preset...

    ---------------------

    Mas alterar o volume, ângulo das caixas, até um móvel de lugar, fodem com toda essa matemática... Entre outras coisas é por isso que optei em mixar por fone e confiar apenas na curva dele... Tem saído mixagens melhores que antes, pois me guio mais pelo que ouço, e menos pelo que vejo...

    Sai um som mais artesanal, o "feito a facão", me faz perder mais tempo mixando e menos calculando...

    Adler3x3
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    Ismah

    Eu ainda tenho um ouvido bom, dos meus sentidos é o que funciona melhor.
    Realmente a questão do ambiente no meu caso é insolúvel é impossível calibrar os monitores.

    MMI
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    Adler3x3

    Talvez eu seja redundante, mas vou tentar ajudar...

    Quanto ao ouvido:

    O nosso ouvido tem uma sensibilidade bastante curiosa. Logo de cara, para cada volume o ouvido percebe as frequências de uma forma, fato que já foi discutido no fórum - são as curvas de Fletcher e Munson.

    Fora isso, existem diferenças na percepção do som. Com o passar dos anos obrigatoriamente vamos perdendo definitvamente a sensibilidade de frequências, em especial nos agudos, naturalmente.

    Mas o ruído provoca perdas, mesmo que esse ruído seja a nossa música. Existem 2 perdas por ruído - a temporária e a definitiva. Quando a agressão é mais leve, o ouvido se recupera - é a perda por "cansaço auditivo" que se fala, mas vai mais além. Sabe quando vamos num show com som alto ou quando estoura um rojão próximo da gente e ficamos com um zumbido no ouvido, mas acaba passando? Pois é, isso é uma perda auditiva temporária (geralmente), que fez uma lesão relativamente grande e a área atingida manda um "estímulo fantasma" dando a percepção de zumbido. É péssimo isso, nesse ponto a perda temporária já se mistura com perda definitiva.

    Essa perda auditiva por ruído em geral começa ao redor dos 4 kHz e vai se aprofundando e muitas vezes acometendo frequências vizinhas - tecnicamente chamam isso de "gota acústica". Se você quiser se aprofundar nisso dê uma lida na NR-7 (norma regulamentadora) do Ministério do Trabalho.

    De prático, levando em conta tudo isso, o ideal é ter um decibelímetro e trabalhar com som em 85 dB, nem que seja um "decibelímetro Tabajara" de um app de celular. Você padroniza a "equalização da Curva de Fletcher e Munson" e fica no limite do que é potencialmente agressivo ao seu ouvido, reduzindo o "cansaço auditivo". Algumas raras vezes a música pede que se ouça mais alto, mas é algo a ser evitado.

    Para não falarem que estou falando da minha cabeça, tá aqui o Paulo Anhaia falando a mesma coisa que venho falando aqui há tempos (em 2:01:15)

    (To be continued... Desculpe, mas o dever me chama)

    Lelo Mig
    Membro
    # nov/14
    · votar


    Adler3x3

    Taí, boas questões, que eu prefiro nem pensar para não ficar desanimado....hehehe. Não sei porque, mas fico sempre ressabiado, sempre acho que o Windows tá ferrando meu som....Quando abro o "programinha mixer de som do Windows, dá até arrepio.... eita troço com cara de bagaceira!

    Mas, como é inevitável, deixo em 75%........mas não têm nenhuma razão, lógica ou estudo para eu fazer isso.

    Nas Daws, monitoro por Pluggin V.U Meter. Procuro pelos "supostamente calibrados com a lógica matemática dos analógicos", ainda que desconfie.

    Á partir daí meu som é amplificado externamente. Então controlo audição nos volumes externos, mantendo sempre na faixa "segura e confortável", como MMI sugeriu.

    RafaelBernatto
    Veterano
    # nov/14 · Editado por: RafaelBernatto
    · votar


    Adler3x3

    Engraçado.. Há poucos dias atrás fiz um teste rápido pra ver se aquele controle do Windows alterava o som...
    Em casa, ouço e mexo com música com a interface (Ci1) ligada em umas caixas de som que são abastecidas por uma placa genérica.
    Deixei o controle do Windows (saída de linha) em 50% depois aumentei o volume das caixas até um volume aceitável.. E conferi o som...
    Depois deixei o volume do Windows em 100% fui subindo o volume das caixas até o volume parecido com o anterior e conferi...
    Quando o controle está em 50% o som fica "mascado" meio comprimido e distorcido.. De leve.. Mas de um jeito que assusta..

    Hoje em dia, quando estou em casa deixo ele sempre em 100% por causa disso... E vou controlado a potência das caixas com o Knob da interface.

    Quando ouço música com meus fones de ouvido (K240), ouço com o volume do Windows (Speakers - plug p2) de 50~75%. Pra não doer os ouvidos mesmo...

    Engraçado essa coisa de volume...
    Eu estava acostumado a ouvir música bem alta num iPod que tem uns fones auriculares absurdos de alto.. 0 de graves... Quando comecei a usar o AKG achei ele baixo... Hoje, por me recondicionar, só em casos especiais consigo ouvir ele em 100%.

    Vou fazer uns testes com o volume em 100 e 85% como você disse..

    MMI
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    (continuando...)

    VU meter

    Sim, tem diferença. Assim como nos outboards analógicos também tem. Galera lembrem-se de um princípio, que nos tempos de DAW a gente esquece fácil, mas é ridículo: mixar é uma tarefa auditiva e não visual. Tem que treinar seu ouvido, ouvir clipar. A finalidade é soar bem e não ficar "bonitinho" na DAW e nos plugins. Então ouça com muita atenção e se achar que clipou sem o VU bater, então clipou e reduza a bagaça. Ao contrário, de VU bateu e você não percebeu, melhor baixar um pouco também, porque o proibido é clipar e tudo que não se deve fazer é deixar assim.

    Como falaram, um brickwall limiter no fim da cadeia de efeitos da master é legal ter. Eu deixo em -0.1 dB, mas -0,5 dB não é errado, tem uma faixa a mais para ele trabalhar. Depois dele ainda vai um plugin de monitorização, tipo multimeter para aquelas dúvidas quando os ouvidos não tiveram certeza e chegar na vez de checar o som com os olhos.

    Em resumo guie mais sua mix com seus ouvidos que com os olhos.

    MMI
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    Monitores

    É aí que começa a discussão de home studio.

    O grande problema é que geralmente o ambiente não recebe cuidado nenhum, não se cuida nem das reflexões primárias. Tem que tratar, nem que minimamente, as reflexões primárias que chegam aos ouvidos e tem que desacoplar os monitores do móvel onde ele se apoia. Não é complicado, vale até a espuma de casca de ovo e um pedaço de isopor da papelaria (pelo menos é um começo). Geralmente não se cuida nada e não se tem confiabilidade no que se escuta.

    Com as reflexões primárias batendo aleatoriamente, algumas frequências vão atenuar e outras vão ser amplificadas, de acordo com a fase que vão chegar. Confusão total... Como você vai avaliar as frequências da música se não sabe como elas estão, já que ouvir ali não é parâmetro confiável? Pior ainda se a gravação foi com microfone neste local, aí bagunçou tudo...

    O primeiro passo é tentar matar as reflexões primárias e posicionar os monitores adequadamente. Vale isopor, espuma de casca de ovo, cortina etc., o que não vale é deixar assim mesmo. Provavelmente não vai ficar o ideal, mas vai melhorar, mesmo porque geralmente o equipamento também deixa um pouco a desejar.

    O que sai dos monitores depende da qualidade dos monitores (óbvio) mas também depende da amplificação. Eu pouco mexo com músicas no Windows, mas garanto que boa parte do problema vem do conversor e amplificador da saída de som das placas e interfaces de entrada. A solução é encontrar um equilíbrio aceitável entre o volume do Windows e o volume da interface.

    A Calibragem é complicada... Alguns plugins podem ajudar, pode ser até o ARC System, que é simples. Lembre-se que você vai precisar de um microfone omni para captar o som de seus monitores, nenhum outro serve. E vai depender do ambiente, dos monitores, da posição, das reflexões primárias, do acoplamento do móvel e o escambau... Ou seja você precisa de um "room correction".

    Uma boa opção para isso em hardware é o JBL MSC-1. É chatinho de fazer toda a calibração, mas ele vem com o mic omni e um extenso manual, boa parte para auxiliar a fazer essa calibração. O KRK ERGO faz isso também, mas não vou falar dele porque tenho pouca experiência com ele. Funciona legal e dá uma certa confiabilidade no que se ouve.

    A melhor opção é se basear muito mais em bons fones profissionais para mixagem. O VRM Box vai ajudar a ter mais confiabilidade no que se ouve nos fones e evitar erros de mixagem, mas os monitores ainda vão servir como suporte. De novo, vai depender da qualidade dos fones e do amplificador que mandar sinal para eles, mas na minha opinião é essa a configuração melhor para se fazer mixar em homestudio, já que independe do ambiente. Invista num fone realmente espetacular - acredite, a diferença é muuuuito grande -, é necessário ter certeza de todos os detalhes que se ouve. Tenho uma coleção de fones aqui em casa, que vai desde foninhos in-ear chinês vagaba até um Grado, passando por Bowers & Wilkins (não valem a pena, fujam!), Bose, Koss Porta-Pro, Bayer Dynamic etc.

    Independente do fone, monitor, VRM e room correction, é preciso treinar. Você precisa se acostumar e saber como devem soar os graves médios e agudos em cada configuração dessas, ouvir muito, ter referência. Só assim você vai saber como sua mix deve estar.

    Em linhas gerais era isso, que venham as pedras. kkkk

    RafaelBernatto
    Veterano
    # nov/14 · Editado por: RafaelBernatto
    · votar


    MMI

    O que você pode dizer sobre meu fone? AKG K240, conhece?

    Edit: To usando, atualmente nos plugins de monitoramento do Reaper, um plugin da toneboosters, o Isone(Meio parecido com a proposta da VRM mas uso com a minha Steinberg) Já usou?

    MMI
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    RafaelBernatto

    Cara, conheço por coincidência. Para mixar não é o melhor nem o pior, diria que fica nos medianos. Mas já dá para fazer bastante coisa, serve. E se serve para você, não sou eu que vou falar que não serve, não é? rs

    Não conhecia esse plugin, pelo que vi achei legal. É bacana, se você tem o plugin (e usa, né? rs) e esse fone já mostra que você quer confiar no que ouve e só isso já é uma grande vantagem. Bacana.

    Ali em outro tópico eu tinha falado que os plugins do Reaper são muito bons. Pode levar a sério! A sacanagem é que eu sou meio acomodado com as minhas coisas e não fico mexendo no Reaper ou instalando plugins mais, mesmo que sejam free. Mas conheço gente de responsa que tem usado o Reaper e seus plugins, sei que prestam. E se serve para você e esses caras, eu sou obrigado a respeitar, sei que são bons.

    Abç

    RafaelBernatto
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    MMI

    Valeu... Li muita coisa sobre esses fones antes de comprar.. Mas o que "decidiu" a compra foi o preço rsrs. Foi o que deu pra comprar..

    Sobre o Reaper: Sem falar que ele tem aquela porção enorme de plugins "escondidos" ótimos, uns java scripts "pouco amigáveis" mas que resolvem, e até ajudam a se desprender de interfaces, luzes e etc...

    Abraço.

    MMI
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    RafaelBernatto

    Em áudio tem uma regra geral, que não é absoluta, que diz que o preço é proporcional à qualidade. Seus fones não são ruins, não são os mais baratos, mas também não são caros, existe coisa melhor. Se é o que deu para pagar, então são os ideais para você. Desencana. ;-)

    Eu nunca vi nada semelhante a um Grado PS1000e, o som é absurdo. Só que custa mais que o instrumento, o computador e a interface de muita gente aqui... kkkkk

    Lelo Mig
    Membro
    # nov/14 · Editado por: Lelo Mig
    · votar


    MMI

    "Em áudio tem uma regra geral, que não é absoluta, que diz que o preço é proporcional à qualidade."

    Concordo quase sempre com esta regra.

    Só não podemos esquecer que em áudio "o ideal" é uma cadeia equilibrada. De nada adianta ligar um Grado numa saída de PC "plaquinha on board" ou num ampli "meia boca". Ou monitores Focal Twin6 Be, num barraco de madeira. Nestes casos a diferença percebida não valerá o gasto, porque o fone ou monitor não farão o milagre de salvar a "caca" anterior.

    Por isso, sempre que me perguntam (com relação a equipos de áudio), sugiro que "neguinho" pense na cadeia toda, e planeje seu custo benefício. Depois, se quiser/puder vá fazendo upgrades "balanceados".

    Você, mais experiente, não sei se concorda ou vê de outra forma.

    MMI
    Veterano
    # nov/14 · Editado por: MMI
    · votar


    Lelo Mig

    Pois é, Lelo, não é uma regra absoluta mas funciona na maioria das situações.

    O exemplo do Grado não é muito bom porque ele dá diferença até ligado num iPod ou celular. Mas claro, não vai dar tudo que pode - tem gringo que usa assim - porém tem muita gente comprando amplificadores de fones para usar o celular ou iPod com fones de alta qualidade. Vou te dar uns exemplos de preços variados:

    http://www.headphone.com/collections/headphone-amps/products/grace-des ign-m920
    http://www.teac.com/product/ha-p50/
    http://www.onkyousa.com/Products/model.php?m=DAC-HA200&class=Headphone s&source=prodClass

    A verdade é que funciona e é bom esse negócio, só o fone ou principalmente o fone e o amp. Eu não recomendo muito, acho que hi-fi para ouvir música faz pouco sentido, pelo menos para mim, salvo situação muito particulares. De toda forma você tem razão, não adianta tudo isso para ouvir MP3 de 96kbps. Porém os arquivos da Apple em .m4a usando o iTunes Match de forma geral são bastante bons para este propósito (são arquivos de 256 kbps, bastante razoáveis). Sei que tem muito anti-Apple aqui, mas isso é fato.

    A cadeia toda tem mesmo que ser levada em conta, por isso citei a conversão e amplificação do sinal e principalmente o ambiente onde vão ser colocados os monitores. Também falei dos ouvidos que vão escutar... kkkk

    Já que estamos falando nos fodões, esqueci de citar ali em cima. Quem quiser algo mais legal e caro, mesmo para estúdios, o SPL Phonitor 2 é o foderoso do pedaço. Quem quiser, ele combina bem com um Grado e mais ainda com amplificadores e monitores Hot House. Aí é para quebrar as pernas... Só não indico um dos melhores engenheiros de estúdio para o projeto e acústica porque o cara se recusa terminantemente a trabalhar com brasileiros de novo, infelizmente... Já queimaram a reputação do nosso povo.

    Ismah
    Veterano
    # nov/14
    · votar


    Acho que só eu escuto FLAC por aqui :'(

    mgustavo72
    Membro Novato
    # 12/set/22 18:59 · Editado por: mgustavo72
    · votar


    Queria aproveitar esse tópico para fazer uma pergunta sobre calibragem de monitores e mixagem.
    Dei uma lida por alto e não vi essa questão, mas venho ler com calma. Porém se alguém já tiver visto isto eu agradeço!

    Ocorre que esses dias percebi que quando deixo meu mixer com as marcações que fiz nas saídas Master e Control room (*), depois de calibrar os monitores, o som fica equilibrado.
    Se o som estiver bem alto diminuo o volume Master na DAW e até aqui tudo bem.

    (*) segui um tutorial para calibrar os monitores, que são 2 "near field" na saída Master do mixer, e um 2.1 na saída Control room do mesmo.

    Porém se ao invés de diminuir o volume Master na DAW, no caso de som alto, eu deixá-lo flat e diminuir proporcionalmente os botões de volume Master e Control room do mixer, o resultado não é o mesmo.

    Acredito que isso ocorre porque os botões de volume no mixer mudam o nível de som de forma logarítmica e não linear, será que procede?
    Grato!

    mgustavo72
    Membro Novato
    # 13/set/22 20:14 · Editado por: mgustavo72
    · votar


    Complementando minha postagem, ocorreu que eu estava com a configuração da DAW um pouco bagunçada!
    Fiz o mesmo teste de diminuir o volume master do software com fones de ouvido, e vi que o problema não tinha a ver com o mixer físico e os monitores.

    Ocorreu que comecei um projeto a partir do zero, e todas as pistas e barramentos estavam com as saídas de som endereçadas para o barramento da interface de áudio (*).
    Eu tinha direcionado algumas pistas para o master da DAW, mas não todas!
    (*) nos projetos a partir de templates todas as saídas são direcionadas para o barramento master (no caso, do Cakewalk), o que facilita bastante.

    Grato pela atenção!

      Enviar sua resposta para este assunto
              Tablatura   
      Responder tópico na versão original
       

      Tópicos relacionados a Quais os níveis ideais de volume para fazer uma boa mix?