Áudio digital transforma a indústria musical

    Autor Mensagem
    maggie
    Veterana
    # jun/06


    Usuário pode montar um estúdio digital com menos de R$ 3 mil

    A facilidade atual de montar um estúdio digital dentro de casa é resultado de uma rápida transformação dentro do mercado musical. Hoje, é possível encontrar numa loja de equipamentos musicais ou num estabelecimento de informática bons produtos como interfaces e placas para gravação sem gastar muito.

    Dependendo da ambição do músico, é possível ter em casa uma placa de gravação e edição de áudio. Comparado com uma hora de estúdio de gravação, que fica perto de R$ 80, a hora, o valor compensa. Sem falar na vantagem de preparar uma música num intervalo de tempo bem menor.

    – Anteriormente, quando se errava uma parte da música, era preciso cantar desde o começo. Hoje não, basta repetir o trecho que ficou ruim e editar — explica Carlos Antônio Jardim, 27 anos, ex-músico e professor do Instituto Gaúcho de Aúdio Profissional (Igap).

    E tem mais. Caso o cantor seja desafinado, um programa denominado auto tune, transforma o músico em um tenor de ópera italiana. A popularização desses recursos só foi possível por causa da queda dos preços dos computadores e seus componentes (memórias, discos etc).

    Conforme Sasandro, fundador e professor do Igap, para montar um estúdio de produção musical simples, para trabalhar com poucos canais de áudio e tecnologia virtual, é preciso simplesmente um bom computador e uma placa de som com dois canais e portas MIDI. As placas custam em torno R$ 500 a R$ 2,5 mil.

    Agora, quando trata-se de um estúdio profissional, ele diz que é necessário ter uma placa de som com varias entradas simultâneas, no mínimo oito, e um software de gravação como o Cubase SX, Protools ou Sonar. A média de preço de cada um destes softwares é de R$ 1,5 mil, e a placa de som varia de R$ 1,2 mil até R$ 10 mil. Além disso, é preciso um par de caixas de referência para ouvir o som da gravação, que pode variar de R$ 1,8 mil a R$ 5 mil.

    Grandes empresas dominam o mercado

    Uma das empresas pioneiras no setor de computer music (gravação em computador), a Creative Labs, se concentrou no início no mercado amador, no qual a sua linha Sound Blaster até hoje é referência universal. Recentemente, a empresa comprou as empresas norte-americanas E-mu Systems e Ensoniq e decidiu investir forte no mercado profissional, com uma série de placas de 24 bits com a marca E-mu. Também de olho neste mercado promissor, a Sony adquiriu a Sonic Foundry e seus famosos softwares Sound Forge, Vegas e Acid.

    Outro software mundialmente famoso, o ProTools, da empresa Digidesign, está no caminho inverso. Depois de consolidar sua posição no setor profissional visa agora a atender o mercado doméstico. É a Digi-001,uma versão mais simples e mais barata.

    maggie
    Veterana
    # jun/06
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    Conheça os programas de edição de áudio
    Editor de Áudio - Audacity

    Desenvolvido de acordo com a filosofia open source (código aberto), esse programa permite a edição de arquivos .wave e outros. O Audacity aceita plugins para expandir suas capacidades de edição e possui versões para Linux e Mac

    Codificador de áudio - Ogg, Vorbis
    Programa capaz de converter os enormes arquivos .wave em formatos compactados, que ocupam bem menos espaço em disco e portanto podem ser transmitidos pela web com mais facilidade

    Player
    Uma espécie de "tocador" de música da era digital. Reproduz todos os formatos de áudio.

    maggie
    Veterana
    # jun/06
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    Links:

    Fonte
    AudioList
    Confraria do Audio
    Página do Som
    Oficina de Audio

    maggie
    Veterana
    # jun/06
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    Músicos viram operadores de aúdio
    Profissionais abandonaram a música atrás das vantagens do material digital

    Carlos Antonio Jardim, 27 anos, abandonou a música cedo, mas não o som. Músico frustrado como ele mesmo se define, decidiu descer do palco onde era vocalista da banda Chão Batido para trabalhar e operar uma mesa de aúdio.

    – Eu percebi que além da falta de talento, o negócio de operação de aúdio era mais rentavél — confessa Jardim.

    Daí, foi um pulo para chegar ao Instituto Gaúcho de Aúdio Profissional (Igap), onde atua como instrutor do curso de HomeStudio – que ensina como se gravar seu trabalhos em sua própria casa, utilizando um dos programas de edição de aúdio, o Cubase.

    – Hoje ficou muito fácil e barato fazer música em casa. Basta um computador, um microfone e uma placa de aúdio, e pronto, você pode carregar um estúdio de som dentro de uma mochila.

    Divulgando os cursos na Globaltech 2006 - Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação - no Centro de Exposições da Fiergs, em Porto Alegre, realizada na última semana, Jardim falou sobre a tecnologia de estúdio digital em casa e quais as mudanças que ela trouxe.

    – Antigamente tinha-se preconceito contra o som digital, diziam o computador não processava os dados com qualidade.

    Patrícia Muniz, estudante, 22 anos, aluna do segundo nível do curso, conta que já está pesquisando preços para a montagem do seu próprio estúdio dentro de casa.

    – Eu também tinha uma banda, a Cross Road, mas decidi me dedicar ao estudo de operação com aúdio digital.

    Segundo ela, as vantagens do aúdio digital são enormes. Pode-se criar equipamentos virtuais, configurar e equalizar os efeitos de graves e agudos. Sem contar o número de samplers, amostras de som, que é maior do que o modelo análogico.

    — É tudo muito simples, um conversor transforma o sinal analógico em digital. Depois disso, o som de uma guitarra, de um contra-baixo pode ser editado no computador.

    oldmonkey
    Veterano
    # jun/06
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    é triste, é por isso que ta ai as péssimas gravações nacionais e internacionais, tudo embolado, não se define bem os estereofonicos, tacam um compressor em tudo sem mal saber como se usa, sem senso de graus de panoramica e de profundidade, a maioria nao sabe que para mixar é preciso desenhar um grafico e sequer sabe com que velocidade viaja o som, muitas gravações da decada de 70 com toda simplicidade dos equipos soa melhor que as atuais, hoje qualquer um da uma de Yoko Ono na frente de uma mesa virtual. a arte daquele cara chamado mesario de som, mixador ou coisa assim que vivia so pra isso foi pro saco.

    snd
    Veterano
    # jun/06
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    macaco velho, te baniram??

    oldmonkey
    Veterano
    # jun/06
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    nao mexo com isso mais não cara, em 1980 trabalhei de tecnico numa firma de sonorização ar livre, operei som do Lo borges, Beto Guedes, Clayton e Claydir, Luiz Gonzaga e outros em shows que vinham fazer por aqui como mesario de palco (e as vezes de frente), 7 dias na semana batendo cartao de ponto, a firma tinha studio eu ficava operando ensaios depois do horario pra fazer extra (era a melhor de BH na época) alem de consertar os equipamentos. fiquei nessa onda um tempo e aprendi muito, tenho curso de eletronica do cefet e fiz 6 anos de conservatorio (violao classico), mas aprendi piano na infancia, toquei em bandas de baile uns 15 anos, tive escola nos ultimos 9 anos (todos os amplis caixas e mixer la fabricados por mim), estou aqui outra vez de passagem pois to morando nos USA e dando aulas e musica la (tenho otimo ingles) e as vezes toco blues em shows do Jeff (so nao é o Jeff back), tenho 50 anos praticamente so de musica e eletronica, a minha tristeza e ter que concordar com o que o Bob Dylan disse em ultimas entrevistas: "as bandas famosas de hoje sao tudo amadores". se me banirem de alguma coisa eu vou achar é bom.

    maggie
    Veterana
    # jun/06
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    oldmonkey
    Clayton e Claydir
    Kleiton & Kleidir
    =)


    hoje qualquer um da uma de Yoko Ono na frente de uma mesa virtual.
    Esse é o preço que pagamos pela democratização. Assim como quando surgiram as guitarras a preços acessíveis, e apareceu uma banda de garagem em cada esquina. Que escuta deve selecionar, só isso.
    =)

    oldmonkey
    Veterano
    # jun/06
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    é o que tento fazer! é muita droga, dá um trabalho ficar selecionando! quem é bom acaba ficando diluido no meio.

    has4
    Veterano
    # mar/08
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    Vou ressuscitar sim, pra complementar... tentei fazer a pesquisa, não achei, mas se houver por aí, perdoem-me, por favor!

    É exatamente sobre a possibiliade de montar um pequeno HOME STUDIO ambulante pra usá-lo onde bem quisermos, eis o link da matéria a seguir, mas a reproduzo aqui para facilitar e informar a fonte: http://www.homestudio.com.br/Artigos/Art092.htm
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    Estúdio Mochila
    Sérgio Izecksohn

    Nas férias, com o verão escaldando o país inteiro, ficar em casa pode não ser uma boa opção. Mas, como fazer para concluir os trabalhos pendentes no estúdio? Desculpas sinceras não interessam aos clientes aflitos para ouvir como ficou sua produção. Dizer o quê? Que o Carnaval está aí mesmo e o resto fica para depois? Só se desse para levar o estúdio para o passeio, alternando lazer e dever. E já existe esta solução. Leve um super-estúdio na sua mochila e obtenha resultados altamente satisfatórios em suas produções. O exemplo a seguir ilustra bem esta opção.

    Renato Rocha e Rodrigo Netto têm uma diferença: o primeiro usa PC e o segundo usa Mac. Mas têm várias coisas em comum: além dos dois serem guitarristas da banda Detonautas Roque Clube, cada um circula por aí com um estúdio completo na mochila. Eles não param em casa e, para fazer frente às necessidades de produção de vinhetas e outras encomendas que recebem, além da pré-produção do próximo disco, só mesmo gravando nos quartos de hotel Brasil afora.

    Com um notebook atual e um desses teclados controladores com entrada de áudio que usam conexão USB ou firewire, você só precisa de um bom microfone, um bom fone de ouvido e alguns programas. Dá para gravar áudio em dezenas de pistas, seqüenciar arranjos com samplers, baterias e sintetizadores virtuais, editar, mixar com todos os recursos que conhecemos dos grandes estúdios e ainda masterizar o CD. E sem pagar excesso de bagagem!

    O equipamento. São muitas as opções, a começar por uma escolha pessoal, que é a eterna disputa PC x Mac. A facilidade para conseguir os programas e o custo mais baixo são as principais virtudes do PC. No caso do Macintosh, a preferência se deve à maior estabilidade. Mas ambas as plataformas contam com diversos modelos portáteis e bastante adequados às nossas necessidades. Escolha um que tenha pelo menos 512 MB de memória RAM, hard disk de, no mínimo, 40 GB e uma CPU atual. No caso dos PCs, Pentium IV ou Athlon XP acima de 2 GHz. Se preferir um Mac, use G4 ou G5. A conexão com o teclado/interface pode ser USB ou firewire e deverá ser a mesma do computador. Não se esqueça do gravador de CD.

    Como alternativa ao uso de placas de áudio e MIDI portáteis e para simplificar o cabeamento do Estúdio Mochila, muitos produtores preferem os teclados que incorporam as funções de interface de áudio e MIDI e se ligam à máquina pelo cabo USB ou firewire. Um exemplo muito popular é o Ozone, da M-Audio, que tem só duas oitavas, mas, por isso mesmo, cabe mais facilmente na bagagem. Ele é adequado não somente aos DJs e produtores de música eletrônica, mas também aos outros músicos que precisem seqüenciar arranjos e transportar o estúdio de um lado para o outro. Há outros modelos semelhantes, como o Alesis Photon X25 e o Edirol PCR1, também com 24 teclas (duas oitavas) e outro modelos com mais oitavas, destes e de outros fabricantes. Mas aí talvez não caibam na mochila...

    Renato, por exemplo, usa um notebook Toshiba Satellite com processador Pentium IV de 3.06 GHz, HD de 60 gigabytes, 512 mega de memória RAM e gravador de CD e DVD. Pela conexão USB ele liga o teclado Ozone, ao qual se conectam um microfone Shure SM57 e um fone de ouvido Koss Porta Pro. Para não ter que levar uma coleção de guitarras e amplificadores pra todo canto, ele usa uma guitarra Variax e um simulador de amp Pod 2.0, ambos da Line 6. Eles têm uma incrível versatilidade, simulando timbres de muitos modelos famosos de amplificadores e de guitarras de várias marcas.

    Rodrigo usa um Macintosh Powerbook onde, além das produções de áudio, edita vídeos.

    Os programas. De novo nos deparamos com uma infinidade de opções. Vamos precisar de um programa do tipo 'workstation' ou estação de trabalho, na verdade um misto de gravador multipista, seqüenciador MIDI, editor, mesa de mixagem e plataforma de plug-ins de efeitos e de instrumentos. Os melhores são o Cubase SX e o Sonar (PC) e o Digital Performer, o Logic ou o próprio Cubase (Mac). Como editor, o Sound Forge (PC) é o mais popular. Um ótimo complemento para o Sonar, com o qual interage bem. Os efeitos de áudio e os instrumentos virtuais podem ser em forma de plug-ins, numa imensa quantidade. Um programa muito usado hoje pelos produtores musicais é o Reason. Sendo uma coleção de instrumentos e efeitos próprios com um bom seqüenciador, apesar do Reason ser razoavelmente completo, ele se torna ainda mais útil quando acoplado a uma workstation através da técnica conhecida como 'rewire'. Outro sampler poderoso, que também conta com rewire, é o GigaStudio, para o qual existe farta biblioteca de sons.

    Para a finalização dos trabalhos, usamos a mesa virtual do próprio software de gravação para a mixagem. Exportado o arquivo com a mixagem estéreo, podemos então masterizar o CD. No PC, um excelente programa de masterização é o CD Architect.

    Conexões. Nada mais simples. Conecte o teclado ao computador pela porta USB ou firewire, conforme o caso. Ligue o microfone à entrada própria do teclado. Se for usar uma guitarra, conecte-a ao simulador ou pré-amp e mande o som deste para a entrada de linha do teclado. Algumas interfaces têm entrada para guitarra, mas o procedimento acima é mais adequado. Pode-se ainda microfonar um amp de guitarra, mas a mochila fica bem mais pesada. O fone de ouvido também é conectado à saída própria do teclado. Em resumo, ligue tudo no teclado e conecte este ao laptop por um único cabo!

    A produção. Muita gente boa tem aderido ao Estúdio Mochila. A galera dos Detonautas produz vinhetas para diversas emissoras que lhes solicitam e também realiza a pré-produção das músicas do próximo CD da banda. Quando eu estava finalizando este artigo, o produtor e baixista Saboya Jr. me telefonou para dizer que ia passar uma temporada tocando num cassino em Montevidéu, mas que estava levando 'a mochila' para continuar produzindo CDs de cantores e outros clientes.

    Crie o arranjo com os instrumentos virtuais (Reason, GigaStudio, plug-ins VSTi, DXi etc.) controlados pelo teclado usando a sua estação de trabalho favorita. Grave o áudio das vozes e dos outros instrumentos nas pistas da mesma workstation. Converta o áudio dos instrumentos virtuais ("Freeze synth" no Sonar 4, por exemplo), que se tornarão novas pistas de áudio.

    Finalização. Abra a mesa de som do mesmo software e dedique um bom tempo à mixagem. O ideal é esperar voltar para casa e mixar com monitores em vez do fone. O mesmo vale para a masterização. Se não houver outro jeito, queime um CD e procure ouvi-lo nos lugares os mais diferentes possíveis (estúdios, sons domésticos, carros, pistas de dança), para se certificar de que está soando bem em todos. Senão, refaça a mixagem ou a masterização quantas vezes for necessário.

    Conclusão. Não se trata aqui de substituir uma mesa Solid State Logic de um milhão de dólares e toda a acústica dos estúdios milionários por uma mochila de acampamento. Não queremos dizer que dá no mesmo, porque não dá. Mas, em se tratando da produção de vinhetas, jingles publicitários, música eletrônica e pré-produção em geral, pode realmente não fazer diferença. Dependendo de quem opera e cria, pode ficar até muito melhor. Boa viagem!
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    BOM... agora, eu gostaria de convidar os colegas para listarmos os equipamentos necessários para tal, mas que também possamos inserir os valores de mercado atual, indicando no SET E EQUIPAMENTOS, as respectivas lojas, os respectivos produtos e os respectivos valores, pois assim, a PESQUISA será completa. OBSERVAÇÃO: Não pretendo abrir outro tópico pois encontrei assuntos similares e achei o presente tópico oportuno para o sugerido OBJETO. Obrigado!

    AlexB
    Veterano
    # mar/08
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    Computador

    Fone
    Teclado/interface 1
    teclado/interface 2

    Abraço,
    Alex

    El_Cabong
    Veterano
    # mar/08
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    O lado bom disso é que uma tecnologia que antes era caríssima, agora é relativamente barata, e está a disposição de bons profissionais e de leigos também.
    O lado ruim é que esses últimos, sem nenhum conhecimento de gravação e mixagem, começaram a produzir trabalhos sem qualidade, e o pior, o povinho gostou e o resultado é este. O que mais vende no Brasil geralmente são porcarias!!

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