Rock You Like A Hurricane - Teste com MIDI

    Autor Mensagem
    fabiopavan8
    Membro Novato
    # set/16


    ___Eu fiz uma gravação com baixo elétrico, bateria e piano acústicos da música "Rock You Like A Hurricane", da banda Scorpions. Eu encontrei uma partitura na internet, a adaptei e gerei um arquivo .mid para cada instrumento e os carreguei na DAW.
    ___A gravação está aqui para ser avaliada: https://soundcloud.com/fabiopavan2003/rock-you-like-a-hurricane-scorpi ons

    Sampler: Kontakt Player 5.
    DAW: Reaper.
    Editor de Partitura: MuseScore 2.

    Casper
    Veterano
    # set/16
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    Avaliação:

    A MIDI é engessada, mecânica e repetitiva.
    Os timbres são de SoundBlaster de 1989.

    Lelo Mig
    Membro
    # set/16 · Editado por: Lelo Mig
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    fabiopavan8

    Amigo, a experiência é válida para você se iniciar, compreender e aprender a lidar com MIDI.

    No entanto, gerar um MIDI à partir de uma partitura de internet, e usar instrumentos virtuais simples, com certeza o resultado sera duro, mecânico e engessado, como já citou nosso amigo Casper.

    Além de que, não há muita serventia neste processo (a não ser brincar para ir aprendendo, como já disse), porque se você procurar na Net irá encontrar dezenas de MIDIs prontas da mesma canção, bem melhores, com mais dinâmica e menos robóticas, onde apenas o uso de bons VSTIs ou Soundfonts a deixariam bastante reais.

    fabiopavan8
    Membro Novato
    # set/16 · Editado por: fabiopavan8
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    Eu preciso de arquivos MIDI padrão e um para cada instrumento, separados.

    BrotherCrow
    Membro Novato
    # set/16
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    Parece aqueles toques de celular que se baixava por WAP uns 15 anos atrás.

    Casper
    Veterano
    # set/16
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    Caro fabiopavan8:

    Acho que esse tipo de exercício não acrescenta muito.
    A não ser que o senhor esteja no fabuloso mercado
    de cartuchos de máquinas para karaokê.

    Eu acho que nunca disse isso por aqui, mas considero
    o karaokê a atividade humana mais desprezível. Mais
    que tortura. Pensando bem, também é tortura.

    Adler3x3
    Veterano
    # set/16 · Editado por: Adler3x3
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    fabio
    A gravação não esta soando bem, esta com cara de música produzida com base em midi seja por um softwares sequenciador seja por um teclado arranjador.
    E o midi leva a má fama, mas o midi em si não tem culpa.
    Pois midi são instruções, e o que acontece é que a maioria dos midis que baixamos na internet não tem qualidade, mal tem as notas e acordes certos da música em si, esta é a realidade nua e crua.
    Os arquivos midi são muitos crus, e o processo de sequenciamento muito pobre, aí saí este tipo de som.
    Os gringos chamam isto também de "mockup" palavra que detesto pois ao meu ver deprecia a arte de sequenciar os arquivos midi, que é uma arte a parte.
    Nos compassos tem que variar as notas, muitas vezes atrasando ou adiantando alguns milésimos ou centésimos de segundo.
    Tem que trabalhar também nas variações de tempo das bpm (batidas por minuto) compasso por compasso, pois nenhum músico de verdade toca 100% constante e sincronizado o tempo todo.
    Mas tem que tomar cuidado, pois no midi é fácil criar variações, mas se você tem arquivos de áudio junto, tem que usar neste caso o elastic áudio para ajustar. também.

    Pontos de atenção:

    01- Midi são instruções
    Durante o sequenciamento dentro da DAW ou dentro de um bom teclado arranjador, tem que observar no mínimo:
    - velocidade das notas;
    - níveis de volume;
    - modulação;
    - pitch;
    - expressão;
    - pontos de sustentação (pedal)
    - e outras instruções, são mais ou menos 128 instruções.

    02- Pistas de automação (ou tracks de automação)
    aqui se controla e varia no tempo os vários controles dos instrumentos virtuais.
    se cria para cada pista midi uma pista de automação.
    Dependendo da DAW e do instrumentos virtual em si,ou do teclado, aqui pode envolver centenas de controles e variações, que não cabe aqui detalhar, mas pode-se mudar o envelope do instrumento no decorrer da música,, variar níveis de efeitos e tentar simular as articulações dos instrumentos e a forma de tocar.

    03- Instrumentos virtuais ou de teclado
    relevante ter bons instrumentos virtuais ou bons timbres de teclados, ou de outras origens.
    Sempre tem que adequar o envelope (ADSR - Atack, Delay, Sustein, Release, alguns incluem hold ) do instrumento à musica, alguns instrumentos virtuais são mais detalhados ainda.
    Alguns instrumentos virtuais já vem com os efeitos nativos embutidos, e neste caso é melhor dar preferência do que outros efeitos externos.
    Tem que estudar e ter um certo conhecimento do instrumento real em si que o sintetizador quer emular.
    O uso de pedais também influencia.
    Na hora de tocar por exemplo uma flauta, tem que tocar sentindo que esta tocando uma flauta, e não tocar a parte da flauta da mesma forma que se faz quando toca um piano.
    O Kontakt player que você esta usando é muito poderoso,mas requer mais estudo das suas principais funções, tem funções que ajudam muito a humanizar todo o processo, tem recursos até para fazer acordes tocando só uma nota.
    Bem em resumo necessita de bons instrumentos.
    Só para se ter uma ideia, tem um músico que trabalha para o Vienna Instruments, que agora não me ocorre o nome dele, só num sequenciamento de violino pode exigir mais de 20 tracks, só para um instrumento, para fazer uma boa simulação usando as mais variadas e necessárias articulações(pois o músico real assim executa).
    Um violão por exemplo, pode solar, pode tocar acordes, pode fazer arpegios, pode fazer tremolos, inúmeras articulações, que normalmente num só instrumento virtual não se encontra.

    04- Loops
    na música moderna é normal o uso de loops de áudio para complementar o arranjo., tem que também investir numa boa biblioteca de loops para os mais diversos estilos, e conforme os recursos da DAW e de outros VSTs se pode por exemplo colocar uma base de violão, de guitarra, de um pad e deixar de acordo com a harmonia da música.
    Os loops são um bom complemento, e você pode até criar os seus.
    Na verdade tem certos instrumentos que são muito difíceis de simular, como exemplo:
    -- Guitarras;
    - Violões;
    - Cordas de orquestra;
    - A bateria
    a bateria na verdade é um conjunto de instrumentos, é uma das partes mais difíceis de sequenciar, requer muito estudo e conhecimento.
    É difícil de sequenciar assim como o difícil de fazer soar bem, requer bons instrumentos virtuais.
    - Entre outros, dependendo do grau de dificuldade, mas não tem nenhum instrumento que seja fácil emular, a não ser os de natureza puramente eletrônica, que tem no ambiente virtual o seu berço, mas mesmo assim envolve variações em controles, e tem que saber o que esta fazendo.
    Tem que estudar sobre as articulações, que são a forma de tocar um instrumento, cada instrumento tem diferentes articulações, que na linha do tempo da música variam.
    Quando um instrumento esta tocando midi com uma única articulação fica falso, tem que necessariamente haver variações.
    Tem que buscar estas variações nos próprios instrumentos, um bom instrumento virtual tem inúmeras articulações.
    E juntando as articulações com as instruções midi se obtém mais realismo, sem esquecer a importância da automação das pistas e o correto uso dos efeitos.

    05- Efeitos
    parte fundamental dos instrumentos.
    Bons instrumentos virtuais já vem com efeitos nativos.
    Você usar o Reaper que tem bons efeitos, use-os.
    Não são bonitos, pois a prioridade do Reaper é a leveza, a GUI (interface visual) não é lá tão elaborada, mas os efeitos são bons, e isto é que importa.
    E claro com o tempo você vai descobrir outros efeitos externos de boa qualidade quando ganhar mais experiência.

    Cadeia de efeitos:
    Os efeitos são necessários instrumento por instrumento, pista por pista.
    Assim como na pista de master geral também.
    A ordem é mais ou menos esta,(não é uma regra absoluta)

    a- equalização
    primeiro se faz uma equalização corretiva mais no sentido de diminuir as frequências que atrapalham o áudio, ou seja os cortes das altas e baixas frequências, para depois aí sim se for o caso reforça alguma frequência especifica para dar mais claridade e presença ao instrumento.

    Dinâmica.
    Aqui entram os compressores e maximizadores.
    Tem que tomar cuidado para não prejudicar a dinâmica musical.

    Reverb

    Muito importante, mas tem que saber dosar, o reverb serve para dar profundidade, e ajuda a colocar o instrumento na posição mais indicada na imagem do espaço musical

    Outros efeitos:
    - distorções, excitação de harmônicos, flange e outros conforme a necessidade de cada instrumento.

    E na pista Geral ou master:
    Eq geral, compressores, pós equalização, excitação de harmônicos, imagem de estéreo, reverb e limitadores para se atingir um som mais comercial, ou seja um nível de volume mais condizente com a música atual.
    Cada estilo musical em particular requer diferentes configurações e tratamentos.

    Recomendo a leitura do livro da Izotop Ozone "Mastering White Ozone, principles tips and techniques" de 2013.

    06 - Mixagem
    É uma arte a parte, aqui se busca o equilíbrio, se trabalha com o panorama das música.
    Aqui no fórum tem "n" recomendações de bons livros para ler.

    07- Masterização
    Outra arte a parte, aqui se busca tornar a música audível nas mídias, aqui se busca dar uma identidade a um álbum, é impossível em poucas palavras descrever todo o processo.
    Também existem "n" livros recomendados aqui no fórum, pesquise.

    Imprima o que escrevi aqui, vai servir de uma referência para os seus estudos e práticas, e tudo isto vai levar um bom tempo para ser absorvido.
    Isto envolve uma pequena parte, um básico do básico, não esgota o assunto de jeito nenhum.

    O ideal é você mesmo criar os seu arquivos midi, pode se basear numa partitura ou até em arquivos midi importados dentro da DAW ou do teclado.
    Mas sempre vai requerer um trabalho detalhado num processo de humanização, de boa escolha de timbres, e principalmente das articulações, e muita transpiração, e dá inspiração para saber enriquecer os arranjos e não fazer um mero cover ou cópia.
    Agora se a música esta mal feita, o arranjo é ruim, não adianta ter os melhores instrumentos do mundo virtual, que vai soar ruim, os instrumentos e efeitos por si só não conseguem fazer milagres para consertar más interpretações.
    Tem que trabalhar compasso por compasso, se esta soando bem se passa para o próximo e assim por diante, e interagindo com todos os instrumentos, como num ensaio de músicos de verdade, só se passa para o próximo compasso quando até aquele se tocou bem.
    Não existe arquivo midi padrão no que se refere as articulações e outros detalhes, o que existe é a interpretação midi, o bom sequenciamento, e os níveis particulares de cada instrução, que pode variar conforme os instrumentos virtuais, um arquivo midi pode funcionar bem para um determinado tipo de instrumento ou teclado, mas pode não ficar bom em uma outra marca de teclado ou de instrumentos virtuais, sempre é necessário fazer ajustes, pois o que é pianíssimo num instrumento pode ser meso forte em outro e vice-versa.
    Cada DAW, cada teclado, cada instrumento virtual tem as suas particularidades e níveis diferentes, uns mais simples e outros mais profundos de edição.
    Tem que saber o que esta fazendo, o conhecimento, tem que estudar muito e muito.
    Tem que ir por partes, respeitar os instrumentos, fazer bem feito aquilo que sabe fazer, o que não sabe fazer tem que aprender, assim progressivamente vai melhorar, mas não adianta querer fazer algo que esta além ... da capacidade, seja pela prática seja pelo conhecimento.
    Tem que começar com músicas mais simples, com menos instrumentos, com instrumentos que você tenha domínio, e a medida que vai dominando vai progredindo.
    Não adianta querer posar de compositor e de músico se não tem conhecimento do básico do básico e cometer erros primários.
    Claro todo mundo para evoluir tem que errar para aprender, mas tem que ter humildade e fazer bem feito o que sabe fazer bem feito, incursões em áreas que não tem domínio são perda de tempo.
    Em frente...

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