【FIXO】 Resumo Histórico - MEGA POST

Autor Mensagem
RED_L4BEL
# abr/04


Alguém aqui sabe o q é emiola?

Vlw!!! =)

Al Majíd
Veterano
# abr/04
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maggie

Ótimo trabalho. Você está de parabéns!!!!

maggie
Veterana
# abr/04
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Al Majíd
Voltou com tudo depois do feriado hein! =)

Al Majíd
Veterano
# abr/04
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maggie

Heheh..é porque o serviço aqui diminuiu mais ainda....:D

Ranyell
Veterano
# abr/04
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Olá...

Sou "usuário velho" mas há muito tempo sumido do Fórum!
Fiz um curso de História da Música há alguns meses e boa parte desse texto me é familiar, pois é mais ou menos o que está em minhas apostilas. Mas o que eu quero dizer mesmo é que achei fantástica a iniciativa e o trabalho de publicação de tudo isso e mais ainda a criação do Fórum de Música erudita!
Meus parabéns!

evitaerc
Veterano
# abr/04
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maggie

Maestro andre da escola de musica da UFRJ??

gunsnzeppelins
Veterano
# mai/04
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Oh... eu naum tenho mt paciência pra ler tudo isso, pra teoria nem nada... só pego meu violãozinho e fico tocando por horas e mais horas, mais nada. Apesar de eu ter um forte interesse por música erudita, prefiro msm o blues, é mais prático e conforme vc for evoluindo, vc pode ir mudando, agora música clássica se vc aprende a tocar, vai ficar sempre naquele msm estilo... naquele msm modo de tocar...

maggie
Veterana
# mai/04
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evitaerc
Não, é aqui do RS mesmo.

gunsnzeppelins
Discordo...

thunderbreaker_6
Veterano
# jun/04
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maggie
vo te contratar pra fzer meus trabalhos de história.. nao tem como nao tira 10 com 11 paginas...

(2)

Tuarelli
Veterano
# ago/04
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maggie
É... hj eu tb discordo (sou gunsnzeppelins).
HAHA... a vida dá voltas (mas nesse caso foi mt rápido ^^)

maggie
Veterana
# set/04
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Up.

Mais sobre Barroco

Midis

Metalhero
Veterano
# set/04
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por favor passem uma musica erudita muito , mas muito dificil de tocaar para eu aprender!!

Motoko
Veterano
# dez/04
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Modos e suas notas

Dório - ré mi fá sol lá si dó ré
Frígio - mi fá sol lá si dó ré mi
Lídio - fá sol lá si dó ré mi fá
Mixolídio - sol lá si dó ré mi fá sol
Eólio - lá si dó ré mi fá sol lá
Jônico - dó ré mi fá sol lá si dó


Essas modos surgiram na grecia antiga (por isso tbm saum chamados de modos gregos)... naum eh por acaso q tem nomes parecidos com os dos povos q habitavam a grecia

Motoko
Veterano
# dez/04
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gunsnzeppelins
música clássica se vc aprende a tocar, vai ficar sempre naquele msm estilo... naquele msm modo de tocar...

musica erudita naum eh sempre o msm estilo... se fosse naum averia distinçaum entre seus periodos... musica do periodo classico naum eh diferente das do periodo barroco por causa do seculo em q foi composta... mas por causa do estilo da musica... por assim dizer...

arthur_trance
Veterano
# fev/05
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Parabéns Maggie!!

Bero Vidal
Veterano
# fev/05
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maggie

Na Grécia por volta do século V a.C., os teatros já tinham ótima acústica. Os atores eram acompanhados por um coro que dançava e cantava e por uma orquestra. Durante as festas, principalmente as Dionísicas (em homenagem ao deus Dionísio), a música era uma constante de alegria e descontração.[i][/i]

Acho que vc está enganado. O império grego não foi no século V a.C. sim no século II a.C.

Luciano José
Veterano
# mar/05
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Maggie,
seu resumo está muito bem feito. Além disso, ótimo de ler. Como uma bela composição musical.
Você poderia me indicar algum livro (com bons preço e qualidade) sobre o assunto?
Parabéns.
L. J.

maggie
Veterana
# mar/05
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Bero Vidal
Acho que vc está enganado. O império grego não foi no século V a.C. sim no século II a.C.

Vou pesquisar...
Valeu o toque.


Luciano José
Você poderia me indicar algum livro (com bons preço e qualidade) sobre o assunto?

Sobre o que tu queres exatamente, história da música ou teoria musical?
Os livros do Almir Chediak são uma ótima fonte.

Sobre música erudita tem alguns aqui.

maggie
Veterana
# mar/05
· votar


Na Grécia por volta do século V a.C., os teatros já tinham ótima acústica.

Bero Vidal
Acho que vc está enganado. O império grego não foi no século V a.C. sim no século II a.C.

Sim, no texto está sendo falado da Antigüidade em geral, não especificamente do período do império grego.


Veja o que encontrei sobre Teatro na Antigüidade:

No século VI a.C., na Grécia, surge o primeiro ator quando o corifeu Téspis destaca-se do coro e, avançando até a frente do palco, declara estar representando o deus Dionísio. É dado o primeiro passo para o teatro como o conhecemos hoje. Em Roma os primeiros jogos cênicos datam de 364 a.C. A primeira peça, traduzida do grego, é representada em 240 a.C. por um escravo capturado em Tarento. Imita-se o repertório grego, misturando palavra e canto, e os papéis são representados por atores masculinos mascarados, escravos ou libertos.

Mikhaelis
Veterano
# abr/05
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Chopin nascido na Alemanha é dose hein... ele foi polonês, com descendência francesa.


gunsnzeppelins

Oh... eu naum tenho mt paciência pra ler tudo isso, pra teoria nem nada... só pego meu violãozinho e fico tocando por horas e mais horas, mais nada. Apesar de eu ter um forte interesse por música erudita, prefiro msm o blues, é mais prático e conforme vc for evoluindo, vc pode ir mudando, agora música clássica se vc aprende a tocar, vai ficar sempre naquele msm estilo... naquele msm modo de tocar...


Cara, música erudita é "tudo igual" ? Vai estudar, praticar, ler, depois você poste aqui por favor... pelo menos, ouça os principais compositores para sacar as diferenças. Não quero parecer arrogante, mas seu comentário foi muito fora de esquadro amigo.

Abraços

Zozão
Veterano
# abr/05 · Editado por: Zozão
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maggie

perfeito (ou quase)


gunsnzeppelins

sei não, acho q vc pode evoluir musicalmente falando tocando outros estilos. vai depender de treinamento e perseverancia. mas vc me desculpe, musik erudita não eh td igual. concordo com o Mikhaelis, procure se informar melhor, ouvir as musikas, captar as nuances, escutar o estilo. cada compositor tem um estilo, mais suave, mais agressivo, intrumentos diferentes, notas mais graves ou agudas. com o tempo, vc vai conseguir diferenciar um Chopin de um Mozart, ou Beethoven e Liszt. Vivaldi e Verdi. eu particularmente gosto mto de Beethoven e Tchaikovsky

sorte na vida

Mikhaelis
Veterano
# mai/05
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Complementando o que o Zozão disse, depois de um tempo você vai diferenciar compositores dentro de um mesmo período, por exemplo, Bach de Vivaldi, Beethoven (fase romântica) de Liszt... e por fim, no Classicismo (onde é mais padrão portanto mais difícil), Mozart de Haydn. Até que você vai identificar compositores individualmente, após ouvir apenas o início de uma composição... é mais fácil do que parece.

erica_hotts
Veterano
# out/05
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Parabéns maggie! O resumo está muito bom! Estou usando pra estudar pras minhas provas! hehe!!

Só uma coisinha q eu tô em dúvida: os modos gregos não são Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio, Lócrio e Jônio?

m4g4tsu
Veterano
# jan/06
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valeu maggie te amo! ahusIHaishAIush
vc facilito minha duvida sobre a musica barroca... ;D

Midgard
Veterano
# jan/06
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viva os coveiros

macaraio
Veterano
# mar/06
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belo topico

Bero Vidal
Veterano
# mar/06 · Editado por: Bero Vidal
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maggie

Houve um erro de digitação. Eu quis dizer: Século VII a.C

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=22

_music_4_ever_
Veterano
# jun/06 · Editado por: _music_4_ever_
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Motoko
Modos e suas notas

Dório - ré mi fá sol lá si dó ré
Frígio - mi fá sol lá si dó ré mi
Lídio - fá sol lá si dó ré mi fá
Mixolídio - sol lá si dó ré mi fá sol
Eólio - lá si dó ré mi fá sol lá
Jônico - dó ré mi fá sol lá si dó


Essas modos surgiram na grecia antiga


xiii eu lembrome de ter dado isso este ano a Historia da musica....heheh

_music_4_ever_
Veterano
# ago/08
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Encontrei este artigo que sintetiza a História da Música e achei interessante colocá-lo aqui.



Breve História da Música Erudita


Pré História – A música surge ligada aos rituais religiosos. Apenas alguns restos de instrumentos são conhecidos, como as flautas de falanges, datados do Paleolítico médio (10200 a.C). No Neolítico (3000 a.C), a prática musical envolve instrumentos feitos de argila e pele de animais.

2000 a.C. -331 a.C. – No Oriente Médio há maior sofisticação na construção de instrumentos como lira, harpa, alaúde, flauta e trombeta. O conhecimento sobre a música da época resume-se ao que se pode deduzir da afinação e das escalas dos instrumentos encontrados, das figuras de tocadores e de rituais. Algumas manifestações poético-musicais são encontradas na Bíblia, como a descrição da orquestra de Nabucodonosor II feita por Daniel.

Século VI a.C. – Referências à música aparecem nos escritos dos filósofos gregos. Há uma vasta produção musical ligada às festividades e ao teatro, e a notação musical é feita com a utilização de letras do alfabeto grego, o que possibilita a recuperação de algumas composições. Pitágoras demonstra proporções numéricas na formação das escalas musicais, na mais antiga menção a uma teoria da música na Grécia.

Séculos V a.C.-IV a.C. – No período da Antiguidade clássica, na Grécia, são cantados os ditirambos – coros em honra ao deus Dionísios. Aristogenos de Tarento funda uma nova teoria musical grega, para a qual a base deixa de ser numérica, como o era para os pitagóricos, e passa a levar em conta a experiência auditiva.

Séculos IV a.C.-I a.C. – A teoria e a música grega são compiladas pelos romanos. A tradição musical grega é difundida por escravos vindos da Grécia, que tomam parte em exibições de lutas e espetáculos em anfiteatros.

Séculos I-VI – A base da música da Idade Média começa com a proliferação das comunidades cristãs. Suas fontes são a música judaica (os salmos) e a música helênica sobrevivente na Roma antiga. As principais formas musicais são as salmodias e himnodias, cantadas numa única linha melódica, sem acompanhamento. A música não dispõe, então, de uma notação precisa. São utilizados signos fonéticos acompanhados de sinais que indicam a movimentação melódica (neumas).

Século VI – A rápida expansão do cristianismo exige maior rigor do Vaticano, que unifica a prática litúrgica romana. O papa Gregório I (São Gregório, o Magno) institucionaliza o canto gregoriano, que se torna modelo para a Europa católica.

Século XI – Guido D'Arezzo identifica a repetição regular das notas em oitavas, anotando-as sobre uma pauta de quatro linhas na qual as ordenava de baixo para cima como graves, acutae, superacutae. É desse mesmo período o surgimento do minnersangers germânicos, menestréis membros da nobreza que cantam canções de conteúdo amoroso. No sul da França aparecem os primeiros trovadores.

Século XII – A prática polifônica dá um salto com a música escrita por compositores que atuam na Catedral de Notre-Dame. Eles dispõem de uma notação musical evoluída, em que não só as notas vêm grafadas mas também os ritmos. Destacam-se compositores como Léonin e Pérotin.

Séculos XIII-XIV – Surgem a Ars Antiqua, entre 1240 e 1325, e a Ars Nova, de 1320 a 1380. Ambas têm como principal forma de composição o motete, moldado a partir de textos cristãos não litúrgicos, que logo são traduzidos para o francês. Na Ars Antiqua, textos de origens diferentes aparecem cantados em contraponto, enquanto na Ars Nova tais sobreposições são mais restritas. Uma distinção importante entre elas é a presença, na Ars Nova, de uma polifonia resultante da notação musical mais precisa, surgida a partir de 1300. Os meistersanger germânicos, mestres cantores da burguesia, substituem os minnersanger. No norte da França surgem os troveiros. Tanto os meistersanger quanto os troveiros exercem forte influência na música e poesia medieval européia.

Século XV – Em Roma, um grupo de compositores faz música predominantemente religiosa, fundindo elementos da escola franco-flamenga com a riqueza das melodias italianas. A escola romana retoma o canto gregoriano na composição polifônica, atendendo às exigências da Contra-Reforma. Seu principal representante é Giovanni Pierluigi da Palestrina, cuja obra é modelo para as escolas posteriores. A independência e o equilíbrio entre as vozes melódicas e a melodia agradável são ressaltados nos tratados de contraponto polifônico de Berardi, no século XVII, e de Fux, já no século XVIII.

Séculos XVI-XVII – Desenvolve-se o madrigal italiano, conjunção perfeita entre música e texto. O madrigal é herdeiro direto das chansons francesas, que já possuíam caráter descritivo e usavam cantos de pássaros, gritos de pregão nas ruas e a narração de batalhas como temática. Baseia-se na prática polifônica e na homofonia nascente. A música, inspirada pelo texto, utiliza-se de recursos sonoros para descrever as cenas que o texto narra. Por seu caráter dramático, o madrigal é o elo entre a música modal medieval e renascentista e a música tonal do barroco, classicismo e romantismo. Seus principais compositores são Luca Marenzio, Andrea Gabrieli, Carlo Gesualdo di Venosa e Claudio Monteverdi. Refletindo a preocupação dos membros da Camerata de Florença em recriar o drama grego antigo com música, Jacopo Peri compõe a primeira ópera –Dafne (1598, partitura extraviada).

1660-1750 – Período de auge do barroco. Predomina a música vocal-instrumental voltada ao texto a ser cantado. É a época das primeiras óperas, das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o início da música tonal. A polifonia, com as vozes melódicas independentes do coro, cede lugar à homofonia. As melodias são simples, acompanhadas, facilitando a compreensão do texto. A música instrumental, além de pontuar as óperas com passagens instrumentais, surge como linguagem independente, favorecendo o virtuosismo técnico. Floresce a música para órgão, cravo e espineta: O Cravo Bem Temperado e Prelúdios e Fugas para Órgão, de Johann Sebastian Bach; as Sonatas de Domenico Scarlatti. A música modal medieval e suas variantes dão espaço aos dois modos tonais: o maior e o menor. As alturas – notas – são organizadas em um desses dois modos, a partir de uma das 12 alturas cromáticas (as sete notas mais suas alterações, sustenido ou bemol), as quais dão nome às tonalidades: dó menor, dó maior, ré maior etc.

Século XVIII (início) – A ópera torna-se a música mais popular na Itália, fazendo a transição entre o barroco e o classicismo. Seu principal compositor é Alessandro Scarlatti, pai de Domenico Scarlatti, e a cidade de Nápoles é o centro da atividade operística, difundindo esse estilo musical que predominará nesse século. Entre seus compositores se destacam também o alemão Georg Friedrich Haendel (que, além das óperas, fez grande sucesso em Londres com oratórios como O Messias), Niccolò Jommelli, compositor napolitano que serviu à corte de Lisboa, e Joseph Haydn.

ÓPERA – A linguagem da ópera é renovada no início do século XIX por Gioacchino Rossini e Vincenzo Bellini com o uso de temas vindos da vida cotidiana. Na segunda metade do século há um retorno ao drama, em obras de caráter heróico ou mitológico, nas óperas de Giuseppe Verdi, criador das conhecidas Aida e La Traviata, e de Richard Wagner, de Tristão e Isolda. Seguindo ainda a linguagem da música tonal surgem as óperas de Giacomo Puccini, como La Bohème, Tosca, Madame Butterfly e a inacabada Turandot. Richard Strauss mantém a tradição do poema sinfônico em óperas como Salomé e Electra.

Século XVIII (final) – A sonata clássica torna-se a forma musical mais importante. Nela, os momentos de tensão e relaxamento são a base de obras para instrumento solo e posteriormente para quartetos de cordas, trios e orquestra. Os compositores que mais contribuem para o auge da sonata são Wolfgang Amadeus Mozart e Joseph Haydn. Já com Ludwig van Beethoven a sonata deixa de ser um jogo de variações sobre as melodias principais e se transforma numa profunda rede de inter-relações entre ritmos, melodias e timbres. Junto com Franz Schubert, Beethoven realiza a transição do classicismo para o romantismo.

Século XIX – Sobre bases tonais sólidas, o período romântico é o derradeiro momento da música tonal. Formas livres, prelúdios, rapsódias, sinfonismo, virtuosismo instrumental e movimentos nacionais incorporam elementos alheios à tonalidade estrita do classicismo. Franz Schubert compõe seu Quinteto em Lá Menor, Op. 114, mais conhecido como quinteto A Truta, por referir-se a sua canção Die Forelle (a truta). Com as últimas obras de Beethoven, esse será um dos primeiros passos rumo ao romantismo que predominará por quase todo o século XIX. É o período do lied (canção para voz e instrumento), das grandes sinfonias e das grandes óperas. Frédéric Chopin inicia seus Estudos para Piano, Op. 10, em 1829, enriquecendo o repertório para o instrumento predominante no século XIX. Destacam-se também suas mazurcas, polonaises, impromptus baladas. Franz Liszt abre um novo caminho para a composição musical inaugurando o gênero poema sinfônico com sua obra para orquestra Les Preludes, de 1848-1852. Continuando o projeto de Liszt e do alemão Robert Schumann (que, além de ampliar as possibilidades do lied e da música para piano, atua como crítico no jornal Neue Zeitschrift für Musik), Richard Wagner leva o sistema tonal até o limiar, abrindo caminho para a música atonal (música sem tonalidade) que predominará no século XX. Em contrapartida, Johannes Brahms, com sua música sinfônica, representa a reiteração da tonalidade e a retomada dos ideais clássicos. A tonalidade também sobrevive na tradição operística francesa (Gounod, Massenet, Bizet) e italiana (com o belcanto de Rossini, Donizetti e Bellini e as óperas de Verdi); na segunda metade do século, Puccini leva adiante a popularidade da ópera italiana.

1890 – O francês Claude Debussy dá o primeiro passo para o impressionismo musical com seu Quarteto de Cordas em Sol Maior e Prelúdio à Tarde de um Fauno (1894), este último baseado em um poema simbolista de Stéphane Mallarmé. Suas obras, influenciadas pela música oriental, valorizam a sonoridade dos instrumentos musicais para transmitir emoções e estados de espírito. Ao lado de Debussy atuarão compositores como Erik Satie, autor de Gymnopédies, e Maurice Ravel, que cria Bolero. Com seu ciclo de nove sinfonias, caracterizadas pela ironia, monumentalidade e ampla exploração dos recursos orquestrais, o autor austríaco Gustav Mahler supera e esgota a escrita tradicional no gênero. Ao lado das sinfonias de Mahler, a produção tardia do compositor alemão Richard Strauss (como a ópera O Cavaleiro da Rosa e o poema sinfônico Assim Falava Zaratustra) é considerada uma das últimas expressões do romantismo.

1912-1913 – Às vésperas da I Guerra Mundial, a Europa assiste à estréia de três obras que marcarão as mudanças na música no século XX. De um lado A Sagração da Primavera, do russo radicado em Paris Igor Stravinski, o trabalho mais marcante do atonalismo. Fazendo uso de elementos do folclore, ela influenciará fortemente a música de tendência nacionalista do início do século. De outro, o Pierrot Lunaire, de Arnold Schoenberg (mentor do grupo que ficou conhecido como Segunda Escola de Viena), e As Seis Bagatelas, Op. 9, para quarteto de cordas, de seu aluno Anton von Webern, obras que abrirão caminho ao dodecafonismo e ao serialismo. Outro aluno de Schoenberg, Alban Berg, será o responsável pelas mais bem-sucedidas óperas da estética dodecafônica: Wozzeck e Lulu.

PRIMEIROS SERIALISTAS – A primeira versão de música atonal do início do século XX é o serialismo dodecafônico de Arnold Schoenberg. Ele apresenta as doze notas da escala cromática (escala que contém todas as notas compreendidas em uma oitava, de dó a dó), sem repeti-las. As notas só voltavam a aparecer após a apresentação de todas as doze notas da série. Esse modo de composição passa a ser adotado por outros músicos, como Anton von Webern e Alban Berg, alunos de Schoenberg. Na década de 50, o princípio desse serialismo será estendido a outros parâmetros musicais – as durações, os timbres e as intensidades –, chamado de serialismo integral.

Década de 20 – A obra de Edgard Varèse, compositor francês radicado nos Estados Unidos (EUA), começa a ser conhecida. Com um trabalho anticonvencional, ele tem como temática o próprio som e é um precursor da música eletrônica. Antes de Varèse, o norte-americano Charles Ives já havia criado novos caminhos para a música de concerto, introduzindo uma linguagem particular que sobrepunha melodias em tonalidades diferentes.

Década de 50 – Surge o serialismo integral. Seu desenvolvimento se deve aos músicos Karel Goeyvaerts, Pierre Boulez, Karlheinz Stockhausen e Henri Pousseur. Também nesse período, compositores franceses liderados por Pierre Schaeffer, ligado à rádio e à televisão francesa (ORTF), criam a música concreta (1948), compondo a partir de fitas de sons cotidianos pré-gravadas. Já a música eletrônica surge no estúdio da rádio de Colônia, na Alemanha, inventada por um grupo liderado por Herbert Eimert, que terá como destaque o compositor Karlheinz Stockhausen. A fusão da música concreta e eletrônica recebe o nome de música eletroacústica. Seguindo um caminho pessoal, Olivier Messiaen, mestre de Pierre Boulez, após escrever várias obras de inspiração religiosa, passa a pesquisar os cantos dos pássaros, adaptando-os em composições como o Catalogue d´Oiseaux, para piano solo.

Década de 60 – O termo teatro musical começa a ser empregado para obras que integram o elemento dramático em suas apresentações. Entre os músicos que se destacam estão o argentino radicado na Alemanha Maurício Kagel e o alemão Hans Werner Henze. Ambos usam elementos não convencionais em suas composições. Surge o minimalismo, com o uso de ritmos e repetições padronizados, que reduzem os elementos utilizados na composição. Entre os músicos que se voltam à música tonal e modal estão os minimalistas norte-americanos Philip Glass, Terry Riley e Steve Reich.

1961 – O compositor norte-americano John Cage é convidado a dar palestras e apresentar suas obras nos cursos de verão da escola de Darmstadt, Alemanha, palco da música serial integral. Cage apresenta suas inovações no campo da música aleatória, surgida na década de 50, em que a melodia é feita pelo acaso. Em Paisagem Imaginária (1951)le coloca cada um dos elementos da composição (o tempo, as durações, os sons, as intensidades) em cartelas que devem ser combinadas pelo intérprete segundo um hexagrama sorteado do I Ching, o Livro das Mutações.

1965 – O polonês Krzysztof Penderecki causa impacto com sua Paixão Segundo São Lucas e com a ópera Os Demônios de Loudun, que estréia quatro anos depois. Clusters (grupos de notas adjacentes que soam simultaneamente), novos efeitos nas cordas e variados efeitos de percussão: Penderecki cria um estilo que será imitado à exaustão no mundo todo.

1969 – Luciano Berio compõe sua Sinfonia, obra que utiliza o processo de colagem, sobrepondo diversos trechos de composições datadas da história da música, textos de panfletos estudantis, tendo como pano de fundo um movimento de sinfonia de Gustav Mahler. Dessa forma, Berio abre caminho para uma música que funde elementos do passado aos contemporâneos.

Década de 70 – As conquistas da música do século XX, como o serialismo, a música eletrônica, a aleatória, o teatro musical e o concretismo, desgastam-se, levando compositores europeus a incorporar elementos de culturas não ocidentais, como a hindu, a chinesa ou a africana.

1975 – O compositor Pierre Boulez funda o Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústica/Música (Ircam), em Paris, para desenvolver pesquisas em música com suporte tecnológico. O projeto de criação de novas ferramentas para a prática musical envolve compositores, técnicos em eletrônica e informática, pedagogos e instrumentistas.

Década de 80 – O músico György Ligeti, um dos principais compositores da escola de Darmstadt (Alemanha), escreve em 1984 seu Trio para Violino, Trompa e Piano e sua primeira série de Estudos para Piano, reintroduzindo em seu trabalho elementos que remetem à música atonal do início do século, como a de Béla Bartók. Diversos movimentos de revival imperam no panorama musical. A nova simplicidade do alemão Wolfgang Rihm propõe uma melodia com ausência de dificuldades para o ouvinte, resgatando elementos da harmonia de Debussy e da música expressionista do final do século XIX. Já Brian Ferneyhough resgata o serialismo integral no movimento nova complexidade, com uma composição que expressa a complexidade e multiplicidade do homem atual. Na música espectral francesa, Tristan Murail e Gérard Grisey compõem a partir do estudo da estrutura espectral dos sons com o auxílio de recursos da eletrônica e da informática. Nos Estados Unidos (EUA), a multimusic é o caminho seguido por Meredith Monk e Joan La Barbara, que trabalham misturando recursos audiovisuais, como vídeo, teatro, dança etc. Há também a computer-music, que utiliza elementos da informática na síntese sonora, nos cálculos de estruturas musicais e nas transformações de informação numérica em sonora.

1985-1986 – Surgem o protocolo Midi (Musical Instrument Digital Interface) e o chip DSP (Digital Sound Processor), tecnologias que permitem o aumento na produção da música eletroacústica com suporte digital. O Midi facilita a conexão entre instrumentos eletrônicos, enquanto o DSP permite a transformação e a síntese de sons por computador. Implantados em computadores pessoais (os PCs), eles dão liberdade ao compositor de músicas eletroacústicas para desenvolver suas obras em casa.

1989 – Com o processo de abertura política e a posterior dissolução da União Soviética, o mundo passa a conhecer obras de compositores soviéticos isolados pelo antigo regime. Tem destaque as composições para cinema de Sofia Gubaidulina, as obras para piano de Galina Ustvolskaia e a poliestilística (fusão de vários estilos musicais, do tango ao dodecafonismo) de Alfred Schnittke.

1990 – O compositor norte-americano John Corigliano retoma a forma sinfônica tradicional do século XIX com sua Sinfonia n. ° 1, dedicada às vítimas da Aids, encomendada e gravada pela Sinfônica de Chicago. Devido ao grande sucesso, o Metropolitan de Nova York encarrega-o, dois anos depois, de compor uma ópera (The Ghost of Versailles) para a celebração de seu centenário.

1992 – A gravação da Sinfonia n. ° 3, do compositor polonês Henryk Górecki, chega a vender 14 mil cópias por dia. O sucesso comercial de Górecki aponta para o renascimento do interesse do público pela música sacra, presente na obra de autores como o estoniano Arvo Pärt, o britânico John Taverner, o polonês Zbigniew Preisner e o georgiano Giya Kancheli.

1994 – O finlandês Einojuhani Rautavaara estréia sua Sinfonia n. ° 7, denominada Anjo de Luz. Rautavaara tem uma trajetória que reflete a de muitos compositores de seu tempo: serialista na juventude, ganha popularidade ao adotar um estilo mais acessível.

1998 – Conhecido como regente e pianista de jazz, o francês André Previn compõe sua primeira ópera: A Streetcar Named Desire, baseada em texto homônimo de Tennessee Williams.


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Fonte:http://br.geocities.com/vinicrashbr/artes/musica/musicaeruditano mundo.htm

_music_4_ever_
Veterano
# ago/08
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Mikhaelis
Complementando o que o Zozão disse, depois de um tempo você vai diferenciar compositores dentro de um mesmo período, por exemplo, Bach de Vivaldi, Beethoven (fase romântica) de Liszt... e por fim, no Classicismo (onde é mais padrão portanto mais difícil), Mozart de Haydn. Até que você vai identificar compositores individualmente, após ouvir apenas o início de uma composição... é mais fácil do que parece

é bem verdade...após 2 anos de treino já consigo distinguir certas escolas e até alguns compositores...

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