como se preparar para ouvir música clássica?

Autor Mensagem
Ismah
Veterano
# set/15
· votar


Adler3x3

Bem lembrado... Ando estudando sobre, dub reggae, dub em geral, trap, e outros gêneros que estão se popularizando, e influenciando outros gêneros da música eletrônica.

O que parece ser mais fácil de fazer e tocar uma melodia com agudos ou uma melodia com graves, sem esquecer dos médios, mas por enquanto vamos ficar nesta polaridade de graves e agudos.

Do ponto de vista técnico, os graves se acoplam mais facilmente, a intermodulação de duas frequências próximas, é pouco perceptivíel

makumbator
Moderador
# set/15
· votar


Ismah
a intermodulação de duas frequências próximas, é pouco perceptivíel

Mas esse é justamente o problema. No grave é bem ruim formar acordes cerrados (com notas próximas) e fazer texturas de contrapontos densas, justamente por ser difícil para as pessoas diferenciarem uma altura de outra no grave extremo. Fica um bolo incompreensível.

Acho que a força do sub grave é na economia de linhas nessa parte, e fazê-las bem monofônicas. Elas precisam pulsar e ressoar o que acontece mais acima, e não levar a atenção do ouvinte pra essa faixa de som. Uma trama contrapontística nos moldes barrocos no sub grave mais atrapalha do que ajuda.

Adler3x3
Veterano
# set/15
· votar


[b]Makumbator[/b

Realmente quanto mais grave mais difícil fica de identificar as variações da notas.
E o maior problema que sinto na área do graves é como você comentou, corremos o risco de embolar.
Por isto que conclui que os graves apresentam um nível maior de dificuldade para se tocar, gravar, e principalmente equalizar numa mix, que preserve os graves mas seja ao mesmo tempo clara.
E conforme o tom da música e o solo que se vai fazer requer um cuidado especial.

makumbator escreveu:

"Uma coisa engraçada no contrabaixo acústico tocado com arco à maneira clássica é que em recitais é valorizado o agudo do instrumento."
Já tinha notado isto, é que realmente o contrabaixo acústico tem um som muito bom mesmo nos agudos, e esta sonoridade acho que agrada os compositores.
E nas minhas peças musicais orquestrais tenho experimentado seguir esta linha, e realmente parece que fica melhor, pois a caixa de ressonância é maior.

pianoid
Veterano
# set/15
· votar


subgrave no volume alto duma rave só deve ter a função de chacoalhar o intestino do sujeito pro ecstasy fazer efeito mais rápido. tanto faz se é uma só nota se repetindo ou uma elaborada trama contrapuntística, ninguém liga pra música ali

Adler3x3
Veterano
# set/15
· votar


Ismah

escreveu:
Do ponto de vista técnico, os graves se acoplam mais facilmente, a intermodulação de duas frequências próximas, é pouco perceptivíel

Percebo isto quando vou fazer um legato entre os graves, fica mais fácil.
Já nos agudos é mais difícil fazer o legato.
Me refiro a instrumentos virtuais.

makumbator
Moderador
# set/15
· votar


pianoid
subgrave no volume alto duma rave só deve ter a função de chacoalhar o intestino do sujeito

Mas é muito pra isso mesmo, uma reação física da pancada dos graves, que é tida como prazerosa pra quem gosta de música eletrônica.

Adler3x3
Já tinha notado isto, é que realmente o contrabaixo acústico tem um som muito bom mesmo nos agudos, e esta sonoridade acho que agrada os compositores.
E nas minhas peças musicais orquestrais tenho experimentado seguir esta linha, e realmente parece que fica melhor, pois a caixa de ressonância é maior.


Eu só não gosto do agudíssimo do contrabaixo, pois começa a ficar fanho. O som agudo dele é até legal por conta do corpo que a nota tem (e a mesma altura em outro instrumento acaba sendo mais estridente). Pra mim a melhor faixa pra solar no contrabaixo com arco é um pouco antes da metade do braço na corda sol (lá pelo ré) até o dó ou ré oitava acima (já na posição que se chama de capotraste, ou capotrasto). Tem um som bonito e muito corpo, sem ser fanho como o agudíssimo.

pianoid
Veterano
# set/15
· votar


tirando o piano, o instrumento que mais gosto é o violoncelo. Medida certa em volume e um grave sonoro mas melódico.

Adler3x3
Veterano
# set/15
· votar


Makumbator

Exceto alguns poucos instrumentos, que tem uma escala não tão grande os extremos tanto dos graves como dos agudos não soam bem.
Realmente o som fanho é desagradável e só por acaso o tocamos.
Mas num instrumento ruim, seja real ou virtual isto pode acontecer em várias regiões, não tem nada pior que um violão com cordas ruins fanho.

E outro dia escutei meio sem querer um cara querendo mostrar a extensão de sua voz, com uma voz ruim num violão fanho, e daí foi uma sessão de tortura.
rsss....

Adler3x3
Veterano
# set/15
· votar


pianoid
escreveu:
tirando o piano, o instrumento que mais gosto é o violoncelo. Medida certa em volume e um grave sonoro mas melódico.

Também gosto do violoncelo dizem que é o que tem o timbre e alcance mais próximo da voz humana, não sei se isto é verdade ou mito.
E por extensão conforme o caso gosto muito do contrabaixo clássico.

E um duo cello e cravo fica muito bom.

Adler3x3
Veterano
# set/15
· votar


Outro ponto.

É nos graves que devemos gravar usando mono.
Nas minhas experiências em gravações parece que fica melhor, não só o baixo, conforme o caso e instrumento e seu papel na música, mono é a melhor solução.

E conforme você movimenta no pan se ajusta melhor.

E isto não prejudica a espacialidade da música, claro no final com todos os instrumentos você vai ter um som estéreo.

Ismah
Veterano
# set/15
· votar


pianoid
Está no caminho certo. É exatamente o que me agrada... Mas dificilmente se escuta algum dos gêneros que mencionei numa rave, o dupstep é um ritmo mais urbano, do tipo que se escuta no fone enquanto viaja num metrô...

nichendrix
Veterano
# set/15
· votar


Ismah
Adler3x3
makumbator

Acho que vocês estão misturando as propriedades de frequências graves com as limitações do ouvido humano.

No caso de notas graves não existe essa diferença no comportamento dos graves, ao menos não fisicamente. O que existe é uma limitação do ouvido humano que tem maior percepção de médios na faixa de 1000 a 5000Hz, abaixo disso e acima disso, a percepção vai se degradando até chegar no ponto onde é impossível ouvir.

Outros animais tem uma resposta muito maior, furões percebem frequências a partir de 5Hz e golfinhos podem ouvir até 150KHz, mas do ponto de vista físico, não existe limitação, se você colocar alguém pra tocar um contrabaixo de no registro mais grave em semi-fusas a 200bpm, e pedir prum sensor sonoro adequado, ele não teria qualquer dificuldade de identificar as notas.

Um dos motivos de porque humanos não percebem bem sons graves é que abaixo de 100Hz a transmissão se dá não só pelo tímpano, se dá pelos ossos da cavidade craniana.

pianoid
Veterano
# set/15 · Editado por: pianoid
· votar


Ismah
tipo que se escuta no fone enquanto viaja num metrô

no trabalho ou no metrô, é Beethoven mesmo kkkk


nichendrix
furões percebem frequências a partir de 5Hz e golfinhos podem ouvir até 150KHz

alguns modernistas atonais já acharam seu público nicho entre esses ouvintes seletos kkkkk

makumbator
Moderador
# set/15 · Editado por: makumbator
· votar


nichendrix
No caso de notas graves não existe essa diferença no comportamento dos graves, ao menos não fisicamente.

Mas é justamente da limitação humana que falo. Obviamente que a música é escrita para humanos ouvirem, então as limitações levam em conta o ouvido médio humano (independente das limitações serem apenas fisiológicas).

A dificuldade em identificar a altura (frequência) de notas do sub grave não é um fenômeno sonoro da natureza do som, e sim da percepção humana desse som. Ele é real apenas no nosso cérebro, mas como precisamos dele para escutar música temos que levar isso em conta. A dificuldade que me refiro não é de ouvir o som (volume), e sim discriminar a altura (frequência).

Obviamente você conhece outros fenômenos de psicoacústica que tem consequência direta em como se faz música, nos arranjos, etc..., como o mascaramento, notas fantasmas, etc...tudo isso é real no nosso cérebro, não importa se ele não ocorre na natureza intrínseca do som.

Se você procurar literatura sobre isso vai ver que quanto mais no grave avançamos menor é a capacidade humana em separar as notas entre si (e então se chega a um ponto em que fica complicado separar claramente um si de um dó, por exemplo).


se você colocar alguém pra tocar um contrabaixo de no registro mais grave em semi-fusas a 200bpm

Hahha! Mas isso não existe no contrabaixo! :)

Ismah
Veterano
# set/15
· votar


Coloquei o link para assistir no uToba...
Leiam o descritivo ;)

https://www.youtube.com/watch?v=eG63Ec3CiXo

Buja
Veterano
# set/15
· votar


se você colocar alguém pra tocar um contrabaixo de no registro mais grave em semi-fusas a 200bpm
Fiquei curioso agora kkk. Se tivesse instalado aqui no trabalho um guitar pro, eu colocaria uns 20 segundos de notas em semi-fusas na primeira oitava a 200bpm, so pra ouvir o moçoroca midi que iria virar kkkkk

Buja
Veterano
# set/15
· votar


Ismah
Nao creio rs.

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a como se preparar para ouvir música clássica?