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Mensagem |
Lucas Franchetto
Membro Novato |
# dez/13
Olá!
Sou novo no Fórum e pretendo tirar algumas dúvidas acerca de faculdades.
A principio, a minha ideia era entrar para alguma faculdade de música com o objetivo de ser instrumentista. Como já quis colocar meus pés no chão, decidi que o melhor era fazer a licenciatura em música, já que gosto da área da educação e gostaria de lecionar.
Estou saindo do terceiro ano do ensino médio e começarei a fazer conservatório em violão erudito com o objetivo de melhorar minhas capacidades teóricas e práticas no violão. Toco desde os 12 (faço 18 em março) e sei pouco de teoria, mas não sei ler partitura, apenas achar as notas. Minha grande dúvida é a quantidade de tempo que eu demoraria pra conseguir entrar no curso de Educação Musical da Unesp ou da USP. Queria saber a opinião dos instrumentistas eruditos do fórum, ainda mais sobre o grau de dificuldade e como são as provas para entrar no curso desejado. Acho sobre o bacharel, mas nunca sobre licenciatura! Me ajudem!
Abraços!
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Lucas Franchetto
Membro Novato |
# dez/13
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Gente, por favor! Imploro a ajuda de vocês.
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TG Aoshi
Veterano |
# dez/13
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Lucas Franchetto
Vai com calma, por que tanta pressa?
Não levando em conta o seu nível (tocar x anos não diz muita coisa), minha sugestão é ir com mais calma e se concentrar no conservatório por enquanto.
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Lucas Franchetto
Membro Novato |
# dez/13
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TG Aoshi
É que meus pais são um tanto conservadores e não apoiam a minha ida à música. Tive a infelicidade de dizer a eles que já pensei em fazer biologia, agora eles insistem que eu deva fazer isto, mas mudei a opinião, não quero. Se eu conseguisse entrar em uma universidade boa de música rápido, conseguiria mantê-los quietos. Penso em levar um trabalho relacionado à gráfica (pelo curso técnico que acabo de terminar) e o conservatório e, quando passar em uma universidade, largar a gráfica e tentar fazer bico em escola de música, pois com um emprego de 8h ao dia, é impossível acompanhar um horário diurno (tanto a Unesp como a USP).
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TG Aoshi
Veterano |
# dez/13
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Lucas Franchetto
Antes de tudo, vou escrever um monte, mas ressalto que é apenas minha opinião. Pense bastante, converse com outras pessoas mais experientes na área da música, leia e pesquise, antes de traçar os planos. E lembre que a decisão tem que partir somente de você.
mantê-los quietos.
Olha, sugiro tentar se acostumar com esse "barulho" todo que vão fazer. Sei que incomoda bastante, que é quase impossível deixar esse problema de lado algumas vezes (na verdade, "quase sempre", huashuahsua!), mas acostume-se. Ao menos no princípio, você infelizmente não vai calar ninguém, isso se conseguir aquietar alguém...
Além disso, pense mais em você e também de um modo mais lógico e racional. Por exemplo, consegue enxergar que isso: Se eu conseguisse entrar em uma universidade boa de música rápido, conseguiria mantê-los quietos. está muito mais pra um tapa-buracos feito em prol dos seus pais, do que pensando no seu bem e na sua carreira?
Lembra o que disse lá no começo, sobre a escolha partir de você e somente você? Pois é um velho conselho, quase clichê, mas a mais pura verdade. Em resumo, não são seus pais que vão ter que aturar uma carreira que você nunca quis pelo resto da vida.
Outro ponto é que você passou muito a sensação de que traçou os planos desse jeito mais por pressão dos pais, do que por você. Não tenha tanta pressa, desencane de tentar abafar as vontades alheias e pense em tudo de novo, só que de um jeito mais racional e lógico.
Primeiro, esquece a formação, faculdade, etc... comece respondendo as perguntas básicas; se você tem mais interesse pelo popular ou erudito, se quer ser instrumentista, compositor, etc... Claro que não precisa ser nenhuma resposta precisa, mas tendo uma ideia de pra que lado você quer ir, fica mais fácil das pessoas te ajudarem e até mesmo pra você traçar os seus planos.
Bom, vou deixar pra tocar em outros assuntos e outras coisas que notei outra hora. O caminho que é a música já está decidido, mas por enquanto deixe a pressa e afobação de lado e tenta repensar nos seus planos de novo. Vai com calma.
Qualquer dúvida poste aí, que o pessoal tentar te ajudar.
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Lucas Franchetto
Membro Novato |
# dez/13
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TG Aoshi
Então, eu já decidi o lance da música há tempos e, de início, eu pensei na área erudita mesmo, mas esse ano eu meio que eu toparia qualquer coisa relacionada a música.
Nem é pressão dos pais, de verdade. A única coisa que eles vão exigir de mim é o trabalho junto a faculdade, eles valorizam muito o homem pelo trabalho. O que realmente me preocupa é o quão é grande a dificuldade de juntar o trabalho com a universidade de música. Se meus pais fossem mais tranquilos, eu faria tudo com mais calma, mas eles são daqueles que falam "Você vai perder mais um ano da sua vida tentando entrar na universidade de música?", entende? E isso me irrita, já brigamos feio em casa.
Eu decidi fazer música por diversos fatores. No ensino médio, me apaixonei pelas aulas de sociologia, onde, além de conversar diversas vezes com o professor que me deu tal matéria, eu me interessei mais por política, história e até literatura. Conheci algumas pessoas que eram amantes de músicas mais antigas, pessoas do cinema, do teatro, das artes plásticas e da poesia. Acabei me apaixonando mais pela arte e criei fortes laços com os sistemas políticos esquerdistas. Pensei em fazer cursos mais voltados à políica, mas vi que a minha função como ser humano era ser da arte mesmo.
Inicialmente, desejei a música como forma de produzir arte, de levar a arte às pessoas, de impedir que a safra de músicos diminua a cada ano. Posteriormente, achei tudo um tanto utópico, mas, para preservar minhas ideologias, resolvi que a área da educação musical era um ótimo caminho, também. Por já ser ligado à educação, achei a ideia maravilhosa e me vejo como um músico tanto instrumentista (independente se for erudito ou popular) como educador.
Outra ideia que tive foi de tentar fazer o curso de Pedagogia na USP e, junto com o conservatório, inovar no campo da educação da música, já que não é necessário ter a graduação para tocar ou educar. Diga-me a sua opinião, TG Aoshi, por favor!
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Ken Himura
Veterano |
# jan/14
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Lucas Franchetto
Acredito que essa sua ideia de Pedagogia + Conservatório é a que dê mais oportunidades de emprego imediato na área, visto que já são duas carreiras mais focadas na "parte prática", com pouca carga teórica inicial. Já dá pra arrumar um estágio (ou equivalente) logo no segundo período de pedagogia.
Quanto a revolucionar a área de educação musical, você precisa só, de facto ter uma ideia para tal que funcione, tenha a formação pedagógica ou não. Boa parte dos grandes dessas áreas, inclusive atualmente, achariam que pedagogia era "algo de comer" se fossem perguntados sobre. Não subestime a capacidade de ensinar de pessoas simples, como por exemplo os professores de ritmistas de escolas de samba.
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Lucas Franchetto
Membro Novato |
# jan/14
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[/b]Ken Himura[b]
Não as subestimo, de forma alguma. Aliás, é essencial que haja pessoas dispostas a ensinar música, independente do gênero ou da formação. Me expressei errado quando à inovação, mas acho que dá para ter uma certa ideia. Conversava com um homem, que fez pedagogia, e ele me disse que o maior problema de todas as universidades do país é que as matérias de pedagogia nas licenciaturas (tanto se for em Física, Letras, Biológicas, Música) não eram nada suficientes para mostrar o que é realmente a pedagogia. Ele disse que uma ótima opção seria fazer o curso de pedagogia e seguir um rumo em uma pós, por exemplo, na área da educação musical. E até pesquisei diversas eletivas na USP que tratam sobre a educação musical e artística em geral.
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