A música erudita morreu?

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Ch4p0L1N
Veterano
# fev/08
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A música erudita morreu?
aham

Ken Himura
Veterano
# fev/08
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Ch4p0L1N
por quê?

J. S. Coltrane
Veterano
# fev/08
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A canção popular [aqui entra o jazz] não seria somente música, mas letra + música. Nesse sentido tudo o que precisamos é de uma letra e alguns acordes. A maioria das canções populares só apresentam 3 acordes. O que se fala hoje é de um esgotamento dessa forma, e de músicas que só trabalham a parte rítimica, excluindo a melodia [RAP].

Chico Buarque e Tinhorão já apontam para esse limite da canção popular.

Ricnach
Veterano
# fev/08
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Interessante você falar deste esgotamento... Acho que quando uma maneira de se fazer se esgota é porque estamos demandando novos formatos, e históricamente foi a musica erudita quem trouxe novas possibilidades para a produção da musica popular. Existiu uma tentativa de renovação da musica popular a partir do atonalismo, no free-jazz, no movimento no-wave (em contraste com o new-wave) como até em Arrigo barnabé. A musica eletronica e concreta inspiraram Kraftwerk e depois toda uma geração de musicos eletronicos populares. O problema hoje acho nem é mais da morte da musica erudita mas a morte de uma postura reflexiva sobre a musica, principalmente por parte dos musicos populares que vêem a qualidade do seu trabalho ser puxado cada vez mais para baixo, desde os anos 70 temos um grafico decrescente muito claro, obviamente, com excessões. Os próprios musicos são os primeiros a se enclausurarem em um unico "estilo" e a praticar uma postura preconceituoza com toda a musica que surgiu desde o final do século XIX. Nós temos que mudar eta potura, abrir algumas arestas da mente para que escutemos melhor, um preconceito pode nos deixar irrecuperavelmente surdos!

J. S. Coltrane
Veterano
# fev/08
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Ricnach

Esse é o caminho. Acho que falta uma postura mais crítica e histórica dos músicos.

J. S. Coltrane
Veterano
# set/10
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up

cellolover
Veterano
# out/10 · Editado por: cellolover
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J. S. Coltrane
Oi. Puxa, vc. certamente faz as perguntas mais difíceis de responder aqui no fórum rssssss....
Não sei se concordo com a sua afirmação sobre a música no capitalismo...a grande parte do repertório de música erudita mais consumida hoje surgiu no capitalismo! A própria idéia de música como algo a ser consumido por uma platéia (com a cobrança de ingressos) tomou força com o romantismo, em pleno capitalismo industrial. É na era do capitalismo industrial que a música adquire "status" de produto artístico e não funcional (como foi até o Barroco). Acho que as vanguardas modernas levaram a música para novos caminhos técnicos, novas formas de expressão (serialismo, música concreta, eletrônica...) mas essas formas não têm a mesma aceitação do repertório mais tradicional (Beethoven, Mozart, Schubert etc). Mas tem também essa contradição - o anti-romantismo dessas vanguardas revalorizou o repertório anterior ao Romantismo e ao Classicismo - as formas do barroco e os compositores anteriores....Hoje acho que existem muitas direções para um compositor escolher. Talvez parte do problema também esteja aí - será que dá prá fazer música contermporânea, alheia ao sistema tonal e que agrade uma parcela tão grande do público consumidor de música erudita quanto a parcela que consome majoritariamente o repertório erudito tradicional? Eu não faço a menor idéia....rsss. Mas acho que público existe para o novo repertório sim...como provam os vários festivais de música contemporânea que existem. Tema polêmico esse!!!

pianoid
Veterano
# set/15
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grande discussão, pena que não participei

sobre arte x produto: arte é produto de seu tempo. Os rapsódicos homeridae cantavam uma sucessão de contos folclóricos - não muito diferente de cantadores de martelo agalopado nordestino - até algum grego na antiguidade ainda verificar que aquilo era um legado cultural digno de registro e escrever tudo, e séculos depois passar a ser estudado e canonizado como alta cultura. O mesmo pode ser dito de todos aqueles minuetos, polonaises e valsas que Bach, Beethoven e Chopin cultivavam, não sem erudição e estudo, mas definitivamente formas populares.

sobre eruditos acadêmicos em suas torres de marfim: sim, abandonaram a herança popular e foram se trancar em suas barulhentas torres atonais, certos de que um dia serão redescobertos como um novo Bach e soltaram uma gargalhada reprimida do fundo da tumba. O abandono das formas folclóricas é fácil de explicar: não era mais preciso um compositor para isso, bastava um microfone. Ouvimos os minuetos e valsas tratados com todo arroubo e grandeza tal como registrado em partitura pelos compositores clássicos, mas as formas populares modernas vem à nós crua, diretamente dos músicos populares. Só restou aos eruditos modernos persistirem no caminho sem volta da egotrip niilista do entre-guerras...


acho que a moral da história aqui é que não se inventa arte, se traduz apenas...

Ken Himura
Veterano
# set/15
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pianoid
Cara, sua visão da história da música e da música em si está bem distorcida. Do tipo falar que capital do Brasil é Buenos Aires.

Adler3x3
Veterano
# set/15 · Editado por: Adler3x3
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oops post duplo.

Adler3x3
Veterano
# set/15 · Editado por: Adler3x3
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Ken Himura

Agora mudou não é mais Buenos Aires é Caracas, por causa da influência da República Boliviarana e do embrutecimento da educação e cultura das novas gerações, não só do Brasil.

A música erudita não morreu e nunca vai morrer.

rsss.....

makumbator
Moderador
# set/15
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Adler3x3
Agora mudou não é mais Buenos Aires é Caracas

Na época do Ronald Reagen era la Paz. Curtia mais essa época.

Adler3x3
Veterano
# set/15
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Makumbator
Na época do Ronald Reagen era la Paz. Curtia mais essa época.

Entendi.
Em muitos sentidos você tem razão e não é saudosismo.

pianoid
Veterano
# set/15
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Ken Himura
reflita e refute se puder

Ken Himura
Veterano
# set/15
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pianoid
Pra quê? É perda de tempo ir contra broscience num fórum de internet.

pianoid
Veterano
# set/15
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broscientists se congratulam fechados em suas torres de marfim?

parece que sim

Ken Himura
Veterano
# set/15
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Em psicologia, projeção é um mecanismo de defesa no qual os atributos pessoais de determinado indivíduo, sejam pensamentos inaceitáveis ou indesejados, sejam emoções de qualquer espécie, são atribuídos a outra(s) pessoa(s). De acordo com Tavris Wade, a Projeção Psicológica ocorre quando os sentimentos ameaçados ou inaceitáveis de determinada pessoa são reprimidos e, então, projetados em alguém. (WADE, Tavris. “Psychology” Sixth Edition. ISBN 0-321-04931-4. New Jersey: Prentice Hall, 2000)

pianoid
Veterano
# set/15
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sou vítima de projeção de paranóicos sempre, me sinto oprimido

mas não uso clones pra lidar com isso

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