Meu tio ganhou 2 milhões de reais na loteria

Autor Mensagem
Wade
Membro Novato
# jun/16
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-Dan
Entendi a matemágica no caso do tópico e em caso onde exista uma diferença monetária entre alugar e parcelar. E investir essa diferença enquanto aluga é mais vantajoso.

O que estou tentando dizer é que em qualquer situação onde o cidadão, ganhe quanto for, tiver o desejo de ter seu teto (não compartilhado) e está diante de duas opções (alugar ou comprar a prazo) e ambas as opções vão lhe custar mensalmente a mesma coisa (as vezes a parcela é até mais em conta que o aluguel), ao final de algumas décadas, ter optado pela compra vai ter a vantagem de agora ser dono do imóvel, enquanto ter optado por alugar não.

E, sendo um caso em que a parcela da compra seja menor que o que seria o aluguel mensal de imóvel de mesmo porte, a opção da compra ainda vai lhe render um bônus mensal que, como vocês pregam, pode ser investido pra se transformar em trilhões no futuro.

Só isso.

-Dan
Veterano
# jun/16
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Wade

tiver o desejo de ter seu teto (não compartilhado)

Desejos são outros 500. Mas, como eu falei, se ele simplesmente torra com aluguel, é melhor realmente ele torrar com um financiamento e pagar quatro apes pelo preço de um para ter esse bônus no final.

Mas pra quem quer fazer dinheiro florescer, não tem o desejo profundo de ter urgentemente uma casa registrada em seu nome, dado o cenário atual, alugar pode valer muito mais a pena.


E, sendo um caso em que a parcela da compra seja menor que o que seria o aluguel mensal de imóvel de mesmo porte, a opção da compra ainda vai lhe render um bônus mensal que, como vocês pregam, pode ser investido pra se transformar em trilhões no futuro.

Se sobra pra investir provavelmente ele fez mau negocio. Ele poderia ter financiado o máximo da renda possível que ele aguentasse pra encurtar o prazo e pagar menos juros.

Nesse exemplo ele financia pagando, suponhamos, X% de juros, e o que sobra ele investe a algo menor que X% pra fazer esse algo virar trilhões. Se vc ta pagando mais juros que recebendo, vc tá fazendo mau negocio. Encurtando o financiamento com essa sobra provavelmente ele pagaria menos juros.

E a evolução gerada por juros compostos não é bem uma pregação mística. É uma daquelas pequenas verdades do tipo, "troque os enlatados por alimentos naturais", que quem não consegue fazer critica.

sallqantay
Veterano
# jun/16
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aluguel vs compra de casa é o equivalente ao valvulado vs digital: não acaba nunca e é um porre de assistir

Wade
Membro Novato
# jun/16
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Encurtando o financiamento com essa sobra provavelmente ele pagaria menos juros.

Em qualquer um dos casos, comprar foi melhor que alugar.

Mas pra quem quer fazer dinheiro florescer, não tem o desejo profundo de ter urgentemente uma casa registrada em seu nome, dado o cenário atual, alugar pode valer muito mais a pena.

Por que? Vai estar gastando com aluguel todo mês o que poderia estar gastando com as parcelas do financiamento. Sendo que o financiamento um dia acaba e você tem um imóvel em mãos. Aluguel é pra sempre e não vai ter porra nenhuma sua.

Você faz parecer que optar por aluguel é uma solução mágica e que daqui a 20 anos vai aparecer 6 milhões na sua conta. lol

-Dan
Veterano
# jun/16
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Wade

Volte la pra página 2.

Vc quer fazer as contas como se existissem só laranjas e maçãs no mercado hipotético. Ou o João pega o 600 e aluga e paga aluguel com esses 600, ou pega o 600 e contrai o financiamento. Se vc só enxerga essas duas opções, blz.

Não existe nenhuma possibilidade do tipo, reduzir o padrao de vida e alugar por 300 e investir 300, no seu raciocinio hipotetico

Considerando esse ambiente de simulação que só tem essas duas variaveis de cenario aí, realmente, aí eu concordo com vc.

No mundo real não.

Jack Holland
Veterano
# jun/16
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Wade

Cara, dá uma lida neste artigo aqui, sobre financiamento:

http://www.autoentusiastasclassic.com.br/2011/04/epopeia-dos-juros.htm l

É meio comprido mas vale muito a pena. Trata especificamente sobre financiamento de carro, mas o mesmo raciocínio também pode ser aplicado aos imóveis, alterando algumas variáveis.

Wade
Membro Novato
# jun/16
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-Dan
Vc quer fazer as contas como se existissem só laranjas e maçãs no mercado hipotético.

Não. Eu deixei bem claro desde a página anterior que estou falando de uma situação específica. Você que ainda não entendeu isso e tá dando murro em ponta de faca.

No mundo real não.

Sai do quarto.

Jack Holland
Nah. Eu já entendi o ponto de vista de vocês NA HIPÓTESE ANTERIOR. Só coloquei uma nova e queria ver se, nesta nova (que só não acontece no mundo real do -Dan), aluar ainda era mais vantajoso que comprar.

Wade
Membro Novato
# jun/16
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"Vou me privar e reduzir meu padrão de vida pela metade durante 30 anos. Pegael."

1/3 da vida pobre, 1/3 mais pobre ainda, mas poupando e 1/3 gastando os zilhões que juntou com remédio e hospital.

makumbator
Moderador
# jun/16
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Wade

1/3 da vida pobre, 1/3 mais pobre ainda, mas poupando e 1/3 gastando os zilhões que juntou com remédio e hospital.


Mas isso só se tiver a "sorte" de não morrer antes de ficar velho.

Jube
Veterano
# jun/16
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Wade

Seu ponto de vista é muito interessante e muito realista. Essas fórmulas clichês, ou melhor dizendo, pérolas não funcionam para todo mundo. Acredito que o sujeito precise ter uma (muito) boa renda para poupar sem deixar de viver.

E depois bate em algo que você disse:
"Vou me privar e reduzir meu padrão de vida pela metade durante 30 anos. Pegael."

1/3 da vida pobre, 1/3 mais pobre ainda, mas poupando e 1/3 gastando os zilhões que juntou com remédio e hospital.

É o que sempre penso, a pessoa vai deixar de comprar um carro, uma casa, deixar de comprar alguns mimos e fazer coisas enquanto ainda pode. Desperdiçando a vida para quando tiver 50 e poucos anos começar a viver, se chegar até lá.

PS: Opinião baseada no cenário que o Wade descreveu.

megiddo
Membro
# jun/16
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O Wade tá viajando.

Jube
Veterano
# jun/16
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Jack Holland
Cara, dá uma lida neste artigo aqui, sobre financiamento:

http://www.autoentusiastasclassic.com.br/2011/04/epopeia-dos-juros.htm l

É meio comprido mas vale muito a pena. Trata especificamente sobre financiamento de carro, mas o mesmo raciocínio também pode ser aplicado aos imóveis, alterando algumas variáveis.


Muito bom o artigo, quando alguém me fala que vai comprar um carro novo, vem na minha cabeça um gráfico exatamente igual ao exemplo 2.

-Dan
Veterano
# jun/16 · Editado por: -Dan
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Wade
Não. Eu deixei bem claro desde a página anterior que estou falando de uma situação específica. Você que ainda não entendeu isso e tá dando murro em ponta de faca.

No mundo real não.

Sai do quarto.


Como falei, na situação especifica em que só existem essas duas opções, meter X num aluguel ou o X num contrato de financiamento, financiar é melhor pq, como vc bem frisou, ganha-se uma residencia lá no fim da vida.

Provavelmente alguém que se limita a só isso vai morrer pobre mesmo. Como falei, geralmente quem prospera é quem expande a cabeça e os horizontes, pensa fora da caixinha do que os avós injetaram na cabeça, independente se tem 50 anos, 45 filhos, AIDs, etc.

Mas eu entendo alguem não conseguir enxergar muito além, criatividade e inovação tem um quê de educação e exigir isso de um João comum nesse Brasilzão, é dificil.

A vida real é muito dificil e o que resta é limitar os horizontes para as opções e para os desejos do senso comum, retroalimentando o sistema para culpa-lo depois.

PS: eu realmente entendo que poucos tem condições de refletir de forma inteligente sobre investimentos, poupança, ambições, etc, com o feijão nesse preço. Isso é triste. Mas são esses poucos que prosperam mesmo.

Acho que até fugi do assunto ahhaha.

-Dan
Veterano
# jun/16
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Jube
Seu ponto de vista é muito interessante e muito realista. Essas fórmulas clichês, ou melhor dizendo, pérolas não funcionam para todo mundo. Acredito que o sujeito precise ter uma (muito) boa renda para poupar sem deixar de viver.

Eu concordo com isso aí. Penso que um sujeito com baixa renda que quer prosperar financeiramente, não deveria ter como prioridade poupar 50 reais por mês, ou muito menos, comprar uma casa. IMO, o que sobra deveria aplicar em um auto investimento/capacitação para poder elevar sua renda, e assim, expandir sua cartela de luxos futuramente.

É o que sempre penso, a pessoa vai deixar de comprar um carro, uma casa, deixar de comprar alguns mimos e fazer coisas enquanto ainda pode. Desperdiçando a vida para quando tiver 50 e poucos anos começar a viver, se chegar até lá.

Desejos são muito pessoais. O conceito de desperdiçar a vida também. Não querendo afirmar que vc disse isso, mas conheço realmente quem pensa que aproveitar a vida é realmente ter um carro a qqer preço quando novo, torrar grana em balada quando novo, pq, aos 50, com metade da vida ainda pela frente, não terá como aproveitar.

Acho que dá pra fazer as duas coisas.

-Dan
Veterano
# jun/16
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Jack Holland
Cara, dá uma lida neste artigo aqui, sobre financiamento:

http://www.autoentusiastasclassic.com.br/2011/04/epopeia-dos-juros.htm l


Ótimo link. Mas o João Comum vai ter preguiça de ler e muitos dos que Joões que lerem, não vão entender.

malucobeleza666
Veterano
# jun/16
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BTW, nome do meu tio é João heim, escolheram o nome certinho haha

One More Red Nightmare
Veterano
# jun/16
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Sabem como eu sei que sou mágico? Nem li a discussão e sei que o Dan (wade) ta errado.

Por favor, confirmem.

brunohardrocker
Veterano
# jun/16
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One More Red Nightmare

Em discussão de Dan contra Dan, vence aquele que está com o Dan mais avançado?

sallqantay
Veterano
# jun/16
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One More Red Nightmare

ah sim, o -Dan sempre tem a palavra final

st.efferding
Membro
# jun/16
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o sinal de menos é a régua moralizadora

Wade
Membro Novato
# jun/16
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malucobeleza666

E aí, conseguiu dar uma beliscada na grana?

Xeper
Veterano
# jun/16
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Em discussão de Dan contra -Dan

Vc sai com a sensação de que o assunto não saiu do zero...

malucobeleza666
Veterano
# jun/16
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Wade
E aí, conseguiu dar uma beliscada na grana?

Nada...nunca mais nem vi ele.

Jack Holland
Veterano
# jun/16 · Editado por: Jack Holland
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Wade
Nah. Eu já entendi o ponto de vista de vocês NA HIPÓTESE ANTERIOR. Só coloquei uma nova e queria ver se, nesta nova (que só não acontece no mundo real do -Dan), aluar ainda era mais vantajoso que comprar.


De fato, isso não é uma fórmula pronta que vai funcionar em 100% das situações.

É claro que conforme se vai reduzindo as variáveis valor do imóvel + renda do sujeito, a vantagem fica cada vez menos evidente.

Porém mesmo no exemplo que vc colocou, ainda consigo ver vantagem no aluguel.

Pra começar, não existe isso de comprar ou alugar o mesmo imóvel com a mesma quantia mensal. Nunca vi isso na minha vida. Se puder fazer uma simulação e postar aí fico agradecido.

Para demonstrar como este exemplo é irreal, este aluguel de R$ 600,00, com base nos índices atuais, estaria compatível com um imóvel em torno de 150 a 170k.

Se fizer uma simulação pra um financiamento deste mesmo imóvel no prazo de 20 anos, colocando as correções anuais, juros, taxas, etc. chegaremos tranquilamente a uma parcela perto dos R$ 1.000,00. E isso que nem estou contando comissão de corretor, escritura, ITBI, eventuais reformas necessárias, etc. que, se embutir nas parcelas mensais, com certeza vai passar dos R$ 1.000,00.

O que eu, pessoalmente, faria? De início procuraria um local ainda mais barato pra alugar, pouparia e iria investindo (de várias formas) a diferença para, no fim desses 20 anos, ter um patrimônio maior do que este imóvel.

Mas, lembrando novamente:

1) Isso funcionaria pra todo mundo? NÃO
2) Isso quer dizer que eu sou o dono da verdade e quem mesmo assim preferiu comprar está errado? NÃO
3) Pode ser que daqui uns anos o cenário econômico mude e eu acabe mudando de estratégia? COM CERTEZA

Agora sobre estas frases:


1/3 da vida pobre, 1/3 mais pobre ainda, mas poupando e 1/3 gastando os zilhões que juntou com remédio e hospital.

Jube
É o que sempre penso, a pessoa vai deixar de comprar um carro, uma casa, deixar de comprar alguns mimos e fazer coisas enquanto ainda pode. Desperdiçando a vida para quando tiver 50 e poucos anos começar a viver, se chegar até lá.


Não que seja o caso de vcs, mas é engraçado como aqui no Brasil é fortemente enraizado esse pensamento de que só é possível curtir plenamente a vida torrando 100% do que ganha (ou mais), e que poupar e investir é coisa de "gente que não vive".

Essa noção é extremada e totalmente errada, pois ninguém está falando pra vc perder a saúde trabalhando como um condenado, muito menos pra ser um sovina e praticamente passar fome pra juntar, mas sim pra gastar seu dinheiro com um mínimo de inteligência, e entender que riqueza é seu patrimônio e não sua renda.

Não ficar se enfiando em financiamentos e trocando de carro toda hora, não ficar trocando de celular sem real necessidade, não ficar comprando uma porrada de gadgets inúteis, não ser um modinha preocupado em só ter tudo de marca, etc. são pequenos ajustes que se pode fazer cujo resultado pode não ser percebido agora mas fará uma enorme diferença lá na frente.

Até porque, qualquer um que tenha um mínimo de reflexão na vida já percebeu que a euforia pela aquisição de bens materiais é muito curta, aquilo que te dava uma puta satisfação, logo depois que vc conquista já não tem mais a mesma graça e queremos sempre mais, e a coisa mais difícil pro ser humano é conseguir se libertar do ego e sair desse círculo vicioso.

A melhor maneira de perceber isso é andar com pessoas muito ricas. Quando vc vê a pessoa tratando com total desdém e indiferença algo que é seu sonho de consumo e que provavelmente vc se matou pra comprar, isso é um tapa na sua cara, pra mostrar o quão otários somos de ficar ligando pra isso.

Isso me lembra a última empresa privada em que trabalhei. Enquanto quase todo mundo vivia no limite do orçamento, enforcado com uma porrada de parcelas, carro novo, celular, notebook, pacote top de TV a cabo, etc., pra "aproveitar a vida ao máximo" eu tinha meu estilo mais de boa, carro mais simplezinho e antigo porém quitado, celular mais humilde mas que me atendia perfeitamente, etc. Quando veio a crise de 2008, todo mundo entrou em desespero, viviam tensos diariamente com medo de demissão (pois se isso acontecesse, no mês seguinte já não iam ter dinheiro pra nada), e enquanto isso, lá estava eu tranquilo e calmo cagando e andando pra isso tudo, já que eu tinha uma reserva que me bancaria no mesmo padrão que eu tinha por pelo menos 1 ano desempregado, se necessário (estamos falando de um moleque de 21 anos na época).

Uma história mais recente é a de um senhorzinho que tem um boteco aqui perto do trabalho. Eu sempre almoçava lá, pois a comida era boa e o preço era bem em conta. Um dia, de uma hora pra outra, o preço de todos os pratos subiu abruptamente. Pela curva da oferta x demanda, evidentemente o movimento começou a cair (eu inclusive). E a cara dele cada vez mais fechada e preocupada. Quando eu perguntei o motivo do reajuste... "ah, subiu o queijo, subiu o arroz, tem que repassar, sacumé". Mas um tempo depois veio a resposta: um belo dia vejo este senhor embicando no boteco com um civic zero. Ou seja, tava explicado o real motivo do "repasse". Pensei, no mínimo ele se empolgou e se enfiou num financiamento gigantesco pra aparecer em um carrão, achando que era só aumentar os preços e tava tudo certo. Depois de um tempo, óbvio que as parcelas não estavam mais "cabendo no bolso" e ele começou a calotar. Da última vez que eu soube, a dívida já estava imensa, o carro já estava com busca e apreensão, e ele tenso escondendo o carro pois podia ser apreendido a qualquer momento (consigo imaginar até as brigas diárias em casa com mulher e filhos por causa disso - $ costuma ser o motivo nº 1 pra brigas e divórcios). Fácil perceber que se ele, ao invés de fazer esta merda, tivesse ficado com o carro que ele estava antes (um Astra 2000 quitado e inteirinho) e economizando o valor das parcelas, hoje estaria bem mais rico, vivendo muito melhor e sem preocupação nenhuma.

Agora multiplique essa história por milhões de zés da silva espalhados pelo Brasil e vai ficar fácil entender o "crescimento do consumo" e o "milagre da aquisição do carro zero pelas classes C e D", mas que na verdade estão se escravizando mais do que nunca enquanto os bancos lucram recorde atras de recorde.

Se "aproveitar a vida" é viver desse jeito, prefiro ser um quadrado mesmo, obrigado...

Wade
Membro Novato
# jun/16
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Jack Holland
Posso dar como exemplo o apartamento onde vivo, cujo aluguel é X.

O vizinho de baixo mora não de aluguel, mas está financiando o ap de baixo, onde ele mora. Ele paga ao todo um pouco mais da metade do que eu pago.

O financiamento é de 20 anos? Não sei. Provavelmente é de mais que isso, pra que a parcela ficasse tão baixa. Mas em todo caso, este caso em particular entra no cenário que tentei supor, onde o valor do aluguel é o mesmo (ou até mais caro) que o valor da parcela. Ou seja, o que o sujeito iria investir da sua renda por mês morando de aluguel, ele pode investir (até mais, se quiser, no caso) enquanto paga as parcelas.

Ao final do financiamento, seja lá quantos anos forem, ele vai ter o rendimento do que investiu (como disse, igual ou superior ao que teria se tivesse optado por alugar) e de quebra tem um imóvel em seu nome.

st.efferding
Membro
# jun/16
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Eu gostaria de ver alguém fazendo essa comparação "vale mais a pena alugar versus financiar" com números, não com palavras. viva temer bolsolindu bjus brazil vem ni mim mina do crossfit

Jube
Veterano
# jun/16
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Jack Holland
Não que seja o caso de vcs, mas é engraçado como aqui no Brasil é fortemente enraizado esse pensamento de que só é possível curtir plenamente a vida torrando 100% do que ganha (ou mais), e que poupar e investir é coisa de "gente que não vive".

Essa noção é extremada e totalmente errada, pois ninguém está falando pra vc perder a saúde trabalhando como um condenado, muito menos pra ser um sovina e praticamente passar fome pra juntar, mas sim pra gastar seu dinheiro com um mínimo de inteligência, e entender que riqueza é seu patrimônio e não sua renda.


Meu pensamento é parecido com o seu, sou bem conservador com os gastos mas discordo em partes. A grosso modo: não sei você, mas eu sempre tomo como exemplo a renda básica de uma família, a qual eu já fiz parte.
Partindo disso, ou você se joga no financiamento, ou não vai ter nada. Os preços são extremamente fora da casinha para qualquer coisa até para quem é mais conservador, tem as contas básicas de energia, água, internet/telefone, aluguel ou parcela de casa própria, imprevistos, alimentação, limpeza, cuidados pessoais, remédios, tratamentos e o salário extremamente defasado. Depois de olhar o que sobra, você acaba vendo o porque dessa cultura de "gente que não vive".

Claro que a maioria das pessoas são inconsequentes, sempre fico indignado quando lembro da história de um cara que morava de favor numa casa minuscula no terreno de um zézinho, num lugar meio favela e resolveu comprar um c4 pallas, o carro simplesmente não cabe na garagem que nem é do sujeito. O rapaz ainda foi brigar com o zézinho por não deixar ele guardar o carro lá porque o portão ficava aberto e metade do carro na rua.

sandroguiraldo
Veterano
# jun/16 · Editado por: sandroguiraldo
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Jube

Meu dentista falava o seguinte: "entre comprar uma TV de trocentas polegadas e tratar os dentes, adivinha qual opção o brasileiro médio escolhe? A TV com certeza
Afinal de contas, os dentes ninguém vê, pois ficam dentro da boca né... a TV não... ela fica no rack da sala onde todos podem ver."

-Dan
Veterano
# jun/16
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st.efferding
Eu gostaria de ver alguém fazendo essa comparação "vale mais a pena alugar versus financiar" com números, não com palavras. viva temer bolsolindu bjus brazil vem ni mim mina do crossfit

Quando eu tiver uma folga aqui faço uma simulação.

-Dan
Veterano
# jun/16 · Editado por: -Dan
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Vamos para um exemplo numérico. É bem forçação de barra porque vamos assumir como constante varias coisas que não são. Mas vai dar pra sacar a diferença. Esse é só um exemplo. Existem N realidades e várias estratégias. Entretanto, o disposto abaixo pode encaixar no perfil de muita gente.

João ganha 5 mil.
Quer comprar um imovel de 300 mil em SP.
Na simulação da caixa ele tem que dar uma entrada de 175 mil e financiar 125 mil em um financiamento de 35 anos, com a parcela inicial custando 1400 (simulei isso agora no simulador habitacional da Caixa)
A caixa informa que o valor do juros que irá cobrar será 11% + TR + seguro obrigatório.
A TR de 2015 foi 0,15% ao mês. Ela varia e não dá pra saber quanto ela vai estar ao longo do tempo. Assumiremos a TR constante de 0,15% por mês e que o seguro obrigatório foi de 3% o valor do financiamento (li aqui que geralmente é algo entre 3% a 15%).
Ao somar as parcelas do financiamento o 125 mil viram 357 mil (conforme simulador da Caixa) + a TR de 40 mil (0,15% sobre o saldo devedor ao longo dos 35 anos), + o seguro obrigatorio de 4 mil (3% do financiamento arredondado)

Opção 1 – João contraiu esse financiamento.
O AP custou: 174 (entrada) + 401 (o financiamento de 125) = 575 mil
Em SP, segundo o FIPEZAP, o preço dos imoveis tem aumentado 5% ao ano. Assumindo que vai ficar assim ao longo do financiamento, o preço do imovel de 300 mil valorizaria para 1,7 M depois dos 35 anos.

Opção 2 – João foi pro aluguel.
Assumindo que o aluguel de um imovel é 0,35% seu valor (conforme indice FIPEZAP, essa é a media pra SP 0,35%), Joao poderia alugar esse mesmo imovel por mil pilhas.
Se ele aplica essa entrada de 174 mil a 1% ao mês liquido e bota os 400 que sobrou todo mês religiosamente, 4 anos depois ele atinge 300 mil e compra à vista, tendo gastado no fim das contas uns 400 mil, se considerarmos o que foi pro ralo pagando 4 anos de aluguel mais a valorização do imovel nesses 4 anos, economizando 31 anos com divida zero.

Se ele é psicopata e faz isso por 35 anos, o saldo se torna 13,5 milhoes versus o 1,7 milhões do seu imóvel financiado.

http://www.fipe.org.br/pt-br/indices/fipezap/

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