Fernando Collor / Opiniões

    Autor Mensagem
    Lucy.ana
    Veterano
    # ago/10


    Galerinha

    Hoje eu estava lendo sobre Fernando Collor e pensei um pouco acerca da situação política dele. Alguns economistas (estirpe PSDB) falam que o confisco de poupanças em meados de 91 serviu de uma base imensurável para que a economia do Brasil se tornasse uma força potencial. Lembrando que o Brasil, realmente, hoje, é um dos países com maior rolamento de dinheiro público, até mesmo colossal (porém muito burocrático). Por outro lado, há o fato de ele (Collor) ter sido totalmente corrupto e apenas mais um perdulário (assim como tantos no Brasil).

    O grande fato é... Que economistas e cientistas políticos sempre vão falar que todo governo teve algo bom, mesmo sendo polêmico, assim como as privatizações do FHC, ou a quitação de dívidas externas com o governo Lula. Ressalto que esses pontos de tais governos são economistas e cientistas políticos que falam! Tenho opinião própria acerca das privatizações e quitação de dívidas... Mas focando um pouco no Collor... E aí? Qual é a opinião de vocês em relação ao moço? Levantem ângulos de visão. Até hoje são os mesmos, vamos ver se tem algo novo. E o projeto de parlamentarismo que hoje tramita pelo Congresso?

    Ah... tem esse vídeo aqui. Ele dá algumas explicações e fica muito puto com a repórter.

    http://www.youtube.com/watch?v=TD4qRD408OQ

    /momentointelectualdepolítica/

    Headstock invertido
    Veterano
    # ago/10
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    Ladrão

    skad
    Veterano
    # ago/10 · Editado por: skad
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    http://1.bp.blogspot.com/_8kBjICZ9MtE/Sc60kGFQseI/AAAAAAAAAJA/BSozsaKV Mqk/s320/fora_collor.gif

    Animal Mother
    Veterano
    # ago/10 · Editado por: Animal Mother
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    Vá direto pra 1:09


    The Blue Special Guitar
    Veterano
    # ago/10
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    Minha opinião?

    É mais um que deveria estar na cadeia até hoje, mas está aí ocupando cargos públicos e concorrendo nas eleições.

    TWT ICE
    Veterano
    # ago/10 · Editado por: TWT ICE
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    skad
    agora sim

    skad
    Veterano
    # ago/10
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    TWT ICE
    copiei o link errado, rs

    Minow
    Veterano
    # ago/10
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    Esse tópico nem deveria existir.
    O pior é que daqui a pouco ele vai concorrer à presidência e vai ter gente votando nele.
    O fato do PT estar aliado ao Collor é prova suficiente da falta de seriedade na política brasileira.

    _Dio
    Veterano
    # ago/10
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    Eu nem era nascido quando ele foi eleito.

    Me abstenho de comentar.

    buddy guy
    Veterano
    # ago/10
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    Lucy.ana

    Fernando Collor / Opiniões


    Precisa?

    Penta_Blues
    Moderador
    # ago/10
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    Boa noite!!!

    Lucy.ana
    Bom, vejo dois aspectos:

    Por outro lado, há o fato de ele (Collor) ter sido totalmente corrupto e apenas mais um perdulário (assim como tantos no Brasil).
    Parafraseando um Senador: "Comparado aos corruptos do atual governo, Collor seria julgado no Tribunal de Pequenas Causas"
    O outro é o de ele estar hoje ao lado de quem o cassou.
    Maaaas, só está lá porque alguém o elegeu...
    Valeu!!!

    Animal Mother
    Veterano
    # ago/10
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    De fato o governo dele trouxe modernização da indústria e abertura do mercado, que contribuíram muito pra economia.

    A história por trás do confisco da poupança, não lembro qual é, mas é uma media bem babaca.

    jimmy vandrake
    Veterano
    # ago/10
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    Lucy.ana

    Collor foi impugnado por corrupção. Denunciado pelo próprio irmão Pedro Collor. Teve seus bons feitos: Abriu as fronteiras do Brasil para o mundo, implantou o Código de defesa do consumidor, e seu plano econômico teve seus efeitos positivos apesar de ter de ser corrigido através de outras medidas e planos.
    Em sua gestão economica apesar de ainda não ter conseguido estabilizar a economia, pelo menos conseguiu equilibrar a inflação em torno de 11% ao mês em média. Lembrando que quando recebeu o Brasil do mandato Sarney a inflação chegou a 120% ao mês.
    Vc fez uma citação quanto as desastrosas privatizações de FHC, que só foram ruins por conta do valor de venda das empresas públicas e pela corrupção do processo, no entanto hoje o governo se beneficia de um peso muito menor em despesas com empresas que eram cabides políticos de empregos sendo em sua maioria empresas que só davam prejuízos aos cofres públicos.
    Lembrando que certos serviços e produtos não são função do estado.
    Voltando ao Collor, o cara tinha um pulso muito firme como presidente, não se michava para os canalhas do congresso e câmara tinha os caras na mão. Por outro lado em suas primeiras denuncias foi derrubado em peso, ao contrario de " certos presidentes " que não sabiam de nada.

    Lucy.ana
    Veterano
    # ago/10
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    buddy guy

    Fernando Collor / Opiniões


    Precisa?


    precisa, se não precisasse eu não teria feito o tópico

    buddy guy
    Veterano
    # ago/10
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    Lucy.ana
    buddy guy

    Fernando Collor / Opiniões


    Precisa?

    precisa, se não precisasse eu não teria feito o tópico



    Tá bom,este nunca terá meu voto pra mais nada !!!! Serve ?

    jimmy vandrake
    Veterano
    # ago/10
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    Headstock invertido
    Ladrão
    ELLE?
    The Blue Special Guitar
    Minow
    Esse tópico nem deveria existir.
    O pior é que daqui a pouco ele vai concorrer à presidência e vai ter gente votando nele.
    O fato do PT estar aliado ao Collor é prova suficiente da falta de seriedade na política brasileira.


    A falta de seriedade não está nelles, mas sim em quem vota nelles.

    jimmy vandrake
    Veterano
    # ago/10
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    buddy guy

    Me lembro daquela fatídica eleição como se fosse hoje.
    Eu e um amigo discutiamos o assunto e na época defendi o voto nulo, uma vez que achava que Collor era ladrão e Lula incompetente.
    Hoje tenho certeza de que eu estava errado. Collor era mesmo um ladrão e Lula além de incompetente é companheiro de Collor.

    buddy guy
    Veterano
    # ago/10
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    Lucy.ana


    É bem como o camarada vandrake reportou,Collor teve seus pontos bons e ruíns.Só que ao meu ver,os bons,nem de longe cobrem os ruíns !!!!

    Kensei
    Veterano
    # ago/10
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    http://www.youtube.com/watch?v=TD4qRD408OQ

    Esse collor deveria ser ator.


    Bom, vou postar aqui uma revisão que eu fiz alguns anos atrás...



    3.2 Planos Collor I e II

    Durante a campanha eleitoral o candidato Collor manifestava o pensamento de que deveria ocorrer uma liberalização geral da economia e do Estado como forma de modernizar a economia e o social do país, propondo, ainda, o fim do processo inflacionário (BELLUZZO; ALMEIDA, 2002, p. 289).

    Às vésperas da posse do novo presidente eleito – Fernando Collor de Mello – a expectativa, aliado a uma enorme tensão, em relação a um novo plano econômico era enorme. O mercado financeiro estava imbuído em uma onda de incerteza, com uma grande movimentação de recursos, em um cenário de generalizada instabilidade nas cotações. Houve freqüentes e contraditórias trocas de posições financeiras. Grandes somas de recursos migraram do open market para os depósitos em poupança, haja vista que o presidente eleito, durante a campanha, assumiu o compromisso de preservar as poupanças contra desvalorizações e confisco. No entanto, a liquidez imediata parecia ser o único meio de neutralizar a incerteza daqueles momentos (BELLUZZO; ALMEIDA, 2002, p. 283-284).

    A inflação apurada entre 15 de fevereiro e 15 de março, alcançou 85%, ou seja, a economia se encontrava a beira da hiperinflação, e, vale dizer, ainda, que não houve na economia brasileira um momento igual a esse em se tratando de incerteza e nervosismo por parte dos agentes, havendo a necessidade, inclusive, de se decretar um feriado bancário entre os dias 13 e 19 de março de 1990 (BELLUZZO; ALMEIDA, 2002, p.284).

    Em 16 de março de 1990 ocorreu a revelação a respeito das medidas a serem implementadas pelo novo Plano Econômico. Para a surpresa geral, parecia muito mais drástico e radical do que todas as previsões.

    As principais medidas de curto prazo eram: a) uma Reforma Monetária, com o bloqueio de 70% dos ativos financeiros do setor privado; b) um ajuste fiscal; c) uma política de rendas; d) introdução de câmbio flutuante; no longo prazo políticas de liberalização do comércio exterior e privatização (BRESSER-PEREIRA, 1991 (b), p.98).

    A indexação mensal dos salários foi substituída por uma regra de reajuste baseada em um índice pré-fixado pelo governo. O câmbio passou a operar de forma "livre", deixando de lado o sistema de "minidesvalorizações". Em relação ao setor público foi criado um programa de demissão de funcionários e a venda de ativos da União, além de um programa de privatização com a qual se pretendia arrecadar US$ 1 bilhão já no ano de 1990 (BELLUZZO; ALMEIDA, 2002, p.285-286).

    Na área fiscal havia o objetivo de ampliar a incidência do imposto de renda, reduzir gastos em investimentos do setor público, com a eliminação de vários tipos de incentivos fiscais. Criou-se um imposto sobre saldos da riqueza financeira: 35% sobre a venda de ouro e 25% sobre a venda de ações. O congelamento de preços foi determinado, mas de forma prematura, começou a ocorrer o processo de liberação dos preços (BAER, 2002, p.202)

    Com a reforma monetária a moeda voltou a se denominar cruzeiro em substituição ao cruzado novo. A troca do padrão monetário serviu para impor as condições de conversão dos ativos e haveres. A reforma somente autorizou a conversão automática e ao par ao papel moeda em poder do público. Sobre todos os demais valores em cruzados novos definiram-se regras de conversão à nova moeda. O valor das aplicações financeiras em cruzados novos seria convertido em cruzeiro após um ano e meio mediante 12 parcelas mensais com rendimento de 6% ao ano. Foram permitidas a conversão imediata e ao par, para poupanças e depósitos à vista de valores até Cr$ 50.000,00 e 20% das aplicações do open market (BELLUZZO; ALMEIDA, 2002, p.287-288).

    A repercussão após a divulgação da Reforma foi enorme, o sentimento geral da população era de indignação. Na tentativa de se proteger da inflação, a maior parte da população utilizava-se de aplicações em caderneta de poupança, que a partir de 16 de março tornaram-se "bloqueadas". Juristas de todo o Brasil questionaram a legalidade da reforma. Alguns políticos questionavam a maneira autoritária e impopular do bloqueio das poupanças, entretanto, após um mês da introdução do novo plano via medida provisória, o Congresso Nacional aprovou, praticamente na íntegra, a reforma. Essa viabilização deixou conseqüências políticas importantes, haja vista que os setores liberal-conservadores passaram a impor a política econômica e social do país (BELLUZZO; ALMEIDA, 2002, p. 288).

    Os impactos do novo plano foram acintosos, os negócios foram interrompidos de forma geral, ocorrendo uma retração na produção e nas vendas sem precedentes, para se ter idéia, a produção industrial no mês de abril, declinou 29% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os índices de inflação também reduziram, o Índice Geral de Preços (IGP-DI) registrou aumento de 81,3% em março, 11,3% em abril e 9,1% em maio (BELLUZZO; ALMEIDA, 2002, p. 295).

    Vale dizer ainda, que o súbito desaparecimento da liquidez monetária fez com que as taxas de juros se elevassem subitamente, chegando ao patamar de 30% ao mês. Isso ocasionou a criação de um mercado secundário de transações, e tornou-se um método fundamental no período posterior ao "Plano Collor". Considerando a falta de liquidez e a elevada taxa de juros, as empresas e famílias passaram a tomar empréstimos entre si para saldar as dívidas, ao passo que também era permitido usar os saldos bloqueados para pagar tributos e antigas dívidas fiscais, ao invés de utilizar a moeda nova, de modo que essa relação entre os agentes, usando a moeda velha, acompanhado de um deságio, para pagar tais dívidas, permitiu que não ocorresse um aumento generalizado da liquidez na economia (CARNEIRO, 2002, p.220).

    Um outro aspecto ocorrido após a reforma, foi a recuperação de algumas das funções básicas da moeda, mesmo que não tenha se conseguido debelar a inflação, a Reforma conseguiu "estancar" o processo de hiperinflação, ao mesmo tempo em que o Brasil passava por uma das piores recessões (CARNEIRO, 2002, p. 224).

    A partir do mês de julho de 1990, a inflação volta a se acelerar, haja vista que houve um afrouxamento do controle de preços e salários e no processo de remonetização, e em fevereiro de 1992 é lançado um conjunto de medidas que ficou conhecido como Plano Collor II, que tinha como foco implementar uma reforma financeira no intuito de extinguir o overnight e a eliminar a inflação inercial por meio de um congelamento de salários e preços (BAER, 2002, p, 205).

    Durante o Plano Collor II houve uma intensa busca pela austeridade, nesse sentido o Governo promoveu um intenso bloqueio no orçamento, inclusive nos Ministérios chaves, tais quais: Educação, Saúde, Transporte, e Bem Estar Social. Além disso, criou-se uma comissão subordinada ao Ministério da Fazenda para controlar os gastos das empresas estatais. Houve também um aumento nas tarifas públicas antes do congelamento. Entretanto, os efeitos de tais medidas sobre os preços foram apenas de curto prazo, a inflação em janeiro de 1991 apresentou alta de 27%, enquanto que em abril caiu para 18% ,entretanto, na segunda metade do ano ficou na média em 25% ao mês. No mês de maio de 1991, após os fracassos dos planos adotados e as enormes pressões da mídia e da sociedade, e a falta de apoio político, cai a então Ministra Zélia Cardoso (BAER, 2002, p, 205).

    Em suma, no Governo de Fernando Collor de Mello, o setor público foi o grande beneficiado com a reforma implementada, principalmente no que se refere á dívida de curto prazo, que após a reforma foi transformada em dívida de médio prazo, carregando, ainda, taxas de juros menores, além da introdução de uma nova moeda ter gerado um deságio sobre a dívida (CARNEIRO, 2002, p. 221).

    Vale salientar, ainda, que em relação ao setor externo, houve uma intensa abertura comercial, por meio de uma redução nas tarifas de importação, combinada com uma valorização cambial, além da eliminação do programa de incentivo às exportações (BAER, 2002, p, 204).

    buddy guy
    Veterano
    # ago/10
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    buddy guy

    Me lembro daquela fatídica eleição como se fosse hoje.
    Eu e um amigo discutiamos o assunto e na época defendi o voto nulo, uma vez que achava que Collor era ladrão e Lula incompetente.
    Hoje tenho certeza de que eu estava errado. Collor era mesmo um ladrão e Lula além de incompetente é companheiro de Collor.



    Pois é irmão,os caras entram lá somente na intenção de "olhar para o próprio ventre" e não para nação. Tô de colhão cheio dessa raça !!!

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