Transformadores, a sonoridade do núcleo

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A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, macaco veio.

Em SE a excursão de placa pode ir a 2 x Vcc, sim. Veja em Schilling, Belove aqui, pág. 228 e também pág. 237.

Sigam os trabalhos; eu vou ficar só "atrás do toco" olhando, para não atrapalhar os desenvolvimentos.

macaco veio
Veterano
# ago/16
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A.Sim

Jesus christ! parece verdade (e só com um único mísero transistor!), mas ai ce me complica. Bom, vou ter que estabelecer um parâmetro aqui senão num vamos sair desse embargo. Segundo tenho constatado no caso de SE está suposto de ser em torno de 60%, e nos PP em torno de uns 55% (ou pelo menos se considera isso como regra geral) mas dobrado porque é PP, o que dá um pouco maior que Vdc, uns 10% a mais (mas aqui eu tenho desculpa que é PP). Sendo assim em PP teria que entrar com 10% a mais de Vdc no primário, porém não sendo muito (o músico teria que ficar direto no volume máximo) acho que dá para fazer Vac = Vdc.

Matec

Como se sabe do dito popular todo trafo de saida tem um pouco de arte negra, assim temos que considerar um pouco de magia o que é altamente empírico e de dificil atribuição de valores mas talvez um fator mojo deva ser uma boa ideia a ser considerada. kkkk

A primicia inicial fundamental básica (se é que essa frase tem sentido) é orientarmos os cálculo sobre dois aspectos simples.

Para trafos hi-fi o cálculo de perdas é mais importante que o cálculo de rendimentos.
Para trafos de amplificadores para instrumentos musicais o cálculo de rendimentos é mais importante que o cálculo de perdas, com excessão de amplificadores para teclado que deverão ser considerados hi-fi (a menos que o cara queira tocar Deep Purple, ai usa um de guitarra).

Sobre o fator praxe de empilhamento usado nos trafos de fôrça, já considero concluido aqui a sua relação com trafos de audio. Em relação a indutância. Seguindo a fórmula de indutância L = (Npri² x Sn x µa x 0,4∏) / lmg x 100 000 000 pode ser entendido que L é diretamente proporcional a secção do núcleo (Sn), assim o fator aumenta L na mesma proporção. Assim 1/8 a mais no empilhamento aumentará 1/8 a mais na indutância.

Em relação a frequência mínima. No caso da frequência o fator praxe diminui esta na mesma proporção Z / L = 2∏ x F. O fator praxe de empilhamento de 1/8 é 1,125 (1/4 = 1,25 etc), assim se temos por exemplo um trafo calculado para guitarra com 65hz de frequencia mínima com núcleo quadrado, se fizermos 1,5 x perna central para medida do empilhamento e calcularmos a nova Sn podemos ter um trafo com F / 1,5 o que daria 65 /1,5 = 43,3hz. Põe mais umas duas ou tres lâminas de pinga (pra chegar a 41hz) e pronto temos um trafo para contrabaixo com mesmo número de espiras e mesma lâmina, só mais largo no empilhamento, (mas parece não ser muito conveniente trafos de saida muito largos mas isso é outro assunto)
Claro que o empilhamento final na montagem deve ser adicionado o fator de isolamento das lâminas calculado no núcleo geométrico.

Agora mais uma do Dr Chaves, como já estou me familiarizando com os artigos dele daqui pra frente será Seu Waldyr.
Atribuir empiricamente 10% de Z para resistência dos fios (5% para cada lado), po! na real, dá uns 3 no máximo, ou tem espira pra caraio ou ele usa um fio fino pra kacete. Isso nem conta no cálculo, vai é desestabilizar o Z, o L, o F colocando um valor empírico a mais.

Matec
Membro
# ago/16 · Editado por: Matec
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A.Sim

Por favor não nos abandone nessa hora! Eu tenho muitas fórmulas, e vários nomes para várias unidades que representam as mesmas grandezas circulando pela minha cabeça. Que enrolação! :-\

macaco veio

Bem, não terminei ainda a checagem das fórmulas. São muitas.

Mas no geral vc está aumentando o núcleo, correto? Bem isso é uma maneira de estender a resposta de frequência para baixo.

Só não sei se isso trará alguma consequência negativa, (atualmente essas leituras me deixaram pessimista... rsrs)

Quanto ao "Seu" Waldyr, eu creio que ele só sabia fazer transformadores para áudio doméstico e Hi-Fi. Essa conta de 5% dele, quase que bate com um transformador UL da EASA que eu tenho aqui, onde essa relação chega perto dos 4,3%. Bem diferente de um transformador da Marshall que é de uns 2,5%. Pior que no final ele tem que refazer os cálculos, mas o chute lá atrás não é desfeito e continua valendo 8-)
O que eu achei estranho com o Tio Waldir é que na hora de calcular a Sm ele simplesmente tira o núcleo da manga ," - É esse!" , e continua sem maiores detalhes.
Sempre uma surpresa...



Abs

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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Olá, Matec :

Estou aqui, só que escondido... aparecerei quando necessário... ou de vez em quando para dar um pitaco.

Mas 2,5% de relação R/Z num transformador Marshall ? Por favor, quais as impedâncias e resistências medidas? Primário e secundário, por favor...

Matec
Membro
# ago/16
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A.Sim

Sim. Transformador Drake para 50w

Zp= 3400; Rp(PP) = 82ohms

Eu mesmo medi .

O secundário não pude medir com precisão, meu multímetro não é tão bom assim.

Abs

macaco veio
Veterano
# ago/16
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Mas no geral vc está aumentando o núcleo, correto ? Bem isso é uma maneira de estender a resposta de frequência para baixo.

Sim, estabelecendo uma relação entre um tanto de aumento do empilhamento (partindo de um núcleo quadrado) com relação ao aumento da indutância e diminuição da frequência minima. Tudo da o mesmo percentual. tipo 1/4 a mais no empilhamento (=25%) aumenta o mesmo tanto na indutância (L x 1,25) e diminui o mesmo tanto na frequência (F/1,25).

um transformador da Marshall que é de uns 2,5%.
pois é, é menos que 3%

Para o núcleo SE com a fórmula do Martignoni, o indice multiplicador de 7,5 é pouco, Se fizer a regra das densidades dos fios com a densidade da janela sendo maior ou igual a 3 (que da apenas uma estimativa pra ver se cabe) pode até dar, mas para audio não pode ser 3, tem que ser maior que 3,5 (uns 3,6 3,7) porque é muito papel nas camadas.

Antes de analisar a problemática da impedância (se usa simplesmente Z ou R em paralelo) eu quero continuar o calculo ficticio (usando simplesmente Z=8000) pois vai pintar um problema na relação de espiras (ratio entre primario e secundário), e ai tendo as espiras de primario e secundário ver se elas cabem na janela antes de continuar. Farei isto amanha.

Sigam os trabalhos; eu vou ficar só "atrás do toco" olhando, para não atrapalhar os desenvolvimentos.
Po! não amarra não, nos vamos precisar de uma ajudinha pelo menos de vez em quando, afinal somos todos conterraneos.

Matec
Membro
# ago/16
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Mais um; o Transformador do JCM900:
100w Zp = 2100 Rp = 37,5

Prá não dizer que só os Marshalls tem transformadores com essa relação, temos 1 Wilkasson do True Reverber da Giannini

AG 4003 50w Zp = 3800 Rp = 92,5

Uma característica em comum é que esses amplificadores tem o som muito agradável.

Abs

macaco veio
Veterano
# ago/16
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Matec

Só para constar, acho que wilkasson andou modificando esse 4003 na época, meu true reverb ano 71 (comprado em 74) o trafo tem 44,1 + 51,8 = 95,9Ω (pode até ter erro de múltimetro) medido alguns anos atras. Nunca abri o meu mas segundo um enrolador experiente das antigas (fonte confiavel) esse trafo tem 1986 espiras no primário (fio 30AWG). Até não tem muito grave mas o som super clean.

Sim. Transformador Drake para 50w
Acho que esse Drake tem 1776 espiras no primário (um cara postou num forum e assim a fonte pode não ser confiavel) porém este número 1776 é número bastanta razoavel porque é facilmente divisivel por 2 e por 2 e por 2 e assim por diante (sem dar quebrados) o que é bem prático na hora de dividir camadas. De acordo com minhas apurações o trafo de reposição hammond do Twin (100W) usa esse mesmo núcleo com a metade das espiras (não tenho 100% de certeza) e ridículos 11,4 + 11,4 = 22,8Ω (e carretel dividido), baixo pra kacete.

A.Sim
Membro Novato
# ago/16
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Olá.

É necessário saber a resistência secundária. É normal aliviar a resistência primária, carregando mais na secundária.

macaco veio
Veterano
# ago/16
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ainda sobre o núcleo

Seguindo a geometria da coisa todo núcleo quadrado (sem mexer com o fator de isolamento das lâminas) a longitude magnética (perna central x 6) é exatamente igual ao valor da espira média (4 x perna central x 1,5) em qualquer lâmina regular. Isso se conseguíssimos encher a janela de fio até no talo o que na realidade nunca é possivel. Segundo o Martignoni ele usa perna central x 5,6 para a longitude e isso no cálculo da espira média da exatamente 4 x perna x 1,4. O valor de 1,4 para a espira média é mais razoavel (costuma não dar nem isso na prática). A medida que se aumenta o empilhamento essa relação entre espira média e longitude magnética sai completamente fora (acho que por isso se aconselha que se use próximo de um quadrado), porém aumentando 1/8 da perna central no empilhamento a espira média aumenta e multiplicando esse valor por 1,4 (que é mais razoavel para espira média) da um valor muito aproximado da longitude magnética quando se usa 6 x perna central e nesse caso me parece fazer sentido usar 6 (eu vejo usarem 6 mesmo com o núcleo quadrado).
Assim me parece que F Singer realmente não está correto em usar 6,5 mas não totalmente errado pois de acordo com o site da Edcor lâminas pequenas a longitude magnética é maior (perna = 1,27cm usa 6,5 e pernas menores o múltiplicador vai aumentanto, que loucura), contudo essas lâminas pequenas geralmente têm a perna lateral reduzida e a janela aumentada para caber mais fio. Para trafos de audio não será usado lâminas tão pequenas, mas para chokes pode ser (se não me engano o choke do Twin Reverb usa uma dessas pequenas).

macaco veio
Veterano
# ago/16
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A.Sim
deixa eu ver se entendi, fio mais grosso no primário e no secundário pode ser mais fino. Segundo me consta o secundário não precisa ter a bitola tão em cima do cálculo de sua corrente porque não se tera potencia máxima o tempo todo e assim o fio tem um tempo para se resfriar se houver aquecimento.

Matec
Membro
# ago/16
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macaco veio

Num outro AG4003 danificado que veio aqui eu contei as espiras do primário e deu 1962 espiras. O secundário de 8ohms ficou com 90 e 63 no de 4 ohms.
Quando puder meça o tamanho do núcleo, que eu não anotei, (Assim como a resistência dos secundário...)

Obrigado

A.Sim
Membro Novato
# ago/16 · Editado por: A.Sim
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macaco veio :

O comprimento do circuito magnético depende só da lâmina; o empilhamento não entra em consideração. Segundo o Dr. Martignoni, é 5,6 x a. Olha as figuras 55 e 82.

A espira média vai depender do empilhamento; 2 x a + 2 x b + pi x a/2 = 3,57 x a + 2 x b ( fig 74). Se a=b então a espira média vale 5,6 x a. Fechou ?

Comprimento do circuito magnético e espira média são duas coisas diferentes, inclusive, ficam em planos perpendiculares entre si... o fato de as duas resultarem 5,6 x a é apenas coincidência numérica provocada pelas dimensões padronizadas em múltiplos e submúltiplos de a.

Essas fórmulas são baseadas nas lâminas padronizadas onde a largura da janela é a/2. Para lâminas pequenas, que têm a largura da janela maior, essas fórmulas têm de ser corrigidas.

macaco veio
Veterano
# ago/16
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A.Sim

eu ja tinha visto, o diâmetro da circunferência x o valor de pi, mas a primeira (pi x a/4) quase fechou, é ( 0,5 x a x pi , ou seja a/2 ).
ele arredonda os corners das dobras de fio, está perfeito, num cálculo simplificado rápido apenas aproximado é (2a + 2b) x 1,4 porque a espira média é média, ou seja algo aproximado. Eu só estava tentando estabelecer alguma relação com a longitude magnética pra ver se eu chegava a alguma conclusão porque esses autores cada um escolheu diferentes valores de multiplicador (6,5 6 e 5,6) mas certamente não tem relação. Desse modo eu acho que vou adotar 5,6 para núcleos quadrados e 6 para núcleos retangulares (no site da Edcor eles adotaram 6 pra todas lâminas acima de a = 1,8cm com núcleo quadrado!) até o dia que eu entender porque.

Matec
O empilhamento era 3 cm, só não sei dizer se era 2,5 de perna ou uma polegada (2,54cm), geralmente este valor é perna de polegada. A resistência do secundário eu medi na época mas nem anotei porque o multimetro dava qualquer coisa mínima sem precisão. (meu ampli está no Brasil e eu não estou lá).

macaco veio
Veterano
# ago/16 · Editado por: macaco veio
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continuando o cálculo hipotético do Matec

Apenas vou alterar a secção do núcleo invés de 2,37 farei Sn = 3,24 (lâmina 1,8²)

Np = (0,7 x 283 x 100 000 000) / (4,44 x 100(F) x 3,24 x 5500) = 2504 esp
na sequência achar o ratio, as correntes e fio e ver se tudo cabe na janela antes de qualquer coisa.
Ratio usando Z = 8000Ω (farei com Rparalelo depois)
r = √ 8000 / 8 = 31,6

Vsec = √ 4W x 8 = 5,65V
Vpri = √ 4W x 8000 = 178,9V
Vpri real 283V x 0,6 (60% excursão da onda) = 169,8V
r = 169,8V / 5,65V = 30

Nsec = 2504 / 31,6 = 79,2 ≈ 80 esp
Nsec = 2504 / 30 = 83,4 ≈ 84 esp

e agora! a solução para os dois ratios parece estar aqui
http://education.lenardaudio.com/en/14_valve_amps_5.html
na dúvida farei 82 espiras

Idc = 10W / 283 (para a placa) = 0,035A / 2,5 (densidade) = 0,014 fio 35AWG (0,016mm²)
Isec = 4W / 5,65 = 0,7 A / 2,5 = 0,28 fio 22AWG (0,33mm²)

vendo se cabe
janela = 18² x 0,75 = 324mm² x 0,75 = 243mm²
2504 x 0,016 = 40mm²
42 x 0,33 = 27mm² total 40 + 27 = 67
possibilidade 243 / 67 = 3,62 > 3,5

Eu acho que deve ser 3,5 (invés de 3) porque tem muito papel, mas só dá pra confirmar certinho depois de dividir as camadas (e com espaço entre as espiras) e calcular as alturas das camadas somando a quantidade de altura de papel, o fator de enrolamento (consigo menor que 20%) e definição de entrelaçamento (por causa de papeis mais grossos). E ai não tem que sobrar nada na janela e nem faltar. Se faltar penso que se pode fazer o fio do secundário mais fino uma bitola a menos da tabela (usei a tabela novacon) pra poder caber.

Ainda tenho duvidas na corrente de primário que me parece baixa (apesar de ter sobra no fio e usar densidade de 2,5). Num PP eu usaria um valor situado médio entre a minima e a máxima corrente.

por favor opinem e me corrijam

Matec
Membro
# ago/16
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macaco veio

A parte da relação de (tensão rms)/ (tensão da fonte), 0,6 não é uma aproximação? Já que é assim utilize 0,63 que a conta bate.

No restante da condução do cálculo, Me parece consistente. Resta saber se suas escolhas funcionam bem na prática.

Mas é claro que o mestre deve ter algum comentário

Abs

A.Sim
Membro Novato
# set/16 · Editado por: A.Sim
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Olá.

A menor tensão de placa costuma ser cerca de 50 V. Assim, para um +B de 250 V DC, a excursão dá uns 400 V pp ou 140 V rms. O fator resulta um pouco menor do que 0,6. Veja que o seu valor aumenta à medida que a tensão de +B aumenta, pois o valor de 50 V é válido para os pentodos de saída mais comuns. Se a válvula de saída for um triodo, então o cálculo precisa ser feito considerando o caso particular da válvula escolhida.

No exemplo, +B = 283 V o que dá 2 x (283-50) = 466 V pp ou 165 V rms; fator 0,58.

macaco veio
Veterano
# set/16
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A.Sim

A minha burrice não está entendendo mas vamos lá.
A menor tensão de placa é fixa = 50V
250 - 50 = 200
AC rms = 200 /1,41 = 141V
pico a pico serão 400 (200 negativo e 200 positivo, pra chegar a 400 só desse jeito e um pico de cada vez, dois ao mesmo tenpo vai dar zero, kkkk)

Então no exemplo 283 - 50 = 233 pp = 233 x 2 = 466v
AC rms = 233 / 1,41 = 165V < 169,8 encontrado por percentual
foi o melhor que consegui deduzir, cheguei a ficar na dúvida se o “pp” era pico a pico, push pull ou placa a placa, mas como estamos falando de SE...não conhecia esse estatuto de 50V mas ao que parece usando um percentual sempre dará erro porque o percentual sempre seria diferente por causa dessa diferença de 50V (se é que meu raciocinio está certo). Raciocínio certo ou não um valor menor dará mais erro ainda no ratio.
Mas gostei muito do “aproximadamente fixo” , põe abaixo o meu conceito de ou é fixo ou não é (preciso rever meus conceito no que concerne a trafos kkkk). Aproximadamente fixo se aplica perfeitamente para cálculos de trafos (até o dia que inventarem os trafos digitais). Mas vamos em frente, valeu.

Matec
Já que é assim utilize 0,63 que a conta bate

É mesmo, passei batido nessa, só que agora terá que haver alguma alteração, o esquema de percentual parece que não vai dar certo não.

macaco veio
Veterano
# set/16
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Po! vi agora, raciocinei certo, legal.

macaco veio
Veterano
# set/16
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Resta saber se suas escolhas funcionam bem na prática.

Apenas foi usado os valores que voce colocou como exemplo, num caso prático pra guitarra eu faria um F mais baixo, uns 75 ou 80Hz (sendo pouca potência e supostamente um falante menor). Isso aumentaria o número de espiras e neste caso teria que aumentar o núcleo (alargando o empilhamento um pouco) para manter as espiras abaixo de 3000 e manter a mesma lâmina .
Acho que já se poderia deixar como definido:
Trafos para ampli de instrumentos qualquer que seja a potência ou válvula não poderá passar de 3000 espiras, se passar deve recalcular com um núcleo maior. Mais do que isso não dá, é muita espira pra enrolar, muita resistência e capacitância.

A fórmula para o Vac máximo já está definida (é essa do asim), pelo menos pra SE (ou 0,58 num cálculo rápido com rápido sendo sinônimo de aproximado).

No datasheet da 6V6 tem uma sugestão mais eficaz, 4,5W com tensão mais baixa e Z mais baixo (5000) o que daria menos espiras. Resta saber se teria que calcular o Rparalelo ou usaria o próprio 5000 porque já está o calculo todo lá (então suponho que esse já seria o Rparalelo). Fazendo um Rparalelo abaixa o Z, passa da potência que está escrita lá e quem sabe num determinado cálculo pode até ultrapassar a dissipação máxima da válvula.

No exemplo do seu Waldir, ele chama Raa (anodo a anodo), então ser for SE é Ra, Rg, R’par e ainda usa também o Z, uma confusão do diabo. Na hora de calcular a indutância ele usa o R’par, na hora de calcular o ratio ele usa o próprio Z menos o suposto fio, assim no pau sem porques. Até dá pra intender mais ou menos, mas tem que fazer todo um trabalho de decifragem e advinhação, parece o Newton Braga, um eletronico das revistas antigas, não se entende nada que o cara explica não.
Se o seu Waldir estiver certo, o mundo inteiro está calculando errado e não sabe, porque tudo que já li até agora só tem um Z, é aquele e pronto. Agora olha que legal.

Rparalelo = (52000 x 8000) / (52000 + 8000)= 69333 (52000 = res da placa)
ratio = √ 69333 / 8 = 29,4
ratio = 165v / 5,65v = 29,2 Só que o puto do seu Waldir nessa hora ele usa é o Z mesmo invés do paralelo (ai fudeu).

Matec
Membro
# set/16 · Editado por: Matec
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Opa!
Rparelelo está sem uma vírgula,

O valor é 6933,3 mas o resultado está correto=> 29,3

Tio Waldyr gosta que a gente faça continhas só prá treinar 8)

Abs

macaco veio
Veterano
# set/16
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a margem de erro de falta de atenção tem que ser zero, a minha margem ainda está um pouco alta.
Continuando a “calculação” do trafo hipotético, indutância mínima, longitude magnética (lmg) e permeabilidade aparente ( µa ) e gap

Usando o Rparalelo e o Z
Lmin = 8000 (2∏ x 100hz) = 12,73 Hy e Lmin = 69333 / (2∏ x 100hz) = 11 Hy

lmg = perna central x 5,6 = 1,8 x 5,6 = 10,08cm

Extraindo a permeabilidade aparente
µa = (Bdc x 10 x lmg) / 4∏ x Np x Idc = ( 5500 x 10 x 10,08 ) / (12,56 x 2504 x 0,035)= 503,6

conferindo o Lmin

Lmin = (Np² x Sn x µa x 0,4∏) / ( lmg x 100 000 000) = (2504² x 3,24 x 503,6 x 1,255) = 12,73

Assim é melhor fazer o Lmin é com Z mesmo e não Rparalelo, de qualquer forma o que interessa é ter um Lmin maior.

cálculo do gap
De acordo com o que tenho lido permeabilidade parece ser uma especie de sensibilidade da chapa e as GNO essa permeabilidade é considerada baixa, e seu valor estimado se situa entre 5000 a 8000 permeabilidades (maior valor mais sensivel a chapa) (pra dumb igual a eu tem que ser pra criança entender).
A permeabilidade aparente aparenta ser um valor em torno de 6% a 7% da permeabilidade devido a presença de corrente continua na chapa o que faz a permeabilidade da chapa cair pra esses valores tão baixos. Assim podemos calcular as variações da permeabilidade aparente. Usando 7%

8000 está para 100% assim como µa está para 7% (PQP)

(8000 x 7) / 100 = 560 e (5000 x 7) / 100 = 350

O valor calculado foi de 503,6 que está entre 350 e 560 e assim está dentro da margem das GNOs. E assim se pode calcular o gap procurando primeiro qual valor da permeabilidade 503,6 é 7% de?
µ = (503,6 x 100) / 7 = 7194 perms assim

gap = [ lmg x ( µ - µa ) ] / µ x µa = 10,08 x 6690 / 7194 x 503,6 = 0,0186 ≈ 0,02 cm
fino pra kacete, não tem como medir isso não, pôe uma tirinha de durex daqueles bem fininho e tá isolado.

A.Sim
Membro Novato
# set/16 · Editado por: A.Sim
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Olá.

Lembrou de dividir a espessura por 2 ?

0,02 cm = 0,2 mm como são dois entreferros, a espessura do espaçador é 0,1 mm. É um entreferro "grosso"; espessura de uma folha de papel dessas A4 de boa gramatura.

Fino mesmo é quando o entreferro precisa ser 0,03 ou 0,02 mm.

macaco veio
Veterano
# set/16 · Editado por: macaco veio
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verdade esqueci desse fato ( e li isso tantas vezes ) e ainda converti os milimetros errados na minha cabeça

Na realidade eu descobri que o Rparalelo é muito mais complicado, decifrando a fórmula do Hans Beijner, que na realidade não é dele, é do pai dele Mr Olof Beijner, que é muito parecida com a do Sr Waldyr Chaves ( os dois devem ser da mesma geração, inclusive os dois chamam placa de gerador, só não se sabe quem copiou quem), ficou assim.

Rpar = (Rval + Rfiopri) x ( Rfalante + Rfiosec) x r² isso tudo dividido por

( Rval + Rfiopri ) + ( Rfalante + Rfiosec ) x r² (ops errei mas corrigi)

onde Rval = Ranodo = Rplaca = Rgerador (chamando de R da valvula não tem num tô intendendo)

r² = ratio ou relação de espiras retirado de √ Zpri/Zsec ou seja, usou Z mesmo pois ainda não tem o Rparalelo.

essa fórmula poderia ser chamada de fómula dos érres. Mas fica muito complicado, não se tem a resistência verdadeira da fiação, tem que calcular por espira média e dependedo do entrelaçamento as espiras médias nunca dão o mesmo valor, assim no final pode é acabar dando mais erro do que se fizer de maneira simples deixando as resistências dos fio de fora e tendo o cuidado pra não ter resistência muito alta usando fios finos demais e alta densidade de corrente na escolha dos fios.
Trafo de audio também é um indutor e assim é um componente eletrônico, todo componente eletrônico tem 5% de margem de erro, porque que trafo não poderia ter? (bota na conta da margem de erro). Só fazendo dois jeitos e fazer uma comparação e ver o tamanho da diferença (e se está certo ou vai dar um número maluco, kkkkk).

A.Sim
Membro Novato
# set/16 · Editado por: A.Sim
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Olá.

Rpar pode ser escrito assim, que é mais fácil de entender :

Rpar = (Rval + Rfiopri) // ((Rfalante + Rfiosec ) x r2 )

onde (Rfalante + Rfiosec ) x r2 se chama "impedância secundária refletida ( ao primário )" e

"//" significa "em paralelo com".

macaco veio
Veterano
# set/16
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Ok, agora fazendo do jeito mais complexo

Calcula-se as resistências dos fios ao invés estimar 5% (como sugerido pelo tio Waldir)
Primeiro calcula-se a espira média EspM

2perna central + 2empilhamento + ∏ x perna central/2

2 x 1,8 + 2 x 1,8 + 3,14 x 1,8 / 2 = 10,026cm = 100,26mm

ai temos a fómula da constante de 2,26 que é constante para a resistência de 100 metros de fio de 1mm de diâmetro. (tô duvidando)

Rpri = 2,26 x (Npri x EspM) / 10 000 x 2 x diametrofio (EspM em mm)

Rpri = 2,26 x (2504 x 100,26) / 10 000 x 2 x 0,1426 = 198,9Ω (onde 0,1426 = diam do fio 35AWG (mas não confiei nessa fórmula não e faço do meu jeito pela tabela

2504esp x 10,026 = 25105 cm = 251 m

1000 m ------- 1069Ω (fio 35AWG)
251 m ------- Rpri

Rpri = 268Ω (também não dá pra confiar na tabela da Novacon porque todos os fios que comprei nenhum tem diâmetro igual da Novacon), como é apenas exemplo será seguido a tabela mesmo.

Porém antes de se calcular a resistência do secundário e assim poder ter o Rparalelo usando a fórmula mais complexa (e com certeza mais correta), pode-se usar a fórmula do “bom trafo” achando seu Rideal para o primário.

Rideal = 100% x Rpri / Z - Rpri ≤ 3 (resultado tem que ser menor que 3 ou no mínimo igual)

Rideal = 100% x 268 / 8000 - 268 = 3,46 é maior que 3 portanto não sairá um bom trafo.

Eu já imaginava que esse fio tava fino pra esse primário (apesar da fórmula da corrente estar certa). Assim será calculado com o fio 34AWG (resistência em 1000m = 845,8Ω)

251 x 845,8 / 1000 = 212Ω

Rideal = 100% x 212 / 8000 - 212 = 2,72 ≤ 3 esse tá bom

(o que pode acontecer agora é de não caber na janela pela regra da possibilidade, mas paciência, aumenta o empilhamento e começa tudo de novo, kkkk )

repetindo r = √ 8000 / 8 = 31,6 assim Nsec = 2504 / 31,6 = 79,2 ≈ 80 esp (depois corrige o ratio)

80 x 10,026 = 802 cm = 8m

O fio era o 22AWG, assim
1000 m -------- 51,5Ω
8 m --------- Rsec
Rsec = 8 x 51,5 / 1000 = 0,412Ω

Agora o Rparalelo certo será

Rpar = (Rval + Rfiopri) // ((Rfalante + Rfiosec ) x r2 ) do jeito sugerido pelo asim (achei melhor de ver mas pior de fazer)

Rpar
52000 + 212 = 52212
(8 + 0,412) x 31,6² = 8339,88

Rpar = (52212 x 8339,88) / (52212 + 8339,88) = 7236 Esse seria mais próximo da realidade ao invés de 6933 achado anteriormente.

Acho que agora se corrige o ratio usando esse novo Rpar

r = √ 7236 / 8 = 30 e assim Nsec = 2504 / 30 = 83,4 esp ≈ 84 esp

Pois é, mas lembrando lá de detras, olha o que aconteceu

Vpri real 283V x 0,6 (60% excursão da onda) = 169,8V
r = 169,8V / 5,65V = 30 (e não os 165V , dá pra intender essa coisa? ou talvez coincidência)

e antes era
r = √ 6933 / 8 = 29,4
283 - 50 = 233 e AC rms = 233 / 1,41 = 165V
165 / 5,25V = 29,2
2504 / 29,3 = 85,4 ≈ 86 esp

De qualquer forma se pode ter certeza que, dado um valor de impedância Z, no cálculo vale é o Rparalelo (seja lá de que jeito for calculado) e em tese é uns 10% menor que Z.

A.Sim
Membro Novato
# set/16 · Editado por: A.Sim
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Olá.

Agora o Rparalelo certo será

Rpar = (Rval + Rfiopri) // ((Rfalante + Rfiosec ) x r2 ) do jeito sugerido pelo asim (achei melhor de ver mas pior de fazer)


Fazer o paralelo na máquina é fácil. Usando máquina com notação algébrica ( as comuns ), vamos fazer o paralelo de três resistências através do inverso da soma dos inversos :

a) digita R1 + "1/x" -> calcula o inverso da primeira resistência
b) digita "+"
c) digita R2 + "1/x" -> calcula o inverso da segunda resistência
d) digita "+"
e) digita R3 + "1/x" -> calcula o inverso da terceira resistência
f) digita "=" -> calcula a soma dos inversos das três resistências
g) digita "1/x" e obtém o resultado.

Com um pouco de treino, abandona-se a divisão do produto pela soma. O método acima é conveniente pois só se necessita digitar cada valor de resistência uma vez, minimizando a possibilidade de erro.

Com calculadora RPN ( HP ) o procedimento é semelhante.

macaco veio
Veterano
# set/16
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Colega Asim
tentei na calculadora cientifica do windows 8 mas nela não dá certo não. Também eu sou do tempo que se fazia os cálculos tudo no papel, não existia calculadoras não. Tem umas funções lá que eu nem sei o que é. Talvez os mais jovens consigam.

ainda sobre o trafo - Erros, deduções erradas e fórmulas fajutas:

Passei despercebido mas o cálculo da espira média tem que ser com o empilhamento mais largo (já adicionado no núcleo 10% de isolamento das lâminas) e calculei sem.

De qualquer forma se pode ter certeza que, dado um valor de impedância Z, no cálculo vale é o Rparalelo (seja lá de que jeito for calculado) e em tese é uns 10% menor que Z.
Errado macaco veio, fiz aqui outro cálculo com um Z mais baixo e não deu nem 5%. Só é mais baixo.

Rideal = 100% x Rpri / Z - Rpri ≤ 3 (resultado tem que ser menor que 3 ou no mínimo igual)

Quem foi o put* trafista bem intencionado que colocou isso na internet. Não tem nada a ver. Quando faz com um Z mais baixo da muito maior que 3 e ai se for engrossando o fio até dar 3 vai desbalancear o peso do cobre todo entre primário e secundário, o que já é mal balanceado porque o primário sempre dá mais cobre e recebe mais linhas de fluxo que o secundário (por isso se faz entrelaçamento), Ainda vai engrossar mais ainda! bullshit grosso. me engana que eu gosto.
Pode se ter certeza de uma coisa, se um trafo der mais de 250 ohms no primário pode refazer todos os cálculos, do contrario será um trafo ruim.

Vou passar o resto vida tentando desmistificar essa merda, não vou morrer com esse erro não, por isso eu meu nickname é macaco veio.

A.Sim
Membro Novato
# set/16 · Editado por: A.Sim
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Olha...

Eu fiz na do W7 e deu certinho.

200 1/x + 300 1/x + 500 1/x = 1/x dá 96,77.

Outra :

Rideal = 100% x Rpri / Z - Rpri ≤ 3 (resultado tem que ser menor que 3 ou no mínimo igual)

De onde veio isso ???

Matec
Membro
# set/16
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Agora uma pergunta prática.

Qual a vantagem de se calcular o Rpar? Ou melhor qual o efeito que o Rpar tem na construção do transformador?

A.Sim

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Abs

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